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Lei de Responsabilidade

Fiscal
LC nº 101, de 04 de maio de 2000
Lei de Responsabilidade Fiscal

Tem como objetivo o estabelecimento de normas de

finanças públicas voltadas para a responsabilidade na

gestão fiscal.
O que é a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)?

Basicamente, é um conjunto de normas para que a

União, os Estados e os Municípios administrem com

prudência suas receitas e despesas, e evitem

desequilíbrios orçamentários e o endividamento

excessivo
Qual é o objetivo da LRF?

Melhorar a administração das contas públicas no Brasil.

Com ela, todos os governantes passarão a ter

compromisso com orçamento e com metas, que devem ser

apresentadas e aprovadas pelo respectivo Poder

Legislativo.
Contexto em que surgiu

• Globalização da economia
• Clamor social pela moralização na administração pública
• Atos de improbidade administrativa
• Endividamento
Pilares da LRF

1 – Planejamento

2 – Transparência

3 - Controle

4 - Responsabilidade
1 - Planejamento

• Definir objetivos e traçar caminhos que possibilitem o equilíbrio das


finanças públicas, sinalizando riscos e corrigindo desvios constituem a
chamada ação planejada.

• Planejar para bem gastar.


2 - Transparência da Gestão Fiscal

É a maneira pela qual os gestores públicos utilizam instrumentos que

permitam a publicidade e o entendimento do conteúdo dos atos da

administração relativos à arrecadação e aos gastos.


Meios de Transparência
• Publicações oficiais
• Internet
• Audiências Públicas
• Outras Publicações
3 - Controle

As normas devem ser cumpridas para que sejam atingidas as metas

previstas e, consequentemente, atendido o interesse público.

Os sistemas de controle devem verificar e fiscalizar a atividade

administrativa sob os mais variados aspectos.


Controle - Tribunais de Contas

Os Tribunais de Contas têm função relevante no processo de Transparência

da Gestão Fiscal, tendo a finalidade de fiscalizar.

Exercem controle preventivo, concomitante e a posteriori.


4 - Responsabilidade

• O gestor público deve cumprir a lei.

A LRF prevê sanções institucionais e pessoais em seu próprio texto.


Exemplos de sanções institucionais:

• para o governante que não prever, arrecadar e cobrar tributos


(impostos, taxas e contribuições) que sejam de sua competência,
serão suspensas as transferências voluntárias, que são recursos
geralmente da União ou dos Estados;

• para quem exceder 95% do limite máximo de gastos com pessoal, fica
suspensa a concessão de novas vantagens aos servidores, a criação
de cargos, as novas admissões e a contratação de horas extras
Sanções Pessoais

• Os governantes poderão ser responsabilizados pessoalmente e


punidos, por exemplo, com: perda de cargo, proibição de exercer
emprego público, pagamento de multas e até prisão.

• As penalidades alcançam todos os responsáveis, dos três Poderes e


nas três esferas de governo. Todo cidadão será parte legítima para
denunciar.
Princípios
1. Equilíbrio entre Receitas e Despesas (durante a execução)

2. Reponsabilidade fiscal – Uso responsável dos recursos públicos pelos


gestores

3. Limitação de empenho (despesas) – Avaliação bimestral da arrecadação e


impedir a realização de despesas, caso a arrecadação seja distinta da previsão.

4. Antecipalidade (Prevenção) – Determinar a possibilidade de surgimento de


despesas durante a execução orçamentária.
Princípios
5. Transparência: Permitir o acesso da sociedade à LOA e aos resultados.

6. Exatidão: Utilizar metodologia científica para o cálculo de previsão de


receita fazendo com que esta seja próxima da arrecadação (3 últimos
exercícios).
LRF: Estabelece limites de gastos com pessoal

Não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida:

• I – União: 50% (cinquenta por cento).


• II – Estados: 60% (sessenta por cento).
• III – Municípios: 60% (sessenta por cento).
6% para o Legislativo,
54% para o Executivo
Gastos com Pessoal

Se o governante verificar que ultrapassou os limites para despesa de

pessoal, deverá tomar providências para se enquadrar, no prazo de oito

meses.

Mas, se depois disso, continuarem a existir excessos, ele sofrerá

penalidades.
4. Qual o limite de gastos com as Câmaras de Vereadores?

A Emenda Constitucional n.º 25, de 14 de fevereiro de 2000, determina


essa destinação dos recursos públicos.
ANO DE ELEIÇÃO

A Lei de Responsabilidade Fiscal contém restrições adicionais para

controle das contas públicas em anos de eleição.


• fica impedida a contratação de operações de crédito por antecipação
de receita orçamentária (ARO);

• é proibido ao governante contrair despesa que não possa ser paga no


mesmo ano. A despesa só pode ser transferida para o ano seguinte se
houver disponibilidade de caixa; e

• é proibida qualquer ação que provoque aumento da despesa de


pessoal nos Poderes Legislativo e Executivo nos 180 dias (4 meses)
anteriores ao final do mandato dos chefes do Poder Executivo.

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