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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Entrevista

Laurinda Manuel Olímpio – Cód. 708214152

Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa


Língua Portuguesa II
2° Ano, Turma K

Gurué, Setembro, 2022


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Entrevista

Laurinda Manuel Olímpio – Cód. 708214152

Orientado por: Mestre Nídia Chamussora

Gurué, Setembro, 2022


Folha de feedback

Nome do estudante: Laurinda Manuel Olímpio Ano de frequência 2˚

Especialização: Licenciatura em Ensino de Português Código da cadeira:

Cadeira: Língua Portuguesa II Código de estudante:

708214152

Turma: K

Dirigido ao Tutor: Mestre Nídia Chamussora Número de páginas: 15

Confirmado pelo responsável do CED Data de entrega: Setembro de 2022

ASPECTOS A CONSIDERAR NA CORRECÇÃO: Cotação Cotação

INTRODUÇÃO: exposição e delimitação do assunto em 2,0v


análise.

Desenvolvimento:

Fundamentação teórica (definição de conceitos e termos e 5,0v


apresentação dos pontos de vista dos autores).
10v
Interligação entre a teoria e prática (argumentos/ contra 5,0v

argumentos e exemplificação)

Clareza expositiva 2,0v

Cotação bibliográfica (direitas e indirectas) 2,0v

Conclusão 2,0v

Referência bibliográfica (normas APA) 2,0v

Cotação total: 20,0v

Assinatura do docente:

Assinatura do assistente pedagógico:


Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1 Entrevista............................................................................................................................. 6

1.1 Conceituação de Entrevista de Acordo com 4 Autores ............................................... 6

1.1.1 Tipos de entrevista ................................................................................................ 7

2 Estrutura da entrevista ......................................................................................................... 8

2.1.1 Escolha do Tema .................................................................................................. 8

2.1.2 Elaboração do Roteiro .......................................................................................... 8

2.1.3 Título .................................................................................................................... 8

2.1.4 Revisão ................................................................................................................. 9

2.2 Níveis de Estruturação da Entrevista ........................................................................... 9

2.2.1 Entrevista informal ............................................................................................... 9

2.2.2 Entrevista Focalizada ............................................................................................ 9

2.2.3 Entrevista por pautas .......................................................................................... 10

2.2.4 Entrevista Formalizada ....................................................................................... 10

2.3 Características discursivas ......................................................................................... 10

2.3.1 Coerência ............................................................................................................ 11

2.3.2 Coesão ................................................................................................................ 11

2.4 Características Linguísticas ....................................................................................... 12

2.4.1 Linguagem dialógica e oral ................................................................................ 13

2.5 ......................................................................................................................................... 13

2.6 Exemplo de entrevista ................................................................................................ 13

3 Conclusão .......................................................................................................................... 15

4 Referências Bibliográficas ................................................................................................ 16


1 Entrevista

1.1 Conceituação de Entrevista de Acordo com 4 Autores

Um género discursivo/textual que é comum e ainda presente no cotidiano da sociedade é a


entrevista, que por sua vez abre um leque de possibilidade de interpretação e de uso, tendo em
vista que o mesmo é construído a partir dos conhecimentos críticos dos participantes, a cerca
de um determinado tema. Sendo assim, este género possui características peculiares que o
tornam único.

De acordo com (MARCUSCHI, 2002, p. 25) a entrevista é um género jornalístico


caracterizado pela alternância “pergunta / resposta”, que reproduz tao fielmente quanto
possível uma conversa entre entrevistador e entrevistado e que tem como objectivo uma de
duas finalidades:

 Dar a conhecer a opinião de uma figura pública (entrevistado) sobre um tema da


actualidade. Esta opinião pode ser importante por duas razões:
a) Porque o tema é relevante e universal (é portanto, interessa a quase todos nesse
momento);
b) Porque o entrevistado tem relevância especial (pela sua conduta, pela sua historia
ou por razoes circunstanciais) no tema em questão.
 Dar a conhecer a importância de uma personalidade, instituição ou circunstancia que,
embora não sendo do conhecimento geral, tenha vindo a assumir pelo seu trabalho ou
impacto uma relevância que justifique a sua divulgação.

Segundo Duarte (2010, p. 1) “A entrevista é essencialmente oral e requer uma postura


adequada tanto por parte de quem elabora quanto por parte de quem responde”.

De acordo com MARCONI & LAKATOS (2007), a entrevista é um encontro entre duas
pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações sobre determinado assunto, mediante
uma conversação de natureza profissional.

Trata-se de um procedimento utilizado na investigação social, colecta de dados, para ajudar


no diagnóstico ou no tratamento de um problema social. Sendo que é um importante
instrumento de trabalho em vários campos das ciências sociais ou de outros sectores de
actividades, como o da sociologia, antropologia, psicologia social, política, serviço social,
jornalismo, relações públicas, pesquisa de mercado e outras.
Gil (1999, p. 117) conceitua a entrevista como “uma forma de interacção social. Mais
especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca colectar
dados e a outra se apresenta como fonte de informação”.

Enquanto técnica de colecta de dados, a entrevista é bastante adequada para a obtenção de


informações acerca do que as pessoas sabem, crêem, esperam, sentem ou desejam, pretendem
fazer, fazem ou fizeram, bem como acerca das suas explicações ou razões a respeito das
coisas precedentes (SELLTIZ et al., 1967, p. 273, apud GIL, 2008).

Na perspectiva de Medina (1990, p. 23), a entrevista é uma forma de interacção envolvendo


um entrevistador, pessoa que faz perguntas e conduz a conversa, e o entrevistado, uma
personalidade representativa dentro do contexto no qual a entrevista é produzida e para o qual
é veiculada.

1.1.1 Tipos de entrevista

Na visão de (DUARTE, 2010), as entrevistas podem ser de dois tipos:

 Oral, (radiofónica ou televisiva) em que o texto é registado no discurso oral, em


discurso directo;
 Escrita, (impressa) em que o enunciado da entrevista é passado ao registo escrito, em
deferido, permitindo pequenas correcções ou reformulações.

Para todas as entrevistas, é fundamental a elaboração de um guião que oriente o processo de


entrevista.

Existem diferentes tipos de entrevistas que variam de acordo com o propósito do


entrevistador. Marconi e Lakatos (2007) destacam:

a) Padronizada ou estruturada, que realiza-se de acordo com um formulário elaborado


e é efectuada de preferência com pessoas seleccionadas. O entrevistador segue um
roteiro estabelecido previamente, as perguntas feitas são predeterminadas;
b) Despadronizada ou não estruturada, o entrevistado tem liberdade para desenvolver
casa situação em qualquer direcção que considere adequada. É uma forma de poder
explorar amplamente as questões. As perguntas são abertas e podem ser respondidas
dentro de uma conversação informal;
c) Painel, consiste na repetição de perguntas de tempo em tempo às mesmas pessoas, a
fim de estudar a evolução das opiniões em períodos curtos. As perguntas devem ser
formuladas de maneira diversa, para que o entrevistado não distorça as repostas com
repetições.

2 Estrutura da entrevista

De acordo com CAPUTO (2010) aponta a seguinte estrutura da entrevista:

a) Estrutura pirâmide, começam com questões detalhadas (objectivas / finas) e termina


com questões mais gerais (subjectivas / largas).
b) Estrutura funil, começam com questões mais largas (objectivas / largas) e termina
com as questões detalhadas (subjectivas / finas).

2.1.1 Escolha do Tema

A entrevista pode ser um texto utilizado para dar complementar um outro trabalho ou para
conhecer melhor o trabalho ou carreira de outra pessoa.

2.1.2 Elaboração do Roteiro

Após a escolha do tema e do entrevistado, é importante a elaboração de um roteiro para que o


entrevistador tenha em mãos uma orientação.

O entrevistador deve pesquisar sobre o tema e sobre o entrevistado, pois podem surgir outras
perguntas no decorrer da entrevista a partir das respostas dadas pelo entrevistado.

O roteiro deverá ter um objectivo claro e deve ser apresentado em formas de perguntas
directas para que não fique muito longo. Mesmo assim, o entrevistador pode ter outras
perguntas em mente, caso seja necessário.

2.1.3 Título

A entrevista deve ter um título. Ele mostrará melhor o objectivo delimitando o tema proposto,
assim como despertará o interesse do leitor.

Por exemplo: Entrevista com Robert Downey Jr: curiosidades sobre seu novo filme.

O ideal é que seja feito uma introdução (que pode ser curta), para que o leitor saiba o que será
discutido e quem será entrevistado.
2.1.4 Revisão

A parte final também é muito importante. Esse é o momento para conferir se o texto está
coeso e coerente.

Em caso de entrevistas que serão apresentadas para um público leitor, será necessário utilizar
uma câmara ou gravador e depois fazer a transcrição das falas de ambos.

2.2 Níveis de Estruturação da Entrevista

De acordo com Gil (2011), as entrevistas podem ser estruturadas em:

 Informais;
 Focalizadas;
 Por pautas;
 Formalizadas.

2.2.1 Entrevista informal

O tipo de entrevista informal é a menos estruturado e só se distingue da simples conversação


porque tem como objectivo básico a colecta de dados. É recomendado nos estudos
exploratórios, que visam abordar realidades pouco conhecidas pelo pesquisador, ou oferecer
uma visão aproximativa do problema pesquisado.

Nestes casos, a entrevista informal é denominada entrevista clínica ou profunda e, em


algumas circunstâncias, não dirigida. A entrevista clínica exige grande habilidade do
pesquisador. Piaget (s/d.,p. 11 apud GIL, 2008) que a utilizou exaustivamente no estudo das
crianças, lembra que:

“o bom entrevistador deve, efectivamente, reunir duas qualidades muitas


vezes incompatíveis: saber observar, ou seja, deixar a criança falar, não
desviar nada, não esgotar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo de
preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria, verdadeira
ou falsa, para controlar”. (p. 11)

2.2.2 Entrevista Focalizada

A entrevista focalizada enfoca um tema específico, sendo permitido ao entrevistado falar


livremente sobre o assunto, mas com o esforço do entrevistador para retomar o mesmo foco
quando ele começa a desviar-se. É empregado em situações experimentais, com o objectivo
de explorar a fundo alguma experiência vivida em condições precisas. Também é utilizada
com grupos de pessoas que passaram por uma experiência específica, como assistir a um
filme, presenciar um acidente, entre outros. (GIL, 2011, P. 13).

2.2.3 Entrevista Por Pautas

Segundo Gil (2011) o tipo de entrevista por pautas apresenta certo grau de estruturação, já que
se guia por uma relação de pontos de interesse que o entrevistador vai explorando ao longo de
seu curso. As pautas devem ser ordenadas e guardar certa relação entre si. O entrevistador faz
poucas perguntas directas e deixa o entrevistado falar livremente, à medida que reporta às
pautas assinaladas.

2.2.4 Entrevista Formalizada

A entrevista estruturada, ou formalizada, desenvolve-se a partir de uma relação fixa de


perguntas, cuja ordem e redacção permanecem invariáveis para todos os entrevistados que
geralmente, são em grande número. Por possibilitar o tratamento quantitativo dos dados, este
tipo de entrevista torna-se o mais adequado para o desenvolvimento de levantamentos sociais.

Quando a entrevista é totalmente estruturada, com alternativas de resposta previamente


estabelecidas, aproxima-se do questionário. Alguns autores preferem designar este
procedimento como questionário por contacto directo. Outros autores (GOODE e HATT,
1969; NOGUEIRA, 1968; TRUJILLO FERRARI, 1970, apud GIL, 2008), por sua vez, vêem
neste procedimento uma técnica distinta do questionário e da entrevista, e o designam como
formulário.

2.3 Características discursivas

Um género discursivo/textual que é comum e ainda presente no cotidiano da sociedade é a


entrevista, que por sua vez abre um leque de possibilidade de interpretação e de uso, tendo em
vista que o mesmo é construído a partir dos conhecimentos críticos dos participantes, a cerca
de um determinado tema. Sendo assim, este género possui características peculiares que o
tornam único.

Segundo (KOCH, 1991, p. 13), a característica principal da entrevista é discurso directo.


Dessa forma, as palavras proferidas pelo entrevistado e o entrevistador são transcritas de
maneira exacta e, por isso, pode haver muitas marcas de oralidade, assim como observações
(geralmente aparecem entre parênteses) que descrevem as acções de todos, por exemplo, os
risos.

2.3.1 Coerência

A coerência é o factor responsável pela unidade de sentido de um texto. Resulta, portanto, de


uma espécie de conexão conceitual entre os elementos que o compõem, determinando que
este faça sentido, tanto para o produtor quanto para o leitor.

Um discurso coerente caracteriza-se por uma continuidade, que se manifesta pela retomada de
ideias e conceitos e pelo uso de mecanismos como a repetição ou elipse de itens. Outra
característica de um discurso coerente é a progressão, ou seja, o acréscimo, num texto, de
informações novas sobre elementos já mencionados, através de mecanismos como a
distribuição dos tópicos e comentários associados, respectivamente, às informações dadas e
novas. Estas informações devem estar articuladas, relacionadas no texto.

2.3.2 Coesão

A coesão é a ligação entre os elementos superficiais do texto, a forma como eles se


relacionam, o modo como frases ou partes delas se combinam' para assegurar um
desenvolvimento proposicional. (KOCH, 1991).

Constitui um mecanismo léxico-gramatical responsável pela relação semântica entre os


elementos de um texto. Os principais factores de coesão são a referência, a substituição, a
elipse, a conjunção e a coesão lexical.

São elementos de referência os itens da língua que não podem ser interpretados
semanticamente por si mesmos, mas remetem a outros itens do discurso necessários à sua
interpretação. A referência pode ser exofórica, quando o item remete a algum elemento da
situação, ou endofórica, quando o referente se acha expresso no próprio texto (anáfora e
catáfora). A substituição é o uso de um item em lugar da repetição de outro já mencionado no
texto. Quando há a substituição, de um item lexical, sintagma ou oração, por zero, temos a
elipse. A conjunção estabelece relações entre elementos ou orações do texto.

Portanto, pode-se afirmar que os desígnios, e bem como os desejos, estão intrínsecos ao
discurso; e, pois, é o discurso que contribui significativamente para formação crítica do
individuo na sociedade. Isto é, no âmbito da entrevista, os sujeitos constroem seu discurso, de
acordo com as instâncias de sua formação.
De acordo com Foucault (2007, p. 8)

[...] o discurso em sua realidade material de coisa pronunciada ou escrita


apresenta-se como uma inquietação diante dessa existência transitória
destinada a se apagar sem dúvida, mas segundo uma duração que não nos
pertence; inquietação de sentir sob essa actividade cotidiana e cinzentos
poderes e perigos que mal se imagina; inquietação de supor lutas, vitórias,
ferimentos, dominações, servidões, através de tantas palavras cujo uso há
tanto tempo reduziu as asperidades.

Deste modo, percebe-se que o discurso não se constitui apenas por meras palavras
pronunciadas ou escritas, visto que através de seu uso, o homem domina, fere, conquista e que
deixa propagada pelos tempos sua determinação e obstinação, dentro de um jogo de
dominação e submissão. Aplicando esse preceito no campo da entrevista, também, estão em
jogo as relações de dominação e submissão, no qual, os sujeitos constroem os seus discursos
levando em consideração cargas ideológicas e intencionais que os constituem, não se
desviando, logicamente, do tema abordado na entrevista.

2.4 Características Linguísticas

De acordo com Koch (1991), aponta as seguintes características linguísticas da entrevista:

 Uso de registo formal;


 Utilização de uma linguagem simples e clara mas que se deve adaptar à formação
científica e cultural do entrevistado, por vezes com recurso a gíria técnico-profissional
(todo o vocabulário que não seja corrente);
 A utilização da escrita pessoa do singular (nas perguntas, identificando o entrevistando
pelo nome ou cargo), e da primeira pessoa do singular ou do plural (nas respostas).

A linguagem assume o papel de fundamental importância, visto que através dela o homem
comunica-se. No entanto, a mesma sofre influência directa ou indirecta do contexto o qual
estão inseridos os participantes. No caso da produção nas entrevistas, a linguagem é elaborada
para atender as especificidades do tema, e do formato da entrevista, isto é, uma entrevista de
carácter jornalístico, por exemplo, requer dos participantes um uso mais apurado da
linguagem. (DUARTE, 2010, p. 3)

É um texto marcado pela oralidade produzido pela conversa ou interacção entre duas pessoas,
ou seja, o entrevistador, responsável por fazer perguntas, e o entrevistado (ou entrevistados),
que é quem responde às perguntas.
Segundo Duarte (2010, p. 1) “A entrevista é essencialmente oral e requer uma postura
adequada tanto por parte de quem elabora quanto por parte de quem responde”.

2.4.1 Linguagem dialógica e oral

Nas entrevistas ocorre o diálogo, ou seja, uma conversa entre o entrevistador e o entrevistado.
Dessa forma, as perguntas e as respostas são feitas oralmente, por isso, as marcas da oralidade
estão presentes. (KOCH & TRAVAGLIA, 2005, p. 49).

De acordo com (GOUVEIA, p. 1), mescla da linguagem formal e informal. A entrevista


aparece como um instrumento de trabalho, tanto na linguagem escrita e oral dos géneros
privilegiados para a prática de escuta e leitura de textos quanto a oralidade e escrita dos
géneros sugeridos para prática de produção de textos orais e escritos.

A linguagem oral dá aos alunos a base para o desenvolvimento da aprendizagem. Ao ouvirem


outras pessoas, as crianças ganham grande parte do seu vocabulário e estrutura das frases.
Elas também aprendem o contexto em que as frases são usadas.

Para transpor a entrevista ao contexto escolar, torna-se necessário, primeiramente,


compreender o que e qual a função dos géneros textuais, mais especificamente do género em
questão; a entrevista. Em um sentido amplo Bronckart (1999, p. 73) apud Pinto (2007, p. 186)
afirma que:

[...] a noção de géneros textuais tem sido progressivamente aplicada ao


conjunto das produções verbais organizadas: às formas escritas usuais (artigo
científico, resumo, notícia, publicidade, etc.) e ao conjunto das formas
textuais orais, ou normalizadas, ou pertencentes à “linguagem ordinária”
(exposição, relato de acontecimentos vividos, conversação, etc.). Disso
resulta que qualquer espécie de texto pode actualmente ser designada em
termos de género e que, portanto, todo exemplar de texto observável pode
ser considerado como pertencente a um determinado género.

Logo, percebe-se que a área de produção e género textual apresenta-se diversificado, aberto
de possibilidades, e que a produção textual pertence a determinado género e bem como exerce
sua função dependendo do contexto em que é produzido. Ou seja, o texto classifica-se de
acordo com sua função social, a que está engajado.

2.5 Exemplo de entrevista

Os 4 exemplos de entrevista da minha autoria são:


 Entrevista de rotina;
 Entrevista individual;
 Entrevista de pesquisa;
 Entrevista em grupo.

Urariano Mota-Em 1969, você e Caetano foram expulsos do Brasil pela ditadura militar.
Como é que você vê hoje, quando deu a volta por cima, primeiro com sua música, depois
politicamente, porque é um ministro do governo. Que lembranças lhe dão o golpe de 1964?
3 Conclusão

A partir das abordagens acima expostos, conclui-se que a noção de géneros textuais tem sido
progressivamente aplicada ao conjunto das produções verbais organizadas: às formas escritas
usuais (artigo científico, resumo, notícia, publicidade, etc.) e ao conjunto das formas textuais
orais, ou normalizadas, ou pertencentes à “linguagem ordinária” (exposição, relato de
acontecimentos vividos, conversação, etc.).

Assim, resulta que qualquer espécie de texto pode actualmente ser designada em termos de
género e que, portanto, todo exemplar de texto observável pode ser considerado como
pertencente a um determinado género.

A entrevista é a técnica mais pertinente quando o pesquisador quer obter informações a


respeito do seu objecto, permite conhecer atitudes, sentimentos e valores implícitos ao
comportamento, podendo ir além das descrições de acções, incorporando novas fontes para a
interpretação dos resultados pelos próprios entrevistadores.

Contudo, a entrevista pode oferecer várias vantagens, sobretudo quando pretende-se trabalhar
com determinados tipos de públicos que apresentariam maior dificuldade para responder
questões utilizando-se outras técnicas. A entrevista pode ser utilizada independente do grau de
instrução dos atores (alfabetizados ou analfabetos), possibilitando um maior entendimento
para o público participante específico da pesquisa, ao passo que o entrevistador pode
esclarecer dúvidas a respeito das questões diante de dificuldades percebidas.
4 Referências Bibliográficas

1. CAPUTO, Stela Guedes (2010). Sobre Entrevistas: teoria, prática e experiências.


Petrópolis: Vozes, (2ª ed).
2. CARVALHO, Márcio Marconato de (2010). A construção do discurso no género
entrevista com convidados na internet. Revista Letra Magna: Revista Electrónica de
Divulgação Científica em Língua Portuguesa, Linguística e Literatura – Ano 02 – nº.
03 – 2º semestre de 2005. ISSN 1807-5193. Disponível em . Acesso em 15 de Junho.
3. DUARTE, Vânia (2010). Um género textual do cotidiano jornalístico. Disponível em.
Acesso em 19 de Junho.
4. FLORESTA, Cleide. BRASLAUKAS, Ligia (2009). Técnica de Reportagem e
Entrevista em Jornalismo - Roteiro para uma Boa Apuração. São Paulo: Saraiva,
5. FOULCAULT, Michel (2007). A ordem do discurso. 15ª Ed. São Paulo: Edições
Loyola,
6. GIL, António Carlos (2008). Entrevista. In: Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6.
Ed. São Paulo: Atlas. Disponível em
<https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gila-c-mc3a9todos-e-tc3a9cnicas-de-
pesquisa-social.pdf>. Acesso em 10 de out. 2014
7. GOUVEIA, Adrieli (2009). A análise do discurso dos géneros jornalísticos: a
entrevista e seu estudo no meio escolar. Monografia. Franca: Uni – FACEF.
Disponível em.Acesso em 15 de Junho de 2010.
8. LAGE, Nilson (2006). A Reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa
jornalística). Rio de Janeiro: Record
9. PINTO, Cândida Martins (2007). Género Entrevista: conceito e aplicação no ensino
de português para estrangeiros. Revista da ABRALIN, v. 6, nº 1, p. 183-203,
Jan./Jun.

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