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ESCOLA MUNICIPAL HILDETE BAHIA DE SOUZA

Aluno (a): ___________________________________________________


Data: _____/_____/_____ Série: ______ Turma: ______ Valor: 4,0 + 1,0
Prof.: _____________________________ Nota: __________

Avaliação da I unidade de Português

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

O velho que assustava o medo

O menino se aproximou, curioso, do ancião. Tinham dito ao garoto que era o velho
mais sábio do continente africano. Passava os dias sentado embaixo do grande baobá que
dava sombra à savana. A árvore era seu trono e, ele, o rei das terras quentes e secas.
O menino tinha os olhos grandes e brilhantes como bolas de cristal preto, o cabelo
cacheado e a pele escura como uma linda noite. Em seu olhar, sempre transparecia uma
pergunta. Queria conhecer o mundo, queria saber como era a África.
O ancião tinha palavras incrustadas em suas rugas, suas mãos tinham se
acostumado a tecer histórias, sua voz sabia voar como os pássaros, brilhar como as
estrelas, escorrer entre as sombras como os peixes coloridos.
Contou ao garoto que queria saber tudo que a única forma de conhecer a África e o
mundo era ouvir todos os contos e todas as lendas. As palavras, que viajam desde os
tempos remotos dentro das histórias, dizem mais do que significam.
Elas estão escritas com os fios da noite.
E como vou descobrir os contos? Quem vai me contar as lendas? Apressou-se a
dizer o garoto de olhar ansioso.
O velho sorriu. Naquele sorriso, havia mistérios, sabedorias que vinham do passado,
magia de outros mundos.
Encheu a vasilha de barro negrusco que sempre o acompanhava com um punhado
de terra e pedrinhas. Depois, levantou o recipiente por cima da cabeça e derramou a terra.
Misturou-se no ar e caiu entre a grama e as folhas secas. O menino o escutava em
silêncio. Estudava todos os movimentos e ações do velho. Sabia que seus gestos, suas
palavras e suas ações tinham um significado mágico. Mais tarde, encheu a vasilha de água
e pediu ao garoto que o acompanhasse até o rio. Derramou o líquido sobre o torvelinho de
águas correntes.
Escute como a terra se mistura com o vento. Escute as palavras que as águas
dizem quando arrastam outras águas.
Estava muito sério. Sabia que tinha de fazer o garoto compreender a importância de
aprender o que a terra quer nos contar.
Todo mundo na África sabe que só precisamos escutar a Terra. Os contos estão
nela - as palavras do velho pareciam ficar presas nos galhos do baobá.
Nos contos, escondem-se segredos. Cada palavra serve para algo além de dizê-la e
deixá-la voar ao vento. As palavras podem matar pessoas ou acariciar ouvidos nas noites
frias.
Se maltratarmos a natureza, os relatos se perderão.
É a terra que conta, pois as histórias nasceram nela, por isso dizemos que na África
se contam os contos para o medo dormir.

Disponível: https://www.todamateriabr.com.br/matematica/velho-que-assustava-o-medo-o-menino-se
acesso em 18/04/23

1. Pela leitura do conto, a voz do ancião (0,4)


a) brilhava como bolas de cristal preto.
b) brilhava como as estrelas.
c) reinava nas terras quentes e secas.
d) tecia as histórias da África.

2. Segundo o velho homem, para o menino conhecer a África, ele deveria (0,4)
a) ouvir todos os contos e todas as lendas.
b) viajar desde os tempos remotos pelas histórias.
c) saber voar como os pássaros e brilhar como as estrelas.
d) tecer histórias dos povos antigos, da sabedoria ancestral.

3. De acordo com o que está presente no texto, o velho homem “sabia que tinha de fazer o
garoto compreender a importância do que a terra quer nos contar”. Isso porque é na terra
que estão (0,4)
a) os alimentos e a água.
b) as árvores e os animais.
c) todos os relatos.
d) a chuva e o vento.

4. A paixão/emoção humana que gera o texto é (0,4)


a) o medo de saber o que tem na África.
b) a alegria de aprender com os mais velhos.
c) o desejo de conhecer o mundo através da África.
d) o prazer de contar histórias do continente africano.

5. Após a leitura global do texto, é possível afirmar que na sabedoria africana: (0,4)
a) a palavra gera medo nas pessoas devido ao poder que ela tem.
b) a natureza é a base de tudo, sem ela não existiria história.
c) as águas arrastam todo medo que existe na sociedade.
d) os segredos de toda África estão nos olhos e rugas dos mais velhos.

6. Identifique o sujeito e o predicado das orações abaixo: (0,6)


a) As palavras do velho pareciam ficar presas nos galhos do baobá.
S= ________________________________________________________________
P= _________________________________________________________________
b) Suas palavras e suas ações tinham um significado mágico.
S= _________________________________________________________________
P= _________________________________________________________________

7. De acordo com o contexto, é possível inferirmos o significado de uma palavra, mesmo


não a conhecendo. Na oração “O ancião tinha palavras incrustadas em suas rugas…” a
palavra em destaque poderia ser substituída, sem prejuízo, por (0,4)
a) cravadas b) conhecidas c) adormecidas d) despertas

Leia a oração abaixo para responder as questões 8 e 9.

“Suas mãos tinham se acostumado a tecer histórias” .

8. A expressão em destaque trata-se de uma locução verbal. Transformando-a em uma


construção simples, a forma que a substituiria, adequadamente, considerando o tempo do
verbo principal, é: (0,3)
a) se acostumaram c) se acostumarão
b) se acostumavam d) se acostumam

9. A forma nominal em que o verbo ACOSTUMAR se encontra é: (0,3)


a) infinitivo b) gerúndio c) particípio d) pretérito

Observe a imagem abaixo e responda a questão 10.

10. A imagem acima retrata uma cena de um conto popular africano. Analisando a
linguagem e a mensagem que ela passa é correto afirmar que (0,4)
a) a personagem que está em pé parece oferecer ajuda a que está deitada.
b) a personagem que está deitada parece zangada com a atitude da mulher.
c) a linguagem utilizada na imagem é a linguagem mista, pois há a presença de
imagens e palavras.
d) o cenário é de uma cidade urbana, devido a presença de pouca natureza.
11. QUESTÃO (1,0) - PRODUÇÃO DE TEXTO

A partir da imagem acima, produza um conto popular. Siga as orientações abaixo:


 A história deve se passar em uma tribo na África.
 As personagens são as duas mulheres que aparecem na história.
 Deve ter um tambor na história.
 Mínimo 10 linhas.

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