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DEZ:1990 NBR 12007


Solo – Ensaio de adensamento
unidimensional
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Método de ensaio
Origem: Projeto 02:004.16-001:1989
ABNT/CB-02 – Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE–02:004.16 – Comissão de estudo de Solos - Ensaio de Adensamento
Unidimensional
NBR-12007– Soil - One-dimensional consoditation test - Method of test
Esta Norma é uma transcrição da MB-3336:1990 sem alteração de conteúdo
técnico
© ABNT 1990
Todos os direitos reservados Palavras-chave: Solo. Adensamento 15 páginas

Sumário
1 Objetivo
2 Documentos complementares
3 Aparelhagem
4 Execução do ensaio
5 Cálculo
6.Resultados
ANEXO Calibração do conjunto célula de adensamento – Sistema de aplicação de carga

1 Objetivo

Esta Norma prescreve o método de determinação das propriedades de adensamento do solo, caracterizadas pela
velocidade e magnitude das deformações, quando o solo é lateralmente confinado e axialmente carregado e drenado.1

2 Documentos complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

NBR 6457 – Amostra de solo – Preparação para ensaio de compactação e ensaio de caracterização - Método de
ensaio

NBR 6508 – Grãos de solo que passam na peneira de 4,8mm - Determinação da massa específica - Método de ensaio

3 Aparelhagem

3.1 Sistema de aplicação de carga (prensa de adensamento)

O sistema de aplicação de carga deve permitir a aplicação e manutenção das cargas verticais especificadas, ao longo do
período necessário de tempo, e com uma precisão de 0,5% da carga aplicada. Quando da aplicação de um incremento de
carga, a transferência para o corpo-de-prova deve ocorrer em um intervalo de tempo não superior a dois segundos e sem
impacto significativo.

_____________
1
O método requer que um elemento de solo, mantido lateralmente confinado, seja axialmente carregado em incrementos, com pressão
mantida constante em cada incremento, até que todo excesso de pressão na água dos poros tenha sido dissipado. Durante o processo de
compressão, medidas de variação de altura da amostra são feitas, e estes dados são usados no cálculo do parâmetro que descrevem a
relação entre a pressão efetiva e o índice de vazios, e a evolução das deformações em função do tempo. Os dados de ensaio de
adensamento podem ser utilizados na estimativa, tanto da magnitude dos recalques totais e diferenciais de uma estrutura ou de um aterro,
como da velocidade desses recalques.
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3.2 Célula de adensamento

Trata-se de um dispositivo apropriado para conter o corpo-de-prova e que deve proporcionar meios para aplicação de
cargas verticais, à medida da variação da altura do corpo-de-prova e sua eventual submersão. Consiste em uma base
rígida, um anel para manter o corpo-de-prova, pedras porosas e um cabeçote rígido de carregamento. O anel pode ser do
tipo fixo (indeslocável em relação à base rígida) ou flutuante (deslocável em relação á base, sendo suportado pelo atrito
lateral desenvolvido entre o corpo-de-prova e o anel), conforme esquemas indicados na Figura 1.
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a) de anel fixo b) de anel flutuante

Figura 1 – Representação esquemática da célula de adensamento

3.2.1 Anel de adensamento

O anel de adensamento deve satisfazer às seguintes exigências:

3.2.1.1 Diâmetro interno

O diâmetro interno do anel deve ser, no mínimo, de 50 mm (preferencialmente 100 mm) e, no caso de amostras
extrudadas e telhadas, no mínimo, de 5 mm (preferencialmente 10 mm) menor do que o diâmetro interno do tubo de
amostragem.

3.2.1.2 Altura

A altura do anel deve ser, no mínimo, de 13 min e não inferior a dez vezes o máximo diâmetro de partícula do corpo-de-
prova.

3.2.1.3 relação entre diâmetro e altura

A relação entre o diâmetro interno e a altura doanel deve ser, no mínimo, de 2,5 (preferencialmente 3,0).

3.2.1.4 Rigidez

A rigidez do anel deve ser tal, que, sob a condição de pressão hidrostática igual à máxima pressão axial a ser aplicada ao
corpo-de-prova, a variação do diâmetro do anel não exceda a 0,03%.

3.2.1.5 Material

O anel de adensamento deve ser feito de material não corrosível (preferencialmente aço inoxidável), e sua superfície
interna altamente polida ou recoberta com material de baixo atrito, por exemplo, teflon. Recomenda-se, antes do ensaio,
untar a superfície interna do anel com graxa de silicone.

Notas: a) O anel fixo permite a execução de ensaios de permeabilidade, junto com o ensaio de adensamento.

b) O anel flutuante não deve ser utilizado quando o solo a ser ensaiado se constituir de material muito mole.

3.2.2 Pedras porosas

3.2.2.1 As pedras porosas devem ser confeccionadas com material quimicamente inerte em relação ao solo e à água dos
poros. Devem ser constituídas de poros de dimensões suficientemente pequenas, de forma a se evitar a intrusão de
partículas de solo. Se necessário, papel-filtro resistente pode ser utilizado entre o corpo-de-prova e a pedra porosa para
impedir a infiltração de solo e facilitar a limpeza posterior da pedra. O conjunto pedra porosa e papel-filtro deve apresentar
permeabilidade suficientemente alta, de modo a não retardar a drenagem do corpo-de-prova.
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3.2.2.2 As pedras porosas devem ser uniformes e estar sempre limpas e livres de trincas.

NOTA: A adequabilidade de pedra porosa sob o ponto de vista de permeabilidade e limpeza pode ser comprovada através de testes
expedito, submetendo-a a uma carga hidráulica da ordem de 10cm e observando-se o gotejamento em sua face inferior.

3.2.2.3 O diâmetro da pedra porosa do topo deve ser de 0,2mm a 0,5mm menor que o diâmetro interno do anel. Se for
utilizado anel flutuante, a pedra de base deve apresentar o mesmo diâmetro da pedra do tôo. Recomenda-se a utilização
de pedras biseladas, com a face de maior diâmetro em contato com o solo.

3.2.2.4 As pedras porosas devem ser espessas o suficiente para se evitar a sua quebra, sendo de topo, na sua face
superior, protegida por um disco metálico (cabeçote) rígido, resistente à corrosão e de diâmetro igual ao da pedra.

3.3 Outros equipamentos


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3.3.1 Talhador que permite a talhagem do corpo-de-prova no diâmetro interno do anel de adensamento, com mínima perturbação (ver
exemplo na Figura 2).

Figura 2 - Representação esquemática de um talhador de corpo-de-prova

3.3.2 Balança com capacidade nominal de 3 Kg, com resolução de 0,1 g e sensibilidade compatível.

3.3.3 Extensômetro capaz de medir deslocamento de até 1,5 cm, com resolução de 0,01 mm.

3.3.4 Cronômetro com resolução de 1 s.

3.3.5 Relógio

3.3.6 Termômetro graduado em 0,1ºC, de 0ºC a 50ºC.

3.3.7 Equipamentos diversos, incluindo paquímetro, bureta graduada, espátulas, facas, serras sem fio metálico e régua
metálica biselada.

4 Execução do ensaio

4.1 Amostra

4.1.1 Os corpos-de-prova podem ser obtidos a partir de amostras indeformadas (coletadas na forma de blocos ou por meio
de tubos amostradores de parede fina) ou de amostra deformadas compactadas em laboratório.

NOTA: Esta Norma não trata dos procedimentos a serem adotados para a moldagem dos corpos-de-prova a partir de amostras
deformadas. Neste caso, o procedimento seguido deve ser descrito na apresentação dos resultados.

4.1.2 Técnicas adequadas devem ser empregadas na coleta de amostras indeformadas no campo, visto que os resultados
do ensaio são altamente dependentes da qualidade das amostras. Devem ser tomadas precauções relativas à selagem e
ao transporte das amostras e à sua retirada dos tubos amostradores em laboratório, para a manutenção de suas condições
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naturais.21 As amostras devem ser mantidas em câmara úmida até a execução dos ensaios, procurando-se minimizar o
tempo de armazenamento.

4.2 Condições ambientais nos recintos de preparação do corpo-de-prova e de execução do ensaio

4.2.1 Preparação do corpo-de-prova

Os corpos-de-prova devem ser preparados em ambiente onde as mudanças da umidade do solo, durante a preparação
não exceda a 0,2% (uma sala com umidade relativa elevada é usualmente utilizada para este propósito).

4.2.2 Execução do ensaio

Os ensaios devem ser executados em ambiente com temperatura aproximadamente constante, admitindo-se flutuações
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de, no máximo, ±4ºC e no qual não haja incidência direta de raios solares.

4.3 Determinação preliminares

Previamente à execução do ensaio, os seguintes dados devem ser obtidos:

a) massa (com resolução de 0,1 g), diâmetro interno e altura do anel de adensamento (com resolução de 0,01 mm);

b) massa especifica dos grãos do solo, determinada de acordo com a NBR 6508, utilizando-se um porção da amostra
original representativa do corpo-de-prova a ser ensaiado;

c) para ensaios sobre solos poucos compressíveis, a calibração da deformação do conjunto celular de adensamento -
sistema de aplicação de carga, obtida de acordo com o Anexo.

4.4 Preparação do corpo de prova

4.4.1 Quando se utilizar amostra indeformada coletada em bloco, cortar deste bloco um prisma de solo com dimensões
excedentes, em aproximadamente 2 cm, às respectivas dimensões do anel a ser utilizado.

4.4.2 No caso de amostra indeformada extraída de tubo amostrador, cortar com ferramentas apropriadas, por exemplo,
serra de fio metálico, um cilindro de altura cerca de 2 cm maior que a altura do anel. Não utilizar as porções da amostra
situada nas extremidades do tubo amostrador.

4.4.3 Os corpos-de-prova devem ser talhados ou torneados rente ao topo do anel, através de ferramentas cortantes
apropriadas, por exemplo, talhador indicado na Figura 2. À medida que um determinado segmento do mcorpo-de-prova
apresentar um diâmetro aproximadamente igual ao interno do anel, o segmento deve ser introduzido no anel, por leve
pressionamento uniforme.

4.4.3.1 O corpo-de-prova deve ser introduzido com sobrealtura em relação ao anel utilizado, permitindo, assim, posterior
acerto final das superfícies da base e do topo.

Nota: Tem-se, como procedimento alternativo, para solos de baixa consistência, gravar gradualmente e de forma adequada, na amostra,
um anel de adensamento provido de extremidade cortante.

1
Recomenda-se, na operação de extração, obedecer ao mesmo sentido de deslocamento relativo entre amostra e amostrador que
ocorreu na amostragem.
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4.4.4 Para solos de consistência mole ou média, utilizar serra de fio metálico para a talhagem das superfícies do topo e da
base do corpo-de-prova, contido no anel de adensamento, podendo o acerto final desta superfície ser efetuada com uma
régua metálica biselada.

4.4.5 Para solos de maior consistência, uma régua metálica biselada pode ser suficiente para a talhagem e acerto das
superfícies do topo e da base do corpo-de-prova, contido no anel de adensamento.

4.4.6 Em casos especiais, a altura do corpo-de-prova pode ser menor que a altura do anel de adensamento, o que se
consegue por extrusão parcial do corpo-de-prova e acerto de superfície de solo excedente. A altura do corpo-de-prova,
nesse caso, deve ser, no mínimo, de 13 mm e não inferior a dez vezes o máximo diâmetro de partícula.

4.5 Determinação de umidade e massa específica aparente iniciais


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4.5.1 Teor de umidade inicial (hi)

Usar as aparas resultantes do processo de talhagem do corpo-de-prova para determinar o teor de umidade inicial, de
acordo com a NBR 6457.

4.5.2 Obter massa do conjunto de corpo-de-prova e anel de adensamento, com resolução de 0,1 g. Calcular a massa do
corpo-de-prova, subtraindo-se do valor obtido a massa do anel.

4.5.2.2 Determinar a altura do corpo-de-prova, com resolução de 0,01 mm, caso seja menor do que a altura do anel.
Calcular o volume do corpo-de-prova a partir da sua altura e do diâmetro interno do anel.

4.5.2.3 Calcular a massa específica aparente úmida inicial pela divisão da massa do corpo-de-prova pelo seu volume.

4.6 Montagem do corpo-de-prova na célula de adensamento

4.6.1 As pedras porosas e os papéis-filtro, caso utilizados, devem ser preparados antes da montagem, para evitar
mudanças no teor de umidade do corpo-de-prova.

4.6.2 No caso de solos saturados, as pedras porosas devem ser previamente fervidas e mantidas imersas em água, até o
instante de entrar em contato com o corpo-de-prova. Para solos parcialmente saturados, devem ser utilizadas pedras
porosas simplesmente umedecidas. Entretanto, para solos altamente expansivos, colapsíveis ou muito secos, utilizar
pedras porosas secas.

4.6.3 A montagem da célula de adensamento deve obedecer à seguinte seqüência: base rígida, pedra porosa inferior,
papel-filtro, corpo-de-prova contido no anel, papel-filtro e pedra porosa superior.

4.6.4 Após a montagem da célula, colocar o cabeçote metálico, ajustando-se, então, o conjunto ao sistema de aplicação de
carga.

4.6.5 Quando não for feita a inundação do corpo-de-prova a partir do primeiro estágio de carregamento, a célula de
adensamento deve ser protegida contra perda de umidade por evaporação, através do seu envolvimento com plástico ou
borracha aderente e/ou algodão levemente umedecido.

4.7 Procedimento para execução do ensaio

4.7.1 Após a colocação da célula de adensamento no sistema de aplicação de carga com os devidos ajustes, instalar o
extensômetro e aplicar uma pressão de assentamento de 5 kPa para solos resistentes ou 2 kPa para solos moles. O
extensômetro deve ser zerado, cinco minutos após a aplicação dessas pressão.

4.7.2 Decorrido esse período de tempo, transmitir cargas adicionais à célula de adensamento, em estágios, para obter
pressões totais sobre o solo de aproximadamente 10 kPa; 20 kPa; 40 kPa; 16 0kPa, etc., mantendo-se cada pressão pelo
período de tempo discriminado em 4.7.4. O carregamento do corpo-de-prova deve continuar até a definição da região de
compressão virgem. Em casos especiais, podem ser introduzidos alguns estágios intermediários de pressão, de forma a
poder se definir com mais precisão a pressão de pré-adensamento.

4.7.3 Em amostra indeformada saturada nas condições de campo ou extraída abaixo do lençol freático, o ensaio deve ser
executado com inundação do corpo-de-prova, imediatamente após a aplicação da pressão de 10 kPa. Nessas condições,
eventual tendência à expansão do corpo-de-prova deve ser evitada, através do aumento gradativo de pressão, limitado à
pressão vertical do campo.

4.7.4 Para cada um dos estágios de pressão, fazer leituras no extensômetro da altura ou variação de altura do corpo-de-
prova, com resolução de 0,01 mm, imediatamente antes do carregamento (correspondente ao tempo zero) e, a seguir, nos
intervalos de tempo de 1/8 min; ¼ min; ½ min; 1 min; 2 min; 4 min; 8 min; 15 min; 30 min; 1 h; 2 h; 4 h; 8 h; e 24 h contados
a partir do instante de aplicação do incremento de carga.

4.7.4.1 Para solos com elevado grau de saturação, as leituras devem continuar, se necessário, por um intervalo de tempo
maior, até que fique definida a reta de compressão secundária no gráfico altura do corpo-de-prova em função do logaritmo
do tempo ou, alternativamente, até que sejam atingidos 100% de adensamento primário no gráfico altura do corpo-de-
prova em função da raiz quadrada do tempo (ver 5.4).
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4.7.4.2 Em ensaios sobre solos pouco compressíveis, as leituras de altura, ou variação de altura, efetuada ao longo do
tempo, devem ser corrigidas, somando, ou subtraindo, a deformação do conjunto célula de adensamento – sistema de
aplicação de carga, correspondente ao estágio de pressão aplicado, obtida conforme o Anexo.

4.7.5 Completadas as leituras correspondentes ao máximo carregamento empregado, efetuar o descarregamento do corpo-
de-prova em estágio, fazendo-se leituras no extensômetro e corrigindo-as, se necessário, de forma análoga aos estágios
de carregamento. O descarregamento deve ocorrer em, no mínimo, três estágios.

4.7.6 Após ter-se atingindo no descarregamento a pressão de 10kPa e verificada a estabilização da altura do corpo-de-
prova, descarregar totalmente o corpo-de-prova e imediatamente retirar da célula de adensamento o anel com o corpo-de-
prova. Proceder ao enxugamento das superfícies expostas do corpo-de-prova com papel absolvente, determinar a sua
massa com resolução de 0,1g e, a seguir, tomar porções do material para determinar o teor de umidade final, de acordo
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com a NBR 6457.

4.7.7 Corpos-de-prova provenientes de amostras não saturadas podem ser inundados em pressões que simulem futuras
condições de campo. Em tais casos, o corpo-de-prova deve ser inundado somente após o término do adensamento
primário daquele estágio de pressão. Após a inundação, devem ser efetuadas leituras de variação de altura do corpo-de-
prova até a estabilização, por um tempo mínimo de 24 h.

Nota: É possível a realização de ensaios de permeabilidade durante a execução de ensaio de adensamento em anel fixo sobre o corpo-
de-prova inundado. Estes ensaios podem ser programados em diversos estágios de carregamento, após a inundação, sendo que
cada ensaio deve ser realizado somente após o término do adensamento primário do respectivo estágio de carregamento. O
ensaio de permeabilidade é executado à carga hidráulica variável, com a instalação de uma bureta graduada conectada à pedra
porosa da base de célula de adensamento, resultando em fluxo d’água da base para o topo do corpo-de-prova.

5 Cálculos

5.1 Índices físicos iniciais do corpo-de-prova

5.1.1 Massa específica aparente seca

Calcular a massa específica aparente seca inicial, pela expressão:

100γ hi
γ 
si 100  h i

Onde:

 si = massa específica aparente seca inicial, em g/cm3;

 hi = massa específica aparente úmida inicial, determinada de acordo com 4.5.2, em g/cm3;

Hi = teor de umidade inicial, determinado de acordo com 4.5.1, em %.

5.1.2 Índice de vazios inicial

Calcular o índice de vazios inicial, pela expressão:

δ
e  1
i γ si

Onde:

ei = índice de vazios inicial;

  massa específica dos grãos, determinada de acordo com 4.3-b), em g/cm3;

si = massa específica aparente seca inicial, em g/cm3.


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5.1.3 Grau de saturação inicial

Calcular o grau de saturação inicial, pela expressão:

hiδ
S 
i ei γ a

Onde:

Si = grau de saturação inicial, em %;


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hi = teor de umidade inicial, em %;

  massa específica dos grãos em g/cm3;

ei = índice de vazios inicial;

a = massa específica da água em g/cm3 (considerar igual a 1,00g/cm3).

5.2 Índice de vazios ao final de cada estágio de pressão

5.2.1 Altura dos sólidos

Calculo a altura dos sólidos do corpo-de-prova, pela expressão:

Hi
H 
s 1  ei

Onde:

Hs = altura dos sólidos, em cm;

Hi = altura inicial do corpo-de-prova, determinada de acordo com 4.3-a) ou 4.5.2.2, em cm;

ei = índice de vazios inicial.

5.2.2 Índice de vazios

Calcular o índice de vazios ao final de cada estágio de pressão, pela expressão:

H
e 1
Hs

Onde:

e = índice de vazios ao final do estágio de pressão;

H = altura do corpo-de-prova ao final do estágio;

Hs = altura dos sólidos, em cm.

5.3 Grau de saturação final do corpo-de-prova

Calcular o grau de saturação final, pela expressão:

hf δ
S 
f ef γa

Onde:

Sf = grau de saturação final, em %;

hf = teor de umidade final, determinado de acordo com 4.7.6, em%;


  massa específica dos grãos, em g/cm3;
ef = índice de vazios ao final do último estágio de descarregamento;
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  massa específica da água, em g/cm3 (considerar igual a 1,00g/cm3).

5.4 Coeficiente de adensamento

Para, no mínimo, dois incrementos de carga (incluindo no mínimo um, após a pressão de pré-adensamento ter sido
atingida), calcular o coeficiente de adensamento por um dos processos descritos a seguir, desde que a forma das
respectivas curvas de adensamento indique a aplicabilidade de teoria de adensamento de Terzaghi.
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Figura 3 - Curva de altura do corpo-de-prova, em função do logaritmo do tempo, para cálculo do coeficiente de
adensamento, pelo processo de Casagrande

5.4.1 Processo de Casagrande

5.4.1.1 Para cada incremento de carga escolhido, desenhar a curva de adensamento, marcando-se no eixo das ordenadas
a altura do corpo-de-prova e no eixo das abcissas o logaritmo do tempo.

5.4.1.2 Determinar o ponto correspondente a 100% do adensamento primário pela intercessão das retas tangentes aos
ramos de curva que definem as compressões primária e secundária. Transportar o ponto encontrado para o eixo das
ordenadas, obtendo-se a altura H100.

5.4.1.3 Para determinar o ponto correspondente a 0% do adensamento primário, selecionar duas alturas do corpo-de-prova,
H1 e H2, correspondentes respectivamente ao tempo t1 e t2, cuja relação t2 / t1 é igual a 4. A altura do corpo-de-prova,
correspondente a 0% de adensamento primário, é calculada por:

H0 = H1 +(H1 - H2)

Nota: Para que este processo seja válido, a variação de altura, corresponde ao tempo t2, deve ser maior do que 1/4, mas menor do que
1/2, da variação total de altura no estágio de pressão considerado.

5.4.1.4 A altura do corpo-de-prova, correspondente a 50% do adensamento primário, é obtida pela expressão:

H0  H100
H50 
2
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5.4.1.5 O tempo t50, correspondente à ocorrência de 50% do adensamento primário, é obtido, tomando-se a abcissa do
ponto da curva correspondente a H5o..

5.4.1.6 Calcular o coeficiente de adensamento pela expressão:

2
0,197(0,5H 50 )
cv 
t 50

Onde:
2
cv = Coeficiente de adensamento, em cm /s;
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H50 = altura do corpo-de-prova correspondente a 50% do adensamento primário, obtida conforme 5.4.1.4, em cm;

t50 = tempo correspondente à ocorrência de 50% de adensamento primário, obtido conforme 5.4.1.4, em s.
2 2/
Nota: Alternativamente, o coeficiente de adensamento pode ser expresso em m /dia ou m /ano.

Figura 4 – Curva de altura do corpo-de-prova, em função da raiz quadrada do tempo, para cálculo do coeficiente de
adensamento, pelo processo de Taylor
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5.4.2 Processo de Taylor (Figura 4)

5.4.2.1Para cada incremento de carga escolhido, desenhar a curva de adensamento, marcando-se no eixo das ordenadas a
altura do corpo-de-prova e no eixo das abcissas a raiz quadrada do tempo.

5.4.2.2 Determinar o ponto correspondente a 0% do adensamento primário, prolongando a reta definida pelos pontos
iniciais da curva de adensamento até o eixo das ordenadas.

5.4.2.3 Traçar por esse ponto a linha reta com coeficiente angular igual a 1,15 vez o coeficiente da reta obtida em 5.4.2.2. A
interseção desta reta com a curva de adensamento define o ponto correspondente a 90% do adensamento primário,
obtendo-se, dessa forma, os valores de t90 e H90.

5.4.2.4 A altura do corpo-de-prova, corresponde a 50% do adensamento primário, é obtida pela expressão:
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5
H50  H0  (H0  H90 )
9

5.4.2.5 Calcular o coeficiente de adensamento, pela expressão:

2
0,848(0,5H 50 )
cv 
t 90

Onde:

cv = coeficiente de adensamento, em cm2/s;

H50 = altura do corpo-de-prova correspondente a 50% do adensamento primário, obtida conforme 5.4.2.4, em cm;

t90 = tempo correspondente à ocorrência de 90% do adensamento primário, obtido conforme 5.4.2.3, em s
2 2
Nota: Alternativamente, o coeficiente de adensamento pode ser expresso em m /dia ou m /ano.

5.5 Índice de compressão

5.5.1 Traçar a curva índice de vazios em função do logaritmo da pressão aplicada, como exemplificado na Figura 5, sendo
o índice de vazios em cada estágio de pressão, obtido conforme 5.2.2. O trecho dessa curva, posterior à pressão de pré-
adensamento, é denominado trecho virgem e podem ser retilíneo ou não.
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Figura 5 – Curva do índice de vazios, em função do logaritmo da pressão

5.5.2 Sendo retilíneo o trecho virgem, determina o seu coeficiente angular (ver figura 5), pela expressão:

e1  e 2
Cc 
Logp 2  Logp1

Onde:

Cc = índice de compressão;

e1, e2 = índice de vazios, correspondentes a dois pontos quaisquer do trecho virgem;

p1,p2 = pressões associadas ao índice de vazios e1 e e2.

5.6 Pressão de pré-adensamento

Determinar a pressão de pré-adensamento por um dos processos descritos a seguir.


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Figura 6 – Determinação da pressão de pré-adensamento, pelo processo de Casagrande

5.6.1 Processo de Casagrande (Figura6)

5.6.1.1 Obter, na mesma curva citada em 5.5.1, o ponto de mínimo raio de curvatura e, por ele, traçar uma paralela ao eixo
das abcissas e uma tangente à curva.

5.6.1.2 Traçar a bissetriz do ângulo formado por essas retas.

5.6.1.3 A abcissa do ponto de intersecção da bissetriz com o prolongamento do trecho virgem corresponde à pressão de
pré-adensamento.
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NBR 12007:1990 13
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Figura 7 - Determinação da pressão de pré-adensamento, pelo processo de Pacheco-Silva

5.6.2 Processo de Pacheco Silva (Figura 7)


.
5.6.2.1 Traçar uma reta horizontal, passando pela ordenada correspondente ao índice de vazios inicial ej .

5.6.2.2 Prolongar o trecho virgem e determinar o seu ponto de intersecção com a reta definida em 5.6.2.1.

5.6.2.3 Pelo ponto de intersecção, traçar uma reta vertical até interceptar a curva. Por este ponto, traçar uma reta
horizontal, determinando-se a sua intersecção com o prolongamento do trecho virgem. A abcissa deste ponto define a
pressão de pré-adensamento.

Nota; Se o gráfico índice de vazios em função da pressão aplicada apresentar o trecho virgem acentuadamente curvo, um processo
alternativo para a determinação da pressão de pré-adensamento pode ser utilizado. Traçar o gráfico log (1 + e) em função do logaritmo da
31
pressão e, sobre ela, aplicar a construção de Pacheco Silva.

5.6.3 Índice de vazios correspondentes à pressão de pré-adensamento

Determinar, no eixo das ordenadas, o valor do índice de vazios correspondentes à pressão de pré-adensamento.

6 Resultados

Devem ser apresentados os resultados e informações, indicados a seguir:

6.1 Curva índice de vazios, em função do logaritmo da pressão aplicada, acompanhada das seguintes indicações:

a) índices de vazios inicial;

b) pressão de pré-adensamento, processo empregado para sua determinação e índice de vazios correspondente;

c) índice de compressão, quando determinado;

d) condição de ensaio (sem inundação ou inundado, neste caso indicando a pressão de inundação).

1
Nesses casos, na nova forma gráfica, o trecho virgem tem-se mostrado retilíneo para inúmeros solos. Ver: Martins, I.S.M. “Sobre uma
nova relação índice de vazios tensão em solos”. Rio de Janeiro, UFRJ, COPPE, 1983, Dissertação de Mestrado.
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6.2 Curvas de adensamento (altura do corpo-de-prova em função do logaritmo do tempo) para todos os estágios de
pressão.

6.3 Curva do coeficiente de adensamento, em função do logaritmo da pressão média no estágio, com indicação do método
empregado para a determinação do coeficiente de adensamento.41

6.4 Curva logaritmo do coeficiente de permeabilidade, em função do índice de vazios, para os ensaios em que foi feita a
determinação do coeficiente de permeabilidade.

6.5 Características da amostra:

a) indeformada (bloco ou coleta com tubo amostrador) ou deformada;


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b) se coletada com tubo amostrador, indicar as suas características e dimensões;

c) se deformada, indicar o procedimento seguido para a moldagem do corpo-de-prova.

6.6 Características do anel de adensamento

a) tipo (fixo ou flutuante);

b) dimensões.

6.7 Massa especifica aparente úmida ou seca, teor de umidade, índice de vazios e grau de saturação iniciais do corpo-de-
prova.

6.8 Teor de umidade, índice de vazios e grau de saturação finais do corpo de prova.

___________________

1
A pressão media do estágio corresponde à média das pressões aplicadas no estágio considerado e no estágio anterior.
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ANEXO – Calibração do conjunto célula de adensamento – Sistema de aplicação de carga

Para a calibração do conjunto célula de adensamento – sistema de aplicação de carga – determinar a deformação do
conjunto como indicado a seguir.

A-1 Fazer a montagem da célula de adensamento, utilizando um disco de metal ou aço, com altura aproximadamente igual
à do corpo-de-prova e diâmetro 1 mm menor ao do anel de adensamento. A montagem deve conter, também, as pedras
porosas e papéis-filtro, nas mesmas condições em que serão empregados no ensaio.

A-2 Carregar e descarregar o conjunto, de forma semelhante à do ensaio, medindo-se as deformações resultantes. Cada
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estágio de carga deve ser mantido até a estabilização das deformações.

A-3 Construir uma curva ou tabela, correlacionando a deformação do conjunto com a pressão aplicada.

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