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LÍNGUA PORTUGUESA

Valores Semânticos das Conjunções


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VALORES SEMÂNTICOS DAS CONJUNÇÕES

• CONQUANTO: embora. Ideia de concessão/contradição.


• PORQUANTO: porque. Ideia de causa e explicação.
• CONTANTO QUE: Ideia de caso, condição. Deverá haver hipótese.
• PORTANTO: então, por isso, destarte. Ideia de conclusão.
• ENTRETANTO: mas, porém. Ideia de adversidade.
• ENQUANTO: quando. Marcação de tempo, em uma ideia de simultaneidade.
5m

ATENÇÃO
À medida que ≠ na medida em que.
(proporção) (causa)

DIRETO DO CONCURSO
49. (CESPE/MI/ASS. TÉC.) O sentido original do texto seria mantido com a substituição do
conector “posto que” por embora, em “a casa em que morava, assobradada como a
nossa, posto que menor, era propriedade dele”.

COMENTÁRIO
Ideia de concessão.

50. (CESPE/MMA/ANALISTA) O termo “mas” corresponde a qualquer um dos seguintes:


todavia, entretanto, no entanto, conquanto.
TEXTO: Por ironia, as notícias mais frequentes produzidas pelas pesquisas científicas
relatam não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante es-
calada das agressões impingidas aos oceanos pela ação humana.

COMENTÁRIO
Conquanto é uma concessão, as demais têm um valor adversativo.
ANOTAÇÕES

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51. (CESPE/TCU/ TÉCNICO) A ideia introduzida pela conjunção “porquanto” poderia ser ex-
pressa também por conquanto.
TEXTO: Podemos compreender melhor as ambiguidades e os limites do liberalismo
brasileiro, porquanto, desde os primórdios, ele teve de conviver com uma estrutura
político-administrativa patrimonialista e com uma dominação econômica escravista das
elites agrárias.

COMENTÁRIO
“Porquanto” é uma causa, “conquanto” é uma concessão.

52. (CESPE/TCU/TÉCNICO) Sem prejuízo do sentido do texto, o termo “destarte” poderia ser
substituído por contudo ou todavia.
TEXTO: Constata-se, destarte, que os textos legislados e escritos eram melhores depo-
sitários do direito e meios mais eficazes.
10m

COMENTÁRIO
Destarte: conclusão.
Contudo/todavia: adversidade.

53. (CESPE/TCU/ INTERMEDIÁRIO) Sem prejuízo à correção gramatical e ao sentido origi-


nal do texto, a expressão “na medida em que” poderia ser substituída por à medida que.

COMENTÁRIO
À medida que ≠ na medida em que
(proporção) (causa)
ANOTAÇÕES

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TEXTO: O interesse pela sustentabilidade fortalece-se na medida em que a sociedade


se dá conta dos limites do modelo de desenvolvimento. Entre todos os fatores técnicos da
mobilidade, um papel particularmente importante foi desempenhado pelo transporte da infor-
mação – o tipo de comunicação que não envolve o movimento de corpos físicos ou só o faz
secundária e marginalmente. Desenvolveram-se, de forma consistente, meios técnicos que
também permitiram à informação viajar independentemente dos seus portadores físicos – e
independentemente também dos objetos sobre os quais informava: meios que libertaram os
“significantes” do controle dos “significados”. A separação dos movimentos da informação em
relação aos movimentos dos seus portadores e objetos permitiu, por sua vez, a diferenciação
de suas velocidades; o movimento da informação ganhava velocidade num ritmo muito mais
rápido que a viagem dos corpos ou a mudança da situação sobre a qual se informava. Afinal,
o aparecimento da rede mundial de computadores pôs fim – no que diz respeito à informação
– à própria noção de “viagem” (e de “distância” a ser percorrida), o que tornou a informação
instantaneamente disponível em todo o planeta, tanto na teoria como na prática.
Zygmunt Bauman. Globalização: as consequências humanas. Trad. Marcus Penchel. Rio de
Janeiro: Zahar, 1999 (com adaptações) (MPE-CE/ CESPE/ 2020)

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto precedente, julgue os
itens a seguir.

54. A “rede mundial de computadores” a que o autor se refere nas linhas 16 e 17 do texto
corresponde à Internet.

55. As formas pronominais “os quais” (l. 9) e “a qual” (l. 16) referem-se, respectivamente, a
“portadores físicos” (l. 8) e “situação” (l. 15).

COMENTÁRIO
“Os quais” retoma “objetos.
“A qual”: situação
15m

56. A substituição do conectivo “Afinal” (l. 16) por Contudo manteria os sentidos originais do texto.
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COMENTÁRIO
Afinal: conclusão.
Contudo: adversidade.

A leitura feita pelo aluno talvez seja a modalidade que atualmente mais precise de investi-
mento na escola. É comum ouvirmos dizer que o computador, a televisão e o vídeo game são
os maiores concorrentes da leitura, e que estão ganhando a disputa. Há uma queixa recor-
rente dos professores de que os alunos leem pouco, não leem bem, não entendem o que
leem, ou seja, não são leitores fluentes. Mas o que é ler bem? O que significa fluência leitora?
Ler fluentemente não significa compreender o que se lê, pois é possível ler rapidamente
sem entender o assunto de que trata o texto. A leitura de um texto requer conhecimento de
seu propósito pelos alunos, já que fluência também tem a ver com a intenção da leitura: para
que ler, quais estratégias poderão ser utilizadas e o que se espera ao final. E é importante
expor aos alunos esses propósitos em cada atividade. Costumamos “tomar” um texto sempre
com uma intenção, e esta não necessariamente está vinculada ao gênero. Dessa forma,
nem sempre vou ler obras literárias apenas para apreciá-las. Também posso ler para fazer
um estudo sobre a época em que se passa um romance, ou para analisar o estilo empre-
gado pelo autor, ou ainda para traçar um perfil das personagens. Lemos notícias com intuitos
variados, além de nos informarmos. Podemos ler para conhecer mais sobre outro país, para
ampliar nosso conhecimento sobre um assunto específico, para estudar para uma prova etc.
Essa intenção irá determinar minha leitura e a compreensão que tenho do assunto abordado
por aquele texto.
Falamos, portanto, da fluência leitora para alunos que já conquistaram a base alfabética
do sistema de escrita, aqueles que já dominam a escrita e estabelecem relações entre gra-
femas e fonemas.
O leitor que ainda está preso à decifração dificilmente consegue entender o que aborda o
texto lido, pois não utiliza as estratégias mais adequadas para a compreensão. É necessário
um trabalho que o ajude a ir além da leitura palavra a palavra ou sílaba a sílaba, para buscar
outros meios de identificação que permitam tornar a leitura mais fluente, utilizando paralela-
mente os processos de decifração e compreensão.
Valquiria Pereira. O que significa fluência leitora?In: Revista Nova Escola. jul./2013 (com adaptações).
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(CESPE/PROFESSOR/2019) Com relação às propriedades linguísticas do texto ante-


rior, julgue os itens a seguir.

57. Na linha 5, o termo “uma queixa recorrente dos professores” é complemento da forma
verbal “Há”.

COMENTÁRIO
Há uma queixa: sujeito inexistente, VTD, OD.

58. Na linha 10, o termo “rapidamente” funciona como objeto do verbo “ler”.

COMENTÁRIO
Rapidamente: adjunto adverbial de modo.

59. Quanto à tipologia textual, o texto apresentado é predominantemente descritivo.

COMENTÁRIO
Quando o texto é muito longo, não é descritivo. É uma dissertação argumentativa.

60. A forma verbal “utiliza” (l. 33) concorda com “leitor” (l. 32). (PROFESSOR/ CESPE/ 2019)
Com relação às propriedades linguísticas do texto anterior, julgue os itens a seguir.

61. A substituição da locução “já que” (l. 12) pela conjunção pois manteria a coerência e a
correção gramatical do texto.

62. Na linha 38, os vocábulos “compreensão” e “decifração” apresentam-se em relação de


sinonímia.

COMENTÁRIO
“Decifração” e “Compreensão” são utilizadas em uma situação de antonímia.

63. O segmento “Costumamos (...) gênero” (l. 16 e 17) constitui um período composto no qual
a conjunção “e” marca uma relação de coordenação entre duas orações.
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COMENTÁRIO
O “e” no trecho é uma conjunção aditiva, portanto uma oração coordenada.

64. (FGV/COMPESA/2016) Assinale a opção que indica a frase em que a substituição do


conectivo sublinhado foi feita de forma inadequada.
a. “Nenhuma moralidade pode fundar-se na autoridade, mesmo que a autoridade fosse
divina”. – malgrado.
b. “Se os teus princípios morais te deixam triste, pode estar certo de que estão erra-
dos”. – quando.
c. “A honestidade é elogiada por todos, mas morre de frio”. – no entanto.
d. “Tudo acontece conforme manda a natureza”. – segundo.
e. “Tudo é artificial, uma vez que a natureza é a arte de Deus”. – visto que.

COMENTÁRIO
a) Mesmo que = malgrado = concessão.
b) Se: condição; quando: tempo.
25m
c) Mas: adversidade.
d) Conforme = segundo = conformidade.
e) Uma vez que = visto que = causa.

65. (FGV/DETRAN/RN/ASS. TÉC. ADMINISTRATIVO) “... e eu sou acaso um deles, con-


quanto a prova de ter a memória fraca...”; a oração grifada traz uma ideia de:
a. Causa.
b. Consequência.
c. Condição.
d. Conformidade.
e. Concessão.
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Texto 1 “A instituição policial brasileira, segundo documentação existente no Museu


Nacional do Rio de Janeiro, data de 1530, quando da chegada de Martim Afonso de Sousa
enviado ao Brasil – Colônia por D. João III. A pesquisa histórica revela que no dia 20 de
novembro de 1530, a polícia brasileira iniciava as suas ações, promovendo justiça e organi-
zando os serviços de ordem pública, como melhor entendesse nas terras conquistadas do
Brasil. A partir de então a instituição policial brasileira passou por seguidas reformulações
nos anos de 1534, 1538, 1557, 1565, 1566, 1603, e, assim, sucessivamente. Somente em
1808, com a chegada do príncipe Dom João ao Brasil, a polícia começou a ser estruturada,
comandada por um delegado e composta por escrivães e agentes.”

66. (FGV/PCRN/2021) Os termos sublinhados no texto 1 são conectores, ou seja, ligam par-
tes do texto; a opção abaixo em que o valor semântico de um desses termos NÃO está
corretamente indicado é:
a. segundo = conformidade.
b. quando = tempo.
c. como = conformidade.
d. assim = modo.
e. com = companhia.

COMENTÁRIO
Com: causa.

67. (FGV/IMBEL/2021) Um jornalista americano afirmou: “Os ricos são diferentes de você e
de mim. Eles têm mais crédito.” Se reescrevêssemos este pensamento, substituindo o
ponto entre os períodos por uma conjunção, a opção inadequada seria
a. já que.
b. porque.
c. dado que.
d. visto que.
e. entretanto.
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COMENTÁRIO
já que: causa.
porque: causa.
dado que: causa.
visto que: causa.
entretanto: adversidade.

GABARITO
49. C
50. E
51. E
52. E
53. E
54. C
55. E
56. E
57. C
58. E
59. E
60. C
61. C
62. E
63. C
64. b
65. E
66. E
67. e

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Lucas Lemos.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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