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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC

CENTRO SOCIO-ECONOMICO – CSE


DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS – CNM
Disciplina: CNM5305 (CCN) Sem: 2022.2
RAL - Relatório de Atividades de Leitura

RAL II
MERCADO DE CAPITAIS

João Gabriel Grah Machado


Matrícula:21202388

Critérios de Avaliação: RAL II (5 pg.).

I - Domínio e apropriação do conteúdo programático proposto; (2,5)


II - Coerência entre o plano de aula e o domínio das temáticas centrais; (2,0)
III - capacidade de organizar e criar ideias a partir do objeto e dos temas centrais; (1,5)
IV - Capacidade de síntese, em suas múltiplas determinações e relações categóricas; (1,5)
V - Capacidade de argumentação acerca dos fatos e acontecimentos; (1,0)
VI - Adequação do plano de descrição com o estilo e exposição de ideias próprias; (1,0)
VII - desempenho médio em relação aos demais membros da turma. (0,5)

Para realizar o plano de exposição deste RAL, observe os objetos temáticos do Bloco III e eleja pelo
menos um destes para observação e análise:
1) Sistema Financeiro Nacional;
2) Ativos Financeiros e Poupança;
3) Investimento no Mercado de Capitais;
4) Sociedades Anônimas e Análise de balanço.

A partir da definição do objeto temático, acesse os links sugeridos e busque suas definições
conceituais no âmbito do sistema do Banco Central, considerando suas instituições, órgãos
normativos, supervisores e os operadores.

Utilize o fluxograma da macroestrutura da financeirização por juros e o gráfico do Orçamento


Federal Executado como ponto de partida da sua observação imediata, considerando as leituras
bibliográficas, subsídios didáticos (slides) e vídeos, bem como suas próprias anotações em aulas até
09.12.22.

Data da entrega: 09.12.22 (sexta-feira) arquivo nomeado através do e-mail: Valdir.alvim@ufsc.br


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Plano de Exposição

Título: Capital e o Sistema Financeiro Nacional.

Objeto: O Capital.

Observado este objeto: definir mais dois elementos analíticos: o primeiro, trabalho como determinante do
objeto; e o segundo como resultante:

1.O movimento do capital e como ele se altera;


2. Como o capital se transforma em mais capital.

Objetivos:

A. Geral (definir):
A movimentação e o uso do capital para a geração de mais capital com base no Sistema
Financeiro Nacional.

B. Específicos (definir):

1. Contextualizar o conceito de capital segundo Marx;

2 Observar como esse capital é utilizado atualmente de acordo com o Sistema Financeiro Nacional;

3. Analisar como o capital é transformado em mais capital.

Abordagem dos temas (categorias/conceitos utilizados):

O modo de produção capitalista necessita para sua existência, uma operação de circulação de mercadoria
desenvolvida. Cada capital isolado passa a se transformar em busca de dinheiro, o capital nesta etapa é
denominado “capital monetário”. Em posse do dinheiro, o capitalista compra suas mercadorias através dos
meios de produção e da força de trabalho.

A partir dessa mudança no uso e funcionamento do capital, o proprietário detém tudo que é necessário para a
produção, nessa etapa o capital se torna “capital produtivo”. Após a mudança do capital monetário
para o capital produtivo, as mercadorias compradas pelo capitalista passam por um processo de
produção, ao fim do processo, o resultado são novas mercadorias, transformando o capital
produtivo em “capital mercantil”. As mercadorias compradas pelo capitalista no início do processo
com o capital monetário são diferentes das mercadorias da etapa final denominado de capital
mercantil, pois agora a mercadoria está finalizada, e seu valor é maior que o capital inicial por
conta do “mais-valia”, o valor agregado pelo trabalho dos operários na finalização da mercadoria.
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Essas três etapas de transformação estão relacionadas entre si e dependem um do outro. Antes do
capital se tornar capital mercantil, é necessário passar pelo processo de capital produtivo, para que o
mais-valia seja agregado, e consequentemente, para existir capital produtivo, é necessário o capital
monetário para dar início a todo o processo. Todo esse ciclo só pode ser realizado se as três etapas
ocorrerem corretamente, e o resultado é a geração de mais capital, possibilitando iniciar o ciclo
novamente, resultando em mais geração de capital.

Em suma, nestas três etapas, o capital cumpre a mesma função. Quando o capital monetário é
transformado em capital produtivo, os meios de produção (pertencente aos capitalistas) e a força de
trabalho (pertencente aos operários assalariados) se unem, sem essa união o processo de produção
para o capital mercantil não poderia ocorrer. O capital produtivo tem a função de criar uma
quantidade de mercadorias com um novo valor agregado pela força de trabalho. Já a função do
capital mercantil, se dá pela venda dessas mercadorias produzidas, que retornam ao detentor dos
meios de produção em forma monetária. A partir desta última etapa, o capital mercantil é
transformado para o capital monetário novamente. O que é obtido através desse processo é trocado,
pelo capitalista, em compra de meios de produção e na obtenção de força de trabalho, ou seja, tudo
o que é necessário para que a produção continue e todo o processo se repita.

Essa movimentação, transformação e a geração de mais capital, foi se tornando cada vez mais
regulamentada, e surgiram novas formas tanto de obter capital, quanto de transformá-lo em mais
capital. O Sistema Financeiro Nacional(SFN) é composto por um conjunto de entidades e
instituições que providenciam a intermediação financeira. É por meio do sistema financeiro que as
pessoas, empresas e também o governo circulam a maior parte do seus ativos, pagam suas dívidas e
realizam investimentos com o seu capital.

O SFN é dividido em Órgãos Normativos, supervisores e operadoras, os órgãos normativos


determinam regras para que o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional ocorra, um exemplo
é o CMN, Conselho Monetário Nacional, responsável pela coordenação da política
macroeconômica do governo federal, onde é decidido metas para inflação e diretrizes de câmbio,
entre outras atribuições.
Os supervisores, certificam-se de que as regras definidas pelos órgãos normativos estão sendo
seguidas pelos cidadãos e também pelos integrantes do sistema financeiro, como por exemplo o
Banco Central do Brasil (BCB), responsável por garantir as normas do CMN e também monitorar e
fiscalizar o sistema financeiro, além de executar as políticas monetárias, cambiais e de crédito.
Já as operadoras, são instituições que atendem diretamente o público em geral, exercendo a função
de intermediário financeiro. Dentre as operadoras estão os bancos e caixas econômicas.
O principal ramo de atuação do SFN são quatro tipos de mercado, dentre eles o mercado de capitais,
o mercado que possibilita que as empresas em geral captarem recursos de terceiros, compartilhando
seus riscos e ganhos, na intenção de continuar o ciclo de transformação do capital, transformando o
seu capital em mais capital.
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Considerações finais: (validade do objeto; implicações para interpretação da realidade contemporânea; relevância e reflexão
crítica)

Todo o ciclo do capital, com suas três etapas, onde o capital monetário se transforma em capital
produtivo, gerando uma agregação de valor se torna o capital mercantil para posteriormente
recomeçar todo o processo como capital monetário. Assim fluem as coisas não só em relação a cada
capital tomado à parte, mas também em relação a todos os capitais considerados em um montante ou em
relação ao capital como um todo. E o SFN está presente direta ou indiretamente nessas etapas, seja
supervisionado o segmentos da regras e normas, na regulamentação e no atendimento direto ao público com
suas operadoras.

Nota:10 (0-10,0)

Autoavaliação: A realização deste trabalho levou em torno de 4/5 horas e foi um processo muito
interessante de aprendizado, mesmo não utilizando-os no texto, assisti vídeos e li alguns trechos de
outros temas que também despertaram interesse.

Referências: (assinale as leituras efetivamente realizadas)

( ) https://www.bcb.gov.br/cidadaniafinanceira
(X) https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn
( ) https://www.bcb.gov.br/cidadaniafinanceira/tiposemprestimo
( ) https://www.b3.com.br/pt_br/
(X ) (6) ⭐ A História da Bolsa de Valores: O início do mercado organizado de ações no mundo. - YouTube
( ) https://auditoriacidada.org.br/

( ) MARX (1985). Capítulo XXXVI - Aspectos pré-capitalistas. O’C. L.3, v.5. Nova Cultural. p. 680-701 [21p];
( ) MARX (2017). Capítulo 36 - Condições pré-capitalistas. Boitempo. O’C. L.3, v.5. p. 797-821 [24p];
(X) MARX (2017). Capítulo 4 - Transformação do dinheiro em capital. Boitempo. O’C, p. 254-293; [26];
(X) MARX (1986). Capítulo IV - A transformação do dinheiro em capital. Nova Cultural. O´C. L.1, v.1. (p. 165-197);
[32p]
( ) MARX (2017). Capítulo 16 - O capital de comércio de mercadorias. O´C. L3, v5, p. 374-391 [17p];
( ) MARX (1985). Capítulo XVI – Capital Comercial. O´C. L3, v5, p. 309-323 [14p];
( ) MARX (2017). Capítulo 19 - O capital de comércio de dinheiro. O´C. L3, v5, p. 374-391 [17p];
( ) MARX (1985). Capítulo XIX – O Capital Financeiro. O´C. L3, v5, p. 363-371 [8p];

( ) MOURA DA SILVA (1996), Apresentação: Keynes e a Teoria Geral. Nova Cultural. p. 04-22; [18];
( ) KEYNES (1996). Capítulo 1 - A Teoria Geral. Nova Cultural. p. 43; [01];
( ) KEYNES (1996). Capítulo 2 - Os Postulados da Economia Clássica, p. 45-58; [13];
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( ) KEYNES (1996). Capítulo 3 - O Princípio da Demanda Efetiva, p. 59-66; [07];


( ) BELLUZO; ALMEIDA (1999). Enriquecimento e produção: Keynes e a dupla natureza do capitalismo, p. 247-257
[10];

(X) LEONARD, Annie. A história das coisas. Vídeo [21:17 min]. Disponível em: https://www.storyofstuff.org/

( ) Outros:___________

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