Você está na página 1de 2

ESPÉCIES/GRUPOS SUSCETIVEIS: As espécies de Aspergillus spp.

estão relacionadas
entre os fungos filamentosos ubiquitários e saprotróficos frequentemente encontradas no solo, materiais
orgânicos, água, ambientes internos e etc (SPANAMBERG,2012). Neste gênero são encontradas cerca de
250 espécies, porém apenas algumas foram descritas como causadoras de infecções em humanos e animais.
Espécies como: Aspergillus amstelodami, Aspergillus glaucus, Aspergillus nidulans, Aspergillus niger,
Aspergillus nigrescens e Aspergillus terreus podem provocar a aspergilose, porém, as duas espécies mais
envolvidas na maioria dos surtos são Aspergillus fumigatus e Aspergillus Flavus. (ANDREATTI FILHO,
2006). Os grupos mais suscetiveis a se contaminarem com a Aspergillus spp são as aves, onde é causada a
aspergilose, que é causada principalmente pela então citada Aspergillus fumigatus, e é a micose mais
comum das aves. Ela é caracterizada pela ocorrência de sinais respiratórios, com lesões nos sacos aéreos e
pulmões, podendo apresentar formas encefálica, digestiva e reprodutiva. O Aspergillus spp é um habitante
frequente no meio ambiente, o que possibilita que aves nas duas primeiras semanas de idade apresentem
maior susceptibilidade à doença e tornando-se mais resistentes à infecção na idade adulta. (BERCHIERI JR
et al., 2009)
- Modo de transmissão: Os indivíduos estão expostos ao risco por inalação de propágulos infectantes,
que contém no solo. A principal porta de entrada do fungo no organismo é a via inalatória. Essa transmissão
ocorre pela inalação de esporos do fungo presentes no sistema de ventilação contaminado, uso de chuveiros,
contato direto com roupas ou objetos contaminados e ar contaminado por obras ou reformas no ambiente.
- Período de Incubação: 1 á 7 dias.
- Período de Transmissibilidade: 7 á 15 dias

EPIDEMIOLOGIA: A forma infectante é veiculada pelo ar. É uma doença de ococrrência


universal. Além de determinar infecção humana, podem ser também patógenos de pássaros e insetos, sendo
considerada a enfermidade fúngica de maior morbidade e mortalidade em aves tendo como órgão alvo o
aparelho respiratório. As principais síndromes relacionadas à aspergilose são: doença invasiva, formas
pulmonares e extrapulmonares.
Apesar da aspergilose corresponder a 30% de óbitos entre aves de cativeiro, o diagnóstico é difícil devido a
ausência de sinais clínicos, o que o torna tardio. (CABANA et al., 2007) O diagnóstico da aspergilose é
realizado no pós-morte, (TESSARI et al., 2004), podendo ser por meio de cultura ou exame microscópico.
No início da infecção, na maioria dos casos, ela pode ser localizada no trato respiratório inferior e mais
tarde avançar para outros sistemas. E por não ser transmitida de um indivíduo para o outro, não é
considerada uma doença contagiosa, mas apesar de não transmitir de um animal para outro, a Aspergilose
acomete além das aves, o homem, caninos, equinos e bovinos, porém as aves ainda são as mais atingidas por
esse fungo.

Sinais clinicos e respostas imunológicas: Os sinais clínicos são geralmente não-específicos


(letargia, inapetência e anorexia) ou podem estar relacionados com alterações do trato respiratório (rinite,
mudança na vocalização, dispneia).
Tipicamente os pulmões e sacos aéreos são afetados, com formação de nódulos caseosos ou placas, e
granulomas com áreas necróticas, podendo ocorrer disseminação hematógena para outros órgãos. Caso a
colonização fúngica ocorra na traqueia ou siringe, pode ocorrer obstrução parcial ou total do lúmen
respiratório, ocasionando mudança ou perda de voz, dispneia. A aspergilose, em geral, não acompanha
sinais clínicos sendo mais encontrada post mortem através da observação de pequenos grânulos em sacos
aéreos. Quando encontrados, os sinais clínicos incluem perda de peso, letargia e sinais
respiratórios como rinite e mudanças na vocalização, quando as lesões estão localizadas na
traqueia e na siringe, causando obstrução parcial ou total do lúmen respiratório. Dispneia pode
ser observada, especialmente quando existe comprometimento pulmonar (COOPER, 2002;
TELL2005; SPANAMBERG,2012)..
A penetração de Aspergillus spp. aos tecidos estimula uma resposta inflamatória
produzindo infiltrado de heterofilos, linfócitos, monócitos e algumas células gigantes. Devido
a esta característica, os fármacos recomendados para o tratamento da aspergilose não atingem
o fungo que se mantém isolado na corrente sanguínea. Os melhores resultados de tratamento
de lesões granulomatosas tem sido o debridamento de lesões focais e tratamento tópico em
associação com fármacos sistêmicos (imidazóis e triazóis). O tratamento é complexo, prolongado
e o diagnóstico precoce torna-se necessário para aumentar sua eficácia. Entretanto, em casos
avançados não apresenta sucesso (ABUNDIS-SANTAMARIA, 2013; ATKINSON, 1998;
OGLESBEE, 1997 apud SANTOS et al., 2014). Para Ceolin et al. (2012), uma vez detectada
a fonte de contaminação, imediatamente deve ser eliminada, junto da implementação de antifúngicos,
conforme o local e o substrato de contaminação.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/108152/000946635.pdf?sequence=1 (SPANAMBERG,
2012). / (ANDREATTI FILHO, 2006).

https://www.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais-2012/ccs/aspergilose%20aviaria%20a%20revisao
%20bibliografica.pdf (CABANA et al., 2007) / (TESSARI et al., 2004),

http://www.cstrold.sti.ufcg.edu.br/grad_med_vet/tcc_2014.2/29_maycon_rodrigues_da_silva.pdf .
(BERCHIERI JR et al., 2009)

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aspergilose

https://www.pointanimaldf.com.br/aspergilose-em-aves-de-companhia-e-vida-livre/

https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/108152/000946635.pdf?sequence=1 (COOPER, 2002;


TELL2005; SPANAMBERG,2012).. (ABUNDIS-SANTAMARIA, 2013; ATKINSON, 1998;
OGLESBEE, 1997 apud SANTOS et al., 2014). Para Ceolin et al. (2012),

Você também pode gostar