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Desafios didático-pedagógicos
Desafios comunicativos
A escolha correta das mídias e linguagens que serão empregadas no pro cesso de ensino
a distância não pode buscar referências no ensino presencial, que sempre privilegiou a
fala direta do professor, não mediada por recursos comunicativos, com pouca
participação dos alunos. Isso significa, por exemplo, não usar o computador como um
livro, nem a televisão como uma sala de aula ou a internet como correio para a entrega e
recebimento de lições de casa. Cada mídia possui suas forças e seus limites, aspectos
que os educadores têm de conhecer para poderem desenhar e conduzir bons cursos a
distância. Um outro desafio que se apresenta à EAD diz respeito ao emprego de formas
comunicativas mais abertas, mais dialogadas, mais participativas – em resumo, mais
interativas –, que exploram ao máximo o potencial dos recursos tecnológicos e das
mídias selecionadas em cada proposta de ensino a distância, equilibrando
eficientemente os processos comunicativos um-para-um, um-para-muitos, muitos-para-
um e muitos-para-muitos.
À educação não cabe propor ou adotar «novos paradigmas» como se deles necessitasse
para cumprir seu papel na formação integral dos indivíduos. Assim sendo, a EAD deve
mobilizar o máximo de esforços para o desenvolvimento de metodologias próprias para
a educação a distância, que permitam e facilitem a aprendizagem em todos os ambientes
e contextos, sem a preocupação com a construção de um novo paradigma. Nesse
sentido, assume fundamental importância o design de atividades, isto é, a criação, o
planejamento e elaboração das ações que visam a boa aprendizagem a distância. Um
ponto de partida é saber quais assuntos, campos de saber, áreas de
conhecimento, disciplinas e temas são mais adequados à EAD e mais propícios a serem
tratados na modalidade a distância.
Desafios tecnológicos
Desafios gerenciais
Desafios estratégicos
Isso tem consequências diretas para as instituições de EAD, que têm pela frente a
ampliação das suas possibilidades de oferta, ao lado da diversificação das opções e o
aumento da competição, por outro. Novas estratégias deverão ser construídas e postas
em prática pelas instituições de ensino que oferecem educação a distância, para que
possam sobreviver e consolidar seu espaço nesse cenário de disputa acirrada, sem
fronteiras ou limites espaciais. Acordos interinstitucionais para divisão de mercados já
não funcionam. Outro fator que impacta o planejamento estratégico da EAD é o
acelerado crescimento da indústria de produtos e serviços voltados para a educação a
distância.
Desafios culturais
Desafios políticos
Por outro lado, há setores que defendem a livre oferta de ensino a distância, sem
qualquer regulação ou avaliação governamental. Nesse caso, desconsideram-se os maus
exemplos de EAD que só depõem contra a modalidade, os quais levam em conta o lucro
obtido em detrimento da qualidade de ensino. A questão que se coloca, então, refere-se
a como e quanto regular o ensino, de modo que tais medidas não o levem a um
engessamento, atrapalho, uma dificuldade ou mesmo atraso no desenvolvimento da
educação a distância de qualidade em nosso país.
Desafios sociais
Ampliar o acesso à educação, atingindo um número crescente de alunos, é uma das
justificativas mais comuns para a oferta da educação a distância. No entanto, é raro
encontrarmos projetos de EAD que sejam desenhados para promover e facilitar o acesso
a pessoas com necessidades especiais. Se observarmos bem, notaremos que o design
instrucional e comunicativo de boa parte dos cursos a distância, na realidade, dificulta
quando não impede esse tipo de acesso. O acesso universal é essencial para garantir que
todas as pessoas, sejam quais forem suas habilidades e dificuldades, possam participar
de todos os momentos do ensino e dos estudos a distância.
Vale mencionar que quando se fala em acesso universal não se visa apenas os
alunos, mas também os professores, instrutores e outros agentes que, por qualquer
impedimento, podem se ver excluídos dos benefícios da EAD. Esse é um tema polêmico
que revela a dificuldade que temos em adaptar as estruturas clássicas a uma nova
realidade. A EAD não conseguirá se furtar a esse debate, pois se utiliza de meios para os
quais o direito autoral e a propriedade intelectual são pontos muito importantes.
Desafios profissionais
Não há consenso sobre que tipo de capacitação é necessária para preparar efetivamente
professores, autores, tutores, assistentes, designers instrucionais e outros profissionais
para trabalhar na modalidade a distância. Outros, ainda, voltam-se somente para
habilidades individuais, não levando em conta competências interpessoais
fundamentais, uma vez que a EAD é um exemplo claro de trabalho interdisciplinar e em
equipe. A concepção, elaboração e oferta de cursos de formação, capacitação a
aperfeiçoamento de educadores para o trabalho com EAD é um dos desafios que a
modalidade tem de enfrentar, e isso deve ser feito com toda a responsabilidade.
Desafios avaliativos
É sabido que uma boa avaliação envolve uma variedade de meios, formais e não
formais, que podem determinar de maneira aproximada se a aprendizagem ocorreu ou
está ocorrendo conforme o esperado por todos os envolvidos com o processo de ensino-
aprendizagem. Na avaliação institucional entram aspectos como o cumprimento das
exigência legais, o atendimento dos preceitos do projeto pedagógico da instituição, sua
atuação conforme seus valores e objetivos e o reconhecimento de sua competência para
atuar na modalidade, seja pelas instâncias oficiais como pelos mecanismos de
acreditação, isto é, de validação. Toda a avaliação tem a ver com qualidade e com
critérios utilizados para aferir se a qualidade proposta ou esperada está sendo
atingida. Na avaliação dos processos de ensino e aprendizagem, por exemplo, a
separação espacial e/ou temporal entre avaliadores e avaliados, a participação de mais
agentes do que somente professores e alunos e a presença marcante das tecnologias
compõem uma nova dimensão, própria da EAD, que precisa ser levada em
consideração.
Concluindo