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EXM°. SR.

MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Joana Augusta,Brasileira,Solteira,enfermeira, portadora do RG n°XXXe do


CPF n°XXX, residente e domiciliada XXX, nesta cidade, vem respeitosamente
por seu advogado Thiago lenos da Silva Barros,, conforme procuração anexa
XXX, com escritório no CEP XXX,endereço que indica para os fins do art. 39, I
do CPC, com fundamento no art. 5o, LXXI da CRFB/88, vem impetrar

MANDADO DE INJUNÇÃO

em face de ato omissivo do Presidente da República, que poderá ser


encontrado na sede funcional...

I –DOS FATOS
A impetrante trabalhou durante vinte e seis anos como enfermeira do quadro
do hospital universitário ligado a determinada universidade federal, mantendo,
no desempenho de suas tarefas, contato com agentes nocivos causadores de
moléstias humanas bem como com materiais e objetos contaminados, ou seja,
trabalho considerado de risco.
Ao ser informada de que poderia obter a aposentadoria especial prevista no §
4o do art. 40, III, da CRFB/88, a impetrante requereu administrativamente sua
aposentadoria, tendo a administração pública indeferido o pedido com base na
ausência de lei complementar que regulamente a contagem diferenciada de
tempo.
Joana Augusta, portanto, não pode exercer o direito fundamental à
aposentadoria especial em razão da falta da lei que a regulamente, o que
enseja a propositura do mandado de injunção ora apresentado.

II-DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

Na forma do art. 5o, LXXI, da CRFB/88, o mandado de injunção é o remédio


constitucional responsável pela defesa em juízo de direito fundamental previsto
na constituição ainda pendente de regulamentação.
Como não há norma específica regulamentando o remédio no plano
infraconstitucional, de acordo com o art. 24, parágrafo único, da Lei 8038/90,
aplica-se ao man- dado de injunção, no que couber, as regras do mandado de
segurança, prevista na Lei 12.016/09.
De acordo com o inciso III, § 4o, do art. 40 da CRFB/88 é vedada a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria pelo
regime de que trata o artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis
complementares, dentre eles, os casos de servidores cujas atividades sejam
exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física, justamente a situação em que se encontra a impetrante que é titular de
um direito fundamental ainda pendente de regulamentação.

III – DA OMISSÃO INCONSTITUCIONAL


Até 2007 o STF adotava a posição não concretista geral e de acordo com esse
entendimento, em nome da separação entre os poderes (art. 2o, da CRFB/88),
o Poder Judiciário não poderia suprir a omissão da norma faltante, tampouco
fixar prazo para o legislador elaborar a lei, restando a sentença produzindo
efeito apenas para declarar a mora legislativa.
Desde 2007, entretanto, o Tribunal vem mudando de entendimento e tem
adotado posições concretistas, aplicando por analogia leis já existentes para
suprir a omissão normativa, ora atribuindo efeitos subjetivos erga omnes, ora
inter partes. No que tange especialmente à ausência da Lei Complementar
anunciada pelo art. 40, § 4o, a Corte tem aplicado a Lei 8213/91, no que
couber, até que seja suprida a referida omissão inconstitucional.

IV-DA LEGITIMIDADE PASSIVA


Como afirma o art 3º da lei n13300/16, São legitimados para o mandado de
injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares
dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como
impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma
regulamentadora.

V-DA LEGITIMIDADE ATIVA


Conforme o art 2º da lei n 13300/16, Conceder-se-á mandado de injunção sempre que
a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos
e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania
e à cidadania.
Sendo assim é confirmado é expressamente notório no Art. 3º São legitimados para o
mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se
afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º.

VI-DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, requer-se:


a) a notificação da autoridade omissa no endereço fornecido na inicial, para
que, querendo, preste as informações que entender pertinentes do caso;

b) a intimação do Representante do Ministério Público;

c) a condenação do Impetrado em custas processuais;

d) que o pedido seja ao final julgado procedente para que a omissão normativa
seja sanada mediante a aplicação analógica da Lei 8213/91;

e) a juntada de documentos.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para efeitos procedimentais.

Termos em que, Pede deferimento.

Local... e data...
Advogado Thiago lenos da Silva Barros
OAB XXXX

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