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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO – UNIFSA

DIRETORIA DE ENSINO
DIREITO EMPRESARIAL III
TURMA: 09T6A

RELÁTORIO SOBRE CRIMES FALIMENTARES E DEMAIS TEMAS


APRESENTADOS

COMPONENTES - GRUPO 2:

ANNA PAULA HONORATO DOS SANTOS


BRENDA MYKAELLE SANTOS SILVA
ERIKA DE SOUSA TEIXEIRA
ÍCARO MENDES NUNES
JOÃO VICTOR LOPES
LUCIANO GEOVANE COSTA SALMENTO
LUIZA VITÓRIA MELO MACHADO
MARIA HELENA DE SOUSA MOTA
RUHAN HENRIQUE FEITOSA DA COSTA

TERESINA- PI

2022
O crime falimentar pode ser definido como o ato (ou atos) praticado de forma
fraudulenta por um devedor, ou por outrem que possua interesse, visando o causar prejuízo
aos credores da empresa que se encontra falida Estão elencados na Lei 11.101/2005, em seu
capítulo VII, a qual dispões que os seguintes atos possuem a natureza falimentar: Fraude a
credores; Violação de sigilo profissional; Divulgação de informações falsas; Indução ao erro;
Favorecimento indevido de credores; Desvio, ocultação ou apropriação de bens; Aquisição,
recebimento ou uso ilegal de bens; Exercício ilegal de atividade; Violação de impedimento.
Todos eles serão detalhadamente explicados no presente relatório.

FRAUDE A CREDORES
Esse crime prevê que:
“Art. 168. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a
falência, conceder a recuperação judicial ou homologar a recuperação
extrajudicial, ato fraudulento de que resulte ou possa resultar prejuízo aos
credores, com o fim de obter ou assegurar vantagem indevida para si ou para
outrem.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Aumento da pena
§ 1º A pena aumenta-se de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço), se o
agente:
I – elabora escrituração contábil ou balanço com dados inexatos;
II – omite, na escrituração contábil ou no balanço, lançamento que
deles deveria constar, ou altera escrituração ou balanço verdadeiros;
III – destrói, apaga ou corrompe dados contábeis ou negociais
armazenados em computador ou sistema informatizado;
IV – simula a composição do capital social;
V – destrói, oculta ou inutiliza, total ou parcialmente, os documentos
de escrituração contábil obrigatórios.
Contabilidade paralela Contabilidade paralela e distribuição de
lucros ou dividendos a sócios e acionistas até a aprovação do plano de
recuperação judicial (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
§ 2º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até metade se o devedor
manteve ou movimentou recursos ou valores paralelamente à contabilidade
exigida pela legislação, inclusive na hipótese de violação do disposto no art.
6º-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
Concurso de pessoas
§ 3º Nas mesmas penas incidem os contadores, técnicos contábeis,
auditores e outros profissionais que, de qualquer modo, concorrerem para as
condutas criminosas descritas neste artigo, na medida de sua culpabilidade.
Redução ou substituição da pena
§ 4º Tratando-se de falência de microempresa ou de empresa de
pequeno porte, e não se constatando prática habitual de condutas
fraudulentas por parte do falido, poderá o juiz reduzir a pena de reclusão de
1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) ou substituí-la pelas penas restritivas de
direitos, pelas de perda de bens e valores ou pelas de prestação de serviços à
comunidade ou a entidades públicas.”

Trata-se de um crime próprio o sujeito ativo do delito é a pessoa física que na


atividade empresarial ou na administração da empresa tendo credores, ou seja, tendo
contraído a obrigação de dar fazer ou deixar de fazer em favor de terceiros, mas permite
coautoria.
A conduta sempre será dolosa não permitindo a modalidade culposa. Se for cometido
por pessoa jurídica cada um responderá a medida de sua culpabilidade as questões de aumento
de pena são destacadas pelo legislador em seus incisos.
A questão da contabilidade paralela trata-se da inclinação do Caixa 2 e em relação à
redução de pena apenas será dado pelo juízo quando for constatado falência de microempresa
ou de empresa de pequeno porte e não se constatando prática habitual de condutas fraudentas
por parte do falido.

CRIME DE VIOLAÇÃO DE SIGILO EMPRESARIAL


“Art. 169. Violar, explorar ou divulgar, sem justa causa, sigilo
empresarial ou dados confidenciais sobre operações ou serviços,
contribuindo para a condução do devedor a estado de inviabilidade
econômica ou financeira:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”

O crime consiste na violação, exploração ou divulgação de sigilo profissional ou


dados confidenciais. Trata-se de devassa, revelação indevida, propagação, tornar público e
tirar proveito do sigilo empresarial e dados confidenciais que a lei visa proteger. O sujeito
ativo poderá ser qualquer pessoa que tome conhecimento dos mencionados dados.
O sujeito passivo será tanto o devedor quanto o credor, afinal, ambos sofrerão prejuízo
com a indevida divulgação. O artigo exige que a violação, divulgação ou exploração ocorram
sem justa causa (elemento normativo do tipo), até porque o sigilo das operações ou serviços
não é absoluto, haja vista existir previsões legais para sua quebra (vide art. 195 do Código
Tributário Nacional e art. 33 da Lei n. 8.212/1991).
Trata-se de crime doloso, cujo dolo é a vontade livre e consciente de violar, divulgar
ou explorar, sem justa causa, mencionados dados. A consumação do crime depende da
contribuição para a condução do devedor ao estado de inviabilidade econômica ou financeira,
prevista na parte final do artigo.

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES FALSAS – ARTIGO 170


Trata-se de crime de divulgação de informações falsas:
“Art. 170. Divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa
sobre devedor em recuperação judicial, com o fim de levá-lo à falência ou de
obter vantagem. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”

Busca resguardar o devedor para que tenha viabilidade nos negócios, além da
estabilidade no mercado, que é constantemente abalada nos casos de falência ou recuperação
judicial.
É um crime formal que exige do agente o elemento subjetivo dolo específico, ou seja,
o indivíduo que divulgar ou propalar informação falsa sobre devedor em recuperação judicial,
deve ter objetivo de levá-lo à falência ou de obter vantagem alguma vantagem, que pode ser
econômica ou moral. No entanto, se o agente não tiver as intenções especificadas está
descaracterizado o crime de divulgação de informação falsa. Mesmo que a divulgação da
informação falsa não leve o devedor a falência ou o sujeito ativo não obtenha vantagem o
crime estará consumado, ou seja, a obtenção do resultado é mero exaurimento.
O sujeito passivo desse tipo penal é em primeiro plano o devedor, depois toda a
coletividade, considerando o impacto econômico que resulta da inviabilidade do negócio. Já o
sujeito ativo, por se tratar de um crime comum, pode ser qualquer pessoa. Como por exemplo:
concorrentes, terceiros prestadores de serviço a esse devedor, funcionários etc.

INDUÇÃO A ERRO
“Art. 171. Sonegar ou omitir informações ou prestar informações
falsas no processo de falência, de recuperação judicial ou de recuperação
extrajudicial, com o fim de induzir a erro o juiz, o Ministério Público, os
credores, a assembleia-geral de credores, o Comitê ou o administrador
judicial:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”

O crime é formal, que consiste em sonegar, deixar de prestar, esconder, omitir, não
revelar informações verdadeiras, ou apresentar, prestar ou conceder informações falsas no
curso do processo de falência ou recuperação judicial, para induzir terceiros a erro. A lei visa
proteger a transparência do processo falimentar, bem como a administração da justiça e o
patrimônio dos credores.
O sujeito ativo poderá ser qualquer pessoa que intervenha no processo de falência ou
recuperação judicial, além do devedor. O sujeito passivo poderá ser o Estado representando a
administração da Justiça, ou os credores, caso haja prejuízo ao seu patrimônio.
Trata-se de crime doloso, cujo dolo específico consiste na vontade livre e consciente
de sonegar ou omitir informações com a finalidade de induzir terceiros a erro. O terceiro deve
ser uma das pessoas listadas no próprio artigo legal. A consumação do crime depende da
efetiva sonegação ou omissão das informações verdadeiras ou na prestação das falsas, sem
necessidade da realização do resultado danoso.

FAVORECIMENTO DE CREDORES
O sujeito ativo do delito é qualquer pessoa que pratica ato de disposição ou oneração
patrimonial ou gerador de obrigações, sendo, assim, crime comum. A característica do crime é
que o delito é formal. Sendo praticado o ato de disposição ou oneração patrimonial ou gerador
de obrigação no intuito de beneficiar um ou alguns dos credores, está caracterizada a infração.
A consumação se dá com a prática do ato de disposição, oneração patrimonial ou gerador de
obrigação por se tratar de crime comissivo.

“Art. 172. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a


falência, conceder a recuperação judicial ou homologar plano de recuperação
extrajudicial, ato de disposição ou oneração patrimonial ou gerador de
obrigação, destinado a favorecer um ou mais credores em prejuízo dos
demais:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa ”.
DESVIO, OCULTAÇÃO OU APROPRIAÇÃO DE BENS

O sujeito ativo é aquele que se apropria, desvia ou oculta bens do devedor que se
encontra em recuperação judicial ou pertencente à massa falida. os credores e o administrador
judicial.
O tipo objetivo descreve três condutas possíveis: apropriar-se, ocultar ou desviar bens.
Apropriar-se significa tomar posse de bem do devedor em recuperação judicial ou da massa
falida, utilizando-o como se proprietário fosse, sem intenção de restituí-lo. Ocultar consiste
em esconder os bens. Desviar tem o sentido de “dar emprego diverso do que foi determinado
ao agente.
Já no tipo subjetivo é admitido dolo direto, onde há a intenção do agente de apropriar-
se, ocultar ou desviar bens, como também admite-se o dolo eventual ligado com a “aceitação
da probabilidade ou possibilidade da apropriação, ocultação ou do desvio”.
A consumação se dá a partir da apropriação, com o desvio ou com a ocultação. Com
base no art 173 da lei.

“Art. 173. Apropriar-se, desviar ou ocultar bens pertencentes


ao devedor sob recuperação judicial ou à massa falida, inclusive por
meio da aquisição por interposta pessoa:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”

AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO OU USO ILEGAL DE BENS


O dispositivo previsto no art. 174 visa punir aquele que, ilicitamente, adquire, recebe
ou use bem que pertencer à massa falida ou influa para que terceiro, de boa-fé, o faça. Trata-
se de crime comum que, em vista da conexão e da prevalência da jurisdição especial sobre a
comum, será processado no Juízo da falência, segundo o rito especial dos crimes falimentares.
Segundo o art. 174 da lei.
“Art. 174. Adquirir, receber, usar, ilicitamente, bem que sabe
pertencer à massa falida ou influir para que terceiro, de boa-fé, o adquira,
receba ou use:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”
HABILITAÇÃO ILEGAL DE CRÉDITO

O crime descrito amplia a figura do art. 189, II, da Lei Falimentar Revogada. O núcleo
“reclamações falsas” consiste em qualquer ato praticado, visando à inclusão no concurso de
credores – concorrentes ou reivindicantes – ou ainda a manutenção na posse de bem à massa
falida. A expressão “relação de crédito” reporta-se tanto à obrigação do devedor prevista
nos arts. 99, III e 105, III, como à do administrador judicial estabelecida pelo art. 7º, §2º.
“Art. 175. Apresentar, em falência, recuperação judicial ou
recuperação extrajudicial, relação de créditos, habilitação de créditos
ou reclamação falsas, ou juntar a elas título falso ou simulado:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”

EXERCÍCIO ILEGAL DE ATIVIDADE


Segundo o artigo 176 que expõe que a falência impede o sujeito de agir como
empresário, mesmo assim ele vai lá e insiste em agir como tal configura crime, a lei procura
evitar que continue em atividade no mercado o mal profissional que é inabilitado ou
incapacitado por decisão judicial, colocando em risco os negócios.

VIOLAÇÃO DE IMPEDIMENTO
A lei nº 11.101/2005 afirma em seu art. 177, a violação de impedimento é crime
falimentar, ou seja, aquele que de algum modo participou do processo de decretação de
falência ou de recuperação judicial obter algum bem do falido, como por exemplo
administrador judicial, o perito, o avaliador, o gestor judicial, devedor em processo de
recuperação judicial ou entrar na venda e compra de ativos visando lucro pode ser condenado
a reclusão, de 2 a 4 anos e multa.
“Art. 177. Adquirir o juiz, o representante do Ministério Público, o
administrador judicial, o gestor judicial, o perito, o avaliador, o escrivão, o
oficial de justiça ou o leiloeiro, por si ou por interposta pessoa, bens de
massa falida ou de devedor em recuperação judicial, ou, em relação a estes,
entrar em alguma especulação de lucro, quando tenham atuado nos
respectivos processos:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”
OMISSÃO DOS DOCUMENTOS CONTÁBEIS OBRIGATÓRIOS
O presente artigo trata sobre um tipo penal de menor potencial ofensivo, pois prevê
uma pena de até dois anos. Existe, no entanto, referência a uma exceção, visto que, conforme
versa a lei, se o fato constituir crime mais grave, a pena poderá ser aumentada. Exemplo disso
é quando a ação do empresário deixa de constituir o tipo penal disposto nesse artigo e passa a
ser considerado como crime de Estelionato, previsto no art.171 do Código Penal, com pena de
um a cinco anos. Outro exemplo factível dessa exceção se dá quando o não pagamento de
imposto por parte do empresário, devido a voluptuosa quantia ou má fé deliberada em não
realizar o recolhimento devido se caracteriza como crime de sonegação fiscal, disposto na Lei
4.729/65.
Outro ponto que vale a pena ser citado são as condutas referidas neste artigo, sendo
elas “Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar”. Trata-se, portanto, de crime de omissão, ou
de deixar de fazer algo que se faz necessário para o processamento de ordem judicial relativo
à decretação de falência, concessão de recuperação judicial ou homologação de plano de
recuperação extrajudicial.
Por fim, os documentos contábeis obrigatórios, que são o objeto que o presente artigo
tenta preservar, definem-se como aqueles documentos ou livros indispensáveis para o controle
contábil, trabalhista e fiscal de uma empresa, como por exemplo, as notas fiscais de entrada e
saída, o livro de caixa, a documentação trabalhista dos empregados, os extratos de
movimentações bancárias relativas às contas da empresa, comprovantes de recolhimento de
tributos, entre outros.
REFERÊNCIAS

LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005. Disponível em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm. Acessado em: 05 de
Dezembro de 2022.

BARBOSA, Paulo H. Crimes falimentares: procedimento e tipos penais. DireitoNet, 2007. Disponível
em: Crimes falimentares: procedimento e tipos penais (Empresarial) - Artigo jurídico – DireitoNet.
Acessado em: 05 de Dezembro de 2022.

JUNIOR, Nilvan de Jesus V. Dos Crimes Falimentares. Jus.com.br, 2017. Disponível em: Dos crimes
falimentares - Jus.com.br | Jus Navigandi. Acessado em : 05 de Dezembro de 2022.
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DIRETORIA DE ENSINO

CURSO: DIREITO

DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL III

TURMA: 09T6A

RELATÓRIO SOBRE: EFEITOS DA FALÊNCIA (Grupo 1)


Apresentado por:

AMANDA SALVIANO;
ANA LETICIA;
ANDRÉ LEVI;
DANUTA LARISSA;
JORGE FRANCO;
MATEUS BALBINO;
RAYNA RAPHAELE;
RENAN FEITOSA.
TERESINA – PI

2022

INTRODUÇÃO
Inicialmente o grupo trouxe em sua exposição, sobre os deveres que o falido atrai a si
com a decretação da falência, apresentaram o rol do art. 104 da lei de falências.
Posteriormente foi mencionado sobre a segunda fase após a decretação, a qual se
refere ao que vai acontecer com os bens do falido, citando que estes passam a fase de
liquidação, composição da massa falida, arrecadação, venda e justificaram quais bens não
ficam inclusos nesse processo.
Na sequência falaram sobre os credores do falido, justificando como passa a ser a
formação da massa de credores, suspensão das ações, passando até a suspensão do direito de
retenção.
DESENVOLVIMENTO
No decorrer da apresentação chegam aos atos do falido, passando por explicar os atos
objetivos referidos no art. 129 da lei de falências num rol taxativo, assim chegaram aos atos
subjetivos no seu art. 130 e finalizando na ação revocatória.
Por fim trataram dos contratos do falido, que tem sua substância materialmente
alterada com a falência pois o falido perde o poder de administração dos seus bens. Nos
contratos bilaterais esses não se resolvem com a falência e podem sofrer manutenção ou
preservação dos ativos.
Nos contratos unilaterais, previsão legal no art. 118 da lei 11.101 de 2005, mediante
autorização do comitê o administrador pode passar a reduzir ou evitar aumento das dívidas
com a manutenção do ativo disponível, dentro de suas competências e obrigações.
CONCLUSÃO
Desta forma o grupo apresentou uma primeira fase no processo pós falência,
abordando de forma eficaz os deveres e obrigações adquiridos com a falência sem deixar de
mencionar sobre a manutenção dos ativos com base nos contratos.
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DIRETORIA DE ENSINO

CURSO: DIREITO

DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL III

TURMA: 09T6A

RELATÓRIO SOBRE: RECUPERAÇÃO JUDICIAL (Grupo 3)


Apresentado por:
ADRIANA DA SILVA GONÇALVES;
ALANA BEATRIZ;
ARMANDA VAZ;
KAYO CÉSAR;
LUIZ FELIPE DE
MACÊDO;
MARAN SAMPAIO;
MARIA E. PACHECO;
MARIA E. TUMAZ;
VANESSA SILVA
RABÊLO.
TERESINA – PI

2022

INTRODUÇÃO
Este presente relatório, faz menção ao conteúdo abordado através do grupo de
número três, apresentado pelos alunos. Responsáveis pelo presente conteúdo, por meio de
slide e apresentação oral na sala de aula aos colegas de turma, juntamente com a professora
responsável Andréia Nádia. Abordando por completo as condições e o processo para a
recuperação judicial. Apresentação levantou pontos importantes como: O que é a recuperação
judicial? E explicando posteriormente como pode pedir a recuperação judicial e tratando
também da fase judicial elencando a condição extrajudicial, o presente grupo cita a lei
14.112/2020, ressaltando que a mesma traz diversas novidades ao processo de recuperação
judicial.

DESENVOLVIMENTO
Na apresentação foi levantado destaque em alguns questionamentos; Como o que é
recuperação judicial? Quem pode pedir recuperação judicial? A diferença entre recuperação
judicial ou extrajudicial. As fases do processo de recuperação e os credores.
Primeiramente, a recuperação judicial é um processo por meio do qual uma empresa
devedora informa as dificuldades financeiras ou crise econômico-financeira e estabelece um
plano para superar essa adversidade. Buscando a recuperação evitando assim, a falência. No
processo disso tudo a empresa fica submetida a regras especiais, e quando ocorre a
recuperação extrajudicial que é uma outra modalidade que será explicada mais na frente, se dá
no âmbito judicial.
Segundo ponto a ser levantado, quem pode pedir recuperação judicial? Foi explicado
que as pessoas físicas, que são possuidoras de registro no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas, conseguem entrar com o pedido de recuperação judicial. Vale ressaltar que precisa
ter o registro de no mínimo dois anos de atividade. Na recuperação não precisa
necessariamente ser solicitada pelo devedor. É provável que o cônjuge sobrevivente, herdeiros
do devedor, inventariantes ou sócios remanescentes acionem o instrumento. No caso de
pessoas físicas, há apenas uma circunstância em que a recuperação judicial é aplicável:
quando a pessoa atua como produtor rural. Essa determinação é recente, tendo sido incluída
pela Lei 14.112/20.
O outro destacou a diferença entre a recuperação judicial e extrajudicial. Na judicial
que é uma recuperação auxiliada pelo Poder Judiciário, que procura possibilitar a superação
da crise econômica do devedor ao consentir a manutenção da fonte produtora, bem como o
estímulo à atividade econômica.na extrajudicial trata sobre a renegociação das dívidas
empresariais fora do judicial, podendo o empresário negociar de modo direto com os credores
e fazer um acordo que poderá ou não ser aceito pelo juiz.
Na fase do processo, começa no pedido de recuperação que precisa constar anexado
os presentes documentos como; alvarás, vistorias, certidões dos imóveis e patrimônios,
ademais, na petição também precisará conter a listagem das partes que serão potencialmente
afetadas com tal conduta, estes sendo, colaboradores e credores da empresa. Tendo um tempo
para fazer o pedido, que ao passar a primeira fase, decorre a suspensão das cobranças , que
caso o pedido seja aceito todas as cobranças, execuções e prescrições deverão ser suspensas
no prazo de 180 dias.
Logo após o deferimento do pedido será definido o administrador judicial, que será
um profissional especializado. Caso o juiz defira o pedido, o empresário tem 60 dias para a
elaboração da formalização de um plano que seja abordado a reorganização e estruturação
financeira e o pagamento dos credores. Em seguida, é o início a fase de aprovação do plano de
recuperação em que é apresentada possíveis objeções por parte dos credores no prazo de 30
dias. Então após a aprovação do processo, será acompanhado a execução e a apresentação dos
devidos relatórios mensais ao juiz, onde o mesmo será o responsável pela nomeação do
administrador judicial.
As obrigações que forem constituídas após o ajuizamento do pedido de recuperação
judicial, não poderão ser incluídas no plano de pagamento a ser apresentado aos credores. Os
credores da recuperação judicial que está presente no art. 26 da lei 11.101/05, são; classe de
credores trabalhistas: aqueles que têm vínculo, classe de credores com direitos reais de
garantia ou privilégios especiais; classe de credores quirografários e com privilégios gerais;
classe de credores representantes de microempresas e empresas de pequeno porte.
Essa divisão de classes é ressalvada principalmente na hora do pagamento, que será
seguida uma ordem cronológica para o recebimento de acordo com a seguinte ordem;
Créditos trabalhistas até 150 salários-mínimos ou de acidentes de trabalho; Créditos
garantidos por direitos reais; Créditos tributários, exceto os créditos extraconcursais e as
multas tributárias; Créditos quirografários; demais créditos. 
Sobre a lei 14.112/20 que expõe alteração a respeito da recuperação judicial,
extrajudicial e falência. A nova lei pressupõe que os processos disciplinados pela lei
11.101/2005, terá preferência em sua tramitação, exceto o habeas corpus e outras prioridades
já estabelecidas em leis especiais. Outro ponto relevante é a constatação prévia, a
consolidação processual e substância e o plano de recuperação judicial proposto por credores
entre outras alterações.
Desse modo, as alterações foram importantes, modernizando a Lei 11.101/2005,
permitindo uma maior efetividade na reestruturação das empresas que estejam passando por
dificuldades financeiras, trazendo novas alternativas para a solução das crises (econômica,
financeira e patrimonial), além de incentivar o desenvolvimento econômico através de novas
modalidades de concessão de crédito.

CONCLUSÃO
Esse presente relatório, acerca da recuperação judicial mostra que a uma forma um
padrão pré-determinado. Apesar da singularidade e particularidade de cada caso concreto
devido seus trâmites legais, não tem o que ter diferença dentre tantos. Sendo totalmente
aparente as mudanças apresentadas na lei 14.112/2020, que relatou uma série de modificações
sobre a recuperação judicial e um dos principais pontos favoráveis é a segurança jurídica para
as empresas que fazem uso e necessitam desse instrumento. Entende-se a evolução quanto à
reorganização da atividade empresarial, especialmente pela revogação da concordata e a
criação da recuperação judicial de empresas, haja vista que esta é muito mais ampla em suas
possibilidades de reerguimento da empresa.
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DIRETORIA DE ENSINO

CURSO: DIREITO

DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL III

TURMA: 09T6A

RELATÓRIO SOBRE: RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL (Grupo 4 )


Apresentado por:

ALLRILANY;
FRANCY CARVALHO;
JOÃO HILTON;
LUCAS AMORIM;
MARIA CLARA FRAZÃO;
PEDRO HENRIQUE.
TERESINA – PI

2022

INTRODUÇÃO

O grupo inicia a apresentação expondo o conceito de recuperação extrajudicial, que no


caso seria uma espécie de acordo firmado entre o devedor e seus credores, com intuito de
viabilizar a quitação das dívidas existentes entre as partes, apresentando logo em seguida seus
objetivos (facilitar de forma célere, menos burocrática e menos onerosa a viabilidade da
recuperação financeira e econômica de uma empresa); quem tem direito a recuperação bem
como qual seria o momento certo para que se solicite a recuperação.
DESENVOLVIMENTO

Logo em seguida, apresenta os três sujeitos da recuperação em questão: os devedores


(disposto no Art. 2º, da Lei 11.101/2005), os credores abrangidos (Credores com garantia real,
credores com privilégio especial, com privilégio geral, os credores quirografários e os
credores subordinados) e os credores que não foram abrangidos (Credores fiscais, os créditos
trabalhistas e de acidente de trabalho, os credores que não tenham qualquer interesse na
negociação, por já possuírem uma grande segurança nos seus créditos, em razão do direito de
propriedade).
A apresentação segue expondo os dois tipos de recuperação extrajudicial, a primeira
delas com homologação facultativa, em que ambas as partes entram em comum acordo com
as novas condições de pagamento, e a outra seria a homologação obrigatória, em que será
obrigatório por passar por algumas etapas burocráticas. Por conseguinte, é exposto quais os
requisitos subjetivos e objetivos exigidos para que ela ocorra.
É apresentado também quais documentos serão necessários para que o processo seja
realizado, como plano de recuperação judicial, e a justificativa para que ela ocorra, a
exposição da situação patrimonial do devedor, a relação completa dos credores etc. Em
seguida, é explicado como deverá ocorrer o procedimento, por meio de uma petição, com os
documentos acima citados bem como documentos que comprovem os poderes de subscritos e
da relação nominal de credores com endereço completo, sua classificação e o valor atualizado
do crédito, e após, o juiz determinará a publicação de edital no Diário Oficial e em jornal de
grande circulação nacional ou das localidades da sede e das filiais do devedor, onde serão
convidados e os credores do devedor para apresentação de impugnação ao plano.
CONCLUSÃO
A apresentação é encerrada com os efeitos da homologação, que não acarretará
suspensão de direitos, ações ou execuções, nem a impossibilidade de pedido de decretação de
falência pelos credores não sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial.

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DIRETORIA DE ENSINO

CURSO: DIREITO

DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL III

TURMA: 09T6A

RELATÓRIO SOBRE: ESTUDO DE CASO CONCRETO: FALÊNCIA E


RECUPERAÇÃO JUDICIAL (Grupo 5)
Apresentado por:

GIOVANNA DE SOUSA BEZERRA;


KAYAN REIS SOARES DE SANTANA;
SUZANA CAMPOS DO NASCIMENTO;
YORRANA TAVARES DE ANDRADE;
LUCAS VINICIUS ACIOLE DA SILVA NEVES;
SAVYLLA FONSECA VALES;
VITORIA LILIAN REIS DOS ANJOS.

TERESINA – PI

2022

INTRODUÇÃO

No presente texto realiza-se uma análise sobre o conteúdo e a apresentação do quinto


grupo de seminários referentes a terceira nota da matéria ministrada pela professora Andréia
Nádia. O grupo supracitado abordou com apresentação oral e exposição de slide sobre
falência e recuperação judicial de forma específica com estudo de caso concreto,
particularizando através de uma ação de falência e outra de recuperação judicial os principais
pontos a serem observados em tais processos jurídicos. Como por exemplo: o que as empresas
pretendiam ao dar início aos litígios, o valor das causas, a situação que se encontravam se
foram aprovados ou não. Tudo com base no que já estudamos sobre os respectivos conteúdos
em sala de aula pela matéria de Direito Empresarial III.

DESENVOLVIMENTO
O grupo principia a apresentação evidenciando os componentes e logo após inicia o
aprofundamento do primeiro caso concreto, com o processo número 2017.01.1.037-0
apresentado para explicações sobre falência, através do slide podermos analisar um caso que
ocorreu há 5 anos. e seus importantes dados processuais, como onde foi iniciado, no caso em
Brasília, em que vara: 701- vara de falências do Distrito Federal, o valor da causa: eu foi
estabelecida em 945.649,89, sua matéria e assunto: autofalência e os principais como, o
requerente, sendo ele a MASSA FALIDA DE MEGA FRIOS PRESTADORA DE
SERVIÇOS LTDA e o administrador judicial: Carolina Ferreira Camargo, OAB/DF 51060.
Posterior a isso, é apresentado que o juiz titular da vara de falências, recuperações
judiciais, insolvência civil e litígios empresariais do Distrito Federal a qual foi peticionado o
processo decretou falência da empresa prestadora de serviços, a juíza determinou a suspensão
de todas as ações e execuções contra a empresa Massa Frios Prestadora de serviços até o
encerramento do processo falimentar, salvo nas exceções previstas pela lei de falência e
recuperações de empresa. (lei nº 11.101/2005).
O grupo expos que a falência foi pedida pela própria empresa, fundamentando a
possibilidade pelo art. 105 da LFRE, posteriormente explica-se que a juíza também
determinou o alistamento dos bens componentes do estabelecimento empresarial, inclusive
eventual numerário em caixa; o bloqueio da circulação de veículos automotores em nome da
requerida. Em seguida o grupo apresenta trechos da sentença, onde a juíza analisa as
declarações feitas na petição inicial e que a mesma é ré em diversas ações judiciais movidas
por credores e que se viu obrigada a entregar o imóvel onde estava sediada ao proprietário por
falta de pagamento dos aluguéis, entendo a necessidade da decretação de falência com base no
art. 105 da lei nº 11.101/2005
“[...] Assim, diante da
prova dos autos, entendo presentes requisitos legais, razão pela qual a
decretação da falência se torna imperativa. Ante o exposto, julgo procedente
o pedido e, com fundamento artigo 105 da Lei de Falências e Recuperações
de Empresas (LFRE), decreto, nesta data, a falência de Mega Frios
Prestadora de Serviços Ltda ME, inscrita no CNPJ sob o n.º
23.505.649/0001-60 São sócios da empresa requerida, o Sr. Wellington
Gomes Pereira, inscrito no CPF sob o n.º 786.488.231-53 e o Sr. André
Azevedo Sousa, inscrito no CPF sob o n.º 793.444.451-68. [...]”

O grupo também expõe com trechos da sentença que a magistrada em seu poder
declara que o prazo legal para os credores apresentarem ao Administrador Judicial as
declarações e documentos justificativos de seus créditos é de 15 (quinze) dias, contados do
edital de publicação desta sentença, estando os credores advertidos de que as declarações
intempestivas só poderão ser feitas mediante recolhimento de custas e através de advogado
com procuração regular explicitando o art. 99, inc. IV, da LFRE.
Ao terminar as devidas observações sobre o caso concreto de autofalência, o referente
grupo inicia com uma notícia sobre a operadora Oi e seu pedido de recuperação judicial para
exemplificar o tema. O caso foi introduzido com seus principais dados processuais, igual ao
caso anteriormente explicado, dando ênfase ao valor da causa que é de 65,4 bilhões de reais, o
maior da história até os dias atuais, sendo peticionado na cidade do Rio de Janeiro, querendo
evitar uma possível falência da telefonia OI.
O grupo explicou que a operadora, ao entrar com o pedido em 2016 apresentou a
motivação e o que levou a mesma a essa situação: “queda dos números de usuários de
telefonia fixa” junto a privatização da Telemar, aos projetos do governo lula e junção da
Telemar a Telecom, depois de apresentado as motivações da empresa, o magistrado aprovou a
recuperação judicial um ano após o pedido, e apresentou a venda dos ativos que se iniciou em
novembro de 2020, e que a operadora entrou com a petição para, além de evitar uma possível
falência, evitar que os clientes passassem por mais transtornos.
E é dessa forma que o grupo finaliza a apresentação, apresentando e se aprofundando
no que a empresa supracitada pretendia com a recuperação inicial, sendo elas, como já
citadas, a expansão da cobertura do serviço, aumento da base de clientes e acionistas,
preservação de oferta de serviços já estabelecidos, e continuidade do negócio, livrando-se da
falência.

CONCLUSÃO
Conclui-se com as observações elencadas acerca da recuperação judicial e falência
baseando-se nos casos concreto apresentados, que ao pontuar as singularidade e
particularidade de cada caso concreto devido seus trâmites legais, é possível analisar melhor
como funciona os prazos e etapas desde a petição inicial até a sentença decretando a falência
ou permitindo a empresa a entrar com a recuperação judicial. Concluindo-se que é importante
analisar se o pedido da empresa condiz com sua estabilidade e possiblidade de se reerguer
para voltar ao mercado, no primeiro caso é decretado a falência por causa da sua
impossibilidade de volta ao mercado com base na sentença declaratória, no segundo caso é
concedida a recuperação judicial com base na função social da empresa.
O ponto negativo do grupo foi a falta de textos retirados da doutrina pelas falas dos
estudantes e em seus slides e o ponto positivo da apresentação foi a forma tempo e disposição
do grupo ao se dirigir ao alunado, os mesmo souberam apresentar e explicar os casos
concretos de modo particular e como cada um se deu de forma didática o que fez com que os
estudantes presentes na apresentação soubessem o que estava sendo falado e relembra-se
assuntos já visto anteriormente em aulas direcionadas a primeira e segunda avaliação.

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