Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
As pessoas têm planejado e gerenciado projetos desde o início dos tempos. Toda
vez que uma civilização criou suas raízes houve projetos a serem gerenciados: prédios a
construir, estradas a pavimentar e leis a serem escritas. Mesmo sem as ferramentas, técnicas
e metodologias avançadas de que dispomos hoje, as pessoas criaram linhas de tempo,
alocaram materiais e recursos e avaliaram os riscos envolvidos em seus projetos.
Com o passar do tempo, as pessoas perceberam que as técnicas para controle de
custo, desenvolvimento da programação, procura e compra de recurso e gerenciamento de
riscos poderia ser aplicado a uma variedade de projetos, seja erguendo pontes, realizando
colheitas sazonais ou decidindo como se governar. Estas idéias foram as precursoras do
estabelecimento de técnicas de gerenciamento que hoje conhecemos como “Gerenciamento
de Projetos moderno”.
As organizações modernas estão descobrindo que a utilização do Gerenciamento de
Projetos traz muitas vantagens. Clientes esclarecidos exigem cada vez mais produtos
melhores e serviços mais rápidos. As pressões para acompanhar a velocidade do mercado
demandam maior eficiência. Gerenciar projetos de forma profissional encontrou seu lugar
na arena empresarial competitiva e global de hoje.
6
GERÊNCIA DE PROJETOS
CONCEITO
Gerência de Projetos (ou Gestão de Projetos) é a aplicação de conhecimentos,
habilidades e técnicas na elaboração de atividades relacionadas para atingir um conjunto de
objetivos pré-definidos. O conhecimento e as práticas da gerência de projetos são melhores
descritos em termos de seus processos componentes.
Esses processos podem ser classificados em cinco grupos de processo (iniciação,
planejamento, execução, controle e encerramento) e nove áreas de conhecimento (gerência
de integração de projetos, gerência de escopo de projetos, gerência de tempo de projetos,
gerência de custo de projetos, gerência de qualidade de projetos, gerência de recursos
humanos de projetos, gerência de comunicações de projetos, gerência de riscos de projetos
e gerência de aquisições de projetos).
Reduzida à sua forma mais simples, a gerência de projetos é a disciplina de manter
os riscos de fracasso em um nível tão baixo quanto necessário durante o ciclo de vida do
projeto. O risco de fracasso aumenta de acordo com a presença de incerteza durante todos
os estágios do projeto. Um ponto de vista alternativo diz que gerenciamento de projetos é a
disciplina de definir e alcançar objetivos ao mesmo tempo em que se otimiza o uso de
recursos (tempo, dinheiro, pessoas, espaço, etc).
A gerência de projetos é freqüentemente a responsabilidade de um indivíduo
intitulado gerente de projeto. Idealmente, esse indivíduo raramente participa diretamente
nas atividades que produzem o resultado final. Ao invés disso, o gerente de projeto trabalha
para manter o progresso e a interação mútua progressiva dos diversos participantes do
empreendimento, de modo a reduzir o risco de fracasso do projeto.
7
ABORDAGENS
Na indústria de informática, geralmente há dois tipos de abordagens comumente
utilizadas no gerenciamento de projetos. As abordagens do tipo "tradicional" identificam
uma seqüência de passos a serem completados. Essas abordagens contrastam com a
abordagem conhecida como desenvolvimento ágil de software, em que o projeto é visto
como um conjunto de pequenas tarefas, ao invés de um processo completo. O objetivo
desta abordagem é reduzir ao mínimo possível o overhead. Essa abordagem é bastante
controversa, especialmente em projetos muito complexos. Mesmo assim, tem conquistado
adeptos em números crescentes.
Nas últimas décadas, emergiram uma série de abordagens na indústria em geral.
Dentre essas abordagens se destaca a abordagem do PMBOK, que tem se tornado um
padrão de fato em diversas indústrias.
Abordagem tradicional
Na abordagem tradicional, distinguimos cinco estágios no desenvolvimento de um
projeto:
Iniciação de projeto;
Planejamento de projeto;
Produção de projeto;
Monitoramento de projeto;
Fechamento (conclusão) de projeto.
Nem todos os projetos vão seguir todos estes estágios, já que projetos podem ser
encerrados antes de sua conclusão. Alguns projetos talvez não tenham planejamento ou
monitoramento. Alguns projetos passarão pelos estágios 2, 3 e 4 múltiplas vezes.
O projeto ou empreendimento visa a satisfação de uma necessidade ou
oportunidade, definida no texto acima como fase inicial na qual existem muitas áreas e/ ou
pessoas envolvidas. Em geral sempre existe mais que uma solução ou alternativas para
atender às mesmas necessidades. A técnica usada para definir a solução final passa pelo
desenvolvimento de alternativas extremas. A primeira de baixo custo que atende as
necessidades mínimas para ser funcional. A segunda tenta atender a maior parte das as
exigências das diversas áreas envolvidas no escopo que resulta num projeto com custo
8
produto tem baixo valor agregado tem baixo número de componentes e empresas
que entram em sua rede;
Gerenciamento de riscos de projeto: podem ser definidos como as condições que,
caso venham a ocorrer, podem comprometer ou impedir a realização de um dado
projeto. A necessidade de gerenciar riscos decorre, principalmente, da constatação
de que a quantidade e diversidade dos riscos de projeto excedem o montante de
recursos alocados para neutralizar todos esses riscos durante a execução do projeto.
Essa situação demanda que os riscos devam ser priorizados ou "gerenciados"
adequadamente;
Cronograma: é um instrumento de planejamento e controle semelhante a um
diagrama, onde são definidas e detalhadas minuciosamente as atividades a serem
executadas durante um período estimado de tempo. A nível gerencial, um
cronograma é um artefato de controle importante para levantamento dos custos de
um projeto e, a partir deste artefato, pode ser feita uma análise de viabilidade antes
da aprovação final para a realização do projeto.
Propósito do PMBOK
O propósito principal do PMBOK é identificar o subconjunto de conhecimentos
sobre a profissão que é consenso, sendo aplicáveis para a maior parte dos projetos na maior
parte do tempo. Outro propósito é prover um vocabulário único para a profissão,
padronizando seus termos. Também é usado como referência básica para os exames de
certificação do PMI.
Estruturação do PMBOK
É considerado um guia teórico para o desenvolvimento de projetos práticos, serve
como orientador para o estudo de metodologias para projetos.
A abordagem do PMBOK não é restrita ao desenvolvimento de sistemas, sendo
largamente utilizada em diversas indústrias (notadamente nas indústrias ligadas à
construção civil).
De acordo com esta abordagem, a gerência de projetos aborda as seguintes áreas de
conhecimento:
Início do projeto
Quando um projeto é selecionado, o próximo passo são os processos de início. Uma
das principais saídas do início é a patente do projeto, que é importante para dar autoridade
para o projeto.
A patente do projeto dá nome ao projeto, e define gerente de projeto. Também
define as necessidades de negócios a serem satisfeitas pelo produto do projeto. Diz-se que o
projeto não existe até que uma patente tenha sido criada.
No final do projeto;
No final de fase do projeto;
Na entrega dos principais produtos finais dentro do projeto.
tecnologia nova que ainda não foi testada exaustivamente traz consigo riscos herdados. O
ideal é não fornecer nenhuma informação sobre o custo de projeto para o cliente sem antes
validar por completo o entendimento dos requisitos e do escopo com os usuários e sem
antes avaliar as tecnologias disponíveis no momento. Esse processo deve envolver o
gerente do projeto, os membros do time do projeto e o usuário. Falhas nas estimativas,
variações e surpresas de custos podem ser minimizadas em projetos de tecnologia da
informação sem forem utilizados os processos de gerenciamento de custo, conforme
estruturados no PMBOK.
Composição orçamentária
A composição orçamentária se constitui em um plano no qual os recursos alocados
são associados aos seus respectivos custos. Portanto, o ato de elaborar um orçamento
significa alocar recursos escassos provenientes de várias fontes em uma organização. O
resultado de um processo de alocação de recursos freqüentemente não satisfaz os gerentes,
os quais devem se adaptar a uma realidade imposta pelas restrições de um orçamento.
Entretanto verifica-se que as restrições de orçamento se constituem precisamente naquilo
que proporciona sustentação a uma política empresarial. Uma medida de importância do
resultado deste processo se reflete em como as diversas atividades de uma empresa são
adequadamente desempenhadas. A maioria dos gerentes seniores de que temos
conhecimento tendem a ser imparciais na condução do processo de composição
orçamentária, alocando recursos para cada atividade planejada no nível “exato” – nem
alocando recursos acima do previsto, o que acarreta e estimula uma gerência negligente,
nem alocando recursos abaixo do previsto, o que irá inibir e frustrar os planos aos quais um
compromisso foi engajado. Considerando-se que um gerente será o responsável pela
utilização de recursos com o intuito de atingir determinado objetivo, a utilização de
recursos deverá ser monitorada com bastante cuidado. Este fato permite que desvios da
utilização planejada possam ser confrontados com o progresso do projeto, sendo gerados
relatórios neste sentido caso os gastos com os recursos alocados não estejam compatíveis
com os resultados alcançados. No nível mais alto está o planejamento do projeto como um
todo, que é então dividido diversas vezes e, talvez, ainda novamente em um “ninho” de
planos. Planejamentos de projetos demonstraram ser equivalentes a uma EAP. Se
16
Grupos de processos
Os processos de gerenciamento de projetos podem ser organizados em cinco grupos
de um ou mais processos:
1. Processos de Iniciação – autorização do projeto ou fase;
2. Processos de Planejamento – são processos iterativos de definição e refinamento
de objetivos e seleção dos melhores caminhos para atingir os objetivos;
3. Processos de Execução – execução dos planos do projeto: coordenação de pessoas
e outros recursos para executar o plano;
4. Processos de Controle – medição e monitoramento do desempenho do projeto.
Garantem que os objetivos do projeto são alcançados através do monitoramento e
medição regular do progresso, de modo que ações corretivas possam ser tomadas
quando necessário;
5. Processos de Fechamento – aceitação formal do projeto (com verificação de
escopo) ou fase para a sua finalização.
Os grupos de processo são ligados pelos resultados que produzem: o resultado de
um processo freqüentemente é a entrada de outro. Os cinco grupos de processos possuem
conjuntos de ações que levam o projeto adiante, em direção ao seu término.
Dentro dos cinco grupos de processos existem duas categorias de processos: básicos
e facilitadores. Os processos básicos possuem uma ordem lógica e seguem uma progressão
rígida. Os processos facilitadores são mais flexíveis, e dão suporte aos processos básicos.
As atividades no caminho crítico são monitoradas ativamente quanto a deslizes,
enquanto os deslizes nas atividades do caminho não crítico são verificados periodicamente.
19
Interações de Processos
Dentro de cada grupo de processos, os processos individuais podem ser ligados
pelas suas entradas (inputs) e saídas (outputs). Focando nessas ligações, podemos descrever
cada processo nos termos de seus:
1. Entradas (inputs) – documentos ou itens que serão trabalhados pelo processo;
2. Ferramentas e técnicas – mecanismos aplicados aos inputs para criar os outputs;
3. Saídas (outputs) – documentos ou itens que serão o resultado final do processo.
Esses três componentes de processo transformam decisões, condições, planos e
reações em condições e progresso. A saída de um processo geralmente é a entrada para
outro. Dentro de cada processo, as ferramentas e técnicas usadas num processo orientam e
influenciam a sua saída. Uma saída com falhas pode comprometer a entrada de processos
dependentes.
Os processos podem ser, até certo ponto, customizáveis (personalizados) a cada
projeto. Pode ser modificado, ou até excluídos, para melhor atender as particularidades de
dado projeto. No entanto, essas modificações devem ser feitas criteriosamente.
20