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Gerenciamento de riscos na
construção civil com a utilização do
PMBOK
DOI: 10.47573/aya.5379.2.84.4
A construção civil, por ser um mercado bastante competitivo, vem buscando nas últimas décadas
implantar as metodologias do gerenciamento de projetos para seus empreendimentos, nela des-
taca-se o PMBOK. O mercado exige um maior controle das obras construtivas, devendo a em-
presa possuir a gestão financeira, afim de se conseguir atingir a lucratividade do planejamento
inicial e prever os riscos de forma que os custos não fiquem além do estimado. Nesse contexto,
o presente trabalho tem como objetivo apresentar como o gerenciamento de riscos pode ser uti-
lizado em obras de construção civil, utilizando um dos grupos de processos do PMBOK e plani-
lhas em extensão “.xlsx”. A partir da análise dos resultados, verificou-se que o gerenciamento de
riscos pode ser realizado através de uma planilha que compara o planejado e o que está sendo
executado, podendo de tal forma acompanhar a cada atualização do cronograma físico-finan-
ceiro se a obra está “caminhando” da forma planejada, podendo assim corrigir o seu andamento
para que no final o resultado financeiro estimado seja atingido.
INTRODUÇÃO
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De acordo com Fe, Isis e Tanaka (2018), além de autorizar o progresso ininterrupto das
atividades de execução e controle dos serviços, a essência desses métodos apurados com as
melhores técnicas em gerenciamento de projetos faz com que a tecnologia utilizada pela em-
presa se sustente atualizada e afinadas com as necessidades de construtivas solicitadas pelo
mercado.
Nesse contexto, o presente artigo tem como objetivo apresentar como o gerenciamento
de riscos pode ser utilizado em obras de construção civil, utilizando um dos grupos de processos
do PMBOK e planilhas em extensão “.xlsx”. O presente estudo foi realizado baseado na obra no
DF-495 na altura do KM 6, Cidade Ocidental-GO. O empreendimento tem 1290 lotes, dos quais
1197 são residenciais e 93 são comerciais. A escolha do tema do presente estudo justifica-se
pela necessidade de fomentar essa temática pouco abordada na literatura, visto que é um tema
escasso no meio científico, especialmente no Gerenciamento de Projetos.
METODOLOGIA
Conforme caracterizam Pereira et al. (2018), do ponto de vista da natureza, esse traba-
lho trata-se de uma pesquisa básica. Pelas perspectivas de abordagem, é uma pesquisa quan-
titativa. Analisando os objetivos essa pesquisa é exploratória. Em relação aos procedimentos
técnicos é do tipo estudo de caso.
Para a realização desse estudo, a primeira etapa foi a organização do problema a ser
pesquisado, para posteriormente avaliar e aplicar todo o máximo do material bibliográfico dispo-
nível, uma vez que o tema deve conter relevância tanto teórica como prática e proporcionar in-
teresse de ser estudado (GIL et al., 2002). Logo, foi necessário iniciar o trabalho com um estudo
bibliográfico, antes de apresentar um estudo de caso.
Pela característica da construção civil ser uma atividade que envolve vários processos
conjuntos, é necessário um sistema de gerenciamento eficiente, possibilitando controle e au-
mento de produtividade. A gestão de projetos promoveu um ganho de recursos, seguidos da
programação das atividades que possibilita controle da quantidade, dos prazos e dos custos
(ALBERICO et al., 2018).
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1. Grupo de processos de Iniciação: é a definição de um novo projeto ou através de uma
autorização para se iniciar;
Pode-se destacar no gerenciamento de construção civil a norma ISO 31.000, no qual ga-
rante a eficácia do gerenciamento de risco na integração da governança em todas as atividades
da organização (OLIMPIO; CAMPOS, 2019). Segundo os autores, essa norma também aponta
o papel do alinhamento do gerenciamento ao planejamento operacional e estratégico, fazendo
parte das tomadas de decisão em todos os âmbitos, além de trazer a definição do macroproces-
so pelo qual uma boa gestão de riscos deve ser baseada, conforme Figura 1.
Figura 1- Macroprocesso definido pela norma ISO 31.000
O processo central, de avaliação de riscos, pode ser diferenciado em cada fase dos
projetos: FEL1: Realizar análise de riscos do negócio; FEL2: Realizar análise de riscos das al-
ternativas; FEL3: Realizar análise de riscos do projeto e Execução: Realizar análise de riscos do
projeto.
RISCOS E INCERTEZAS
O risco é uma exposição a algo não planejado que de alguma forma pode vir de ma-
neira negativa, ou seja, trazendo um resultado não esperado. O risco possui muitas definições,
muito dependente da área ao qual é abordado, podemos enfatizar a financeira, a das ciências
operacionais, matemáticas, estatísticas, econômicas, itens muito importantes e relevantes para
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construção civil.
Segundo Campos (2018), o risco não é mais que o grau de incerteza que se tem em
relação a um evento, e onde haverá incerteza, haverá sempre um risco associado ou pode ser
simplesmente, entrando na área probabilística, o desvio padrão da variável aleatória. Conforme
explica Lima (2019), os coeficientes de atraso geralmente associados às estimativas de dura-
ções de atividades, não são mais que o risco associado a estas.
Entretanto, para Alves (2020) não há risco se não houver incerteza, porém, poderá haver
incerteza sem haver risco. Acontecimentos catastróficos de ordem natural são um exemplo claro
deste conceito, pois, não podem ser considerados um risco, não são quantificáveis. Podemos
afirmar que o risco de projeto é o conjunto de todos os riscos singulares adjuntos às tarefas exer-
cidas ao decorrer do projeto, sendo assim um conceito de difícil realização.
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Figura 2 - Quadro de Resultados
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forma que o gerente da obra consiga ter noção de quanto falta a realizar e como ele irá gerenciar
a sua equipe para que o alvo financeiro seja atingido. Na empresa em questão haviam reuniões
com os acionistas para que fossem apresentados os dados e eles tivessem o conhecimento de
como estavam os números das obras e qual resultado financeiro final esperar. A Figura 4 apre-
senta o Gráfico de acompanhamento.
Figura 4 - Gráfico de acompanhamento
A Figura 4 traz duas informações importantes, a linha laranja representa a linha do pla-
nejado inicial, a verde sólida representa o realizado e o tracejado representa o replanejado da
obra. É nítido verificar que a partir do terceiro mês de obra, a produtividade não acompanhou o
planejado, por diversos motivos, essa obra teve vários problemas referentes a autorização de
órgãos fiscalizadores, como IBAMA, prefeitura da cidade e chuvas, por exemplo. Por se tratar de
uma obra de infraestrutura que possuía grande parte dos serviços referentes a movimentação de
terra e terraplanagem, a chuva foi fator impactante ao final do contrato.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da análise dos resultados encontrados, verificou-se que por mais que tivesse um
acompanhamento mensal físico-financeiro na obra analisada, o gerenciamento de riscos não
fora bem executado previamente, pois, o objetivo de se realizar uma análise de riscos é que este
seja previsto evitando assim a sua correção, logo, problemas documentais, chuvas, entre outros
problemas apresentados na obra, são situações facilmente previsíveis.
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REFERÊNCIAS
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