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Prevenção à Lavagem de Dinheiro
e Financiamento ao Terrorismo
Lavagem de dinheiro é um conjunto de operações por meio das quais os
bens, direitos e valores obtidos com a prática de crimes são integrados ao
sistema financeiro com a aparência de terem sido obtidos de maneira
lícita.

Lavar dinheiro nada mais é do que transformar dinheiro sujo


(origem ilícita) em dinheiro limpo (origem lícita).

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O Brasil engajou-se no combate contra o
crime organizado e em 1998 criou a Lei 9.613.

A partir da Lei foi criado o COAF.

A principal tarefa do COAF é promover um esforço conjunto por parte dos


vários órgãos governamentais do Brasil que cuidam da implementação de
políticas nacionais voltadas para o combate aos crimes de lavagem de
dinheiro, evitando que setores da economia continuem sendo utilizados
nessas operações ilícitas.

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O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal integrante do Sistema
Financeiro Nacional, sendo vinculado ao Ministério da Economia. Foi
criado em 31 de dezembro de 1964 pela da Lei nº 4.595.

O Banco Central do Brasil é responsável por regular e supervisionar


todo o Sistema Financeiro Nacional (SFN)

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NORMAS DO BACEN SOBRE
LAVAGEM DE DINHEIRO
Circular Bacen nº 3.461/09: Consolida as regras sobre os procedimentos a
serem adotados na prevenção e combate às atividades relacionadas com os
crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998.

Circular Bacen nº 3.858/17: Regulamenta os parâmetros para a aplicação das


penalidades administrativas previstas na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998.

Carta Circular Bacen nº 3.542/12: Divulga relação de operações e situações


que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº
9.613, de 3 de março de 1998, passíveis de comunicação ao Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (COAF).

Carta Circular Bacen nº 3.430/10: Esclarece aspectos relacionados à


prevenção e combate às atividades relacionadas com os crimes previstos na
Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, tratados na Circular nº 3.461, de 24 de
julho de 2009.
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Circular Bacen nº 3.942/19: Estabelece procedimentos para a execução pelas
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil das medidas
determinadas pela Lei nº 13.810, de 8 de março de 2019, que dispõe sobre o
cumprimento de sanções impostas por resoluções do Conselho de Segurança
das Nações Unidas, incluída a indisponibilidade de ativos de pessoas naturais e
jurídicas e de entidades, e a designação nacional de pessoas investigadas ou
acusadas de terrorismo, de seu financiamento ou de atos a ele
correlacionados.

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AS FASES DA LAVAGEM
DE DINHEIRO
BANCO

COLOCAÇÃO OCULTAÇÃO INTEGRAÇÃO


Fracionamento dos valores; Os criminosos movimentam o Os criminosos fazem
Utilização de dinheiro no mercado financeiro investimentos para facilitar suas
estabelecimentos comerciais sendo as instituições financeiras o atividades, por exemplo, compra
que trabalham com dinheiro alvo de cotas de consórcio,
em espécie. investimentos, compra de
equipamentos de valor elevado.

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COMO OS CRIMINOSOS
LAVAM O DINHEIRO?
BANCO

LARANJA ESTRUTURAÇÃO
Agente intermediário que efetua em seu nome, Fracionamento do dinheiro obtido no crime em
por ordem de terceiros, transações comerciais valores inferiores ao limite estabelecido pelos
ou financeiras, ocultando a identidade do órgãos reguladores para a comunicação da
beneficiário. Em alguns casos, o “laranja” sabe operação.
que está sendo utilizado e é, inclusive,
remunerado pela “prestação dos serviços”. O
laranja também pode ser uma pessoa inocente
que teve os documentos perdidos ou roubados CARTILHA
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ou que emprestou o nome.
BANCO

EMPRESA DE FACHADA EMPRESA FICTÍCIA


Uma empresa constituída legalmente, que Empresa constituída apenas documentalmente
participa do comércio legítimo, é utilizada para (somente no papel). Diferentemente da empresa
contabilizar recursos oriundos de atividades de fachada, a empresa fictícia não tem nenhuma
ilícitas. Em alguns casos, a empresa mescla atividade econômica e é utilizada para
recursos ilícitos com recursos provenientes de contabilizar recursos provenientes do crime.
sua própria atividade

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COMPRA DE ATIVOS TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA
Compra de itens de alto valor com pagamento Recursos ilícitos são transferidos, dentro do
em dinheiro obtido de atividades criminosas, próprio país ou para o exterior, através de
por exemplo, carros, imóveis, computadores. transações eletrônicas disponíveis na rede
bancária. As transferências eletrônicas permitem,
com facilidade e rapidez, transferir grandes
somas de dinheiro para um ou para múltiplos
titulares.
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QUAL A SUA RESPONSABILIDADE
QUANTO A PREVENÇÃO A
LAVAGEM DE DINHEIRO?
São dois itens fundamentais que dependem de você:

CONHEÇA O CLIENTE
Conhecer o cliente é de extrema importância na administração dos
riscos da empresa e a aplicação de procedimentos adequados ajuda a
proteger a imagem e a integridade da empresa, reduzindo a
possibilidade de se tornarem veículos ou vítimas de crimes financeiros.

Não esqueça: o momento de conhecer o cliente é antes do


início do relacionamento.

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São dois itens fundamentais que dependem de você:

CADASTRO DO CLIENTE
O Cadastro de Clientes é elemento chave para fins de Prevenção e
Combate à Lavagem de Dinheiro, as informações apresentadas pelo
cliente servem como suporte e subsídio importantes nas análises de
operações dos clientes com a empresa.

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PESSOA EXPOSTA
POLITICAMENTE (PEP)
Consideram-se pessoas politicamente expostas os agentes públicos que
desempenham ou tenham desempenhado, nos últimos cinco anos, no
Brasil ou em países, territórios e dependências estrangeiros, cargos,
empregos ou funções públicas relevantes, assim como seus
representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento
próximo.
O PEP pode ser um cliente pessoa física ou o sócio de um empresa.

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PENALIDADES PREVISTAS
NA LEI 9.613/98
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FINANCIAMENTO AO
TERRORISMO
A luta contra o financiamento do terrorismo está ligada
diretamente ao combate à lavagem de dinheiro, já que as técnicas
utilizadas para lavar o dinheiro são essencialmente as mesmas
usadas para ocultar a origem e o destino final do financiamento
terrorista, para que assim as fontes continuem a enviar dinheiro
sem serem identificadas.

A Lei 13.260/2016 classifica o terrorismo como “uma prática por


um ou mais indivíduos dos atos de xenofobia, discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a
finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a
perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade
pública.”

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Conforme consta na Lei, são atos de terrorismo:

• Usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer


consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos,
químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou
promover destruição em massa;

• Sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com violência, grave


ameaça a pessoa ou servindo-se de mecanismos cibernéticos, do
controle total ou parcial, ainda que de modo temporário, de meio
de comunicação ou de transporte, de portos, aeroportos, estações
ferroviárias ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas,
estádios esportivos, instalações públicas ou locais onde funcionem
serviços públicos essenciais, instalações de geração ou transmissão
de energia, instalações militares, instalações de exploração, refino e
processamento de petróleo e gás e instituições bancárias e sua
rede de atendimento;
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• Atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa.
A cada dia as práticas de prevenção de lavagem de dinheiro e
financiamento ao terrorismo precisam ser aprimoradas e aplicadas.
E o mais importante é que, além dos objetivos social e econômico
de prevenir crimes, as obrigações servem para proteger o próprio
negócio.

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