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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO OMBAKA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

BENGUELA

TRABALHO DE LITÉRATURA INFANTIL

TEMA

ESTRATÉGIAS METODOLOGICAS PARA A PROMOÇÃO DA LEITURA E DA


EDUCAÇÃO LITÉRÁRIA EM CONTEXTOS MÚLTIPLOS: ESCOLAS,
BIBLIOTECAS, ESPAÇOS COMUNITÁRIOS

Curso: Ensino Primário


Disciplina: Litératura Infantil
3º ANO
G/03
Sala nº: 06
Turma: A
Período: Tarde
O DOCENTE
_______________________________
Mesc. Isasc Eduardo Kalunhi

Benguela, Junho de 2023

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO OMBAKA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

BENGUELA

TRABALHO DE LITÉRATURA INFANTIL

TEMA

ESTRATÉGIAS METODOLOGICAS PARA A PROMOÇÃO DA LEITURA E DA


EDUCAÇÃO LITÉRÁRIA EM CONTEXTOS MÚLTIPLOS: ESCOLAS,
BIBLIOTECAS, ESPAÇOS COMUNITÁRIOS

Integrantes do grupo:

 Ana Isabel da Silva


 Antónia Chilombo C. Caetano
 Claudete Beatriz José
 Fadilha k.k. José
 Florinda Nunes
 Josefina Ndumbo
 Lucas Cipriano Kamutali
 Teresa Domingas Ambriz

Benguela, Junho de 2023

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1. Introdução
A promoção de leitura tem como objetivo criar e consolidar hábitos de leitura e elevar índices
de literàcia. E assenta em três pilares que se inter-relacionam entre si: hábitos de leitura,
competência leitora e leitura literária. A leitura é o ato de ler e o primeiro valor da leitura, a
nosso ver, é o prazer que proporciona a quem a realiza. Só este aspecto chegaria para justificar
a promoção de hábitos de leitura. Aqui o livro apresenta-se como uma ferramenta
indispensável para a formação de um leitor.
A seleção das obras literárias é uma questão pertinente, pois o diálogo do leitor com a obra só
é possível quando se verificam algumas condições como:
a adequação das histórias às expectativas e aos interesses das crianças, a adequação do texto
ao desenvolvimento cognitivo da criança e a qualidade literária das obras.

As estratégias tem como grande finalidade despertar a necessidade de leitura integrando-a no


quotidiano das pessoas ou das comunidades. No entanto, é preciso uma flexibilidade quanto
ao conceito de educação referente ao seu sentido pragmático, que mesmo sendo
importantíssimo precisa ser completado para que seja possível formar leitores críticos, tarefa
possível através de uma base de ensino onde os professores consigam planejar métodos que
atraia as crianças para a leitura, facilitando o conhecimento e o aprendizado mais sólido, que
possa ampliar a visão de mundo.

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2. Estratégias metodologicas para a promoção da leitura e da educação litérária em
contextos múltiplos: escolas, bibliotecas, espaços comunitários
A leitura literária existe quando a ação do leitor constitui predominantemente uma prática
cultural de natureza artística, estabelecendo com o texto lido uma interação prazerosa. Esta
tem a potencialidade de oferecer ao leitor um conhecimento intenso do mundo.
A família é a primeira estrutura social que promove a leitura em que a criança se desenvolve.
É no seio da família que a criança inicia a sua socialização. São os pais e os familiares as
primeiras pessoas que se preocupam com a saúde, a aprendizagem dos primeiros passos, a
aprendizagem das primeiras palavras, a inculcação de sentido para os seus actos. É aos pais
que compete a primeira estratégia para despertar o gosto da criança pela leitura.

A escola é um espaço formal e informal de leitura. Biblioteca e sala de aula são espaços
formais de leitura, e de actividades de leitura. Espaços e zona de recreio, lugares de bar, sitios
de convívio são espaços informais de leitura e de actividades de leitura. Estabelece-se a
distinção entre leitura que pode ser individual ou colectiva e actividades de leitura. As
actividades de leitura podem traduzir-se em expressões de teatro, em recensões, em encontros
com autores. Para compreender melhor e para avaliar o que lêr. E preciso adquirir o hábito de
questionamento interior. Segundo Elder & Paul (2002, p. 33), o questionamento interior
enquanto se processa a leitura, deve incidir nas razões, nas finalidades, nos objectivos de tal
leitura, nos propósitos, ideias principais e inferências do autor do livro e deve estar
acompanhado de uma reflexão sobre o próprio entendimento do que está expresso, do seu
significado, da sua importância na vida.

2.1. O contador de histórias e a hora do conto nas práticas educativas

Contar histórias conforme mencionado, é a mais antigas das artes. Nos velhos tempos, estas
aconteciam ao redor do fogo através de conversas e relatos de casos, entre pessoas que
vinham de longe que repetiam histórias para guardar suas tradições e suas línguas. Na vida da
criança, desde a mais pouca idade as histórias funcionam como alimento precioso para a alma.
Os mistérios, sonhos e as fantasias do mundo destas transmitem o valor da literatura em sua
formação. (COSSON, R. 2006.)

A história é contada visando alegrar a criança, desenvolver sua imaginação e o poder da


observação, ampliar as experiências, desenvolver o gosto artístico, estabelecer uma ligação
interna entre o mundo da fantasia e o da realidade, desenvolver a capacidade de dar sequência

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lógica aos fatos; educar a atenção, desenvolver o gosto pela leitura e conhecer e pronunciar
palavras novas melhorando a linguagem oral e escrita. As histórias são fontes maravilhosas de
experiências e são meios preciosos de ampliar o horizonte da criança e aumentar seu
conhecimento em relação ao mundo que a cerca, pois através destas as crianças desenvolvem
ideias, e cada vez que elas são contadas acrescentam novos conhecimentos.

Quando as crianças ouvem histórias de seus educadores, esta fica em suas imaginações e pode
estimular o desenho, música, pular, chorar, refletir, o reproduzir, o imaginar, o brincar, o ver o
livro, o escrever, o querer ouvir de novo, portanto, esta pratica nunca pode deixar de
acontecer. Através da leitura se percebe significados, interpreta uma percepção sob as
influências levando o indivíduo a uma compreensão particular da realidade. Diante disso, as
crianças enquanto formadores de saberes devem estar em constante interação com os livros e
a leitura.

2.2. Clubes de leitura, grupos de leitura e/ou rodas de leitura


Um Grupo de Leitura dá-lhe essa oportunidade. Um grupo destes também o (a) encoraja a
pensar um pouco mais sobre os livros que leu - porque gosta de uns e detesta outros. A não
ser que seja um crítico literário, quando lê um livro não o analisa muito. Os críticos lêem os
livros de um modo completamente diferente. Um Grupo de Leitura é um meio-termo entre as
duas abordagens, destinado a aumentar o seu prazer de ler. Há também grupos de leitura
especializados. Para participar num Grupo de Leitura é, obviamente, conveniente ler os livros
que o Grupo escolhe. Mas não deve deixar de aparecer na reunião marcada mesmo se não
conseguiu ler o livro todo, ou não teve tempo, ou não gostou.
As Rodas de Leitura são conduzidas por alguém especializado (um crítico, um professor de
literatura) que ajuda os participantes a compreender melhor uma obra, um texto ou um autor,
não assumindo contudo o carácter de uma aula ou uma conferência.
Como decorrem as sessões?
À entrada de cada sessão, todos os participantes recebem uma cópia dos textos que vão ser
lidos. As sessões são conduzidas e animadas por um leitor - guia, que apresenta e
contextualiza a obra e o autor. Seguidamente os textos seleccionados são lidos em voz alta
pelo leitor-guia ou por leitores especializados nas artes de ler e dizer em voz alta, actores ou
decla- madores.

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3. Conclusões
Conclui – se que as atividades de promoção da leitura desenvolveram-se num ATL, na
zona de Felgueiras, durante uma hora, com um público alvo composto por crianças de
idades compreendidas entre os 7 e os 14 anos. A atividade, num primeiro momento,
começou por um jogo de apresentação, onde as crianças tinham de responder oralmente a
algumas perguntas colocadas, tais como: nome, idade, ano de escolaridade, o que mais
gosta de fazer, o que menos gosta de fazer e o que quer ser profissionalmente.

A leitura pode ter diversas finalidades, entre as quais se pode salientar as que seguem: a)
puro deleite espiritual (a leitura pelo prazer de viver a narrativa), b) obtenção de
informação científica, literária ou de eventos e c) construção de conhecimento e produção
de novos textos. Nos primeiros anos de vida, a leitura dos livros realizada por familiares,
assume a finalidade de puro deleite espiritual, pois é o prazer que as crianças tiram da
narrativa, dando asas à sua imaginação, que as motiva a pedirem: “Conta outra história...”
Mas, ao mesmo tempo, seleccionando convenientemente o conteúdo das histórias, os pais,
familiares e educadores, extraem delas todo o potencial educativo no que diz respeito a
cidadania, valores e regras societais.

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Referências bibliograficas

Azevedo, F. & Balça, A. (Coord.) (2016). Leitura e Educação Literária. Lisboa: Pactor.

Azevedo, F. & Sardinha, M. G. (Coord.) (2013). Didática e Práticas. A Língua e a


Educação Literária. Guimarães: Opera Omnia.

Azevedo, F. (Coord.) (2007). Formar Leitores. Das Teorias às Práticas. Lisboa: Lidel.

Barros, L. (coord.) (2014). A Leitura como Projeto: Percursos de leitura Literária do Jardim
de Infância ao 3o CEB. Porto: Tropelias & Companhia.

COSSON, R. 2006. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Cortez,


COSSON, R; SOUZA, R. J. Letramento literário: uma proposta para a sala de aula.
Caderno de Formação: formação de professores, didática de conteúdos. São Paulo: Cultura
Acadêmica, 2011, v. 2, p. 101-108. (disponível em versão digital em:
http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40149/1/Caderno_Formacao_bloc
o2_vol2.pdf
Segundo Elder & Paul (2002, p. 33), Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed,1998.
EGAN, Kieran (1992): O desenvolvimento educacional. Lisboa: Publicações Dom
Quixote. JENSEN, Eric (2002): O cérebro, a bioquímica e as aprendizagens – Um guia
para pais e educadores. Porto: ASA Editores II, S.A.
PERRENOUD, Philippe e MONTANDON, Cleopâtre (2001): Entre pais e professores, um
diálogo impossível? Para uma análise sociológica das interacções entre a família e a escola.
Oeiras: Celta Editora.
POPPER, Karl (1992): Em busca de um mundo melhor. Lisboa: Editorial Fragmentos.

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