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1º Roteiro – História da Formação de Professores – Leonor Maria Tanuri

Discente – Renata Freitas Siqueira

1 - Síntese e Avaliação Crítica

O artigo começa contextualizando a história da educação desde


época do império/Corte. Começa descrevendo como começou a formação
dos docentes para o ensino primário principalmente. Expondo os fracassos
e os desenvolvimentos das primeiras escolas normais no Brasil.

Chega ao ponto de expor que um dos motivos do fracasso era a baixa


remuneração paga aos professores, fato que não atrai os interessados.
Mesmo, que o ensino foi essencial para o desenvolvimento econômico e
social do país, o qual se fazia necessário uma formação primária e
secundária da população e com isto se tornou uma cobrança das províncias
da época.

Umas das soluções encontradas foi o “magistério feminino”, que


resolveu o problema de “mão de obra” barata, além de ser considerada uma
profissão que conciliava a funções domésticas da mulher. Fato que reflete
até hoje pelo desprestígio social e baixo salários dos professores.

Um fato interessante é a disciplina “doutrina cristã” bem presente em


todo contexto da história de formação dos professores.

Quando chega o governo da República, percebe-se que pouco fez


para a educação, ficaram mais preocupados com interesses econômicos e
políticos. Além do fato de aumentarem a discrepância entre os Estados e
não haver preocupação com a educação da população.

Somente após a Primeira Guerra Mundial as cobranças pelas escolas,


educação, se intensificaram, fazendo os Estados a criarem várias formas de
escolas e ensino, ampliando as unidades e número de alunos entre turmas
de propedêuticos e formação profissional. Também, houve a expansão de
escolas privadas e municipais porque o Estado não conseguia suprir a
demanda necessária.

Em relação a formação de professores começou a se preocupar com a


aferição da Inteligência e aptidões, os instrumentos de medida e seu valor
prognóstico para aprendizagem.

Outro ponto interessante no artigo é a colocação da informação do


Censo Escola de 1964, o qual desta que apenas 56% dos professores tinham
formação profissional. E dos 44% dos outros professores, 71,60% só tinha
o curso primário. Observo que esta situação ocorreu até a década de 90.

O que se percebe é as várias propostas de ensino para os professores


ao longo dos anos em uma tentativa de melhora a qualidade dos
profissionais do ensino e assim melhorar a qualidade do ensino nas turmas
de primeiro e segundo grau. Contudo, as falhas estão sempre presente,
principalmente, por parte do governo que não apresenta políticas de
formação, ações do governo inadequadas e a constante desvalorização
social do docente.

A partir da década de 1990, com a redemocratização do país, foram


implementadas políticas de descentralização e democratização da formação
docente. As universidades passaram a ter um papel mais ativo na formação
de professores, oferecendo cursos de licenciatura em diferentes áreas do
conhecimento. Além disso, foram implantados alguns programas de bolsas
para incentivo a formação.

No entanto, apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem


enfrentados na formação de professores no Brasil. Questões como baixos
salários, falta de infraestrutura nas escolas e desvalorização da carreira
docente impactam diretamente a qualidade da educação. Além disso, é
necessário promover uma formação continuada e aprimorar os currículos
dos cursos de licenciatura, buscando integrar teoria e prática de forma mais
efetiva.

Em resumo, a história da formação de professores no Brasil reflete a


trajetória do país em busca de uma educação de qualidade para todos.
Avanços foram conquistados, mas ainda há muito a ser feito para garantir
uma formação docente adequada e valorizada, contribuindo assim para o
desenvolvimento social e cultural do Brasil, já relatado anteriormente.
2 – Trechos importantes no artigo
“ mas sobretudo à falta de interesse da população pela profissão docente, acarretada pelos
minguados atrativos financeiros que o magistério primário oferecia e pelo pouco apreço de que
gozava, a julgar pelos depoimentos da época.” (página 65)

Até hoje percebemos como a categoria é desvalorizada com baixa


remuneração. Isto vem a cada dia mais, diminuindo interessados em
formação em licenciatura. Principalmente, voltados a educação primária,
hoje ensino fundamental I. A maior parte das escolas particulares que
atendem estes ciclos não remunera bem os professores.

“A crença de que “um país é o que a sua educação o faz ser” generalizava- se entre os homens de
diferentes partidos e posições ideológicas e a difusão do ensino ou das “ luzes”, como se dizia
freqüentemente nesse período, era encarada como indispensável ao desenvolvimento social e
econômico da nação (Barros, 1959, p. 23)” – (página 66)

Mesmo percebendo a importância da educação para melhor o


desenvolvimento social e econômico de um país, o Brasil não incentiva na
melhoria das condições da educação, não invente nos profissionais e ainda
tem políticos que tentam passar uma ideologia pejorativa da categoria, para
aumentar o desrespeito da população para com o professor, desvalorizar
seu trabalho.

3 – Questionamento e Comentários.

A princípio, não tenho questionamentos, somente tristeza de ver, como a


formação de professores demonstra, apesar da sua necessidade, o
desrespeito sempre presente na história do educador. Pelo contexto
apresentado no artigo, os professores foram sempre considerados classe
inferior e por isto colocaram como uma profissão que atendia as funções
domésticas. Ou seja, a mulher já exerce a função de educar os filhos e fazer
as tarefas domésticas em casa, então não precisa ser bem remunerada.
Mesmo hoje a docência abraçar os homens também, ficou a imagem que
educação infantil é trabalho doméstico, algo que não precisar ser bem pago,
porque a mulher já faz em casa. Ainda uma visão machista e
preconceituosa, como se professor fosse uma profissão de “segundo
escalão”.

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