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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

ESCOLA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

  

ALEXANDRE DE OLIVEIRA CARNEIRO – 20192220012

FICHAMENTO CAPÍTULO 4

SAFÁRI DE ESTRATÉGIA: UM ROTEIRO PELA SELVA DO PLANEJAMENTO


ESTRATÉGICO

MANOEL SILVESTRE FRIQUES

RIO DE JANEIRO

2023
RESUMO DO CAPÍTULO

O quarto capítulo do livro "Safári de Estratégia: Um Roteiro pela selva do planejamento


estratégico" apresenta a escola de posicionamento, que se concentra na importância de se
ter uma posição competitiva clara e distinta no mercado. Esta escola considera que a
competição é fundamental para a estratégia e que a empresa deve buscar uma posição de
destaque no mercado para destoar dos concorrentes, isso tudo é feito por meio da
construção e análise de dados recolhidos do processo produtivo.

O livro cita Michael porter como o grande precursor do modelo no ambiente corporativo,
muito por conta da sua publicação de 1980 “Competitive Strategy”, a sua relevância não
ocorre pelo fato de criar a escola em si, porém com ele foi tivemos o fomento dos
pensamentos no ambiente corporativo, gerando assim uma enorme onda de atividades na
área. Seguindo nessa linha outro autor que também teve forte relevância foi Sun Tzu, por
meio do livro “The art of War” o autor em questão traz em seu livro justamente os fatores
análise de dados bem como análise de fatos para tomada de decisão, isso se encaixa
perfeitamente no ambiente corporativo ajudando também no processo de fomento da
época.

Seguindo nessa linha o tem-se que a estratégia é uma questão de posicionar a empresa no
mercado para enfrentar a concorrência e conquistar uma vantagem competitiva. A escola
enfatiza que a posição da empresa deve ser escolhida com base em suas competências
distintivas e nas necessidades dos clientes. A posição escolhida deve ser defendida contra
a concorrência para criar valor para a empresa e seus clientes de forma superior e eficiente.

Para a escola de posicionamento, a análise do ambiente externo e da indústria é


fundamental para entender a competição e escolher a posição estratégica correta. A análise
deve levar em consideração a estrutura da indústria, os concorrentes, os clientes, os
fornecedores e os regulamentos governamentais. Além disso, é enfatizado que a análise
deve ser rigorosa e sistemática para identificar a melhor posição competitiva para a
empresa, levando em conta as informações e dados recolhidos de forma quantitativa e não
tanto qualitativa como em outras escolas.

Outro ponto é que a escolha da posição estratégica por ser baseada em dados tende a dar
uma forte relevância ao analista, visto que este passa a ter um papel muito importante de
estruturação dos resultados das análises quantitativas e repasse dessas informações para
os gerentes que serão aqueles que irão oficialmente controlar as opções bem como definir
as decisões finais. Por isso também se destaca a importância da liderança na
implementação da estratégia e na defesa da posição competitiva escolhida, essa decisão
tende a ser implementada por meio de um conjunto de políticas e ações consistentes para
criar valor para a empresa e seus clientes.

O livro também apresenta as uma divisão das ondas do posicionamento, basicamente as


dividindo em 3. A primeira é a de máximas militares a qual cita os autores Sun Tzu e Carl
Von Clausewitz que foram os precursores de definições estratégicas no ambiente de
batalha, esses autores focaram em análises quantitativas em seus livros e a partir delas
definiram qual seria o direcionamento estratégico a ser seguido. A segunda onda focalizou
em buscar por imperativos de consultoria, nesse período as grandes referências eram as
máximas militares, está em específico dizia que os consultores não tinham de ter um
conhecimento específico, pois os mesmos só analisam os dados e selecionam estratégias.
Neste período tivemos o surgimento do conceito de boutiques de estratégia, a mais bem
sucedida delas foi a BCG (Boston Consulting Group) que criou uma matriz de crescimento-
participação e a curva de experiência. Com essas definições temos o conceito prático de
boutique de estratégia que é a criação de um método próprio que desenvolve algo utilizando
dessas filosofias já ditas e que é exclusiva para a aplicação pretendida. A terceira onda teve
início em 70, porém teve grande relevância com as publicações de Michael Porter
(“Estratégia Competitiva” - 1980 e “Vantagem Competitiva” - 1985), finalizando os ciclos das
primeiras e segunda onda encerrando os máximos e hiperativos. Para Porter a estratégia de
negócio deveria ser baseada na estrutura do mercado em que a empresa opera, além disso
era necessário se construir uma base e não um modelo único e pronto que seria aplicado
para todas as empresas em seus livros Porter pode trabalhar conceitos importantes como o
modelo de análise competitiva, conjunto de estratégias genéricas e o conceito de cadeia de
valor.

Por fim o autor desfere críticas ao modelo, ressaltando sobre ênfase em dados analíticos
em detrimento do aprendizado empírico, e ressalta que não é possível criar teorias, pois
somente as pessoas podem criá-las. Porém não somente críticas são feitas, a ênfase nas
análises e cálculos reduziu o papel da formulação de estratégias, com isso o papel do
posicionamento é de apoio ao processo e não de ser o processo em si.

LISTA DE CITAÇÕES E COMENTÁRIOS

Citações Comentários

“Em geral, aquele que ocupa primeiro o Sem sombra de dúvidas nessa citação é
campo de batalha e aguarda seu inimigo possível ser feito um paralelo com as
está à vontade; quem chega depois à cena companhias no mercado mundial, as
e se apressa a lutar está cansado.” gigantes como a Coca-Cola já domina o
campo de batalha a bom tempo, com isso
as novas empresas que tentam se
aventurar no meio tendem a estar muito
mais enfraquecidas em uma possível
batalha de mercado por market share com
a Coca-Cola.

“Acabamos voltando à grande falácia do Nesse ponto, tendo a discordar, acredito


capítulo anterior: que a análise pode que o recolhimento bem como a análise de
produzir síntese.” dados podem nos gerar sínteses em
diversos aspectos de performance bem
como outros aspectos quantitativos. Porém
ao mesmo tempo tendo a concordar que
os dados não devem ser os únicos fatores
analisados, existe muito além do
quantitativo e isso não pode ser deixado de
lado no processo de tomada de decisão
estratégica da companhia.
CONSIDERAÇÕES

● A Escola de Posicionamento é baseada na ideia de que a escolha de uma posição


estratégica adequada pode ajudar uma empresa a obter vantagem competitiva em
relação aos seus concorrentes.

● A análise da indústria é um componente fundamental da Escola de Posicionamento,


com o modelo das cinco forças de Porter sendo uma ferramenta amplamente
utilizada para avaliar a atratividade da indústria e identificar oportunidades e
ameaças.

● O posicionamento estratégico pode ser alcançado de várias maneiras, incluindo


liderança de custos, diferenciação e foco.

● No entanto, o capítulo também destaca algumas críticas à Escola de


Posicionamento, incluindo a falta de consideração pelo ambiente externo e pelo
contexto organizacional e a ênfase excessiva na análise em detrimento da ação.

● O capítulo conclui que a Escola de Posicionamento pode ser útil como uma
ferramenta analítica, mas que deve ser complementada com outras escolas de
pensamento estratégico para uma abordagem mais completa.

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