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CAPACITORES
CAPACITÂNCIA, CARGA E DESCARGA DE UM CAPACITOR E
CARGA E DESCARGA DE UMA ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES
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LISTA DE TABELAS
3
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 6
2.1 Carregamento capacitor .............................................................................................. 7
2.2 Descarga do Capacitor ................................................................................................ 9
2.3 Constante de Tempo (𝜏) ............................................................................................ 11
2.4 Associação de capacitores ........................................................................................ 11
2.4.1 Associação em série ........................................................................................... 11
2.4.2 Associação em paralelo ...................................................................................... 13
2.4.3 Associação mista ................................................................................................ 14
2.5 Carga e descarga de capacitores (série e paralelo) .................................................. 14
3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 16
3.1 Primeira prática - Capacitância.................................................................................. 16
3.2 Segunda Prática - Carga e descarga de capacitores ................................................. 17
3.3 Terceira Prática - Carga e descarga de capacitores associados em série e em ....... 18
paralelo ........................................................................................................................... 18
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................... 20
4.1 Experimento Capacitância ......................................................................................... 20
4.1.1 Associação em série ........................................................................................... 21
4.1.2 Associação em paralelo ...................................................................................... 21
4.1.3 Associação mista ................................................................................................ 22
4.2 Experimento carga e descarga de capacitores .......................................................... 22
4.3 Carga e descarga de capacitores associados em série e em paralelo ...................... 26
4.3.1 Carga/descarga capacitores em série ................................................................. 26
4.3.2 Carga/descarga capacitores em paralelo ............................................................ 31
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 35
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 36
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1. INTRODUÇÃO
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
C, é a capacitância.
Q, é a carga elétrica armazenada em coulombs.
V, é a diferença de potencial, medida em Volts.
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que contribuem para a ddp do capacitor, vale ressaltar que não há uma transferência
de cargas entre placa e isolante, as cargas ficam apenas mais próximas.
Com esta “neutralização”, a tensão no capacitor diminui (sem perder cargas), e por
isso a pilha manda mais cargas com o intuito de fazer com que a tensão se
restabeleça. Se na sequência o capacitor for desconectado, a quantidade de carga
que o mesmo possui será maior do que se tivesse sido carregado sem o dielétrico
entre suas placas (PIETRO, 2013).
Fonte: https://embarcados.com.br/circuito-rc-carga-e-descarga-de-capacitores/
A corrente 𝑖 neste momento (t=0) pode ser dada por 𝑉 segundo a equação 2.
𝑣
𝑖(𝑡) = 𝑟 (𝑒−𝑡/𝑅𝐶) (2)
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Para valores de tempo superiores a zero, é possível verificar que a tensão no
capacitor cresce até o ponto em que se iguala a tensão da bateria, conforme figura 2
e equação 3. Isso ocorre porque neste período o capacitor acumula cargas, e com
isso sua tensão cresce chegando ao ponto de ter o mesmo valor da bateria, a partir
deste ponto pode-se considerar o capacitor como totalmente carregado. A corrente
no circuito, tem comportamento contrário ao da tensão, já que à medida que o tempo
passa ela diminui até atingir valores iguais ou muito próximos de zero, isso pode ser
verificado na figura 3. Tal fenômeno se dá ao fato de que o capacitor vai sendo
carregado, a tensão sobre ele vai aumentando, diminuindo a tensão resultante sobre
o circuito. Conforme pode-se perceber pela equação 4, ao diminuir o valor da tensão
a corrente diminuirá. Este mesmo comportamento pode ser verificado na equação 2,
onde ao substituir a variável (t) por valores maiores, percebe-se uma corrente cada
vez mais próxima a zero (SÃO PAULO, 2012).
Fonte: https://byjus.com/jee/charging-and-discharging-of-capacitor/
Fonte: http://nerdeletrico.blogspot.com/2011/08/capacitor-matematica-e-circuito-rc.html
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𝑉(𝑡) = 𝑉0(1 − 𝑒−𝑡/𝑅𝐶) (3)
𝑣
𝑖=𝑟 (4)
Fonte: https://www.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/zacharias/cargac.pdf
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Neste instante inicial (t=0) a corrente no capacitor pode ser dada por i= -V/R,
segundo a equação 5. Vale ressaltar que, o sinal negativo aparece na equação, pois
o sentido da corrente na carga e descarga do capacitor, tem sentidos contrários.
−𝑣
𝑖(𝑡) = (𝑒−𝑡/𝑅𝐶) (5)
𝑟
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inicia com um valor alto e negativo, e diminui até atingir os valores iguais ou próximos
de zero, tal comportamento pode ser visto na figura 5.
Fonte: O autor.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/associacao-de-capacitores/
Tensão equivalente 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3 = 𝑉𝑇
Capacitância equivalente
1 1 1 1
= + + 𝐶𝑒𝑞 𝐶1 𝐶2 𝐶3
Fonte: O autor.
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2.4.2 Associação em paralelo
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/associacao-capacitores.htm
A energia equivalente neste tipo de associação, será dada pela soma das
energias armazenadas por cada um dos capacitores de forma individual, segundo
tabela 2. A capacitância equivalente, será dada pela simples soma das capacitâncias
de todos os capacitores presentes no circuito (FÁBRIS, 2022b).
Carga equivalente
𝑄1 + 𝑄2 + 𝑄3 = 𝑄𝑒𝑞
Tensão equivalente
𝑉1 = 𝑉2 = 𝑉3 = 𝑉𝑇
Capacitância equivalente
𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 = 𝐶𝑒𝑞
Fonte: O autor.
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2.4.3 Associação mista
Fonte: https://www.todamateria.com.br/associacao-de-capacitores/
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A diferença na velocidade de carga se torna mais evidente, quando se
comparam os gráficos que ilustram estes processos em uma associação em série, e
em um circuito com apenas um capacitor. É possível verificar que, no caso da
associação em série, o crescimento da tensão é substancialmente maior,
principalmente no início quando comparado ao outro circuito.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
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capacitâncias individuais que fazem parte da associação, isso significa maior
possibilidade de acumular cargas. Como a carga necessária para um carregamento
ou descarregamento total é maior, o tempo que será preciso para que toda esta
quantidade de cargas seja fornecida também será superior quando comparado com
outras formas de associação.
Fonte:
O autor.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
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Na primeira parte do experimento foram feitos alguns testes com os
capacitores de 100 e 47 𝜇𝐹, com o objetivo de verificar se a capacitância nominal
coincidia com a capacitância medida, também foram calculadas as capacitâncias
equivalentes teóricas para os três tipos possíveis de associação (série, paralela e
mista), utilizando as equações descritas nas tabelas 1 e 2, todos os dados forma
registrados em suas respectivas tabelas. Em seguida, o capacitor de 100 𝜇𝐹 foi
carregado utilizando o multímetro (na opção teste de diodo) e descarregado em um
LED, o objetivo era verificar a energia sendo liberada na forma luminosa.
Para a próxima etapa do experimento, os capacitores foram associados em
série, em paralelo e de forma mista. Para cada uma das formas de associação, foram
medidas as capacitâncias equivalentes e registradas em tabelas. Ao final, comparou-
se as capacitâncias equivalentes teóricas com as capacitâncias medidas.
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foi concluída, modificou-se o circuito de forma que o capacitor pudesse ser
descarregado. Foram registrados novamente em uma tabela, os valores da
intensidade de corrente e tensão durante todo o processo. Ao final, compararam-se
os valores obtidos nas duas etapas. O objetivo da prática, foi verificar como variam a
intensidade de corrente e tensão em função do tempo, durante a carga e descarga de
capacitores.
Fonte: O autor.
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Em seguida, o cronômetro e a chave da fonte de tensão foram ativados
simultaneamente. Os valores de intensidade de corrente e tensão, fornecidos pelo
amperímetro e voltímetro, foram registrados em uma tabela. Para o processo de
descarga o circuito foi modificado, o resistor teve sua posição trocada de forma que o
capacitor pudesse ser descarregado. Novamente os valores fornecidos pelo
amperímetro e voltímetro, foram registrados em uma tabela. Após finalizadas as duas
etapas do experimento, os valores registrados nas tabelas, puderam ser comparados
com processos de carga/descarga de apenas um capacitor. Ao final, pode-se ver a
diferença no comportamento da corrente e tensão em função do tempo, ao utilizar
dois capacitores em série.
Para a associação em paralelo, também foi primeiramente calculada a
capacitância equivalente e a constante de tempo RC (𝜏). Em seguida o circuito foi
montado, os capacitores foram posicionados de forma que ficassem associados em
paralelo com o resto do circuito, conforme figura 13.
Fonte: O autor.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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representa uma variação de 20% e 16% a mais do que o valor teórico, o que indica
uma variação média de aproximadamente 18% (20 %+16%) do valor nominal. 2
1 1 1 1 1 1
+ = → 31,97𝜇𝐹 + = →
47𝜇𝐹 100 𝜇𝐹 𝐶𝑒𝑞 38𝜇𝐹
56,4𝜇𝐹 116,5 𝜇𝐹 𝐶𝑒𝑞
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acumulada no capacitor do experimento é de, aproximadamente, 1,6𝑥10−3𝐶. Na
prática o que de fato poderá ser armazenado é igual a 6,3𝑥10−4𝐶 , pois a fonte de
tensão é de 6,30V. Logo, os 63,2% da carga total do capacitor serão equivalentes a
3,98V. Os valores obtidos durante o os processos de carga e descarga, se encontram
reunidos nas duas tabelas abaixo:
Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴) Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴)
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É possível verificar a intensidade de corrente a qualquer momento do
processo de carga/descarga, basta aplicar as equações 2 e 5. Basta apenas substituir
os valores das variáveis, de acordo com a situação. Em ambas as equações é
possível verificar a presença da constante RC. Esta constante é conhecida como
constante de tempo RC (𝜏), e ela indica o tempo necessário para que durante a carga
o capacitor atinja 62,3% de sua carga total ou 37,2% durante a descarga. Segundo
os cálculos teóricos, os 63,2% (3,80V) deveriam ser atingidos após 56s, isso
considerando uma tensão de 6v. Na prática, verifica-se que a fonte na verdade
fornece uma tensão de 6.30V, isso significa que quando totalmente carregado o
capacitor terá uma tensão de 6,30 V e não 6V, como se estimou anteriormente. Por
isso, quando chega aos 56s o capacitor tem aproximadamente 3,55V, o que
representa apenas 56% da carga total. Os 63,2 % (3,98V) somente são atingidos com
aproximadamente 70s, que é quando o capacitor acumula uma tensão de 4,03V.
Portanto os valores experimentais não coincidem totalmente com os teóricos.
A diferença pode estar ocorrendo, não só pelo fato de a tensão ser maior do
que o esperado, mas também porque o cálculo da constante de tempo foi feito
utilizando a capacitância teórica e não a calculada. Portanto, assim como ocorreu com
a pilha, é possível que a capacitância não seja 100𝜇𝐹, mas sim, um valor superior.
Neste caso, ao realizar o cálculo, é possível verificar um aumento na constante de
tempo, o que pode explicar o comportamento encontrado. Se supormos que a
capacitância é de 116𝜇𝐹, como ocorreu em experimentos anteriores, ao calcular a
constante de tempo RC, verifica-se um 𝜏 = 65𝑠, o que está muito mais próximo do
valor encontrado nos experimentos.
Ao analisar o comportamento da tensão (ddp) e da corrente “i” durante o
carregamento e a descarga é possível verificar algumas características. A tensão no
capacitor aumenta durante o carregamento, pois durante este processo acumula
cargas, logo a ddp deve aumentar. A tensão aumenta a um ritmo maior no início,
porém, este ritmo vai reduzindo com o passar do tempo. A corrente também diminui
durante todo o processo de carregamento, já que com o aumento da tensão sobre o
capacitor, há uma redução na tensão resultante sobre o circuito, logo a corrente se
move a um ritmo mais lento.
Na descarga a tensão no capacitor diminui, pois lhe é fornecido um caminho
para que as cargas acumuladas nele se movimentam (descarregar). A corrente no
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circuito também diminui, pois, a tensão está diminuindo, logo a intensidade também o
fará, segundo a equação 4. Assim como existem equações que permitem verificar o
comportamento da corrente em função do tempo, também existem equações que
permitem analisar como a tensão se comporta com o passar do tempo, neste caso
equações 3 e 6.
Abaixo seguem os gráficos, onde é possível verificar de forma visual, o
comportamento da tensão e corrente, em relação ao tempo, nos processos de carga
e descarga.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
25
Figura 16 - Decréscimo da tensão durante a descarga do capacitor.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
26
Capacitância equivalente 1 1 1
= + ⇒ 50 𝜇𝐹
𝐶𝑒𝑞 100 100
29
Fonte:
O autor.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
30
Fonte: o autor
Capacitância equivalente
116 𝜇𝐹 + 116 𝜇𝐹 ⇒ 232 𝜇𝐹
Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴) Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴)
0 0 0 80 2,84 6,3
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20 0,85 10 100 3,29 5,5
Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴) Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴)
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individuais. Isso significa maior capacidade de acumular cargas, e também, para que
seja totalmente carregado, serão necessárias mais cargas. Devido a este número
maior de cargas, o tempo necessário para que se atinja 63,2% de sua carga total será
maior. Portanto, este tipo de associação terá um período de carregamento mais longo
que outros tipos de associação. O aumento na tensão, não precisa ocorrer de forma
tão rápida, já que o valor de capacitância é bastante elevado.
Assim como nas outras associações, apesar da tensão final ser a mesma para
todos, a carga final acumulada não será. Aplicando a equação 1, é possível verificar
que tomando um período de tempo qualquer, porém igual para todos, a carga
acumulada na associação em paralelo sempre terá um valor maior que os outros tipos
de associação. Por exemplo, no instante de carregamento t=100s, a carga acumulada
na associação em paralelo é igual a 7,632𝑥10−4𝑐, na associação em série será de
3,195𝑥10−4𝐶 e no resistor único de 4,73𝑥10−4𝐶.
O valor de carga teórico para esta associação foi de 3,2 𝑥10−3, para este
cálculo utilizou-se a equação 1, os valores de capacitância equivalente teórica de
200𝜇𝐹 e tensão teórica de 16V. O valor de carga experimental também foi calculado
utilizando-se a equação 1, porém, segundo experimentos anteriores, sabe-se que a
capacitância equivalente é de 232𝜇𝐹 e a tensão de 6,30V. Ao utilizar estes valores, a
carga máxima experimental foi de 1,46𝑥10−3𝐶.
A diferença entre os resultados se dá devido aos valores utilizados. Na carga
teórica, se calcula qual seria o maior valor possível de carga para o capacitor,
utilizando sua capacitância teórica e tensão máxima suportada. No caso da
experimental, se utilizam valores experimentais, ou seja, valores que de fato foram
medidos, como é o caso da tensão de 6,30V e da capacitância de 232𝜇𝐹.
Durante o carregamento a tensão no capacitor aumenta de forma lenta, a um
ritmo menos intenso do que nas outras associações. Isso ocorre porque a
capacitância é maior, portanto, a tensão não sobe tão rapidamente. A corrente
também diminui em um ritmo lento, um pouco mais rapidamente no início, porém, com
o passar do tempo diminui cada vez mais devagar. Na descarga a tensão e corrente
diminuem de forma lenta. Ambas decaem mais rapidamente no início, porém, a queda
se torna cada vez menos intensa.
Para a constante de tempo RC, o valor encontrado foi de t=130s. Sabe-se que
a carga total experimental é de 1,46𝑥10−3𝐶, logo 63,2% desta carga equivalem a
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9,227𝑥10−4𝐶 que quando convertido para tensão resulta em aproximadamente 3,98v.
Ao analisar os valores obtidos para a carga do capacitor em paralelo, verificou-se que
o valor de 3,98V é atingido com tempo t=140s. Portanto, o valor para a constante de
tempo não coincide exatamente com os resultados experimentais. O valor
experimental apresenta uma diferença de, aproximadamente, 7% para o valor de
tempo esperado.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
34
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
5. CONCLUSÃO
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destas atividades para como método para fixar os conceitos teóricos adquiridos na
disciplina de eletricidade aplicada e demais disciplinas de física.
Obtiveram-se algumas variações de resultados quando comparados com
valores teóricos, e reflete-se que a causa possa ter sido decorrente de fatores como
maneira de aplicação de métodos, condições de uso que os materiais utilizados se
encontravam ou até mesmo o meio em que os mesmos foram submetidos a testes.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O QUE é Capacitor? Para o que serve?. [S.I.]: Brincando Com Ideias, 2018. (11 min.),
P&B. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ypmOV0tKqos. Acesso em:
08 maio 2023.
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<https://pt.khanacademy.org/science/physics/circuits-topic/circuits-
withcapacitors/v/dielectrics-
capacitors#:~:text=J%C3%A1%20que%20o%20diel%C3%A9trico%20reduziu,nele%
20vai%20continuar%20a%20mesma>. Acesso em: 08 maio 2023.
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