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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO

SUL - CAMPUS FELIZ


DISCIPLINA: ELETRICIDADE APLICADA
PROFESSOR: ELOIR DE CARLI

CAPACITORES
CAPACITÂNCIA, CARGA E DESCARGA DE UM CAPACITOR E
CARGA E DESCARGA DE UMA ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES

JÉSSICA BARAZZETTI MENEGOTTO


NATÁLIA BORGES LOPES
TAINÃ MATHEUS GRIEBLER

Feliz, junho de 2022


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Circuito de carga de um capacitor .............................................................. 8


Figura 2 - Tensão no capacitor nos processos de carga e descarga.......................... 9
Figura 3 - Intensidade de corrente no capacitor durante carregamento ................... 10
Figura 4 - Descarga de um capacitor antes e depois do fechamento da chave S ... 11
Figura 5 - Intensidade de corrente durante o descarregamento do capacitor .......... 12
Figura 6 - Circuito de associação de capacitores em série ....................................... 13
Figura 7 - Circuito de associação de capacitores em série ....................................... 14
Figura 8 - Circuito de associação mista de capacitores............................................. 15
Figura 9 - Crescimento da tensão durante carregamento do circuito de 1 capacitor...16
Figura 10 - Crescimento da tensão durante carregamento do circuito de 2 capacitores
em série .................................................................................................................... 17
Figura 11 - Crescimento da tensão durante carregamento do circuito de 2 capacitores
em paralelo ............................................................................................................... 17
Figura 12 - Circuito de capacitores associados em série .......................................... 20
Figura 13 - Circuito de capacitores associados em paralelo ..................................... 21
Figura 14 - Crescimento da tensão durante carregamento do capacitor .................. 27
Figura 15 - Diminuição da corrente durante o carregamento do capacitor ............... 27
Figura 16 - Decréscimo da tensão durante a descarga do capacitor ........................ 27
Figura 17 - Decréscimo da corrente durante a descarga do capacitor ..................... 28
Figura 18 - Crescimento da tensão durante carregamento 2 capacitores em série... 31
Figura 19 - Diminuição da corrente durante o carregamento 2 capacitores em série..32
Figura 20 - Diminuição da tensão durante descarga de associação de 2 capacitores
em série .....................................................................................................................32
Figura 21 - Diminuição da corrente durante a descarga de associação de 2 capacitores
em série .................................................................................................................... 32
Figura 22 - Aumento da tensão durante carregamento de associação de 2 capacitores
em paralelo ............................................................................................................... 35
Figura 23 - Aumento da corrente durante o carregamento de associação de 2
capacitores em paralelo ............................................................................................ 36
Figura 24 - Diminuição da tensão durante descarga da associação de 2 capacitores
em paralelo ............................................................................................................... 36
Figura 25 - Diminuição da corrente durante a descarga da associação de 2 capacitores
em paralelo ............................................................................................................... 37

2
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Equações associação em série ................................................................ 14


Tabela 2 - Equações associação em paralelo ........................................................... 15
Tabela 3 - Comparativo entre valores teóricos e experimentais de
capacitores................................................................................................................ 21
Tabela 4 - Comparativo entre valores teóricos e experimentais de capacitores em
paralelo ..................................................................................................................... 22
Tabela 5 - Comparativo entre valores teóricos e experimentais de capacitores em
paralelo ..................................................................................................................... 22
Tabela 6 - Intensidade de corrente e tensão no capacitor durante a carga............... 24
Tabela 7 - Intensidade de corrente e tensão no capacitor durante a descarga............25
Tabela 8 - Intensidade de corrente e tensão nos capacitores em série durante
carga..........................................................................................................................28
Tabela 9 - Intensidade de corrente e tensão nos capacitores em série durante a
descarga....................................................................................................................29
Tabela 10 - Intensidade de corrente e tensão nos capacitores em paralelo durante a
carga......................................................................................................................... 33
Tabela 11 - Intensidade de corrente e tensão nos capacitores em paralelo durante a
descarga ................................................................................................................... 34

3
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 6
2.1 Carregamento capacitor .............................................................................................. 7
2.2 Descarga do Capacitor ................................................................................................ 9
2.3 Constante de Tempo (𝜏) ............................................................................................ 11
2.4 Associação de capacitores ........................................................................................ 11
2.4.1 Associação em série ........................................................................................... 11
2.4.2 Associação em paralelo ...................................................................................... 13
2.4.3 Associação mista ................................................................................................ 14
2.5 Carga e descarga de capacitores (série e paralelo) .................................................. 14
3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 16
3.1 Primeira prática - Capacitância.................................................................................. 16
3.2 Segunda Prática - Carga e descarga de capacitores ................................................. 17
3.3 Terceira Prática - Carga e descarga de capacitores associados em série e em ....... 18
paralelo ........................................................................................................................... 18
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................... 20
4.1 Experimento Capacitância ......................................................................................... 20
4.1.1 Associação em série ........................................................................................... 21
4.1.2 Associação em paralelo ...................................................................................... 21
4.1.3 Associação mista ................................................................................................ 22
4.2 Experimento carga e descarga de capacitores .......................................................... 22
4.3 Carga e descarga de capacitores associados em série e em paralelo ...................... 26
4.3.1 Carga/descarga capacitores em série ................................................................. 26
4.3.2 Carga/descarga capacitores em paralelo ............................................................ 31
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 35
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 36

4
1. INTRODUÇÃO

Os capacitores são componentes eletrônicos que possuem a capacidade de


armazenar cargas elétricas quando seus terminais são expostos a uma diferença de
potencial (ddp).
É muito comum a ideia de que pilhas e capacitores sejam a mesma coisa, ou
que desempenhem a mesma função. A diferença está no fato de que, pilhas e baterias
são dispositivos capazes de gerar corrente elétrica através de uma reação química,
já os capacitores não geram, apenas armazenam a carga. Por este motivo, para que
funcione corretamente no circuito, os capacitores precisam estar conectados a alguma
fonte de tensão, como por exemplo uma bateria, que irá gerar cargas e permitirá ao
capacitor armazená-las.
Uma característica importante é a capacitância (eq. 1), que é em outras
palavras a quantidade de carga que um capacitor é capaz de armazenar para uma
determinada diferença de potencial. Isso é muito importante no momento da
construção de um circuito elétrico, pois dependendo do objetivo, será necessário o
uso de uma capacitor com uma capacitância específica, que seja capaz de suprir a
demanda requerida (HELERBROCK, 2013).
A chegada de novas tecnologias exigiu a criação de capacitores de variados
tamanhos, formatos e capacidades. Apesar da grande variedade, a construção dos
capacitores é muito similar, são dois terminais paralelos, chamados armaduras, que
podem ou não ser preenchidos por um material dielétrico (isolante). O carregamento
dos capacitores leva pouco tempo, e a descarga geralmente é muito rápida. Por isso
os capacitores são largamente utilizados em dispositivos eletrônicos que demandam
grandes intensidades de corrente elétrica (HELERBROCK, 2013; SANTOS, 2023).
O experimento contou com ou total de 3 atividades práticas, sendo realizada
uma a cada semana. Houve uma evolução na complexidade das atividades durante
o decorrer dos experimento, e para a realização de forma satisfatória de cada
atividade era necessária uma boa compreensão do conteúdo teórico passado
anteriormente. Cada uma das atividades teve um objetivo específico, e ao final, a
soma dos conhecimentos adquiridos durante as 3 semanas proporcionaram uma
compreensão maior do que são os capacitores, de suas características e de seu
funcionamento.

5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O capacitor é um dispositivo eletrônico composto por dois condutores,


denominados placas ou armaduras, que estão separados por um isolante chamado
dielétrico do capacitor. O ideal é que o dielétrico seja composto de um material
isolante, como parafina, vidro, papel e até o próprio ar. Para que o capacitor seja
carregado, é preciso que ele seja conectado a uma fonte de tensão ou algum
equipamento que forneça uma diferença de potencial (como uma pilhas ou baterias).
Existem diferentes modelos de capacitores, e todos eles possuem um terminal
positivo e um negativo. Existem dados contidos na parte exterior que serão a
capacitância e a tensão de trabalho, além disso é comum uma indicação de qual dos
terminais é o negativo ou positivo. Caso não haja uma indicação, pode-se considerar
o terminal mais longo como positivo, e o mais curto o negativo.
Para o funcionamento correto, é importante que no momento da conexão os
terminais do capacitor e da pilha coincidam, conectando o terminal positivo do
capacitor ao positivo da pilha e com o lado negativo da mesma forma.
𝑄
𝐶= (1)
𝛥𝑉

C, é a capacitância.
Q, é a carga elétrica armazenada em coulombs.
V, é a diferença de potencial, medida em Volts.

Quando conectados, a tensão da pilha faz com que no circuito se forme um


campo elétrico, que faz com que elétrons saiam da placa positiva do capacitor e se
acumulem na placa negativa. Desta forma, entre as placas se forma um campo
elétrico e uma diferença de potencial (tensão). Em teoria, é possível que o capacitor
funcione sem que o espaço entre as placas contenha preenchimento, embora a falta
de um material dielétrico, irá prejudicar o funcionamento do capacitor.
Isso se deve ao fato que o material isolante também possui cargas elétricas,
quando ele é colocado entre as placas carregadas do capacitor, as cargas negativas
do dielétrico são atraídas pela placa positiva do capacitor e as cargas positivas do
dielétrico pela placa negativa. Desta forma há uma “neutralização” de parte das cargas

6
que contribuem para a ddp do capacitor, vale ressaltar que não há uma transferência
de cargas entre placa e isolante, as cargas ficam apenas mais próximas.
Com esta “neutralização”, a tensão no capacitor diminui (sem perder cargas), e por
isso a pilha manda mais cargas com o intuito de fazer com que a tensão se
restabeleça. Se na sequência o capacitor for desconectado, a quantidade de carga
que o mesmo possui será maior do que se tivesse sido carregado sem o dielétrico
entre suas placas (PIETRO, 2013).

2.1 CARREGAMENTO CAPACITOR

A figura 1 exemplifica um circuito de carga de um capacitor. O carregamento


do capacitor inicia-se no momento em que a chave do circuito é fechada, no instante
imediato a este fechamento (t=0) o circuito se comporta-se como se o capacitor não
existisse (SÃO PAULO, 201-?).

Figura 1 - Circuito de carga de um capacitor.

Fonte: https://embarcados.com.br/circuito-rc-carga-e-descarga-de-capacitores/

A corrente 𝑖 neste momento (t=0) pode ser dada por 𝑉 segundo a equação 2.

𝑣
𝑖(𝑡) = 𝑟 (𝑒−𝑡/𝑅𝐶) (2)

𝑖(𝑡), a intensidade de corrente no circuito


𝑉, a tensão da fonte t, tempo
decorrido desde o início
R, valor do resistor
C, valor da capacitância do capacitor

7
Para valores de tempo superiores a zero, é possível verificar que a tensão no
capacitor cresce até o ponto em que se iguala a tensão da bateria, conforme figura 2
e equação 3. Isso ocorre porque neste período o capacitor acumula cargas, e com
isso sua tensão cresce chegando ao ponto de ter o mesmo valor da bateria, a partir
deste ponto pode-se considerar o capacitor como totalmente carregado. A corrente
no circuito, tem comportamento contrário ao da tensão, já que à medida que o tempo
passa ela diminui até atingir valores iguais ou muito próximos de zero, isso pode ser
verificado na figura 3. Tal fenômeno se dá ao fato de que o capacitor vai sendo
carregado, a tensão sobre ele vai aumentando, diminuindo a tensão resultante sobre
o circuito. Conforme pode-se perceber pela equação 4, ao diminuir o valor da tensão
a corrente diminuirá. Este mesmo comportamento pode ser verificado na equação 2,
onde ao substituir a variável (t) por valores maiores, percebe-se uma corrente cada
vez mais próxima a zero (SÃO PAULO, 2012).

Figura 2 - Tensão no capacitor nos processos de carga e descarga

Fonte: https://byjus.com/jee/charging-and-discharging-of-capacitor/

Figura 3 - Intensidade de corrente no capacitor durante carregamento.

Fonte: http://nerdeletrico.blogspot.com/2011/08/capacitor-matematica-e-circuito-rc.html

8
𝑉(𝑡) = 𝑉0(1 − 𝑒−𝑡/𝑅𝐶) (3)

V(t), tensão no capacitor


𝑉0, Tensão da bateria t,
tempo decorrido R,
valor da resistência
C, valor da capacitância

𝑣
𝑖=𝑟 (4)

𝑖(𝑡), a intensidade de corrente no circuito


𝑉, a tensão da fonte
R, valor do resistor

2.2 DESCARGA DO CAPACITOR

O processo de descarga costuma levar menos tempo que o de carga. Este


processo inicia-se com o capacitor carregado, e a tensão sobre ele neste momento
terá o mesmo valor de quando o carregamento foi concluído. A ideia é carregar o
capacitor até que ele atinja a mesma tensão da pilha, após este momento ele estará
pronto para o processo de descarga a tensão será igual à da pilha. Para a descarga,
será necessário retirar a fonte de tensão que forneceu a carga para o capacitor e
substituir por outro dispositivo (como um condutor). O processo inicia-se no momento
em que a chave do circuito é fechada, conforme figura 4 (SÃO PAULO, 2014).

Figura 4 - Descarga de um capacitor antes e depois do fechamento da chave S.

Fonte: https://www.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/zacharias/cargac.pdf

9
Neste instante inicial (t=0) a corrente no capacitor pode ser dada por i= -V/R,
segundo a equação 5. Vale ressaltar que, o sinal negativo aparece na equação, pois
o sentido da corrente na carga e descarga do capacitor, tem sentidos contrários.

−𝑣
𝑖(𝑡) = (𝑒−𝑡/𝑅𝐶) (5)
𝑟

𝑖(𝑡), a intensidade de corrente no circuito


𝑉, a tensão da fonte t, tempo
decorrido desde o início
R, valor do resistor
C, valor da capacitância do capacitor

Ao analisar o gráfico que relaciona a tensão no capacitor com o tempo


transcorrido (Vc X t), é possível verificar que a tensão irá decair de forma bastante
acentuada no início, e suavizar próximo ao final, até o ponto onde atinge o valor de
zero, tal comportamento pode ser verificado na figura 2. Este comportamento se deve
ao fato de que, no início o capacitor estava totalmente carregado, quando lhe é
fornecido um caminho para as cargas elétrica (fechamento da chave S), haverá uma
movimentação de cargas saindo da placa negativa e chegando até a placa positiva.
Como consequência desta movimentação, ocorre uma queda na tensão, conforme
equação 6. É importante ressaltar, que nos circuitos grande parte da energia
acumulada no capacitor, é descarregada através de resistores, como lâmpadas por
exemplo (SILVA, 201-?).
𝑉(𝑡) = 𝑉0(𝑒−𝑡/𝑅𝐶) (6)
V(t), tensão no capacitor
𝑉0, Tensão da bateria
t, tempo decorrido R,
valor da resistência
C, valor da capacitância

Assim como na tensão, a corrente 𝑖 durante a descarga também se reduz de


forma acentuada. Isso ocorre pois, conforme a equação 4, ao diminuir-se a tensão
haverá também uma redução na intensidade de corrente. Na descarga a corrente

10
inicia com um valor alto e negativo, e diminui até atingir os valores iguais ou próximos
de zero, tal comportamento pode ser visto na figura 5.

Figura 5 - Intensidade de corrente durante o descarregamento do capacitor.

Fonte: O autor.

2.3 CONSTANTE DE TEMPO (𝝉)

A constante de tempo de um circuito RC (𝜏) é o tempo necessário para que


durante o carregamento o capacitor atinja aproximadamente 63,2% de sua carga total,
sendo 63,2% do valor da tensão que lhe é fornecido pela bateria. No caso da
descarga, esta constante também pode representar o tempo necessário para que o
capacitor tenha apenas 37,8% de sua carga total. Considera-se que o capacitor está
totalmente carregado, quando o tempo transcorrido, desde o início do carregamento,
atingiu o valor de 5𝜏, 5 vezes o valor da constante de tempo (REIS, 2019).

2.4 ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES

Também é possível realizar associações utilizando capacitores. É possível


associá-los de 3 maneiras principais: série, paralelo e associação mista. Cada uma
das formas confere características diferentes ao circuito onde estão participando.

2.4.1 Associação em série

No caso da associação em série, 2 ou mais capacitores são conectados em


série, ou seja, de forma que a corrente que passa por todos eles é a mesma, segundo
11
figura 6. Neste caso só haverá corrente durante o carregamento, pois após o
carregamento ser concluído, o fluxo de corrente é interrompido. Para facilitar os
cálculos em relação aos capacitores, se estabelece a ideia de um capacitor
equivalente. Este capacitor irá equivaler à quantidade de energia, tensão e
capacitância de toda a associação de capacitores (ASTH, 2020; FÁBRIS, 2022).

Figura 6 - Circuito de associação de capacitores em série.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/associacao-de-capacitores/

Durante o carregamento, a associação foi submetida a mesma intensidade de


corrente, a consequência é que ao final todos os capacitores terão a mesma carga
acumulada. Portanto, a carga do capacitor terá que ser a mesma que a da associação,
segundo a tabela 1. A tensão resultante total, será dada pela soma da tensão
individual de todos capacitores, isso ocorre pois a tensão a que cada um foi exposto
não é a mesma, logo a tensão não é igual para todos, a conclusão pode ser vista na
tabela 1. A capacitância equivalente será dada pela “regra dos inversos”, ou seja, o
inverso da capacitância equivalente será igual à soma dos inversos das capacitâncias
individuais, conforme equação na tabela 1 (FÁBRIS, 2022).

Tabela 1 - Equações associação em série.

Carga equivalente 𝑄1 = 𝑄2 = 𝑄3 = 𝑄𝑒𝑞

Tensão equivalente 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3 = 𝑉𝑇

Capacitância equivalente
1 1 1 1
= + + 𝐶𝑒𝑞 𝐶1 𝐶2 𝐶3
Fonte: O autor.

12
2.4.2 Associação em paralelo

Nesta associação, 2 ou mais capacitores são conectados de forma que a


tensão a que cada um deles seja igual, conforme figura 7 e equação na tabela 2.
Assim como acontece na associação em série, só há o fluxo de corrente durante o
carregamento, após carregado o fluxo é interrompido. Neste tipo de associação, a
corrente proveniente da bateria não segue um único caminho, sendo dividida na
entrada. Por este motivo, a corrente recebida por cada um dos capacitores não será,
necessariamente, igual (ASTH, 2020; FÁBRIS, 2022b).

Figura 7 - Circuito de associação de capacitores em série.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/associacao-capacitores.htm

A energia equivalente neste tipo de associação, será dada pela soma das
energias armazenadas por cada um dos capacitores de forma individual, segundo
tabela 2. A capacitância equivalente, será dada pela simples soma das capacitâncias
de todos os capacitores presentes no circuito (FÁBRIS, 2022b).

Tabela 2 - Equações associação em paralelo.

Carga equivalente
𝑄1 + 𝑄2 + 𝑄3 = 𝑄𝑒𝑞

Tensão equivalente
𝑉1 = 𝑉2 = 𝑉3 = 𝑉𝑇

Capacitância equivalente
𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 = 𝐶𝑒𝑞
Fonte: O autor.

13
2.4.3 Associação mista

Este tipo de associação é a combinação das associações em série com


paralela. Elas podem combinar-se de diferentes maneiras, porém, a forma como
funcionam e se resolvem será sempre a mesma (FÁBRIS, 2022c).

Figura 8 - Circuito de associação mista de capacitores.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/associacao-de-capacitores/

2.5 CARGA E DESCARGA DE CAPACITORES (SÉRIE E PARALELO)

A presença de um número maior de capacitores em um circuito, produz


algumas mudanças bastante importantes. Estas mudanças dependem,
principalmente, da forma como estes capacitores são associados, sendo que
existem duas maneiras principais, a associação em série e em paralelo.
No caso da associação em série, as principais mudanças serão o tempo
necessário para a carga/descarga do capacitor e a quantidade de energia (cargas)
acumuladas ao final do processo. Neste tipo de associação, o capacitor equivalente
terá uma capacitância inferior à dos capacitores que fazem parte da associação,
conforme equação na tabela 1. Isso significa que a sua capacidade de acumular
cargas é menor. A consequência é que dada uma certa tensão, o tempo necessário
para que ele seja totalmente carregado/ descarregado é menor, já que são
necessárias menos cargas para uma carga ou descarga completa. A grande
desvantagem é que, apesar do rápido carregamento, a carga acumulada ao final do
processo será pequena, quando comparada a outros tipos de associação (simples e
paralela).

14
A diferença na velocidade de carga se torna mais evidente, quando se
comparam os gráficos que ilustram estes processos em uma associação em série, e
em um circuito com apenas um capacitor. É possível verificar que, no caso da
associação em série, o crescimento da tensão é substancialmente maior,
principalmente no início quando comparado ao outro circuito.

Figura 9 - Crescimento da tensão durante carregamento do circuito de 1 capacitor.

Fonte: O autor.

Figura 10 - Crescimento da tensão durante carregamento de um circuito de 2 capacitores em série

Fonte: O autor.

Ao associar capacitores em paralelo, a velocidade de carga/descarga e


energia acumulada ao final do processo, também serão diferentes dos casos de uma
associação com um capacitor. A capacitância equivalente será uma soma das

15
capacitâncias individuais que fazem parte da associação, isso significa maior
possibilidade de acumular cargas. Como a carga necessária para um carregamento
ou descarregamento total é maior, o tempo que será preciso para que toda esta
quantidade de cargas seja fornecida também será superior quando comparado com
outras formas de associação.

Figura 11 - Crescimento da tensão durante carregamento de um circuito de 2 capacitores em


paralelo.

Fonte:
O autor.

Ao comparar o gráfico ilustrado na figura 9 com o gráfico da figura 11, é


possível verificar que há um crescimento menos intenso da tensão no caso da
associação em paralelo, principalmente no início do carregamento. Ao final do
processo, a tensão máxima obtida será muito semelhante para ambos os casos.
Entretanto, ao aplicar a equação 1, é possível verificar que a carga acumulada na
associação em série será maior do que no caso do circuito com um capacitor apenas.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 PRIMEIRA PRÁTICA - CAPACITÂNCIA

Para esta prática foram utilizados os seguintes equipamentos:


- 3 capacitores (100𝜇𝐹, 220𝜇𝐹 e 47 𝜇𝐹);
- 1 placa protoboard;
- 1 multímetro digital;

16
Na primeira parte do experimento foram feitos alguns testes com os
capacitores de 100 e 47 𝜇𝐹, com o objetivo de verificar se a capacitância nominal
coincidia com a capacitância medida, também foram calculadas as capacitâncias
equivalentes teóricas para os três tipos possíveis de associação (série, paralela e
mista), utilizando as equações descritas nas tabelas 1 e 2, todos os dados forma
registrados em suas respectivas tabelas. Em seguida, o capacitor de 100 𝜇𝐹 foi
carregado utilizando o multímetro (na opção teste de diodo) e descarregado em um
LED, o objetivo era verificar a energia sendo liberada na forma luminosa.
Para a próxima etapa do experimento, os capacitores foram associados em
série, em paralelo e de forma mista. Para cada uma das formas de associação, foram
medidas as capacitâncias equivalentes e registradas em tabelas. Ao final, comparou-
se as capacitâncias equivalentes teóricas com as capacitâncias medidas.

3.2 SEGUNDA PRÁTICA - CARGA E DESCARGA DE CAPACITORES

Para esta prática os materiais utilizados foram:


- 1 Placa de ligação;
- 1 fonte DC
- 1 Capacitor eletrolítico de capacitância de 100𝜇𝐹;
- 1 Resistor de 560 𝐾𝛺;
- 1 conjunto de fios de ligação;
- 2 multímetros digitais;
- 1 celular
A primeira etapa deste experimento consistiu na montagem do circuito para
verificar o processo de carga de um capacitor. Foi montado um circuito de forma que
o resistor, fonte e capacitor ficassem conectados em série, conforme figura 6. Foram
posicionados também, um amperímetro em série e um voltímetro em paralelo com o
circuito. Antes de iniciar o carregamento, mediu-se a constante de tempo RC (𝜏) do
capacitor. Em seguida ativou-se a chave da fonte e cronômetro simultaneamente. Os
valores de corrente e tensão indicados no amperímetro e voltímetro, foram anotados
em uma tabela que sugeria alguns valores de tempo para estes registros.
A segunda etapa do experimento foi semelhante a primeira, porém, agora
observou-se o processo de descarga do capacitor. Uma vez que a carga do capacitor

17
foi concluída, modificou-se o circuito de forma que o capacitor pudesse ser
descarregado. Foram registrados novamente em uma tabela, os valores da
intensidade de corrente e tensão durante todo o processo. Ao final, compararam-se
os valores obtidos nas duas etapas. O objetivo da prática, foi verificar como variam a
intensidade de corrente e tensão em função do tempo, durante a carga e descarga de
capacitores.

3.3 TERCEIRA PRÁTICA - CARGA E DESCARGA DE CAPACITORES


ASSOCIADOS EM SÉRIE E EM PARALELO

Para este experimento os materiais utilizados foram:


- 1 Placa de ligação;
- 1 fonte DC
- 2 Capacitor eletrolítico de capacitância de 100𝜇𝐹;
- 1 Resistor de 560 𝐾𝛺;
- 1 conjunto de fios de ligação;
- 2 multímetros digitais;
- 1 celular
O experimento da associação em série iniciou com o cálculo da capacitância
equivalente, utilizando a equação descrita na tabela 1, também foi calculada a
constante de tempo RC (𝜏). Foi montado um circuito de forma que a fonte, o resistor
e dois capacitores ficassem associados em série, conforme figura 12. Foram
posicionados também, um amperímetro em série e um voltímetro em paralelo com o
circuito.

Figura 12 - Circuito de capacitores associados em série.

Fonte: O autor.
18
Em seguida, o cronômetro e a chave da fonte de tensão foram ativados
simultaneamente. Os valores de intensidade de corrente e tensão, fornecidos pelo
amperímetro e voltímetro, foram registrados em uma tabela. Para o processo de
descarga o circuito foi modificado, o resistor teve sua posição trocada de forma que o
capacitor pudesse ser descarregado. Novamente os valores fornecidos pelo
amperímetro e voltímetro, foram registrados em uma tabela. Após finalizadas as duas
etapas do experimento, os valores registrados nas tabelas, puderam ser comparados
com processos de carga/descarga de apenas um capacitor. Ao final, pode-se ver a
diferença no comportamento da corrente e tensão em função do tempo, ao utilizar
dois capacitores em série.
Para a associação em paralelo, também foi primeiramente calculada a
capacitância equivalente e a constante de tempo RC (𝜏). Em seguida o circuito foi
montado, os capacitores foram posicionados de forma que ficassem associados em
paralelo com o resto do circuito, conforme figura 13.

Figura 13 - Circuito de capacitores associados em paralelo.

Fonte: O autor.

O cronômetro e a chave da fonte de tensão foram ativados simultaneamente.


Os valores da tensão e intensidade de corrente foram registrados em uma tabela, até
que o processo de carga fosse finalizado. Para a descarga o circuito foi modificado,
de forma que o capacitor pudesse ser descarregado. Os valores da corrente e da
tensão foram modificados com o passar do tempo, todas estas mudanças foram
registradas em uma tabela. Ao final, pode-se comparar os valores registrados na
19
tabela, com os valores obtidos durante os outros experimentos, que foram a
associação em série e com um único capacitor.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 EXPERIMENTO CAPACITÂNCIA

As tabelas com os valores obtidos durante o experimento se encontram


abaixo:

Tabela 3 - Comparativo entre valores teóricos e experimentais de capacitores em série.

C1 (𝜇𝑭) C2 (𝜇𝑭) Ceq

Valor Nominal 47 100 31,97

Valor medido 56,4 116,5 38


Fonte: O autor.

Tabela 4 - Comparativo entre valores teóricos e experimentais de capacitores em paralelo.

C1 (𝜇𝑭) C2 (𝜇𝑭) Ceq

Valor Nominal 47 100 147

Valor medido 56,4 116,5 172,9


Fonte: O autor.

Tabela 5 - Comparativo entre valores teóricos e experimentais de capacitores em paralelo.

C1 (𝜇𝑭) C2 (𝜇𝑭) C3 (𝜇𝑭) Ceq

Valor Nominal 47 100 220 40,98

Valor medido 56,4 116,5 - 48,1


Fonte: O autor.

Ao realizar os experimentos pode-se verificar que, os valores encontrados


para as capacitâncias de cada um dos capacitores, não coincide exatamente com o
valor nominal. Os valores nominais especificados pelo fabricante são de C1=47𝜇𝑭
C2=100𝜇𝑭, já os calculados foram de 56,4 e 116,5 𝜇𝑭 , respectivamente. Isso

20
representa uma variação de 20% e 16% a mais do que o valor teórico, o que indica
uma variação média de aproximadamente 18% (20 %+16%) do valor nominal. 2

4.1.1 Associação em série

Para o cálculo da capacitância equivalente na associação em série, utilizouse


a equação descrita na tabela 1. Portanto, era esperado que o valor da capacitância
equivalente encontrado fosse inferior ao dos capacitores da associação, que neste
caso eram 47 e 100 𝜇𝑭. Utilizando-se os valores nominais, encontrou-se uma
capacitância equivalente de 31,97𝜇𝑭, e com o uso dos valores calculados a
capacitância equivalente foi de 38 𝜇𝐹, os cálculos realizados se encontram descritos
abaixo.

Capacitância Equivalente teórica Capacitância Equivalente medida

1 1 1 1 1 1
+ = → 31,97𝜇𝐹 + = →
47𝜇𝐹 100 𝜇𝐹 𝐶𝑒𝑞 38𝜇𝐹
56,4𝜇𝐹 116,5 𝜇𝐹 𝐶𝑒𝑞

A diferença nos valores, se deve ao fato de que os valores medidos para as


capacitâncias se diferem dos valores teóricos. Além disso, a variação média de 18%
que havia sido encontrada entre os valores medidos e nominais, se manteve na
capacitância equivalente. Apesar da diferença, o valor calculado está de acordo com
a teoria, já que o mesmo é de fato inferior ao valor da menor das capacitâncias.

4.1.2 Associação em paralelo

Para a capacitância em paralelo, a equação utilizada foi a descrita na tabela


2. Neste tipo de associação, a capacitância equivalente é dada pela soma das
capacitâncias, como os valores medidos foram, na média, 18% maiores, era esperado
que esta diferença fosse verificada nos resultados. Para a capacitância equivalente
teórica o valor encontrado foi de 147 𝜇𝐹, tal valor foi resultado da soma dos 47 e 100
𝜇𝑭. A capacitância equivalente medida, foi encontrada ao somar 56,4 e 116,5 𝜇𝑭,
resultando no valor de 172,9, os cálculos realizados se encontram descritos abaixo.
21
O valor medido foi maior do que o valor teórico, sendo a diferença de
aproximadamente 18%. Portanto a diferença se manteve, além disso, a capacitância
resultante foi superior às capacidades individuais, assim como era previsto pela teoria.

Capacitância equivalente teórica Capacitância equivalente medida

𝐶𝑒𝑞 = 47𝜇𝐹 100𝜇𝐹 → 147 𝜇𝐹 𝐶𝑒𝑞 = 56,4𝜇𝐹 +116,5𝜇𝐹 → 172,9 𝜇𝐹

4.1.3 Associação mista

Para o último experimento, adicionou-se um capacitor de 220𝜇𝑭, que foi


associado de forma mista com os dois capacitores já presentes no circuito. Para a
resolução, calculou-se primeiramente o valor da capacitância equivalente dos
capacitores que estavam associados em paralelo. Em seguida, utilizou-se o valor
encontrado para o cálculo da capacitância em série. Ao final, a capacitância
equivalente teórica encontrada foi de 40,98 e a medida de 48,1, de acordo com os
cálculos ilustrados abaixo. Os valores encontrados também estão de acordo com a
teoria, uma vez que o valor final encontrado é inferior a menor das capacitâncias
presentes na associação.

Capacitância equivalente teórica Capacitância equivalente medida

100𝜇𝐹 + 220𝜇𝐹 = 320 𝜇𝐹 116𝜇𝐹 + 220𝜇𝐹 = 336 𝜇𝐹

47 𝐶𝑒𝑞 56,4 𝐶𝑒𝑞

4.2 EXPERIMENTO CARGA E DESCARGA DE CAPACITORES

Neste experimento utilizaram-se um resistor de 560𝐾𝛺 e um capacitor de


100𝜇𝐹, portanto, ao aplicar-se a equação da constante de tempo RC (𝜏), pode-se
estimar que o tempo necessário para que o capacitor tenha 63,2% de sua carga
completa é de aproximadamente 56s. A carga teórica máxima que poderia ser

22
acumulada no capacitor do experimento é de, aproximadamente, 1,6𝑥10−3𝐶. Na
prática o que de fato poderá ser armazenado é igual a 6,3𝑥10−4𝐶 , pois a fonte de
tensão é de 6,30V. Logo, os 63,2% da carga total do capacitor serão equivalentes a
3,98V. Os valores obtidos durante o os processos de carga e descarga, se encontram
reunidos nas duas tabelas abaixo:

Tabela 6 - Intensidade de corrente e tensão no capacitor durante a carga.


Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴) Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴)

0 0,0 0,0 80 4,30 3,5

10 0,98 9,3 90 4,53 3

20 1,73 8 100 4,73 2,7

30 2,35 6,9 120 5,03 2,2

40 2,88 6 140 5,26 1,7

50 3,33 5,2 160 5,42 1,4

60 3,69 4,5 180 5,43 1,3

70 4,03 3,9 210 5,64 1,1


Fonte: O autor.

Tabela 7 - Intensidade de corrente e tensão no capacitor durante a descarga.

Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴) Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴)

0 6,26 -10,8 80 1,76 -3

10 5,31 -9,3 90 1,48 -2,5

20 4,46 -7,8 100 1,27 -2,1

30 3,80 -6,7 120 0,93 -1,6

40 3,29 -5,7 140 0,69 -1,1

50 2,81 -4,9 160 0,51 -0,8

60 2,37 -4,1 180 0,37 -0,6

70 2,03 -3,5 210 0,24 -0,3


Fonte: O autor.

23
É possível verificar a intensidade de corrente a qualquer momento do
processo de carga/descarga, basta aplicar as equações 2 e 5. Basta apenas substituir
os valores das variáveis, de acordo com a situação. Em ambas as equações é
possível verificar a presença da constante RC. Esta constante é conhecida como
constante de tempo RC (𝜏), e ela indica o tempo necessário para que durante a carga
o capacitor atinja 62,3% de sua carga total ou 37,2% durante a descarga. Segundo
os cálculos teóricos, os 63,2% (3,80V) deveriam ser atingidos após 56s, isso
considerando uma tensão de 6v. Na prática, verifica-se que a fonte na verdade
fornece uma tensão de 6.30V, isso significa que quando totalmente carregado o
capacitor terá uma tensão de 6,30 V e não 6V, como se estimou anteriormente. Por
isso, quando chega aos 56s o capacitor tem aproximadamente 3,55V, o que
representa apenas 56% da carga total. Os 63,2 % (3,98V) somente são atingidos com
aproximadamente 70s, que é quando o capacitor acumula uma tensão de 4,03V.
Portanto os valores experimentais não coincidem totalmente com os teóricos.
A diferença pode estar ocorrendo, não só pelo fato de a tensão ser maior do
que o esperado, mas também porque o cálculo da constante de tempo foi feito
utilizando a capacitância teórica e não a calculada. Portanto, assim como ocorreu com
a pilha, é possível que a capacitância não seja 100𝜇𝐹, mas sim, um valor superior.
Neste caso, ao realizar o cálculo, é possível verificar um aumento na constante de
tempo, o que pode explicar o comportamento encontrado. Se supormos que a
capacitância é de 116𝜇𝐹, como ocorreu em experimentos anteriores, ao calcular a
constante de tempo RC, verifica-se um 𝜏 = 65𝑠, o que está muito mais próximo do
valor encontrado nos experimentos.
Ao analisar o comportamento da tensão (ddp) e da corrente “i” durante o
carregamento e a descarga é possível verificar algumas características. A tensão no
capacitor aumenta durante o carregamento, pois durante este processo acumula
cargas, logo a ddp deve aumentar. A tensão aumenta a um ritmo maior no início,
porém, este ritmo vai reduzindo com o passar do tempo. A corrente também diminui
durante todo o processo de carregamento, já que com o aumento da tensão sobre o
capacitor, há uma redução na tensão resultante sobre o circuito, logo a corrente se
move a um ritmo mais lento.
Na descarga a tensão no capacitor diminui, pois lhe é fornecido um caminho
para que as cargas acumuladas nele se movimentam (descarregar). A corrente no

24
circuito também diminui, pois, a tensão está diminuindo, logo a intensidade também o
fará, segundo a equação 4. Assim como existem equações que permitem verificar o
comportamento da corrente em função do tempo, também existem equações que
permitem analisar como a tensão se comporta com o passar do tempo, neste caso
equações 3 e 6.
Abaixo seguem os gráficos, onde é possível verificar de forma visual, o
comportamento da tensão e corrente, em relação ao tempo, nos processos de carga
e descarga.

Figura 14 - Crescimento da tensão durante carregamento do capacitor.

Fonte: O autor.

Figura 15 - Diminuição da corrente durante o carregamento do capacitor.

Fonte: O autor.
25
Figura 16 - Decréscimo da tensão durante a descarga do capacitor.

Fonte: O autor.

Figura 17 - Decréscimo da corrente durante a descarga do capacitor.

Fonte: O autor.

4.3 CARGA E DESCARGA DE CAPACITORES ASSOCIADOS EM SÉRIE E EM


PARALELO

4.3.1 Carga/descarga capacitores em série

Neste experimento utilizaram-se dois capacitores de capacitância teórica de


100𝜇𝐹, logo aplicando a equação descrita na tabela 1, encontrou-se uma capacitância
equivalente de 50 𝜇𝐹, conforme o cálculo abaixo. Utilizando o valor de capacitância
equivalente, pode-se também encontrar a constante de tempo RC teórica para este
circuito, a constante (𝜏) foi igual a 28s, isso supondo uma fonte de tensão igual 6V.

26
Capacitância equivalente 1 1 1
= + ⇒ 50 𝜇𝐹
𝐶𝑒𝑞 100 100

Constante de tempo (𝜏) 560 𝐾𝛺 × 50 𝜇𝐹 ⇒ 28𝑠

Os valores obtidos para a corrente e tensão durante a carga/descarga dos


capacitores associados em série, podem ser verificados nas tabelas abaixo.

Tabela 8 - Intensidade de corrente e tensão nos capacitores em série, durante carga.


Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴) Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴)
0 0 0 80 5,31 1,7

10 1,78 7,2 90 5,42 1,6

20 2,95 5,2 100 5,51 1,3

30 3,77 4,5 120 5,57 1,3

40 4,31 3,5 140 5,61 1,2

50 4,68 2,9 160 5,68 1,1

60 4,93 2,4 180 5,72 1,0

70 5,15 2,1 210 5,76 0,9


Fonte: O autor.

Tabela 9 - Intensidade de corrente e tensão nos capacitores em série, durante descarga.


Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴) Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴)
0 6,30 -10 80 0,48 -0,8

10 4,58 -8 90 0,36 -0,5

20 3,32 -5,3 100 0,27 -0,4

30 2,38 -3,9 120 0,20 -0,3

40 1,67 -3 140 0,16 -0,2

50 1,20 -2,1 160 0,10 -0,1

60 0,88 -1,5 180 0,07 -0,1

70 0,65 -1 210 0,05 0


Fonte: O autor.
27
Ao comparar os resultados obtidos na associação com as de um único
capacitor, é possível verificar algumas mudanças. A principal delas é que, no caso da
associação em série, o carregamento se deu de forma mais rápida. Tomando o tempo
=70s como exemplo, verifica-se que no caso da presença de apenas um capacitor, a
tensão neste era igual a 4,03V, enquanto na associação, a tensão já havia atingido o
valor de 5,15V. O mesmo comportamento é verificado na descarga, a redução na
tensão ocorre de forma muito mais rápida na associação do que na presença de
apenas um capacitor. A corrente segue a mesma tendência, diminuído seu valor em
uma velocidade muito maior do que em um capacitor único.
Em ambas as situações a fonte de tensão foi igual, ou seja, foram fornecidas
o mesmo número de cargas no tempo para ambos os circuitos. Como a associação
possui uma capacitância menor, precisa receber um número menor de cargas para
ficar completamente carregado. Portanto, os 63,2% de sua carga total, são atingidos
mais rápido do que em outros tipos de associação. O aumento na tensão neste tipo
de associação, precisa ocorrer de forma mais rápida, como forma de compensar o
valor menor de capacitância.
Apesar de ao final do carregamento, o capacitor único e a associação em
série possuírem a mesma tensão, a carga acumulada não será igual. Aplicando a
equação 1, verifica-se que no instante t= 210s a carga acumulada no capacitor único
é de aproximadamente 5,64 𝑥 10−4𝐶, enquanto na associação a carga é de apenas
2,88 𝑥 10−4𝐶, ou seja, a metade do valor. O principal motivo para a diferença é o valor
menor de capacitância, já que t=210s as tensões acumuladas em ambos os casos
são muito semelhantes.

Carga associação em série t=210s 𝐶 = 5,76𝑉 𝑥 50𝜇𝐹 ⇒ 2,88 𝑥 10−4𝐶

Carga capacitor único t=210s 𝐶 = 5,64𝑉 𝑥 100𝜇𝐹 ⇒ 5,64 𝑥 10−4𝐶

Para o cálculo do valor de carga teórica da associação, considerou-se a


capacitância equivalente como 50𝜇𝐹 e a tensão teórica máxima de 16V, o resultado
encontrado foi de 8 𝑥 10−4 𝐶. Para o cálculo da carga teórica experimental, considerou-
se a tensão da bateria igual a 6,30V e a capacitância de 50 𝜇𝐹. Aplicandose a equação
1, obteve-se o valor de carga total experimental igual a 3 𝑥 10−4𝐶. Porém, ao comparar
28
a constante de tempo RC teórica com a parte experimental, verifica-se que os valores
não coincidem.
Pois segundo a teoria, 63,2% da carga total deveriam ser atingidos e t=28s.
A carga total experimental é igual a 3 𝑥 10−4𝐶, e 63,2% (já convertidos em tensão)
iguais a 3,79. Entretanto, em t=30s o capacitor atinge a tensão de apenas 3,77v, o
que está abaixo da tensão de 3,80v em 28s. A diferença entre os valores teóricos e
experimentais, se deve aos valores de capacitância utilizados. Através de
experimentos anteriores, verificou-se que a capacitância dos capacitores utilizados, é
na verdade de 116 𝜇𝐹, e não 100𝜇𝐹, como especificado pelo fabricante.
Ao ajustar este valor nas equações 1 e na constante de tempo RC, obtém-se
uma carga experimental máxima de 3,654 𝑥 10−4𝐶, onde 63,2% ( já convertidos em
tensão) equivalem a 3.98V, uma capacitância equivalente de 58 𝜇𝐹 e constante de
tempo RC igual a 32,5s. Ao utilizar este novos dados, é possível verificar que os
valores na tabela se aproximam muito do esperado, exemplo disso é que a carga de
3,98V é atingida com aproximadamente 34s, o que está muito próximo do esperado
(32,5s). isso significa, que a constante de tempo calculada com os valores reais, está
muito próxima dos valores experimentais.
Durante o carregamento a tensão nos capacitores cresce, enquanto a
corrente diminui. Isso ocorre pois o capacitor está acumulando cargas, logo a
diferença de potencial deve aumentar. Como a tensão no circuito se aproxima do
valor de tensão da bateria, há uma diminuição na tensão resultante sobre o circuito,
logo a intensidade com que a corrente se move tende a diminuir.
Durante a descarga tensão e corrente diminuem. A tensão tem seu valor
reduzido, pois lhe foi fornecido um caminho para a movimentação de cargas, logo a
tendência é que haja uma igualdade de cargas nas duas placas e desta forma uma
diminuição na tensão. A diminuição no valor da corrente, é consequência da
diminuição da tensão, pois se ambas as placas possuem o mesmo número de cargas,
não haverá mais diferença de potencial e por isso cargas (corrente) não se
movimentam mais, isso também é indicado pela equação 4.

Figura 18 - Crescimento da tensão durante carregamento 2 capacitores em série.

29
Fonte:
O autor.

Figura 19 - Diminuição da corrente durante o carregamento 2 capacitores em série.

Fonte: o autor.

Figura 20 - Diminuição da tensão durante descarga de associação de 2 capacitores em série.

Fonte: o autor.

Figura 21 - Diminuição da corrente durante a descarga de associação de 2 capacitores em série.

30
Fonte: o autor

4.3.2 Carga/descarga capacitores em paralelo

Para este experimento foram utilizados dois capacitores, segundo o


fabricante, a capacitância teórica destes capacitores é igual a 100𝜇𝐹. Entretanto,
sabe-se por experimentos anteriores, que as capacitâncias são de fato iguais a 116𝜇𝐹,
portanto, este foi o valor utilizado durante os cálculos. Aplicando-se a equação
descrita na tabela 2, obteve-se uma capacitância equivalente igual a 232 𝜇𝐹. A
constante de tempo RC foi igual a 130s.

Capacitância equivalente
116 𝜇𝐹 + 116 𝜇𝐹 ⇒ 232 𝜇𝐹

Constante de tempo (𝜏) 560 𝐾𝛺 × 232 𝜇𝐹 ⇒ 130𝑠

Os valores obtidos para a corrente e tensão durante a carga/descarga dos


capacitores associados em paralelo, podem ser verificados nas tabelas abaixo.

Tabela 10 - Intensidade de corrente e tensão nos capacitores em paralelo, durante carga.

Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴) Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴)

0 0 0 80 2,84 6,3

10 0,45 10,7 90 3,07 5,9

31
20 0,85 10 100 3,29 5,5

30 1,28 9,1 120 3,67 4,8

40 1,63 8,5 140 3,98 4,2

50 1,98 7,9 160 4,23 3,8

60 2,29 7,3 180 4,43 3,4

70 2,56 6,8 210 4,64 3,0


Fonte: O autor.

Tabela 11 - Intensidade de corrente e tensão nos capacitores em paralelo, durante descarga

Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴) Tempo t(s) ddp (v) 𝑖(𝜇𝐴)

0 6,30 -11,3 80 2,76 -5

10 5,22 -9,5 90 2,55 -4,6

20 4,70 -8,5 100 2,35 -4,2

30 4,25 -7,7 120 2,16 -3,8

40 3,90 -7 140 1,99 -3,6

50 3,57 -6,5 160 1,69 -3

60 3,26 -5,9 180 1,44 -2,6

70 3 -5,4 210 0,95 -1,6


Fonte: O autor.

Ao comparar os valores obtidos com a associação em série e a de um único


capacitor é possível verificar algumas diferenças. A primeira delas é que na
associação em paralelo, a carga e descarga do capacitor ocorre de forma muito mais
lenta. Se forem comparadas as tensões acumuladas no carregamento em tempo=70s,
é possível verificar que a associação em paralelo possuía um valor de 2.56V, série
5.15V e a de um único capacitor 4,03. O mesmo comportamento pode ser verificado
na descarga, a tensão tem uma queda menos acentuada, mantendo valores mais
altos durante um período de tempo maior.
A associação em paralelo, possui um valor de capacitância equivalente
superior aos outros tipos de associação, já que é resultado da soma das capacitâncias

32
individuais. Isso significa maior capacidade de acumular cargas, e também, para que
seja totalmente carregado, serão necessárias mais cargas. Devido a este número
maior de cargas, o tempo necessário para que se atinja 63,2% de sua carga total será
maior. Portanto, este tipo de associação terá um período de carregamento mais longo
que outros tipos de associação. O aumento na tensão, não precisa ocorrer de forma
tão rápida, já que o valor de capacitância é bastante elevado.
Assim como nas outras associações, apesar da tensão final ser a mesma para
todos, a carga final acumulada não será. Aplicando a equação 1, é possível verificar
que tomando um período de tempo qualquer, porém igual para todos, a carga
acumulada na associação em paralelo sempre terá um valor maior que os outros tipos
de associação. Por exemplo, no instante de carregamento t=100s, a carga acumulada
na associação em paralelo é igual a 7,632𝑥10−4𝑐, na associação em série será de
3,195𝑥10−4𝐶 e no resistor único de 4,73𝑥10−4𝐶.
O valor de carga teórico para esta associação foi de 3,2 𝑥10−3, para este
cálculo utilizou-se a equação 1, os valores de capacitância equivalente teórica de
200𝜇𝐹 e tensão teórica de 16V. O valor de carga experimental também foi calculado
utilizando-se a equação 1, porém, segundo experimentos anteriores, sabe-se que a
capacitância equivalente é de 232𝜇𝐹 e a tensão de 6,30V. Ao utilizar estes valores, a
carga máxima experimental foi de 1,46𝑥10−3𝐶.
A diferença entre os resultados se dá devido aos valores utilizados. Na carga
teórica, se calcula qual seria o maior valor possível de carga para o capacitor,
utilizando sua capacitância teórica e tensão máxima suportada. No caso da
experimental, se utilizam valores experimentais, ou seja, valores que de fato foram
medidos, como é o caso da tensão de 6,30V e da capacitância de 232𝜇𝐹.
Durante o carregamento a tensão no capacitor aumenta de forma lenta, a um
ritmo menos intenso do que nas outras associações. Isso ocorre porque a
capacitância é maior, portanto, a tensão não sobe tão rapidamente. A corrente
também diminui em um ritmo lento, um pouco mais rapidamente no início, porém, com
o passar do tempo diminui cada vez mais devagar. Na descarga a tensão e corrente
diminuem de forma lenta. Ambas decaem mais rapidamente no início, porém, a queda
se torna cada vez menos intensa.
Para a constante de tempo RC, o valor encontrado foi de t=130s. Sabe-se que
a carga total experimental é de 1,46𝑥10−3𝐶, logo 63,2% desta carga equivalem a

33
9,227𝑥10−4𝐶 que quando convertido para tensão resulta em aproximadamente 3,98v.
Ao analisar os valores obtidos para a carga do capacitor em paralelo, verificou-se que
o valor de 3,98V é atingido com tempo t=140s. Portanto, o valor para a constante de
tempo não coincide exatamente com os resultados experimentais. O valor
experimental apresenta uma diferença de, aproximadamente, 7% para o valor de
tempo esperado.

Figura 22 - Aumento da tensão durante carregamento de associação de 2 capacitores em paralelo.

Fonte: O autor.

Figura 23 - Aumento da corrente durante o carregamento de associação de 2 capacitores em


paralelo.

Fonte: O autor.

Figura 24 - Diminuição da tensão durante descarga da associação de 2 capacitores em paralelo.

34
Fonte: O autor.

Figura 25 - Diminuição da corrente durante a descarga da associação de 2 capacitores em paralelo.

Fonte: O autor.

É possível verificar que no caso da associação em paralelo, durante a carga


e descarga, as mudanças nos valores da tensão e intensidade de corrente ocorrem
de forma menos abrupta, em comparação com outros tipos de associação. Isso se
reflete em uma carga e descarga mais lentas, porém, a acúmulo de carga ao final do
processo é maior.

5. CONCLUSÃO

Após a reprodução de atividades práticas referentes a capacitância, carga e


descarga de capacitores – em série ou paralelo – conclui-se que, é possível o uso

35
destas atividades para como método para fixar os conceitos teóricos adquiridos na
disciplina de eletricidade aplicada e demais disciplinas de física.
Obtiveram-se algumas variações de resultados quando comparados com
valores teóricos, e reflete-se que a causa possa ter sido decorrente de fatores como
maneira de aplicação de métodos, condições de uso que os materiais utilizados se
encontravam ou até mesmo o meio em que os mesmos foram submetidos a testes.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FÁBRIS, Física. Capacitores associação em série [FÍSICA FÁBRIS] Aula 439


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FÁBRIS, Física. Capacitores associação em paralelo [FÍSICA FÁBRIS] Aula 440


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FÁBRIS, Física. Capacitores associação mista [FÍSICA FÁBRIS] Aula 441


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37

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