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EDUARDO ROBSON MARTINS

CREA MG 231.586D

RELATÓRIO DE ENGENHARIA

Patologias – Imóveis da Rua Pau Brasil, nº 210 A

ARAXÁ MG
2021

SUMÁRIO

Apresentação Empresa
Síntese
Resumo
Objetivos
Visita Técnica no imóvel de nº 210 A
Considerações das patologias
Conclusão

Bibliografia
Apresentação

A Empresa Eduardo Robson Martins, especializada em Engenharia


Civil, em todas as suas variantes, tais como, projetos estruturais, projetos de
construção, projetos de reforma e adaptações, laudos periciais e consultoria.

Síntese

Este relatório foi solicitado pelo mutuário da Caixa Econômica


Federal, senhor LINNEKER JEFFERSON BARBOSA GRACIANO, referente ao
imóvel localizado à Rua Pau Brasil nº 210 A , bairro Pão de Açúcar, nesta cidade de
Araxá, MG, as quais apresentam algumas patologias dignas de registro como adiante
se vê. Este relatório, é baseado na legislação vigente, análise in loco, documentos e
depoimentos de interessados, bem como fundamentada na prática e na experiência
do profissional que assina este.

Rua Pau Brasil, Araxá, MG - Fonte Google Maps

Resumo

Este laudo tem por objetivo determinar as causas da ocorrência de


diferentes tipos de anomalias patológicas nos imóveis já identificados. Este
documento é elaborado de forma a esclarecer questões relativas aos aspectos
técnicos construtivos que promoveram o surgimento das patologias.

A metodologia aplicada para a elaboração do presente laudo


observou os preceitos normatizados pela Norma Brasileira para Perícias de
Engenharia na Construção Civil – NBR 13752/1996 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT.

Este relatório destina-se ao esclarecimento, através de fotos


dos locais onde se localizam as patologias, das suas definições e da real situação
dos imóveis vistoriados para que haja futura reparação dos danos por parte dos
responsáveis pela sua construção e/ou comercialização.

Objetivos

 Relatar tecnicamente patologias e falhas provocadas por vícios construtivos


observados durante as vistorias técnicas;
 Descrever as condições registradas durante a visita dos imóveis;
 Apontar possíveis causas que deram origem as patologias identificados;
 Recomendar as obras e reparos necessários, tomando por base as hipóteses e
premissas das causas registradas.

Visita técnica nos imóveis

A visita técnica foi realizada no dia 03 de julho de 2021, visando


inspecionar as paredes de vedação dos imóveis, tanto internas como externas,
telhado, teto, lajes e as fundações.
Após seleção prévia e conceituação teórica foram identificadas e
fotografadas as patologias conforme adiante se vê.

Vistorias

1 - Imóvel localizado na Rua Pau Brasil nº 210 A.

Trata-se de uma casa térrea, murada, conjugada à outra pelo seu


lado direito e, do seu lado esquerdo, terreno desocupado com matagal. Possui uma
vaga coberta para veículo na parte frontal, cozinha e sala em conceito aberto,
corredor, quarto 01, banheiro e quarto 02. Na parte externa, área de serviço, corredor
lateral no entorno do imóvel e pequeno quintal. Terreno possui............m² e ..........m²
de área construída.

Problemas/Patologias encontrados:
• Fissuras; trincas
• Infiltrações;
Foto 01 - Vista Frontal do imóvel nº 210 A – Fonte própria

Foto 02 - Vista lateral externa do imóvel nº 210-A – Fonte própria

Foto 03- Trinca –Parede Lateral externa


Imóvel nº 210-A – Fonte própria
Foto 04- Trinca –Muro Lateral externo
Imóvel nº 210-A – Fonte própria

Nas fotos 03 e 04, registra-se trinca no muro externo lateral do


imóvel, com possíveis causas: recalque, compactação do solo imperfeita, viga
baldrame subdimensionada dentre outros.

Foto 05 - Muro lateral externo- Imóvel nº 210 A – Fonte própria


Foto 06 – Muro Externo Lateral Foto 07 – Muro Externo Lateral
Imóvel nº 210 A -Fonte Própria Imóvel nº 210 A – Fonte Própria

Nas fotos 05,06 e 07 registra-se a patologia existente no muro


esquerdo, lateral que circunda o terreno ao lado da casa. Essa patologia pode ser
proveniente da má execução na construção (junção do muro), da própria viga
baldrame, do recalque entre outros. Nota-se que foi feito um reparo com cimento
para prevenir uma maior expansão da trinca e evitar infiltração da água da chuva.

Foto 08- fissura no Teto da sala – Fonte própria


Foto 09 – Fissura no Tela da sala – Fonte própria

Foto 10 – Fissura no Tela da sala – Fonte própria


Foto 11 – Fissura no Teto- quarto – Fonte própria

As fotos 08,09, 10 e 11 mostram fissuras no teto do imóvel, as


quais podem ser proveniente do recalque da laje, retirada de escoras e fôrmas de
forma errada e/ou antes da hora em fase de obra; Acomodação dos elementos
construtivos (movimentação ocasionada pelo assentamento da estrutura no solo),
retração do material (redução do tamanho devido à perda de água no tempo da cura);

Foto 12 – trinca na vertical no início do corredor – Fonte própria

A foto 12 demonstra quando os pilares estão recebendo um


excesso de carga, ou seja, carga a mais do que foi calculada ou podem ser
ocasionadas também por excesso de carga, mostra que a viga está querendo se
separar do pilar em que está apoiada.
Foto 13 – parede da cozinha- trinca vertical – Fonte própria

Na foto 13 fica demonstrada uma trinca vertical, cuja causa pode


ser a espessura da argamassa, a resistência insuficiente da argamassa dentre outros.
Foto 14 - Parede externa – trinca horizontal– Fonte própria

..

Foto 15 - Parede externa – trinca horizontal– Fonte própria

Foto 16 - Parede externa – trinca horizontal– Fonte própria


Nas fotos 14, 15 e 16 demonstra-se que houve um deslocamento
no sentido vertical, ocasionado provavelmente por afundamento do solo ( recalque)
nas fundações ou alguma carga atuando fora do pilar de sustentação.

Foto 17 - Parede externa –trinca em diagonal - Fonte própria

Foto 18 - Parede externa –trinca em diagonal - Fonte própria


Foto 19 – parede externa - trinca – Fonte Própria

Foto 20 – parede externa do imóvel- fissuras – Fonte Própria

Nas fotos 17, 18,19 e 20 são observadas trincas diagonais nas


paredes externas do imóvel, que é um nítido sintoma da ausência ou má execução
de vergas e contravergas.
Foto 21 – muro divisória imóveis 210 a e 210 B- rachadura vertical- Fonte própria

Na foto 21 observa-se uma rachadura no muro divisório entre os


imóveis de nª 210 A e 210 B a qual pode ter sido produzida pelo choque entre
variações de pressão na estrutura, por movimentos na base ou por assentamentos
naturais das edificações. Também pode ter surgido por absorção e retenção de
umidade ou por má qualidade dos materiais de união.

Foto 22 – Muro de arrimo – Fonte própria


Foto 23 Foto 24
Muro de Arrimo – Fonte própria

As fotos 22,23 e 24 mostram o muro de arrimo que faz divisa com


o imóvel localizado nos fundos do terreno. O mesmo apresenta infiltrações, fissuras
horizontais e rachadura vertical na junção com o muro divisório do imóvel vizinho.
Quanto a infiltrações, provavelmente não foi utilizada manta asfáltica ou qualquer
outro produto para coibir as mesmas. Quanto a rachadura vertical e fissuras, pode-se
levar em conta que houve assentamento do solo (recalque).

Foto 25 – parede externa – rachadura – Fonte própria


Na foto 25, ilustra-se fissura vertical, patologia esta que tem como
uma das causas a pouca espessura e resistência na argamassa externa ou entre os
blocos construtivos.

Foto 26 – Rachadura na parede externa e no muro divisório lateral ao vizinho


Fonte própria

Considerações

As perdas parciais de uniformidade nas paredes são denominadas


fissuras por possuírem espessuras inferiores a 0,5 mm. Surgem tanto nos tetos e nas
paredes.
São diversas as suas causas, dentre elas, argamassa com resistência
insuficiente ou bloco e argamassa com resistência insuficiente, recalques, falta de
compactação adequada do terreno como um todo.
Outro ponto a considerar e a classificação das fissuras, que pode ser
ativa ou passiva. Ativa é aquela fissura que aumenta de tamanho com o passar do
tempo.
Durante as vistorias foi constatado que uma pequena parte das
patologias passou por intervenções a fim de solucioná-las.
Quanto as infiltrações, uma das suas causas é a falta de
impermeabilização adequada, tanto nas lajes, paredes e pisos.

Conclusão

Por tudo que foi visto e analisado, conclui-se que as patologias


existentes no imóvel de número 210 A, da Rua Pau Brasil, bairro Pão de Açúcar,
Araxá, MG, são problemas recorrentes e que contribuem para a contínua
desvalorização do mesmo.
Conclui-se ainda, que as patologias são oriundas pela má execução
dos serviços construtivos e pela qualidade dos materiais utilizados. Durante
construção da edificação, não foi feita análise de resistência de solo do terreno e
também não foram elaborados os projetos complementares, tais como, projetos
estruturais, elétricos e hidráulicos. A ausência desses projetos culmina em uma
execução de obra baseada em conhecimento empírico, o que não garante o
desempenho desejado da edificação.
No horizonte da reparação, conclui-se que a responsabilidade do
surgimento das patologias, poderá ser direcionada ao agente construtor bem como
imputada responsabilidade ao agente financiador da obra.
Como paliativo, para o momento, poder-se-á tomar medidas
reparadoras, as quais implicarão em despesas e tempo, ocasionado transtornos aos
seu moradores.

Araxá, 30 de julho de 2021.

Eduardo Robson Martins José Marcelo Jorge


CREAMG 231.586 A CREAMG 231.596 A

Bibliografia:

Google Mapas
NBR 15575 - Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais
NBR 9575 - Fissuras

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