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11Instituto Superior de Economia e Gestão – Universidade de Lisboa

Matemática Financeira
Exame Final / Época Normal – 7 de junho de 2022 (2 horas e 15 minutos)
JUSTIFIQUE TODAS AS RESPOSTAS. APRESENTE TODOS OS CÁLCULOS
Exercício 1 (20)
Admita o RJC e a taxa i(4 )=5 % . Calcule:
― A correspondente taxa anual com capitalizações semestrais;
― A correspondente taxa anual com capitalizações de dois em dois meses, mas no RDC;
― A taxa anual que, no RJS, permite obter o mesmo valor acumulado ao fim de seis meses
quando se faz um investimento de 1 em t=0. Comente.

Exercício 2 (10 + 10 + 10)


Num investimento, o retorno é produzido de acordo com a força de juro
δt= {0.01+0.005 t , 0 ≤ t< 8
0.05 , t≥8
, o tempo medido em anos.

a) Em t=0 fez-se um investimento de montante X, que em t=20 tem valor acumulado


20 000. Calcule X.
b) Calcule a força de juro constante em todo o intervalo [ 0 , 20 ] implícita na acumulação em
a), de duas formas diferentes e equivalentes.
c) No fim dos 20 anos, é devido imposto sobre o juro total, à taxa de 25%. A taxa média
anual de inflação no período foi 2.2%. Qual foi a taxa média anual ‘real’, depois dos
impostos?

Exercício 3 (5 + 20 + 10)
A partir de t=0 , uma seguradora paga uma perpetuidade de 2000 no início de cada mês.
a) Calcule o valor atual (VA) da perpetuidade (o seu preço), dada a taxa i(12)=4.8 %.
b) Imediatamente a seguir ao recebimento do 30º pagamento mensal, o comprador da
perpetuidade acordou com a seguradora trocar os termos restantes por uma renda
temporária equivalente que efetuará apenas 20 pagamentos: X 1 daí a um ano, X 1 +1200 daí
a dois anos, X 1 +2400 daí a três anos,…, X 1 +22 800 daí a 20 anos. Calcule X 1 .
(12)
(i =4.8 %)
c) Em t=0 também estava disponível uma perpetuidade imediata que faria pagamentos
anuais postecipados de valor X 2 (cada um) nos primeiros 25 anos e de valor X 3 (cada um)
daí em diante. Em t=25 os primeiros 25 pagamentos valem o dobro dos restantes. Calcule
X 2 e X 3 , de modo que o valor da perpetuidade em t=0 seja igual a VA. (i (12)=4.8 %)

Exercício 4 (15 + 20)


Um empréstimo de montante L é reembolsado por meio de dez prestações anuais de capital e
juro composto, calculado à taxa efetiva anual de 6%. A primeira prestação, daí a um ano, é
igual a 10 000 e cada uma das prestações seguintes é igual à anterior multiplicada por 1.1,
mas só até certo ponto, pois nenhuma prestação pode exceder 16 000.
a) Calcule L e construa o quadro de amortização para os anos 1 a 4.
b) Seis meses depois de paga a sétima prestação (16 000), a taxa de juro efetiva anual
aumentou para 8%, aumentando as prestações seguintes. O agente devedor quis liquidar
imediatamente o valor em dívida e pôr fim à transação, mas o credor exigiu receber uma
compensação adicional igual a 1400 para aceder. Será mais vantajoso para o agente
terminar ou continuar?
Exercício 5 (20 + 15)
Um investidor tem duas alternativas de investimento, os projetos A e B.
O projeto A requer um investimento de 1 309 530 em t=0 e gera rendimentos durante 25
anos, a começar logo no primeiro, em que são iguais a 100 000. Os rendimentos anuais são
recebidos em frações constantes, no fim de cada trimestre, e só aumentam de cinco em cinco
anos, com uma taxa de crescimento anual de 5%. Durante os 25 anos o investidor incorre em
despesas de 12 000 por ano, que também serão pagas fracionadamente, no fim de cada
trimestre.
O projeto B requer um investimento de 1 000 000 em t=0 e também gera rendimentos
durante 25 anos, começando logo no ano do investimento. Durante os primeiros 20 anos, os
rendimentos totalizam 85 000 por ano, nos cinco anos finais aumentam para 90 000 por ano.
Os rendimentos anuais serão recebidos continuamente, às taxas anuais indicadas. Não há
despesas.
a) Verifique que a TIR do projeto A é ≈ 9 % (anual, efetiva).
b) Estude se a TIR do projeto B excede a TIR do projeto A e discuta a decisão do investidor.

Exercício 6 (15 + 5 + 10)


Certo governo regional emitiu cinco obrigações de valor nominal 100, com maturidades de
um dois, três quatro e cinco anos, respetivamente. Os títulos serão redimidos ao par e pagam
cupões anuais à taxa r =4 %. A taxa de juro efetiva anual corrente é 5%.
( Ia )n∨¿+100n v n

a) Use o formulário para deduzir que a duração das obrigações a n anos é D=4 ¿
4 an∨¿+100 v ¿n

e calcule as durações das obrigações com maturidades a um ano e três anos.


b) Sem efetuar quaisquer cálculos, justifique que as obrigações a cinco anos têm uma duração
menor com r =8 % do que com r =4 % .
c) Quatro anos depois da emissão, a seguir ao pagamento do cupão, o governo preveniu os
obrigacionistas com os títulos a cinco anos que não iria conseguir efetuar o pagamento
previsto para daí a um ano. Deu-lhes a escolher entre receberem apenas 79% do valor
nominal daí a um ano (e o último cupão não seria pago) ou receberem cupões anuais à taxa
de 1% nos oito anos seguintes, no fim dos quais lhes seria integralmente pago o valor de
reembolso. Os títulos tinham custado 95 na emissão. Verifique que a primeira opção
corresponde a um retorno nulo e que a segunda opção lhe é preferível.

Exercício 7 (15)
Admita uma força de juro δ constante ao longo do tempo e sejam i e d as correspondentes
taxas efetivas anuais de juro e desconto, respetivamente. Use o desenvolvimento em série
2 3 4
x x x
ln ( 1+ x )=x− + − +…
2 3 4
\\\\\\para mostrar que

δ= [
1 i+ d i 2−d 2 i 3 +d 3 i 4−d 4
2 1

2
+
3

4
+… .]
t 
A t   A  0  exp    s ds 
A t   A  0 1  i   t
t
 0 A  t   A  0 1  it  t  0 0  t  0
; ;
n
n  sds
AV   h t  e t dt
A  0   A t 1  d   t
t
 0  A  0   A  t 1  td  t  0 0
; ;
m m
 i m    d m   1
1 i  1    1; d  1  1   ;  1 d
1- td  ;  m   m  1 i
1  ti    
1 i
an i 
m
A ' t  a  an i
 t  lim i m
 ir
m nm i 
m i
i
m
m  A t  ireal  1  r ; sn i  s
m ;  n i

n
n n 1 1  v 1  r 
v  v 1  r     v 1  r 
2
v
1  v 1  r 

1 n
 Ia n  v  2v 2  3v 3  ...  nv n 

n i  nv n  lim nv  0
a
i ; n
h
  nv n   C  h  an
Cv   C  h  v 2   C  2h  v 3  ...  C   n  1 h  v n   a
i ni i

s
L L
 
t
1  i  ; OBt  Kant ;  PR  L t ; I t  i Kant 1
t 1
K ; PRt 
an sn l 1
l
sn

i
AK L  K , K  Lv nj P=C + ( Fr−Cj ) a n∨¿ j ;¿
Pt  P0 1  j 
t
j ; ; Pricet  Pt  t  Fr

n n
 s 
  Ak v  min  Ct  0, s  k  1, k  2,..., n 
t t
Bt v PbP 
PI t 0 t 0 ; s  t 0 
 s 
DPbP  min  Ct v t  0, s  k  1, k  2,..., n 
s  t 0 
1/ t  1  s t  r 
1/ r
F   
1/ r

s    1; f P ft ,t  r  
t r
  1,
 t
 1;
t P t , t  r  Pt  r   1  st  
t

 t   
r , t  1,..., n  1, t  r  2,..., n ; 1  sn   1  f 0,1
n
 1  f     1  f
1,2 n 1, n 
F  rn  1
n
rn F rn F
F   ...  ∑ t K t vt d
PV ( i )
2

1  s2  1  sn  ;
2 n
1  s1 t =1
D= n ; di
2
Conv=
∑ K t vt PV ( i )
t=1
C −¿
+ ¿− S +¿ S−¿
¿ r
C +¿
+¿ −S−¿ ,u=
S
, d=
S
¿¿ ¿
e −d
; +¿= u−d ¿
0 0
S ¿
−¿−d ,h=C ¿¿
¿ p
r
( u−d ) e
C 0=h S0 +u C
C   C
h
 hS0  C0  (1  r )  hS  
 C =hS  C  +
; S  S
Pt =Ct −( S t−K e )
– r ( T −t )
ln( S K )  ( r  0.5 2 )T
d1 
C  S   d1   Ke  rT   d 2 
;  T ,
d 2  d1   T

z  sin(2 r1 ) 2 ln r2

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