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Sem Coração - A Virgem e o CEO Viúvo - Renata R. Correa
Sem Coração - A Virgem e o CEO Viúvo - Renata R. Correa
CORRÊA
Capa e diagramação: ARTESSA (Amandda Bennett)
Revisão: Luiza Eustáquio e Renata R. Corrêa
Todos os direitos reservados
Boa leitura,
Renata.
Enquanto lê, ouça a playlist no Spotify:
https://open.spotify.com/playlist/3C27RBAS22GEIDGYMByePd
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A realidade pode ser cruel e destruir sonhos, mas, enquanto
houver vida, sempre será possível reconstruí-los.
Leonardo Nóbile, um jovem advogado milionário, um dos
CEOs da operadora de saúde da família, ficou viúvo aos vinte e sete
anos, após um trágico acidente de carro. Por mais que tenha sido
uma fatalidade, o rapaz nunca conseguiu se livrar da culpa e há
cinco anos vivia enclausurado, achando que não merecia ser feliz
de novo. No entanto quando a nova diarista aparece em sua casa,
aos poucos, a garota ingênua e de olhos assustados começa a
romper suas barreiras.
Elaine é uma moça humilde que precisou abandonar os
próprios sonhos para cuidar da mãe com câncer, assumindo as
responsabilidades da casa sozinha, inclusive os serviços de faxina,
que era a única fonte de renda das duas. Ao se ver numa situação
financeira difícil, aceita uma oferta da vizinha para limpar uma
cobertura onde é governanta. Mal sabia ela que se encantaria pelo
novo patrão e que muitas outras surpresas do destino estavam por
vir.
Com o tempo, Elaine e Leo ficam atraídos um pelo outro, mas
quando o desejo fala mais alto, ele confessa que não pode oferecer
a ela mais do que sexo. Doida para perder a virgindade, Nane não
se importa, a princípio, e embarca numa amizade colorida com o
patrão.
Só que nem tudo sai como planejado e os dois acabam se
envolvendo sentimentalmente. Será que o viúvo recluso, que se
dizia um homem sem coração, conseguirá se permitir amar outra
vez?
Embarque nessa deliciosa e envolvente história sobre
segundas chances.
Conteúdo adulto.
A realidade pode ser inimiga dos sonhos.
Desde muito garotinha, apesar da vida simples e muitas vezes
difícil, eu imaginava que um dia as coisas melhorariam. Que eu faria
faculdade, ganharia dinheiro, encontraria um rapaz bom e viveria
uma linda história de amor. Como as que eu lia nos livros e via nos
filmes de romance.
Filha única de mãe solo, éramos muito unidas. Dona Cirlleni
engravidou de mim bastante jovem e foi abandonada pelo
namorado, que não quis nem sequer assumir a paternidade. Nunca
conheci meu pai. Meus avós nos acolheram e, enquanto viveram,
ajudaram-nos de todas as formas. Vovô faleceu quando eu tinha
treze anos, vovó se foi um ano mais tarde. Ficamos eu e minha
mãe.
Sempre moramos em Jacarepaguá e mamãe, que trabalhava
como diarista, tinha muitas clientes na Barra da Tijuca. Aos catorze,
comecei a ajudá-la com as limpezas, no período em que não estava
na escola.
Fui uma aluna dedicada. Acreditava que isso me facilitaria, um
dia, realizar pelo menos parte dos meus sonhos, como o de fazer
faculdade de Direito.
No entanto, como disse no início, a realidade pode ser inimiga
dos sonhos. Pode até mesmo destruí-los. Foi o que aconteceu com
os meus.
Quando eu estava terminando o ensino médio, minha mãe
teve linfoma e passou por um longo e penoso tratamento, que durou
três anos entre remissões e recidivas da doença. Dona Ébia, sua
melhor amiga e nossa vizinha há anos, nos ajudou muito nessa
época. Tive de deixar para lá a minha vontade de continuar
estudando, pois, além de acompanhar mamãe às consultas,
exames, sessões de quimioterapia, de cuidar dela e da casa,
assumi as faxinas em seu lugar, já que precisávamos do dinheiro
para sobrevivermos.
Dona Cirlleni venceu a batalha contra o câncer, mas nunca
mais foi a mesma. Após a doença, ficou parecendo que ela
envelheceu uns dez anos, além de ter perdido a força e a agilidade.
Sem conseguir voltar a trabalhar como diarista, começou a fazer
bolos caseiros, para complementar a nossa renda familiar. Eu a
ajudava a vendê-los para as antigas patroas dela, que passaram a
ser minhas, e também em nossa vizinhança.
Tudo o que nos aconteceu acabou roubando o início da minha
juventude. Perdi o contato com meus ex-colegas, não saía de casa
para nada além do trabalho e da rotina médica da mamãe. Minha
única amiga era minha vizinha Érika. Crescemos juntas e
estudamos na mesma classe até o final do ensino médio. Érika
cursou Enfermagem e logo que se formou conseguiu um emprego
em um hospital na Barra. Enquanto ela seguia a vida, conquistando
tudo o que muitas vezes sonhamos juntas, sentia-me estagnada.
Tinha acabado de chegar de uma faxina, angustiada por ter
sido a última na casa de dona Helena, uma excelente patroa. Eu
limpava seu apartamento duas vezes por semana e ela sempre
pagava um valor a mais do que o acertado, além de comprar os
bolos da mamãe. Professores universitários, ela e o marido
decidiram se mudar para Petrópolis após a aposentadoria. Dona
Helena me disse que me indicou para umas amigas e que esperava
que alguma entrasse em contato comigo e que eu logo arrumasse
outras faxinas para ocupar os dias que vagaram, mesmo assim era
difícil conter a agonia que a situação estava me causando.
— Que carinha de preocupada é essa, meu amor? O que
houve? — mamãe perguntou quando apareci na cozinha.
— Hoje foi o último dia na casa da dona Helena... — Suspirei e
esfreguei o rosto, desolada.
— Calma, filha, tudo vai se ajeitar. Não precisa ficar tão
preocupada assim.
— Espero que a senhora tenha razão. O que ganhávamos já
era muito pouco.
— Você devia voltar a estudar, Nane. Poderia entrar para uma
faculdade e se formar, assim como a Érika conseguiu. Arrumar um
estágio, ganhar melhor, mudar de vida. Eu me sinto muito culpada
por ter parado seus estudos. Era tão dedicada e esforçada, cheia de
sonhos.
— Ah, mãezinha, não se culpe. Fiz o que precisava ser feito na
época. Mas a senhora tem razão. Vou pegar meus livros antigos,
procurar uns materiais na internet e me organizar para voltar a rotina
de estudos. Só que, enquanto isso, eu preciso arrumar pelo menos
mais uma casa pra faxinar.
— Vai aparecer, meu amor. Fique tranquila.
Meu celular tocou, interrompendo nossa conversa. Peguei-o na
bolsa e vi que era uma ligação da Érika. Pedi licença para mamãe e
atendi.
— Oi, Kinha! Como você está? — Esforcei-me para soar
animada ao telefone.
— Oi, Nane. Que vozinha é essa? Aconteceu alguma coisa?
— Pelos questionamentos dela, compreendi que meu esforço não
fora bem-sucedido.
— Lembra que te falei que uma das minhas patroas iria se
mudar do Rio?
— Lembro sim. Hoje foi a última faxina lá?
— Foi e não estou conseguindo conter a angústia de como as
coisas serão daqui pra frente.
— Não fique assim. Tenho certeza de que logo vai conseguir
outra casa pra faxinar e, como eu te disse antes, aproveite o tempo
livre pra estudar e se preparar para a próxima prova do ENEM.
— Minha mãe também acabou de dizer praticamente a mesma
coisa. Juro que me organizarei pra isso, só que não dá pra fazer de
conta que não precisamos do dinheiro que não vai mais entrar.
— Ai, amiga, sinto muito por tudo que passou e está passando.
A vida tem sido dura com vocês, mas acredito que dias melhores
virão. Tenha fé.
— Eu tenho, migs. Se não fosse por minha fé, nem sei como
teria suportado tantas provações.
— Você está precisando se distrair um pouco. Na verdade, te
liguei pra fazer um convite. O pessoal do hospital está combinando
um happy hour amanhã, num barzinho legal na Barra. Topa ir com a
gente?
— Não sei como até hoje não desistiu de me convidar, já que
nunca aceito...
— Você é minha melhor amiga. Já faz um tempo que sua mãe
está melhor e mesmo assim não se permite viver, Nane. Não
consigo me conformar com o fato de ficar enfurnada em casa, de
sair apenas pra trabalhar ou levar tia Cirlleni ao médico. Você só
tem vinte e três anos! Precisa aproveitar a juventude, se distrair,
namorar, perder logo essa virgindade.
— Ah, nem me fale disso! Às vezes penso que vou morrer
virgem.
— Se não fizer nada pra mudar essa situação, é bem capaz
mesmo! E já te falei que não sabe o que está perdendo. Quando
começar a dar, quero ver é conseguir parar! — O jeito engraçado
que ela disse aquilo me fez rir e Érika acabou rindo também. —
Sério, migs, sexo é a melhor coisa do mundo!
— Imagino que seja mesmo. — Suspirei recordando das tantas
vezes que me masturbei pensando em algum ator gato ou mesmo
num personagem de livro.
— E então, vai com a gente amanhã?
— Não posso gastar dinheiro assim agora, sem saber quando
conseguirei substituir as faxinas que fazia na casa da dona Helena.
— Eu pago sua consumação. Vamos, aceite! Será bom pra se
distrair um pouco.
— Imagina. Não vou comer e beber às suas custas.
— Pelo amor de Deus, deixe de ser boba! Eu que ofereci.
— Prometo que vou pensar.
— Ai, Nane, nem sei mais o que fazer com você, viu?
— Só não desista de mim. Juro que algum dia aceitarei seus
convites.
— Jamais desistirei. Bem, preciso voltar ao trabalho. Fique
com Deus. Rezarei para que Ele ilumine seu caminho e que coisas
boas apareçam.
— Obrigada, Kinha. Te amo!
— Eu também amo você.
Despedimo-nos e desligamos.
Voltei à cozinha para perguntar se mamãe precisava de ajuda
e quando ela disse que não, fui tomar banho.
Debaixo do chuveiro, comecei a fazer umas contas mentais e
ao perceber o quanto ficaríamos financeiramente apertadas se eu
não arrumasse logo outra casa para faxinar, não consegui impedir o
choro.
Foi difícil dormir naquela noite e nas que se seguiram. Por
mais que eu tivesse recorrido à todas as pessoas que poderiam ter
algum conhecido precisando de faxineira, nada surgiu para mim.
I sit by myself
(Eu me sento sozinho)
Talking to me too
(Conversando comigo também)
O acaso
Empurra quem
Se agarra à borda, preso em negação
Solitário na multidão
A sustentação é que a manhã já vem
Logo mais amanhã já vem
Chega dessa pele, é hora de trocar
Ela era muito afinada. Sua voz ficava mais doce cantando, do
que quando falava e a potência era nítida. Fiquei impressionado.
Cantamos juntos até o final e quando terminei a música, ela
não conseguia parar de sorrir.
— Muito obrigada por isso, senhor Leonardo. Foi muito
especial pra mim. Agora já vou — levantou-se e passou as mãos
sobre a roupa —, dona Ébia também já deve estar terminando o
serviço dela.
— Foi um prazer. Está convidada a me ouvir tocar sempre que
quiser.
— Se não for incomodá-lo, eu aceito a oferta. Não teria jeito
melhor de encerrar um dia de trabalho.
Aquiesci, ela pediu licença e se retirou.
Levantei e fui até a janela, apreciar a vista da praia. Ter tido a
companhia de Elaine por aqueles poucos minutos fora muito
agradável. Marcelo tinha razão, eu precisava reaprender a
socializar, afinal, não era tão difícil assim.
Se é a primeira vez que está lendo algo meu, gostou deste romance
e da minha escrita, deixo como dicas para suas próximas leituras
Querido inimigo e Meu vizinho quer casar. Confira as sinopses
no final e leia os dois primeiros capítulos de Querido inimigo.
Beijos,
Renata.
Sempre e em primeiro lugar, agradeço a Deus o dom da
escrita e por me permitir realizar meus sonhos.
Ao meu marido pelo apoio, incentivo, compreensão e por ter
me dado uma família linda.
Aos meus leitores queridos do meu grupo do whatsapp, vocês
são demais! Obrigada por se empolgarem tanto quanto eu com
minhas histórias! Espero tê-los sempre perto de mim.
E a todos os meus leitores, os que me leem há muito tempo e
os que estão chegando agora, vocês fazem tudo isso ter sentido!
Agradeço às minhas queridas amigas escritoras pelo
companheirismo nessa jornada, por escutarem meus desabafos, por
me apoiarem, celebrarem comigo minhas conquistas e sempre me
ensinarem algo. Especialmente à Nathany Teixeira, Cris Barbosa,
Beatriz Cortes, Christine King, Evellyn Miller, Edna Nunes e Tyanne
Maia. Ainda à Mari Sales e as autoras do Desafio Mari Sales, grupo
tão bacana onde dividimos tantas experiências engrandecedoras.
Um muito obrigada aos meus parceiros de blogs e instagrams,
o apoio de vocês é fundamental! Em especial, agradeço à Elaine
Lima, do IG @jornalizando, por além de ter emprestado seu nome
para minha protagonista, ainda ter tirado um tempinho para ler esse
texto em primeira-mão. Sua leitura beta e seus comentários foram
valiosos, querida! Sou muito feliz por tê-la ao meu lado nessa
jornada literária.
Ainda agradeço à minha assessora Amandda, da Artessa
Assessoria Literária, pela capa maravilhosa, diagramação e pelo
suporte que dá ao meu trabalho.
Não poderia deixar de agradecer ao meu agente Felipe
Colbert, por cuidar tão bem da minha carreira e por estar sempre
atento às melhores oportunidades. É uma honra fazer parte de seu
time!
Moonlight Sonata — Beethoven.
Talking to the moon — Bruno Mars
My immortal — Evanescence.
Dona de mim – Iza
Serpente – Pitty
Nocturne Op.9, nº 2 – Chopin
Conversations in the dark – John Legend
Fantasie in D minor K.397 – Mozart
Ouça no Spotify:
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Pisciana, dramática e chocólatra assumida. Renata dos Reis
Corrêa nasceu em 04/03/1981, em Guimarânia, interior de Minas
Gerais, e há mais de vinte anos mora em Uberlândia com o marido
e os dois filhos, um casal de gêmeos.
É médica oftalmologista por formação, leitora voraz e uma
apaixonada pela escrita. Começou a escrever ainda adolescente,
mas só em 2014 entrou de vez para o mundo literário, ao criar seu
primeiro romance, história que começou como parte de um
tratamento para síndrome de Burnout que teve na época. Romântica
incorrigível, procura sempre passar uma mensagem de esperança
com seus textos, destacando o poder da figura feminina. Já publicou
25 títulos, dentre livros digitais e impressos, que vão desde o drama,
passando pela comédia romântica, até a literatura erótica, sendo 15
romances, além de contos, novelas e crônicas. Só na Amazon suas
histórias somam milhões de leituras.
Contra todas as probabilidades – romance
As coisas não são bem assim – romance
Amores e desamores – contos
Crônicas reunidas – crônicas
De repente, tudo muda – romance
Impossível não te amar – romance
Um Natal inesquecível – conto
Um rock star em meu destino – conto
Nicolas Petrari – romance
Aquiles Petrari – novela
Mais que um olhar – romance
Poder e sedução – conto
Max – novela
Sorte ou azar? – romance
Proibido amor – novela
Safado amor – novela
Em direção ao CEO – romance
Box Irresistíveis paixões (Proibido amor, Safado amor e Bandido
amor) – novelas
Tentação de viúvo – romance
Tudo pra mim – romance
O bebê do meu melhor amigo – romance
Cansei de ser a mulher-maravilha – romance
Meu vizinho quer casar – romance
Querido inimigo – romance
Sem coração: A virgem e o CEO viúvo – romance
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Sinopse:
O jovem milionário Roberto Nobre Aravantes quer casar. Na
verdade, ele precisa disso.
No auge dos seus trinta anos, o que o engenheiro civil,
herdeiro da famosa construtora Aravantes & Toledo, mais quer é
continuar aproveitando a vida loucamente. Ele fugia de
relacionamentos até sua mãe ficar obcecada em lhe arrumar uma
esposa, insistindo em que sossegue e lhe dê netos, perpetuando a
família. Cansado do cerco da matriarca, tem uma ideia genial: casar
por contrato de conveniência. Ao decidir reformar sua luxuosa
cobertura e se mudar para um apartamento no segundo andar,
conhece a mulher perfeita para seus planos.
Ítala, de repente, viu seu mundo desmoronar. Tudo que ela
queria era uma luz no fim do túnel, uma mudança drástica em sua
vida que a fizesse voltar a ter esperanças. Ao conhecer o novo
vizinho, Beto, recebe uma proposta inusitada que poderia ser a
solução imediata para seus problemas. Decide, então, embarcar
naquela loucura.
Será que o relacionamento por contrato continuará sendo falso
depois de se conhecerem melhor e perceberem que, além de
possuírem afinidades improváveis, o desejo começou os rondar?
Venha se apaixonar por essa história quente e divertida!
Conteúdo adulto.
Elon
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