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613/98; CIRCULAR
BACEN 3461/09; 3654/13;
INSTRUÇÃO CVM Nº 301/99
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Sumário
Referência - Prova .................................................................................................................................2
2.1 Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores .............3
2.2 Políticas e procedimentos de prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro –
Organismos nacionais e de cooperação internacional. A Convenção de Viena e o Decreto 154/91
(Lei 9613, cap. IX e Circular 3461/09) ...................................................................................................7
Decreto 154/91 .................................................................................................................................7
O Coaf ...............................................................................................................................................8
2.3 Aplicação do princípio “Conheça seu cliente” ................................................................................9
Função do cadastro e implicações de um cadastro desatualizado e análise da capacidade
financeira do cliente .........................................................................................................................9
O princípio “conheça seu cliente” como forma de proteção da instituição financeira e do
profissional......................................................................................................................................11
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Referência - Prova
4 questões
- Correspondem a 5,00% do total da prova
- Quantidade mínima exigida de acertos: 2 questões
− Lei 9.613/98
− Circular Bacen 3.461/09
− Circular Bacen 3.654/13
− Instrução CVM 301/99
− Instrução CVM 539/14
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2.1 Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro ou
Ocultação de Bens, Direitos e Valores
Existe uma série de dispositivos que visam garantir que as instituições financeiras cumpram seu
papel no combate e prevenção à lavagem de dinheiro. A origem do combate à prática se deu
em 1988 com a convenção de Viena e surgiu para que as nações pudessem unir esforços contra
o tráfico ilícito de entorpecentes e substâncias psicotrópicas.
O conceito de lavagem de dinheiro é dado pela Lei 9.613/98, com recente alteração dada pela
Lei 12.683/12 que visa tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lavagem de
dinheiro. Segundo artigo 1º, lavagem de dinheiro consiste em “ocultar ou dissimular a natureza,
origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores
provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal”. Com menos tecnicalidade, a
lavagem de dinheiro consiste na inserção na economia formal de recursos decorrentes de
atividades ilícitas por meio da ocultação ou dissimulação de sua verdadeira origem.
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A pena para o crime de lavagem de dinheiro é de reclusão de 3 a 10 anos, e multa, sendo no
parágrafo 1º e 2º, elencadas a extrapolação das penas para quem:
A multa pecuniária, aplicada pelo Coaf, será variável não superior ao dobro do valor da
operação; ao dobre do lucro real obtivo ou que presumivelmente seria obtido pela realização
da operação; ou ao valor de R$ 20 milhões.
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Foi sancionada, em janeiro de 2020, a lei 13.974, reestruturando e transferindo o Coaf do Ministério da
Economia para o Banco Central.
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Circular Bacen 3.461.
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Instrução CVM 301.
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Ainda estão sujeitas à lei,
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bancárias, de poupança, investimento ou de valores mobiliários; de criação, exploração
ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou
estruturas análogas; financeiras, societárias ou imobiliárias; e de alienação ou aquisição
de direitos sobre contratos relacionados a atividades desportivas ou artísticas
profissionais;
▪ pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, intermediação, comercialização,
agenciamento ou negociação de direitos de transferência de atletas, artistas ou feiras,
exposições ou eventos similares;
▪ as empresas de transporte e guarda de valores;
▪ as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto valor de origem rural ou
animal ou intermedeiem a sua comercialização; e
▪ as dependências no exterior das entidades mencionadas neste artigo, por meio de sua
matriz no Brasil, relativamente a residentes no País.
Como forma de comunicação (Capítulo VII), os agentes identificados deverão dispensar especial
atenção às operações que possam constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos na Lei,
ou com eles relacionar-se; deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de tal ato a
qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se refira a informação, no prazo de 24 horas a proposta
ou realização; comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da sua atividade ou, na falta deste,
ao Coaf, na periodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a não ocorrência de
propostas, transações ou operações passíveis de serem comunicadas.
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2.2 Políticas e procedimentos de prevenção e combate ao
crime de lavagem de dinheiro – Organismos nacionais e de
cooperação internacional. A Convenção de Viena e o
Decreto 154/91 (Lei 9613, cap. IX e Circular 3461/09)
Decreto 154/91
Na redação do decreto:
Considerando que a referida Convenção foi aprovada pelo Congresso Nacional, pelo
Decreto Legislativo n° 162, de 14 de junho de 1991;
A Convenção de 1988 tem como objetivo promover a cooperação entre os Estados para tratar
de forma mais eficaz o tráfico de drogas, acabar com os lucros de organizações criminosas
através da produção de drogas ilícitas e do tráfico e fornecer novas ferramentas aos governos.
A Convenção também buscou reduzir o sofrimento humano e pediu que os Estados adotassem
medidas efetivas nas áreas de prevenção, tratamento e reabilitação.
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O Coaf
O Coaf é tido como o órgão máximo no combate à lavagem de dinheiro no Brasil. Vinculado ao
Banco Central do Brasil, tem como finalidade disciplinar, aplicar penas administrativas,
examinar, receber e identificar ocorrências suspeitas de atividades ilícitas, sem prejuízo à
competência de outros órgãos.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) tem como missão produzir inteligência
financeira e promover a proteção dos setores econômicos contra a lavagem de dinheiro e o
financiamento do terrorismo.
O Conselho aplica penas administrativas nos setores econômicos para os quais não exista órgão
regulador ou fiscalizador próprio.
O Coaf é um órgão administrativo brasileiro criado pela Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998,
durante as reformas econômicas feitas pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, vinculado
ao Banco Central do Brasil.
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2.3 Aplicação do princípio “Conheça seu cliente”
Tanto a instrução 301 da CVM, quanto a circular 3.461 do Bacen, tratam da importância de a
Instituição Financeira adotar medidas que visam a prevenção de práticas ilegais elencadas pela
Lei 9.613/98. Políticas e controles internos devem ser adotados, documentados e
constantemente revisados.
O princípio “Conheça seu cliente” foi criado em 1988 por meio do Acordo de Basileia,
estabelecendo um conjunto de regras e normas que as instituições financeiras devem seguir
para identificar a origem dos recursos e da constituição do patrimônio do cliente. Define-se um
mínimo de informações, nomeadas qualificações, que precisam ser mantidas atualizadas pelas
instituições financeiras.
▪ Procedimento de KYC, nos termos dos arts. 3º-A e 3º-B da ICVM 301/99, com critérios
para renovação periódica;
▪ Possibilidade de veto a relacionamentos devido ao risco envolvido;
▪ Conhecimento da origem do patrimônio do cliente;
▪ Monitoramento da compatibilidade das transações com o perfil do cliente;
▪ Conhecimento da origem e destino dos recursos movimentados pelo cliente;
▪ Identificação, análise, decisão e reporte das situações que possam configurar indícios da
ocorrência dos crimes previstos na Lei 9.613, ou a eles relacionadas.
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patrimoniais só são detectadas quando da atualização dos respectivos cadastros. Por isso, tão
fundamental quanto a instituição do cadastro é sua atualização periódica.
Nesse tocante, a atualização dada pelo artigo 2º da Lei 3.654/13, dispõe das informações
mínimas necessárias para o cadastro:
Art. 2º
I - Qualificação do cliente:
O parágrafo 4º complementa:
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“As informações cadastrais relativas a cliente fundo de investimento devem incluir a
respectiva denominação, número de inscrição no CNPJ, bem como as informações de que
tratam os incisos I a III relativas às pessoas responsáveis por sua administração”.
A atualização dos dados cadastrais pode ser realizada via canais de atendimento (internet
banking/ATMs, central telefônica, agências etc.). Este processo deve ser evidenciado por meio de
fichas cadastrais e/ou cartas assinadas pelos clientes, logs de sistemas, gravações telefônicas,
entre outros comprovantes de confirmação de dados.
É recomendável que nenhuma operação seja realizada com clientes cujo cadastro esteja
incompleto.
A avaliação de forma detalhada do perfil do cliente é conhecida como “Conheça seu Cliente”. O
processo consiste em reunir informações sobre o cliente que vão desde dados simples cadastrais
até profissão, renda, escolaridade, patrimônio, entre outras. Por meio dessas, é possível obter
uma análise mais precisa sobre quais operações realizadas são consideradas suspeitas.
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Dados de clientes antigos devem permanecer armazenados por, pelo menos, cinco anos, de acordo com
o artigo 10, da Lei 9613/98.
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distribuição, liquidação, negociação, intermediação, consultoria ou administração de títulos ou
valores mobiliários e a auditoria independente no âmbito do mercado de valores mobiliários; às
entidades administradoras de mercados organizados; e às demais pessoas que se encontrem
sob disciplina e fiscalização exercidas pela CVM.
Essas pessoas deverão identificar seus clientes e manter cadastro atualizado (a cada 24 meses).
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XIII. pagamentos a terceiros, sob qualquer forma, por conta de liquidação de operações ou
resgates de valores depositados em garantia, registrados em nome do cliente;
XIV. situações em que não seja possível manter atualizadas as informações cadastrais de
seus clientes;
XV. situações e operações em que não seja possível identificar o beneficiário final; e
XVI. situações em que as diligências previstas no art. 3º-A não possam ser concluídas.
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