Vistoria Estrutural

Laudo de Avaliação
 SUMÁRIO
SUMÁRIO ................................................................................................................ 2
1. Introdução ..................................................................................................... 3
2. Dados Gerais do Local Inspecionado. ................................................ 3
3. Considerações finais ............................................................................... 11
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1. Introdução

Este documento tem por objetivo apresentar dados sobre a

vistoria realizada no condomínio residencial Piacenza Life,
localizado Rua Doutor Juvenal Murtinho, nº 155 – Santíssimo, Rio
de Janeiro - RJ. Objetivou-se, por meio desta, analisar a parte
estrutural das lajes dos apartamentos 401, 402, 403 e 404, e do hall
do quarto pavimento do bloco 12.

2. Dados Gerais do Local Inspecionado.

As figuras a seguir ilustram as informações observadas nas

inspeções visuais.
Figura 01 – Fissura entre a vigota e tijolos do Apartamento 403 - I
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Figura 02 – Fissura entre a vigota e tijolos do Apartamento 403 - II

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Figura 03 – Fissura entre a vigota e tijolos do apartamento 401 - I

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Figura 04 – Fissura entre a vigota e tijolos do apartamento 401 - II

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Figura 05 – Fissuras na laje do banheiro do apartamento 402 - I

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Figura 06 – Fissuras na laje da sala do apartamento 402 - II

Ainda, para o acompanhamento da patologia existente do

apartamento 402 foram adotados fissurômetros, instrumento utilizado
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para medição do progresso da fissura.

Figura 07 – Acompanhamento de fissuras na laje da sala do apartamento 402

Figura 08 – Acompanhamento de fissuras na laje do banheiro do apartamento

402

Com base na avaliação realizada durante as visitas técnicas,

constatou-se que foram adotados dois sistemas construtivos de laje a
laje pré-moldada e laje maciça, nas quais foram observadas fissuras.
Nesse contexto, os problemas encontrados podem estar relacionados
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a erros de execução e, por consequência disso, está ocorrendo falha

do desempenho estrutural.

Pode-se citar, no entanto, que não foi encontrado:

• Fissuração por esmagamento do concreto derivada da reduzida

espessura da laje (as fissuras surgem na face inferior, por
deficiência diante dos momentos negativos).

• Fissuração de flexão causada pela insuficiência de armadura

para os momentos negativos (as fissuras surgem na face
superior).

• Fissuração por esmagamento do concreto devido à reduzida

espessura da laje (as fissuras surgem na face superior por
deficiência diante dos momentos positivos).

• Fissuração por flexão derivada da insuficiência de armadura

para os momentos positivos (as fissuras surgem na face
inferior).

• Fissuração por flexão oriunda da deficiência de armaduras para

combate aos momentos volventes (as fissuras surgem na face
inferior da laje).

• Fissuração devido à punção, que se dá em elementos de pouca

espessura, nos quais a laje se apoia diretamente no pilar,
fazendo com que surjam fissuras em volta do mesmo, podendo
levar ao colapso.

Sendo assim, haja vista que áreas analisadas apresentam

problemas patológicos, faz-se necessária sua recuperação. Isso se
dá, pois, as patologias encontradas podem ocasionar perda de
estabilidade do concreto, além danos às armaduras, comprometendo,
dessa forma, o desempenho da estrutura.
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3. Considerações finais

Nos apartamentos 403 e 401, pode-se observar que as áreas das

lajes (vigotas e tijolos) onde encontram-se a fissuras não estão
comprometidas. É provável que sessas patologias tenham sido
ocasionadas por erro de execução e pela dilatação térmica, pois todo
material quando exposto a baixas ou altas temperaturas, dilata ou
contrai.

No apartamento 402 foram observadas fissuras no banheiro e

sala. Como se trata de uma laje maciça, foi realizado um
acompanhamento, objetivando identificar se as mesmas se encontram
ativas. Porém, na área de fissura localizada na sala foi observada má
execução da junta da laje, sendo essa a possível causa da fissuração.

Durante o acompanhamento realizado no apartamento 402 no

período de cerca de 4 meses, pode-se constatar que a fissura
existente não estava ativa, pois não houve evolução da patologia,
conforme visualizado na figura 9 a 10. Vale salientar que a mesma
não compromete a estabilidade da estrutura.

Figura 09 –Fissuras na laje da sala do apartamento 402 não ativa

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Figura 10 –Fissuras na laje do banheiro do apartamento 402 não ativa

No apartamento 404 não foi observada fissura, pois o mesmo tem

rebaixamento de gesso, conforme mencionou o morador.

O acompanhamento das fissuras no hall do quarto pavimento foi

visual, também pode-se constar que as fissuras não se encontram
ativa, até o atual momento, e não compromete a estrutura.

Em vista dos aspectos mencionados, se faz necessária a

recuperação da parte superior da laje, pois existem pontes que estão
vulneráveis à penetração de água, o que pode ocasionar corrosão e
danos nas armaduras. Deste modo, pode ser comprometido o
desempenho da estrutura.

Sendo assim, pode-se mencionar que existem patologias

(fissuras), porém nada que comprometa a estabilidade e a capacidade
do elemento estrutural. Entretanto, fica com sugestão que os
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administradores do condomínio entrem em contato com a construtora

responsável, pois a mesma deve realizar uma avaliação pois, de
acordo com o que menciona a norma ABNT NBR 15.575 (em vigor
desde julho de 2013), também chamada de “norma de desempenho”,
é necessário que os projetos habitacionais e suas respectivas obras
atendam aos níveis mínimos de desempenho estabelecidos pela
publicação.

Ressalta-se, ainda, que os serviços a serem desenvolvidos

devem ser realizados por profissional habilitado e em observância
com as normas técnicas estabelecidas pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas).

Att:
Fabiana Teodosio Barbosa
Engenheira Civil
CREA 20151356