Você está na página 1de 25

Semana Decisiva SES/DF

Doenças de notificação compulsória


e doenças transmissíveis
Profª Olga Maíra M. Rodrigues

22/06/2022
Questão 1. (2016 – IBFC)
A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica, de evolução crônica, causada pelo Treponema pallidum.
Sobre esta doença, analise as afirmativas abaixo, de valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa
que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
( ) O homem é o único reservatório.
( ) O modo de transmissão pode ser sexual, vertical ou sanguíneo.
( ) A suscetibilidade à doença é universal e os anticorpos produzidos em infecções anteriores são protetores.
Portando, o indivíduo não vai adquirir sífilis se exposto ao T. pallidum novamente.
( )Em gestantes, a sífilis pode ser transmitida para o concepto por via transplacentária, em qualquer fase da
gestação: média de 100% na fase primária, 90% na fase secundária e 30% na fase latente.

(A) V,V,F,V.
(B) V,V,V,V.
(C) F,V,V,F.
(D) V,V,V,F.
(E) V,V,F,F.
Questão 2. (2016 – IBFC)

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima 1 milhão de casos de sífilis por ano entre as gestantes e
preconiza a detecção e o tratamento oportunos destas e de seus parceiros sexuais portadores de sífilis,
considerando que a infecção pode ser transmitida ao feto, com graves implicações. Assinale a alternativa
correta.

(A) A sífilis é causada por bactérias que integram o complexo Mycobacterium sifiolosis
(B) A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica de evolução crônica, cujo agente etiológico é o treponema
pallidum, uma bactéria gram negativa, do grupo das espiroquetas, de alta patogenicidade
(C) A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) considerada um grande problema de saúde
pública pela OMS, a transmissão horizontal é a principal preocupação da OMS
(D) O modo de transmissão predominante é a aerossol. A transmissão ocorre de forma mais eficiente nas
fases primária e secundária da doença
(E) A bactéria causadora de sífilis quando presente na circulação sanguínea da gestante, não consegue
atravessar a barreira placentária evitando a transmissão vertical
Infectividade da sífilis por transmissão sexual → > (cerca de 60%) nos estágios iniciais
(primária, secundária e latente recente).
Existem duas classificações para as formas clínicas da sífilis adquirida, conforme a
descrição:
1) Segundo o tempo de infecção:
• Sífilis adquirida recente (menos de um ano de evolução);
• Sífilis adquirida tardia (mais de um ano de evolução)
2) Segundo as manifestações clínicas da sífilis adquirida:
• Sífilis primária: após o contato sexual infectante, ocorre um período de incubação com duração entre 10 a 90
dias (média de três semanas). Primeiro sinal: úlcera genital - cancro duro, geralmente com linfadenopatia
inguinal. Pode durar de 2 a 6 semanas e desaparecer de forma espontânea, independentemente de tratamento.
• Sífilis secundária: os sinais e sintomas surgem em média entre seis semanas e seis meses após a infecção e
duram em média entre 4 e 12 semanas (exantema, madarose, halopecia, febre, mal estar, cefaleia...)
• Sífilis latente: período assintomático com testes imunológicos positivos. Se menos de 1 ano de infecção (latente
recente) e se mais de 1 ano (latente tardia). OBS: Na dúvida (tardia).
• Sífilis terciária: ocorre aproximadamente em 30% das infecções não tratadas, após um longo período de latência,
podendo surgir entre dois a 40 anos depois do início da infecção. Acometimento do sistema nervoso e cardíaco.
gomas sifilíticas (tumorações com tendência a liquefação) na pele, mucosas, ossos ou qualquer tecido.

Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília : Ministério da Saúde,
2015. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_integral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf >
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília : Ministério da Saúde,
2015. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_integral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf >
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília : Ministério da Saúde,
2015. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_integral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf >
Questão 3. (2016 – IBFC)

Segundo o Manual de Doenças Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, as DST’s


estão entre os problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Em 1999, a
Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou um total de 340 milhões de casos novos por
ano de DST curáveis em todo o mundo, entre 15 e 49 anos, 10 a 12 milhões destes casos no
Brasil. Assinale a alternativa que contenha somente exemplos de DST causadas por vírus.

(A) HIV, Sífilis e Gonorreia.


(B) Herpes, Clamídia e Candidíase.
(C) Tricomoníase, Cancro Mole e Condiloma.
(D) Herpes, Condiloma e HIV.
Questão 4. (2019 – IBFC)

A AIDS é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Esse
vírus ataca o sistema imunológico que é o responsável por defender o organismo de
doenças. Quanto às formas de transmissão do vírus HIV, assinale a alternativa incorreta.

(A) relações sexuais desprotegidas


(B) compartilhamento de seringas contaminadas
(C) transmissão da mãe para filho durante a gravidez
(D) compartilhamento de roupas e utensílios
Questão 5. (2016 – IBFC)

São doenças causadas por vírus:

(A) Sarampo, Cólera e Sífilis


(B) Varíola, Coqueluche e Histoplasmose
(C) Caxumba, Hepatites e Raiva
(D) Difteria, Tuberculose e Aspergilose
(E) Hanseníase, Tétano e Paracoccidiodomicose
Notificação compulsória
• Sarampo (suspeita)
• Cólera (suspeita) Notificação imediata para MS, SES e SMS
• Varíola (Doenças com suspeita de disseminação intencional:
• a. Antraz pneumônico; b. Tularemia; c. Varíola) (suspeita)

• Coqueluche (suspeita) Notificação imediata para SES e SMS


• Difteria (suspeita)

• Tétano: a. Acidental b. Neonatal (suspeita) Notificação imediata para SMS

• Hanseníase
• Sífilis (a. Adquirida b. Congênita c. Em gestante) Notificação semanal
• Tuberculose
PORTARIA GM/MS Nº 420, DE
2 DE MARÇO DE 2022
• Altera o Anexo 1 do Anexo V à Portaria de
Consolidação GM/MS nº 4, de 28 de setembro
de 2017, para incluir a síndrome congênita
associada à infecção pelo vírus Zika na Lista
Nacional de Notificação Compulsória de
doenças, agravos e eventos de saúde pública nos
serviços de saúde públicos e privados em todo o
território nacional.
PORTARIA GM/MS Nº 420, DE
2 DE MARÇO DE 2022
• Altera o Anexo 1 do Anexo V à Portaria de
Consolidação GM/MS nº 4, de 28 de setembro
de 2017, para incluir a síndrome congênita
associada à infecção pelo vírus Zika na Lista
Nacional de Notificação Compulsória de
doenças, agravos e eventos de saúde pública nos
serviços de saúde públicos e privados em todo o
território nacional.
PORTARIA GM/MS Nº 420, DE
2 DE MARÇO DE 2022
• Altera o Anexo 1 do Anexo V à Portaria de
Consolidação GM/MS nº 4, de 28 de setembro
de 2017, para incluir a síndrome congênita
associada à infecção pelo vírus Zika na Lista
Nacional de Notificação Compulsória de
doenças, agravos e eventos de saúde pública nos
serviços de saúde públicos e privados em todo o
território nacional.
Informação Decisão Ação
- Até 24 horas
Notificação compulsória imediata (NCI) - Profissionais de saúde em exercício
- Responsáveis pelos estabelecimentos
Notificação compulsória - Até 7 dias
Notificação compulsória semanal (NCS) - Profissionais de saúde em exercício
(Vigilância “universal”) - Responsáveis pelos estabelecimentos

- A cada 7 dias (semanal)


Notificação compulsória negativa
- Responsáveis pelos estabelecimentos

Vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de
morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação facultativa, segundo
norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS).
Notificação compulsória Notificação imediata → doenças e agravos
O que notificar? que demandam ações imediatas dos níveis
- Doenças e agravos contidos na lista (48 nacional) municipal, estadual e/ou federal

- Eventos de Saúde Pública que constituam ameaça


(surto ou epidemia, doença ou agravo de causa
Notificação semanal → doenças e agravos
desconhecida, alteração no padrão clínico-
doenças que demandam confirmação ou
epidemiológico das doenças conhecidas)
maior investigação para notificação +
A notificação pode ser: problemas endêmicos sem maior potencial de
gravidade em curto espaço de tempo.
imediata (24 horas) ou semanal
Notificação semanal → inclui: acidente de trabalho com exposição a material biológico, casos das principais arboviroses
(dengue, Zika, chikungunya), DCC, DCJ, esquistossomose, Síndrome congênita associada à infecção pelo Zika;
hanseníase, hepatites virais, HIV (infecção, gestante, transmissão vertical), intoxicação exógena, leishmaniose
(tegumentar e visceral), malária na Região Amazônica, óbito materno ou infantil, sífilis, toxoplasmose (gestacional ou
congênita), tuberculose, violência doméstica ou outras
(violência sexual e suicídio são imediatas no nível municipal)
Questão 6. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-SC

Durante o atendimento a uma paciente gestante, suspeitou-se que ela poderia estar com
doença aguda pelo vírus Zika. Após os encaminhamentos necessários, procedeu-se à
notificação do agravo.
De acordo com as disposições acerca da notificação compulsória de doenças e agravos, é
correto afirmar que:

( A ) a notificação só pode ser realizada pelo médico;


( B ) a notificação deve ser realizada em até 24 horas;
( C ) a notificação só pode ser realizada pelo enfermeiro;
( D ) a notificação deve ser realizada em até 7 dias;
( E ) não cabe notificação de casos suspeitos.
Notificação das arboviroses
Doença Caso Óbito Gestante RN com
suspeita
Dengue Semanal - - -

Zika Semanal Imediata Imediata SMS Semanal


e SES
Infecção pelo chikungunya Semanal Imediata - -
OBS: em áreas
sem transmissão,
imediata para
SMS, SES e MS
Febre amarela Imediata
Questão 7. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TJ-RO

Considerando o atual cenário epidemiológico brasileiro, corresponde a uma doença transmissível com
quadro de persistência:

( A ) cólera;
( B ) tétano;
( C ) sarampo;
( D ) tuberculose
( E ) coqueluche.
Doenças transmissíveis e suas tendências no Brasil
PERSISTENTES – há medidas de REEMERGENTES e EMERGENTES
DECLINANTES/DESCENDENTE - há
controle, mas seu declínio
instrumentos eficazes de Voltam após terem Doenças novas –
demanda ações estratégicas
prevenção e controle sido controladas no mudanças ambientais
multissetoriais passado etc.

• Tétano • Hepatites virais • Dengue • H1N1


• Difteria • Tuberculose • Cólera • Covid-19
• Coqueluche • Hanseníase • Sarampo • Zika
• Raiva • Leptospirose
• Doenças de Chagas • Criptococose
• Meningites
• Febre tifóide • Varíola dos
• Leishmanioses macacos
• Oncocercose
• Filariose • Esquistossomose (símia)
• Peste • Malária

Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas
e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.
Fonte: Organização Panamericana da Saúde (OPAS/OMS). Tópicos: varíola dos macacos. Disponível em: <
https://www.paho.org/pt/variola-dos-macacos > Acesso em 22/06/2022.
Muito obrigada! Boa prova!!

@profa_olga_maira

Você também pode gostar