Você está na página 1de 2

Julia Celidonio Armond – Faculdade de Medicina de Taubaté. Turma LIX.

NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
critérios da lista nacional (magnitude, potencial
de disseminação, transcendência, compromissos
Não há como falar de vigilância epidemiológica internacionais, epidemias,, surtos e agravos
sem falar de notificação compulsória e vice e inusitados)
versa.
Ex: Difilobotríase (doença do peixe cru) não
Na 5ª Conferência Nacional de Saúde em 1975 consta na lista nacional, mas consta na lista
surgiu o Sistema Nacional de Vigilância estadual, pois é comum no sudeste.
Epidemiológica.

A notificação compulsória é a principal fonte


para Vigilância Epidemiológica.

NOTIFICAÇÃO FICHA DE NOTIFICAÇÃO


Comunicação da ocorrência de determinada Duas vias pré-numeradas (para não ter
doença ou agravo a saúde, feita a autoridade sobreposição de casos no sistema)
sanitária por profissionais de saúde ou qualquer
cidadão, para adoção de medidas de intervenção Caso a unidade opte por não trabalhar com a
pertinentes. Ficha de Notificação, as informações
preenchidas deverão ser transcritas para o
Importante ressaltar que são doenças e agravos. cabeçalho da Ficha de Investigação. Ou seja,
Por exemplo, violência doméstica não é uma não precisa preencher a Ficha de Notificação,
doença mas é um agravo e deve ser notificada. mas obrigatoriamente deve-se preencher a
ficha de Investigação e colocar o número da
O QUE NOTIFICAR? ficha de Notificação nela. Isso é só para ter
menos trabalho para a unidade de saúde, pois as
Deve-se notificar a simples suspeita da doença fichas são iguais.
ou agravo, sem aguardar a confirmação do caso,
porque pode significar perda da oportunidade de Cada doença tem a sua ficha, pois as
adoção de medidas de prevenção e controle informações necessárias para cada doença são
indicadas. distintas (ex: dengue e hanseníase).

OBSERVAÇÕES A ficha de notificação não deverá ser utilizada


para:
Deve ser sigilosa, não podendo ser divulgada
fora do âmbito médico sanitário, salvo em caso  Doenças que são notificadas somente
de risco para a comunidade após a confirmação (exceção): AIDS
(menores de 13 anos e maiores de 13
“O bem comum sempre prevalece sobre o bem anos), esquistossomose em área não
individual” endêmica, hanseníase, gestante HIV+,
leishmaniose tegumentar americana,
A notificação compulsória é obrigatória a todos
tuberculose, sífilis congênitas, sífilis
os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros,
em gestante e doenças relacionadas à
odontólogos, veterinários, farmacêuticos) bem
saúde do trabalhador
como os responsáveis por estabelecimentos
 Quando o surto/epidemia de agravos
públicos e particulares de saúde e de ensino.
que constem na LDNC, pelo menos
É facultada a elaboração de listas estaduais ou 10% dos casos deverão ser
municipais de Notificação Compulsória, no investigados e cadastrados no SINAN,
âmbito de sua competência e de acordo com o utilizando o módulo de notificação
perfil epidemiológico local. Segue os mesmos individual  ou seja, em momento de
Julia Celidonio Armond – Faculdade de Medicina de Taubaté. Turma LIX.

epidemia, faz-se uma ficha de Pegar a lista nacional de 2016 (portaria 204 de
notificação coletiva e as fichas de 17 de fevereiro de 2016) e a de 2014 e ver o que
investigação de 10% dos casos mudou com cada doença e as doenças que
foram incluídas/excluídas
FICHAS DE
NOTIFICAÇÃO/INVESTIGAÇÃO O que mudou da lista de 2014 (portaria 1271)
“ESPECIAIS” para a de 2016 (portaria 204)

Tuberculose e hanseníase são doenças com alto Foram 6 coisas


nível de abandono do tratamento. Por isso, as
fichas não são utilizadas somente para casos 2 semanas
novos, mas também para recidivas,
transferências (de cidades/estados) e
reingressos (pacientes que interromperam o
tratamento e vão retomar).

Para essas doenças, são utilizados os boletins


de acompanhamento, que têm como objetivo a
coleta na unidade de saúde e a inclusão no
sistema, dos dados de acompanhamento dos
casos, viabilizando assim, a avaliação
operacional das ações de controle.

Para a tuberculose, os boletins são enviados


4x/ano (janeiro, abril, julho e outubro). Já para a
hanseníase, são 2x/ano (janeiro e julho).

FLUXO
Pegar na gravação

SMS = secretaria municipal de saúde

SES = secretaria estadual de saúde

 Semanalmente das SMS para as SES


 Quinzenalmente das SES para o SVS

Primeira quinzena:

Segunda quinzena:

A falta de alimentação de dados no SINAN por


mais de 60 dias acarretará suspensão das
transferências dos recursos financeiros do Piso
de Atenção Básica (PAB). Em caso de não
haver nenhum caso da doença no município,
deve-se realizar a Notificação negativa.

ENCERRAMENTO DOS CASOS


Ver Manual de Normas e Rotinas do SINAN

Exercício:

Você também pode gostar