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RECURSOS PARA

DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO

TREINAMENTO E
CAPACITAÇÃO TÉCNICA
EM PAVIMENTAÇÃO

BRASÍLIA D.F.
2017
MÓDULO IV:
ESTADO DA ARTE DA
PAVIMENTAÇÃO
Profa Sandra Oda
E-mail: sandraoda@poli.ufrj.br

TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO TÉCNICA EM PAVIMENTAÇÃO


CONTEÚDO – MÓDULO II

1. Debate
2. Novas tecnologias
3. Tendências para a pavimentação
4. Cenário nacional e internacional
Concessionária da
Rodovia Presidente Dutra S. A.
Concessionária da Rodovia Presidente Dutra S. A.

Centro de Pesquisas Rodoviárias

TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO TÉCNICA EM PAVIMENTAÇÃO

ESTADO DA ARTE DE PAVIMENTOS

BRASÍLIA D.F., 23 de Novembro de 2017


TÓPICOS

1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

3. MATERIAIS CIMENTADOS

4. REVESTIMENTOS DELGADOS

5. PAVIMENTOS PERPÉTUOS
TÓPICOS

1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

3. MATERIAIS CIMENTADOS

4. REVESTIMENTOS DELGADOS

5. PAVIMENTOS PERPÉTUOS
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS
Preço
($/barril) Histórico preço do petróleo
2008:
crise econômica mundial

1973:
embargo

Fonte: http://www.macrotrends.net/1369/crude-oil-price-history-chart
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

CLASSIFICAÇÃO

LOCAL MATERIAIS TEMPERATURA

In situ Agregados virgens Quente

Em usinas Ligante asfáltico Frio

Emulsão Asfáltica
Espuma de Asfalto
Cal
Cimento
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

CLASSIFICAÇÃO

LOCAL

In Situ Em usinas recicladoras


1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

CLASSIFICAÇÃO

MATERIAL

Agregados Virgens Ligante Asfáltico

*O material adicionado depende da


camada de aplicação da reciclagem
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

CLASSIFICAÇÃO

MATERIAL

Emulsão Asfáltica Espuma de Asfalto

CAP (170°C)

Água Ar
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

CLASSIFICAÇÃO

MATERIAL

Cimento Portland Cal Hidratada


1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

CLASSIFICAÇÃO

TEMPERATURA

Quente Frio
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

PRINCIPAIS APLICAÇÕES

Novos Novas Bases e


Concretos Sub-bases de
Asfálticos Pavimentos
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novos Concretos Asfálticos

ADITIVOS
MATERIAL AGREGADOS LIGANTE MORNOS e CONCRETO
FRESADO VIRGENS ASFÁLTICO REJUVENES- ASFÁLTICO
CEDORES

Fracionamento Para atender Convencional Para reduzir o Qualidade similar


determinada ou modificado envelhecimento
faixa do ligante do
granulométrica fresado
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novos Concretos Asfálticos

Equipamentos especiais nas usinas asfálticas

Sistema

Double Barrel®
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos


1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de cimento Portland

Comboio para reciclagem in situ

1. Aplicador
2. Recicladora 3. Compactador 4. Perfiladora 5. Compactador
de Cimento
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de cimento Portland

Comboio para reciclagem in situ

1. Aplicador
2. Recicladora 3. Compactador 4. Perfiladora 5. Compactador
de Cimento
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de cimento Portland


Reciclagem em usinas de solos Reciclagem em usinas especiais
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de cimento Portland


Dosagem Laboratorial
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de cimento Caracterização dos materiais, do tráfego e do clima

Avaliação de segmentos Análise estrutural do pavimento

compatíveis
Respostas das camadas do pavimento (ε e σ)

Não.
Iterações.

Modelos de previsão

Vida útil prevista

Adequada?

Sim

Dimensionamento finalizado
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de espuma de asfalto

In Situ Em usina recicladora


1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de espuma de asfalto


Dosagem Laboratorial

Bitumen Stabilized Material


1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de espuma de asfalto


Determinação dos parâmetros mecânicos

ENSAIO TRIAXIAL

• Coesão
• Ângulo de atrito interno
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de espuma de asfalto


1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos


Silos de Estação de força
Sistema de injeção de (178HP)
água, emulsão o agregados
asfalto espuma Alimentador de
cimento
Cabine de
controle

Tanque de água

Esteira para descarregamento Pugmill de Transportadora


do sistema eixo duplo de materiais
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de emulsão asfáltica

Comboio para reciclagem in situ


1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de emulsão asfáltica


Misturador Peneira
RAP + RAP
Mistura Emulsão
Reciclada

Britador
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de emulsão asfáltica


1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Emprego de emulsão asfáltica


1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Bitumen
Stabilized
Material
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Bitumen σ1 σ1
Stabilized
Adição de
Material 2,1% asfalto e
BGS 0,7% cimento BSM
σ3 σ3

30 – 55 kPa C (Coesão) 200 – 300 kPa


43 – 51° Φ (Ângulo de 40 – 49°
atrito)
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Pavimento com Pavimento com


camada cimentada camada granular
1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Novas bases e sub-bases de pavimentos

Pavimento com Pavimento com


camada cimentada camada granular

Deformação
Trincamento por
Permanente
Fadiga
(Consolidação)
TÓPICOS

1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

3. MATERIAIS CIMENTADOS

4. REVESTIMENTOS DELGADOS

5. PAVIMENTOS PERPÉTUOS
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

PRINCIPAIS ASFALTOS MODIFICADOS

ASFALTOS
POLÍMEROS BORRACHA
DUROS

Anel e Bola
Penetração
(ponto de amolecimento)
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

PRINCIPAIS ASFALTOS MODIFICADOS

ASFALTOS
POLÍMEROS BORRACHA
DUROS

Ductilidade – Retorno Elástico

Ensaios realizados a temperaturas não representativas das


atuantes nos pavimentos em serviço
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

Como posso prever a partir de ensaios realizados


a 25oC, o desempenho de um ligante asfáltico em
condições de serviço???

< -10oC 20oC ~ 30oC > 50oC

Trincamento Térmico Trincamento por Fadiga Deformação Permanente


2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

Comportamento Reológico
DSR
Reômetro de Cisalhamento Dinâmico

• Temperaturas
distintas
• Taxas de
carregamento
variáveis
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

DETERMINAÇÃO DO GRAU DE DESEMPENHO


PERFORMANCE GRADE (PG)

Máxima Temperatura Mínima Temperatura


Temperatura Alta (oC)
Temperatura Baixa (oC)

Graus PG são
especificados
de 6 em 6oC

Petróleos comuns
Petróleos de elevada qualidade
Necessidade de modificadores
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

CUIDADOS ESPECIAIS NA PRODUÇÃO

• Misturadores com boa potência

• Tanques verticais
• Agitadores nos tanques
• Dutos de 4”
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

MODIFICAÇÃO COM POLÍMEROS

• Melhor resistência ao
trincamento térmico
• Incremento na vida de
fadiga do CA
• Redução na formação
de trilhas de roda
• Resistência à
desagregação
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

MODIFICAÇÃO COM BORRACHA

• Redução da susceptibilidade
térmica
• Melhor resistência à formação de
afundamentos em trilha de roda
• Melhor resistência à reflexão de
fissuras
• Melhor adesão aos agregados
• Melhor espessura de filme asfáltico
CAP CAP com
Convencional Borracha • Maior vida de fadiga
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

ASFALTOS DUROS

• Elevada rigidez
• Boa resistência à deformação
permanente
• Baixa susceptibilidade
térmica
• Melhores resultados quando
misturados com polímeros
• Aplicação em faixas de
elevada inclinação e de
tráfego lento
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

ASFALTOS MORNOS

O que é
“Mistura Asfáltica Morna”???
São misturas asfálticas usinadas e
compactadas em temperaturas inferiores
às usualmente utilizadas em misturas
asfálticas convencionais
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

ASFALTOS MORNOS
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

ASFALTOS MORNOS

Como é possível reduzir as temperaturas???

1. Espumejo do asfalto

• Adição de 2 a 5% de água a
180oC no ligante asfáltico

• Redução de 20 a 30% da
viscosidade do ligante asfáltico

• Requer aquisição de
equipamentos para modificar as
usinas de asfalto
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

ASFALTOS MORNOS

Como é possível reduzir as temperaturas???

2. Aditivos orgânicos ou surfactantes

• Adição no ligante asfáltico

• As distribuidoras de asfalto
podem fornecer o ligante
asfáltico já modificado

• As usinas não precisam


modificar suas instalações
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

ASFALTOS MORNOS
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

ASFALTOS MORNOS

MELHORIA DO AMBIENTE DE TRABALHO

Mistura Asfáltica Convencional Mistura Asfáltica Morna

USINA
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

ASFALTOS MORNOS

MELHORIA DO AMBIENTE DE TRABALHO

Mistura Asfáltica Convencional Mistura Asfáltica Morna

PISTA
2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

ASFALTOS MORNOS

MECÂNICOS Incremento da vida de fadiga

CONSTRUTIVOS Aumento da produtividade

CONSTRUTIVOS Redução do gradiente térmico

CONSTRUTIVOS Melhora a compactabilidade

LABORAIS Melhora do ambiente de trabalho

AMBIENTAIS Redução de emissões de poluentes


2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

ASFALTOS MORNOS

1000
900
Q-1 M-1 M-2
800
700
HPAs (ng/m³)

600
500
400
300
200
100
0
Flu An Py BaA Chry BbF BkF BeP BaP InP DBABper

REDUÇÃO HPAs prioritários


20% na fase
particulada
TÓPICOS

1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

3. MATERIAIS CIMENTADOS

4. REVESTIMENTOS DELGADOS

5. PAVIMENTOS PERPÉTUOS
3. MATERIAIS CIMENTADOS

• Histórico
• Motivação atual
• Pesquisas RDT

Aplicação:
• Austrália
• República da África do Sul
• China
3. MATERIAIS CIMENTADOS

ESTUDOS LABORATORIAIS

Determinação dos módulos


dinâmicos seguindo
metodologias da PCA
3. MATERIAIS CIMENTADOS

ESTUDOS LABORATORIAIS

Avaliação da Fadiga
3. MATERIAIS CIMENTADOS

ESTUDOS LABORATORIAIS

Procura e desenvolvimento de cimentos específicos para a


aplicação rodoviária
Tempo Máximo de Trabalhabilidade
(horas)
Tipo de Cimento
Construção - Construção -
VicRoads (Austrália) De Outubro a Abril De Maio a Setembro
Cura
Comum 2 3
Rápida
Comum

Mistura de Cimento (50 a 60%) e Escória


Cura
3 5
Média
Mistura de Cimento (70 a 80%) e Cinza Volante

Mistura de Cimento (55 a 65%), Escória e Cinza Volante

Mistura de Cal (10 a 30%) e Escória 8 12


Cura
Lenta
Cal (hidratada ou virgem) 12 24
TÓPICOS

1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

3. MATERIAIS CIMENTADOS

4. REVESTIMENTOS DELGADOS

5. PAVIMENTOS PERPÉTUOS
4. REVESTIMENTOS DELGADOS

PORQUE UTILIZAR REVESTIMENTOS


ASFÁLTICOS DE ESPESSURA FINA

• Estendem a vida útil do pavimento


• Melhoram a condição de rolamento
• Amenizam os defeitos:
• Oxidação
• Trincas menores
• Problemas de aderência
• Superfícies com desagregação
• Polimento de agregados
4. REVESTIMENTOS DELGADOS

QUANDO NÃO UTILIZAR!!!


Trincas severas em bloco Trincamento por fadiga

Trilhas de roda excessivas Trincas com abertura severa


4. REVESTIMENTOS DELGADOS

MICRO-REVESTIMENTO À QUENTE

• Emprego de ligante
asfáltico modificado por
polímero
• Emprego de ligantes
asfálticos mornos para
facilitar a compactação
• Agregados de elevada
qualidade, difíceis de
encontrar
comercialmente
4. REVESTIMENTOS DELGADOS

MICRO-REVESTIMENTO À FRIO

• Agregado Britado
• Fíler
COMPOSIÇÃO • Emulsão com polímero
• Aditivo controlador de ruptura
• Água
Permite a liberação ao tráfego em até 2 horas

Aplicação Noturna
em estudo
4. REVESTIMENTOS DELGADOS

GAP GRADED

• Desenvolvido pela CALTRANS


• Idealizada para uso de CAP-Borracha
• Usado na Califórnia desde 1980
• Mistura muito flexível
Mistura km 228+600 PS, RJ Mistura
Mistura
DENSA “GAP GRADED” “OPEN GRADED”
4. REVESTIMENTOS DELGADOS

SMA 0/5

Aplicação de até 15mm


4. REVESTIMENTOS DELGADOS

TRATAMENDO SUPERFICIAL DUPLO (TSD)


COM ASFALTO BORRACHA

Tanque de asfalto Caçamba para agregados

Equipamentos
multi-distribuidores
4. REVESTIMENTOS DELGADOS

TRATAMENDO SUPERFICIAL DUPLO (TSD)


COM ASFALTO BORRACHA

• Bem desenvolvido na Rep. África do Sul


• Primeiras aplicações no Brasil em 2007
4. REVESTIMENTOS DELGADOS

TRATAMENDO SUPERFICIAL DUPLO (TSD)


COM ASFALTO BORRACHA

Asfalto borracha especificamente desenvolvido para esta


técnica
4. REVESTIMENTOS DELGADOS

TRATAMENDO SUPERFICIAL DUPLO (TSD)


COM ASFALTO BORRACHA

Novas granulometrias em desenvolvimento


TÓPICOS

1. RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

2. LIGANTES ASFÁLTICOS MODIFICADOS

3. MATERIAIS CIMENTADOS

4. REVESTIMENTOS DELGADOS

5. PAVIMENTOS PERPÉTUOS
5. PAVIMENTOS PERPÉTUOS

Pavimentos com
características
estruturais que
permitem alcançar vida
útil maior a 50 anos
com o mínimo de
manutenção na sua
superfície e nenhuma
manutenção em
camadas inferiores
Deformações e defeitos superficiais podem
ser resolvidos com fresagens rasas (NCAT)
5. PAVIMENTOS PERPÉTUOS

1. Superfície resistente à
deformações plásticas, à
fissuração e ao
polimento (4 a 8cm)
1 2. Capa intermediária
2 resistente à deformação
permanente (10 a 20cm)
3
3. Capa base com a
combinação adequada
de espessura e
flexibilidade para resistir
à fadiga (8 a 10cm)
5. PAVIMENTOS PERPÉTUOS

Análise Empírica-Mecanística

Não há acumulação de dano


5. PAVIMENTOS PERPÉTUOS

BENEFÍCIOS

• Trincamento por fadiga do


tipo top-down cracking
• Manutenção apenas na
superfície do pavimento
• Menor custo de
manutenção de rodovias
• Menores tempos de
intervenção operacional
• Melhoria das condições de
conforto para os usuários
5. PAVIMENTOS PERPÉTUOS

Avanço da aplicação nos Estados Unidos


TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO TÉCNICA EM PAVIMENTAÇÃO

ESTADO DA ARTE DE PAVIMENTOS

BRASÍLIA D.F., 23 de Novembro de 2017

Obrigado pela Atenção!!!


Pavimentação
Urbana

Leonardo Cavalcanti

Gerência de Tecnologia e Pavimentação


Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
Características
das vias urbanas
e rurais
Urbana:
* Grande quantidade de veículos e em
baixa Velocidade;
* Interferências de concessionárias de
serviços;
* Grande circulação de pedestres e
ciclistas;
* Limitação de manutenção.

Rural:
* Baixa quantidade de veículos e em alta
velocidade,
* Poucas interferências;
* Pequena circulação de pedestres e
ciclistas
* Manutenção pode ser realizada sem
grande impacto na mobilidade.
Hierarquia das
Vias urbanas
1 - Vias expressas
* Elevada Capacidade
* Duas faixas de tráfego ou mais em
cada sentido, separadas por canteiro
* Acesso controlado e interseções
em desnível
2 - Vias Arteriais
* Capacidade menor que as
expressas
* possui interseções em nível
* As arteriais secundárias possui
menor nível de mobilidade e
interconecta as arteriais principais.
3 - Vias Coletoras
* Coleta o tráfego das vias locais e
canaliza para as vias arteriais
4 - Vias Locais Fonte: Manual de projeto geométrico
* Principal função é prover acesso de travessias urbanas do DNIT - IPR740/2010
às propriedades adjacentes.
Hierarquia
das Vias
urbanas
Mobilidade:
- Grau de facilidade para
deslocar-se

Acessibilidade:
- Grau de facilidade que oferece
a via para conectar a origem de
uma viagem ao seu destino

Fonte: Manual de projeto geométrico de


travessias urbanas do DNIT - IPR740/2010
Hierarquia
das Vias
urbanas

Exemplo: Rio de Janeiro

Tráfego independe da hierarquia


da via.

Há vias Arteriais principais e


expressas com tráfego menos
degradante que vias locais
devido ao controle de acesso.

Fonte: Sistema Viário da Cidade do


Rio de Janeiro - SMTR/IPP
Manutenção
de Vias
urbanas.
1 - Avaliação Técnica das vias -
tráfego atual.
* Funcional e Estrutural

2 - Implementação de gerência de
pavimento efetiva.
* Falta de interesse dos Av Brasil - década de 1960
tomadores de decisão.
* Resultados a longo prazo.
* Interesse político se sobrepondo
à técnica.

3 - Qualidade da mão de obra e


materiais utilizados.

4 - Solução adequada.
Av Brasil - 2017
Recapeamento
Recursos Federais + PCRJ
Programa Asfalto Liso - RJ
2010 - R$ 67,2 Milhões
2011 - R$ 329,9 Milhões
2012 - R$ 279,3 Milhões
2016 - R$ 110,0 Milhões
Total - R$ 786,4 Milhões

Programa Asfalto Novo - SP


(2017).
Total previsto: R$ 350 Milhões
Dos quais:
R$ 100 Milhões - Prefeitura
R$ 210 Milhões - Fundo de
multas
R$ 40 Milhões - SPTrans
O tapa-buraco.
Apenas serviços pontuais ou de
emergência.
Não deve ser utilizado como solução de
grandes áreas defeituosas.
Em geral utiliza-se caminhão toco,
martelete, rolo compressor.
Evitar mistura asfáltica abaixo da
temperatura de compactação. Operação tapa-buraco inadequada

Pintura com emulsão asfáltica - Tempo de


rompimento deve ser obedecido
Uso do caminhão TB500:
* Resolve problema de baixa temperatura
do Concreto asfáltico,
* Reduz a quantidade de mão-de-obra,
* Reduz a quantidade de equipamento,
* Maior agilidade na execução do serviço.
Caminhão TB500 para operações de tapa-buraco
Usinas de Asfalto
Descontínuas – Gravimétrica/Bateladas
Contínuas – Volumétricas / Drum-Mixer

Usinas estacionárias
Usinas Móveis.

Prefeitura do Rio de Janeiro 4 usinas


estacionárias.
Perfil das peneiras e misturador de uma usina gravimétrica
1 - Usina do Caju – Gravimétrica
* Agitação para asfalto borracha
* Sistema Warm-Mix espumação.
* Tambor secador extra para reciclagem de
misturas asfálticas.

2 - Usina de Jacarepaguá – Gravimétrica

3 - Usina de Campo Grande – Volumétrica


Esquema Usina Volumétrica
4 - Usina de Santa Cruz – Volumétrica (PMF)
Tecnologias implementadas
em Vias Urbanas
No Rio de Janeiro

Asfalto Borracha: Warm Mix (aditivo) Asfalto Polímero:


* Av Lucio Costa, * Transbrasil, * Transoeste,
* Aterro do Flamengo, * Av. Nossa Senhora de * Trancarioca,
* Av. das Américas. Copacabana, * Transolímpica,
* Tunel Rebouças. * Rua Barata Ribeiro e outras, * Transbrasil,
* Av. Abelardo Bueno e
outras

Comparação - Mistura quente x WMA

Polímero SBS
Comparação - Fonte: Bernucci et al. 2008
Tecnologias
implementadas
Reciclagem de base
* Av. Martin Luther King Jr.
em Vias Urbanas

SMA
* Trans
* Av. Abelardo Bueno,
* Autoestrada Grajau x Jacarepaguá
* Av. Epitácio Pessoa e outras. Detalhes do tambor misturador da recicladora

Microrrevestimento noturno
* Elevado Engenheiro Freyssinet
* Novo elevado do Joá
* Aterro do Flamengo (2010)
SMA colorido Transoeste
Microrrevestimento noturno
recém aplicado
Pavimento Rígido

Faixas de BRT (Bus Rapid Transit)


6,4 km - Transoeste
39 Km - Transcarioca
26 Km - Transolímpica (Concessão)

Faixa de pavimento rígido - Transcarioca


Uso de concreto de
cimento Portland

Baias de ônibus Levantamento de tampões


* Águas pluviais das vias

Tampão em faixa de BRS


(Bus Rapid Service)
Por que tantos
defeitos nas vias
urbanas ?

Serviço de rede de água “concluído"

Explosão de Bueiro

Cratera aberta em Ipanema devido vazamento


da rede da CEDAE
Mão de Obra

1 - Cursos técnicos de estradas e


vias urbanas quase inexistentes;

2 - Alta rotatividade de funcionários


em empresas terceirizadas;

3 - Uso de novas técnicas sem o


domínio de execução, gerando
resultados não esperados e
condenando a tecnologia;

4 - Desconhecimento e desinteresse
dos jovens pela área de
pavimentação;

5 - Pouca participação dos técnicos


em workshops, congressos e
exposições.
Controle de
qualidade
1 - Há Poucos Laboratórios;

2 - Alguns ensaios importantes possuem


pouca disponibilidade;

3 - Não há certificação na área de Extração de corpo de prova


pavimentação; de concreto asfáltico

4 - Mão de Obra;

5 - Aumenta o custo de implantação da obra;

6 - Resistência das empreiteiras devido ao


alto preços dos equipamentos mais modernos;

7 - Possibilidade de divergência de resultados


Ensaio de resistência à tração
entre diferentes laboratórios. na flexão de concreto
Projeto

1 - Ausência de avaliação estrutural


adequada no caso de manutenção e
reconstrução;

2 - Reconhecimento inadequado do
solo, clima e nível de água; Recalque de solo muito mole

3 - Estimativa equivocada de
tráfego.

4 - Detalhamento de projeto
insuficiente, causa dúvida na
execução e uso de materiais fora de
especificação.

Água oriunda da encosta não prevista


na drenagem
Serviços de
concessionárias
1 - Poucas investem na
modernização da rede, o que causa
inúmeros problemas e necessidade
de manutenção.

2 - Falta de planejamento e
alinhamento adequado entre
concessionárias e entes públicos.

3 - Legislação Branda.

4 - Falta de fiscalização.

5 - Qualidade ruim dos serviços de


recomposição do pavimento.
Materiais
1 - Agregados de baixa resistência,

2 - Ligantes asfálticos inadequados


para o tráfego e clima da região.

3 - Misturas asfálticas com teor de


ligante fora da especificação de
projeto.

3 - Granulometria dos materiais


pétreos fora da faixa requerida e
com alto teor de argila.

4 - Uso de emulsão inadequada.

5 - Uso de concreto fora das


especificações.
Gerência de
pavimentos
1 - Quantidades de vias na cidade muito
grande;

2 - Requer levantamento estrutural da vias


com identificação de redes de serviços; FWD "Falling Weight Deflectometer”

3 - Cidade do Rio de Janeiro possui em torno


de 5.000 Km em vias urbanas
(Aproximadamente 11 x Rodovia Pres. Dutra).
Dos quais 360 Km estão em favelas;

4 - Desinteresse dos tomadores de decisão.

Solução:
1 - Criar um sistema piloto incluíndo apenas as
vias expressas e arteriais principais. Ensaio de Viga Benkelman
Obrigado
Leonardo Santana Cavalcanti
leocavalcanti@yahoo.com.br
leonardo.cavalcanti@rio.rj.gov.br
cel/whatsapp (21)998748939
Gerência e Tecnologia e Pavimentação
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

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