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ARTE

Esse capítulo se dedica a compreender e analisar o que é arte. As manifestações artísticas


contemporâneas nos levam a pensar sobre os limites da arte. O que podemos considerar como
obra artística? O que um objeto possui que o caracteriza como arte? Tais perguntas guiam o
estudo desse capítulo.

A ARTE PODE SER DEFINIDA?

Devido a grande quantidade de obras de artes, os filósofos admitem que a arte não pode ser
definida ao todo. Alguns afirmam que é perda de tempo procurar um denominador comum
entre as formas de arte, pois nenhuma definição pode ser aplicável a todas.

A IDEIA DE SEMELHANÇA DE FAMÍLIA

Um individuo pode se parecer com o pai, e seu pai com sua tia. No entanto, há a possibilidade
desse individuo não compartilhe nenhuma semelhança com a tia. Há semelhanças que se
superpõem entre diferentes membros de uma família sem haver nenhum aspecto observável
que seja comum a todos. Assim também epossivel pensar a arte: diversas formas de arte
podem aparentar semelhanças obvias sem haver aspectos observáveis comuns entre elas.

CRÍTICAS À IDEIA DA SEMELHANÇA DE FAMÍLIA

É possível falsificar essa abordagem encontrando uma definição satisfatória para a arte. Além
do mais, no caso da semelhança de famiia existe uma aspecto em comum que todos os
membros da família compartilham: as relações genéticas.

A TEORIA DA FORMA SIGNIFICATIVA

Clive Bell, crítico de arte, é o responsável por desenvolver essa teoria. Para ele, todas as obras
de arte produzem emoções estéticas nos espectadores, ouvintes ou leitores. Essas emoções
são desencadeadas pois toda obra de arte genuína partiha de uma qualidade chamada “forma
significativa”. Bell crê que a arte é um conceito estimativo, chamar algo de arte não é apenas
classifica-lo, mas ta,bém enunciar seu valor.

CRÍTICAS À TEORIA DA FORMA SIGNIFICATIVA

Circularidade

Esse argumento é dito circular, uma vez que seus conceitos são definidos um em relação ao
outro. Portanto, é considerado insatisfatório, sem a eliminação dessa circularidade a teoria
permanece sem ser informativa.

Irrefutabilidade
Outra objeção a teoria da forma significativa é que não é possível refutá-la. Como esta define
que existe uma emoção experimentada por todo apreciador de arte, contudo, é muito difícil
provar que isso realmente aconteça. Asssim, como é aceita a ideia de que se uma teoria não
pode ser refutada ela não pode ser considerada uma teoria, a teoria da forma significativa
pode nem ser chamada de teoria.

A TEORIA IDEALISTA

Formulada por R. G. Collingwood, a teoria idealista afirma, diferentemente das outras teorias,
que a obra de arte real não é física, mas uma ideia ou emoção na mente do artista. Essa teoria
ainda propõe a distinção entre arte de oficio. Segundo ele, obra de arte não serve a qualquer
proposito, mas são criadas através do envolvimento do artista com um vinculo artístico, como
tinta e óleo. Em contrapartida, objetos de oficio são criados com um intenção. Uma pintura de
Van Gogh seria do tipo obra de arte, já uma mesa seria do tipo objeto de oficio. Logo, ele defini
que a arte genuína não tem proposito, ela é um fim em si mesma.

CRÍTICAS À TEORIA IDEALISTA

ESTRANHEZA

Uma das críticas a essa teoria é considerar estranho que as obras de arte sejam uma ideia da
mente. Essa é uma opinião difícil de aceitar.

Limitada demais

Outra objeção é que ela é demasiadamente limitada, na medida em que caracteriza muitas
obras de arte como objetos de oficio. Só porque foram criados com um determinado
proposito, não quer dizer que objetos de oficio não sejam considerados obras de arte.

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