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Luena (Angola)

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Coordenadas:  11° 47' S, 19° 53' E

Coordenadas:  11° 46' 58" S 19° 54' 46" E

Luena

  Comuna angolana    

Jardim do Palácio do Governador, em Luena, em 2010.

Localização
Luena

Localização de Luena em Angola

Coordenadas 11° 46' 58" S 19° 54' 46" E

Província Moxico

País  Angola

Características geográficas

População total (2018) 320 000 hab.

Luena, também grafada como Lwena, é uma cidade e comuna angolana, sede


do município de Moxico e capital da província de Moxico.
Segundo as projeções populacionais de 2018, elaboradas pelo Instituto
Nacional de Estatística, conta com uma população aproximada de 320 000
habitantes.[1][2]
Foi conhecida como "Vila Luso" durante o período colonial.

História
Conhecida inicialmente pelo nome de "região Luvale", o primeiro português que
viajou de Benguela para a região de Luena foi José de Assunção e Melo, em
missão comercial, em 1794.[3]
Colonização
A efetiva expedição de ocupação portuguesa só aconteceu em 3 março de
1895, após o tratado que firmou o Protetorado Lunda-Chócue. A missão foi
chefiada pelo tenente-coronel Trigo Teixeira. Nesta expedição o militar
transferiu definitivamente o Moxico-Velho para aonde atualmente está
assentada a cidade de Luena, na época recebendo o nome de "Moxico-Novo".
[3]
 Em Moxico-Novo o tenente-coronel Trigo Teixeira estabeleceu uma Colônia
Penal Militar Agrícola, que depois tornou-se a Fortaleza Ferreira de Almeida. [4]
Em 25 de fevereiro de 1922, o Moxico-Novo passou a chamar‐se Vila Luso, em
virtude da visita do governador colonial José Norton de Matos para
supervisionar as obras do Caminho de Ferro de Benguela, que acabava de
chegar na localidade.[3] O nome Vila Luso era uma homenagem à cidade
de Luso, em Portugal.[4]
Em 18 de maio de 1956 as autoridades coloniais resolvem alterar o estatuto
jurídico de Vila Luso dando a ela o título de cidade, mais apropriado para
localidades que eram capitais distritais. No ano seguinte iniciou-se um extenso
projeto de obras públicas na cidade.[4]
Período das guerras
Durante a Guerra de Independência de Angola, na década de 1960, partindo
de Luau, Luena foi tomada pelo MPLA, numa ousada operação que expulsou
os portugueses. A partir de 1973 a região começa a sofrer diversos ataques
da UNITA e da Força de Defesa da África do Sul, com o MPLA perdendo o
controle da cidade para o exército estrangeiro em 1975, durante a Operação
Savana.[5]
De 11 de novembro de 1975 a janeiro de 1976, já na Guerra Civil Angolana,
as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) travaram
grandes embates para a expulsão das tropas invasoras sul-africanas, na que
ficou conhecida como "batalha do Luso". A cidade de Luena foi libertada depois
de dois meses de ocupação estrangeira.[5]
Em 1975/1976, como a cidade tinha um nome português que identificava de
alguma forma esta região com o país colonizador, o governo angolano decidiu
mudar o sua denominação, dando-lhe o nome do rio Luena, que banha a
região.[6]
Foi em Luena que ocorreram alguns episódios que finalizaram a Guerra Civil
Angolana, sendo uma das bases de operações decisivas das Forças Armadas
de Angola durante batalhas finais que levaram a morte de Jonas Savimbi, líder
da UNITA, encerrando o conflito, em 2002.
Durante as guerras muitas ONG trabalharam em Luena, incluindo MSF
Belgique, Jesuit Relief Service, GOAL Irlanda, Vietnam Veterans e Medair.

Geografia
Igreja de Nossa Senhora das Vitórias do Luena, em 2011.

Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger predomina na cidade


o clima subtropical úmido (Cwa), com pluviometria média anual de cerca de
1200 mm e temperatura média de 21ºC.
A cidade situa-se numa área com altitudes médias de 1350 metros acima do
nível do mar.
Subdivisões
A cidade é constituída por diversos bairros. Alguns destes são: Nazaji, Popular,
Mandembué, Zorro, Saíde Mingas, Santa Rosa, Sinai-Velho, Sinai-Novo, Aço,
Capango, Cuenha, Chifuchi, Alto Campo e Zona Verde.
Demografia
A capital do Moxico é habitada por diversos grupos étnicos, sendo que os mais
numerosos são os chócues e ganguelas, além de grupos
menores luvales, luenas, ovimbundos, ambundos, luchazes e lundas.

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