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TERRORISMO (ENAP/EV.G)
quarta-feira, 3 de janeiro de 2024 09:29
• Alguns rumores dizem que a lavagem de dinheiro começou nos tempos bíblicos com Ananias e Safira na venda de um imóvel, outros dizem que foi
com os chineses há mais de 3.000 anos para proteger seus lucros do apetite tributário dos governantes.
• Atualmente, associamos a mafiosos italianos e americanos.
• Edição do Decreto-Lei nº 59, em 21 de março de 1978, que “incriminou a substituição de dinheiro ou de valores provenientes de roubo
qualificado, extorsão qualificada ou extorsão mediante sequestro por outros valores ou dinheiro” ==> Governo Italiano.
• EUA: 1919 "Lei Seca" proibiu venda e transporte de bebidas com mais de 0,5% de álcool, estimulando a produção clandestina comandada por
organizações criminosas (Al Capone).
• Os lucros obtidos era misturados aos recursos oriundos de negócios legítimos, como lavanderias e lava-jato.
• Com a queda da Lei Seca, o crime organizado voltou-se para jogos e tráfico de drogas. Em 1970 foi criada a Lei do Sigilo Bancário em que as
instituições deveriam comunicar ao governo transações com valor acima de US$10.000;
• Em 1988 a ONU reuniu na Convenção de Viena (contra o tráfico ilícito de entorpecentes e substâncias psicotrópicas, surgindo o primeiro
instrumento jurídico a definir a obrigatoriedade da criminalização da lavagem de dinheiro pelos Estados Membros.
• Em 1989 foi criado o Grupo de Ação Financeira sobre Lavagem de Dinheiro (do inglês FATF) com o dever de examinar as técnicas e as tendências
da lavagem de dinheiro e estabelecer medidas necessárias ao seu combate e prevenção.
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• O GAFI (FATF) com o passar dos anos desenvolveu diretrizes para prevenção à PLD, atualmente existem 40 recomendações. Os objetivos principais
do GAFI são:
○ Monitorar o progresso dos países membros na implementação das Recomendações do
GAFI;
○ Analisar as técnicas e contramedidas de lavagem de dinheiro e financiamento do
terrorismo;
○ Promover a adoção e a aplicação das Recomendações do GAFI em todo o mundo.
• Desde 1988 (Convenção de Viena) e, em 1991, ratificando por meio do Decreto Nº 154, o Brasil vem atuando na prevenção à PLD/FT.
• A atuação foi reafirmada em 1998, por meio da Lei nº 9.613, dispondo sobre crimes de LD/FT, se tornando um divisor de águas.
• Criação do COAF com a finalidade de:
a) Requerer informações cadastrais bancárias e financeiras de pessoas envolvidas em atividades
suspeitas;
b) Receber e analisar comunicações de operações e transações financeiras determinadas por
normas reguladoras;
c) Disseminar informações de inteligência e de situações suspeitas; e
d) Disciplinar e aplicar penas administrativas.
• Em 2012 alterações foram promovidas pela Lei nº 12.683:
○ Extinção do rol taxativo de crimes antecedentes, admitindo-se como antecedente da
lavagem de dinheiro qualquer infração penal;
○ Inclusão das hipóteses de alienação antecipada e outras medidas assecuratórias que
garantam que os bens apreendidos não sofram desvalorização ou deterioração;
○ Inclusão de novos sujeitos obrigados, tais como cartórios, profissionais que exerçam
atividades de assessoria ou consultoria financeira, representantes de atletas e artistas,
feiras, comerciantes de bens de luxo ou de alto valor, dentre outros;
○ Aumento do valor da multa para até R$ 20 milhões.
• No Brasil, a questão do terrorismo foi tratada pela Lei nº 13.260, de 2016, que tipifica o terrorismo, trata de disposições investigatórias e
processuais e reformula o conceito de organização terrorista.
• Já a Lei nº 13.810, de 2019, traz a previsão legal para a indisponibilidade de ativos de pessoas naturais e jurídicas e de entidades investigadas ou
acusadas de terrorismo, de seu financiamento ou de atos a ele correlacionados.
• O Coaf foi criado por meio da Lei nº 9.613, de 1998, como o órgão responsável por disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e
identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na lei.
As chamadas pessoas obrigadas estão listadas no art. 9º da Lei nº 9.613, de 1998, e constituem um rol bem extenso:
○ As entidades e atividades sujeitas a obrigações específicas relacionadas à captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros,
compra e venda de moeda estrangeira ou ouro, custódia, emissão, distribuição, entre outras operações financeiras.
○ Essas obrigações se aplicam a diversas instituições, como bolsas de valores, seguradoras, administradoras de cartões de crédito, empresas
de leasing e factoring, além de filiais estrangeiras operando no Brasil e entidades dependentes de autorização regulatória.
○ Também inclui pessoas físicas ou jurídicas envolvidas em atividades como venda de imóveis, joias, bens de luxo, assessoria em transações
financeiras e serviços ligados a eventos desportivos ou artísticos.
○ Empresas de transporte de valores e entidades relacionadas à comercialização de bens rurais também estão abrangidas, assim como as
dependências no exterior de entidades mencionadas, ligadas a residentes no Brasil.
O Estado tem a competência de fiscalizar e punir aqueles que não cumprem as obrigações descritas na Lei 9.613.
Obrigações:
○ Cadastro junto ao órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste, no COAF;
Identificação de clientes - Conheça seu Cliente - Minimizar o risco de PLD;
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○ Identificação de clientes - Conheça seu Cliente - Minimizar o risco de PLD;
○ Manutenção de cadastro de clientes - Base sempre atualizada;
○ Registro de operações - Cada setor tem suas particularidades, mas em geral todos devem ter registro do bem vendido/serviço prestado, dos
valores envolvidos, da forma e do meio de pagamento. O registro de operações destina-se a cumprir uma regra básica de prevenção à
lavagem de dinheiro: “siga o dinheiro”. Por meio deste princípio, busca-se identificar a origem e o destino dos recursos financeiros de
origem criminosa, além de dar subsídio à pessoa obrigada para comunicar operações ao COAF;
○ Monitoramento de operações - Oportunidade de monitorar e mitigar riscos. Parâmetros:
Ocupação;
Renda;
Situação patrimonial;
Qualificação como pessoa exposta politicamente (PEP);
Frequência das operações;
Pagamentos em espécie;
Identificação da origem dos recursos;
Identificação do beneficiário final;
Resistência ao fornecimento de dados para identificação;
Informações de mídia;
Ranqueamento de risco de cliente.
○ Comunicação ao COAF (com justificativa) através do sistema Siscoaf:
Operações suspeitas (possam constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos na Lei 9.613, ou com eles relacionar-se) em até 24h;
Operações em espécie; e
Não ocorrência de não ocorrência de propostas, transações ou operações passíveis de serem comunicadas (Declaração Negativa).
Operações em espécie e acima de R$30.000 (dependendo do segmento) devem ser comunicadas sem análise prévia, não impedindo,
no entanto, a consolidação da operação.
○ KYE
○ KYC
○ KYS
○ Monitoramento e detecção de indícios de operações suspeitas
Cruzamento de dados em busca de sinais de alerta:
□ Incompatibilidade entre ocupação e renda;
□ Incompatibilidade entre situação patrimonial e operações realizadas;
□ Frequentes operações realizadas em espécie;
□ Fracionamento de pagamentos;
□ Pagamentos realizados por terceiros;
□ Compra de bens em nome de terceiros;
□ Tentativa de burla na identificação de envolvidos;
□ Frequência das operações realizadas com clientes de "alto risco";
□ Cliente domiciliado em país não cooperante às normas PLDFT;
□ Relacionamento em notícias de mídias.
O monitoramento não é o fator determinante na decisão pela comunicação de operações à Unidade de Inteligência Financeira, e sim
subsídio para sua tomada de decisão.
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○ Treinamento de pessoal em PLD
Além de treinar toda a equipe, é importante ter uma pessoa/grupo para identificar e estabelecer ações para prevenção, tratamento e
comunicação de operações financeiras suspeitas (geralmente analista de compliance).
○ Identificar riscos (AIR)
Criação de produtos/serviços:
○ Estudos prévios habituais + perspectiva de utilização em ilícitos financeiros
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