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Peça
Peça
(10 linhas)
Xxx, já qualificado nos autos do processo-crime em epígrafe, vem, por
seu advogado infra-assinado, á presença de Vossa Excelência, com
fundamento no artigo 411, § 4º, do Código de Processo Penal, apresentar
MEMORIAIS, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos;
(2 linhas)
Dos Fatos
‘’A’’ está sendo processado segundo a denuncia que lhe imputa violação
do artigo 121, § 2º, inciso III, 1º parte, combinado com o artigo 14, II, do Código
Penal, porque teria tentado matar ‘’B’’, mediante aplicação de injeção
venenosa. O laudo do Instituto Médico-Legal é taxativo, concluindo que a
substância ministrada não tinha potencialidade lesiva, ou seja, era inócua.
(2 linhas)
Do Direito
Em razão, ‘’A’’ ora mencionado, está sendo acusado com base no artigo
121, § 2º, III, 1º parte do Código Penal, combinado com o art. 14, II, do mesmo
código.
Cumpre destacar que o crime imputado a “A” se enquadra como crime
impossível, conforme disposto no artigo 17 do Código Penal.
Art. 17 – Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou
por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Portanto, infere-se que o crime impossível é aquele em que o objeto
material por sua total improbidade é inidôneo para que o ilícito se consume ou
o meio de execução empregado pelo agente do cenário fático é absolutamente
despido de força para produzir o efeito e o resultado almejado.
Deste modo, não há que se falar em crime, tão pouco na punibilidade do
agente.
(2 linhas)
Do Pedido
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, que seja julgada
improcedente a presente ação penal, decretando-se a absolvição sumária (art.
415, IV do CPP). Haja vista, que não há indícios de prova que indique que o
líquido da injeção era suficiente para que o crime se consumasse, logo não ha
crime a ser imputado ao acusado.