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ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING

NATALIA GAMA - 115775

SAMARCO: LIÇÕES EXTRAÍDAS DE UMA CRISE AMBIENTAL


DEVASTADORA

São Paulo
2023
SUBTÍTULO: Uma reflexão profunda sobre a responsabilidade, reparação e prevenção após
a devastadora tragédia ambiental da Samarco.

RESUMO: Este artigo discute o caso do rompimento da barragem de rejeitos da Samarco


Mineração SA, uma joint venture entre a Vale S e BHP Billiton. O desastre aconteceu no dia
05 de novembro de 2015 em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG) e causou perdas de
vidas, danos ambientais significativos e consequências sociais e econômicas para as
comunidades afetadas. O estudo de caso da Samarco é uma oportunidade para refletir sobre a
importância da experiência e da gestão ambiental responsável na mineração, levando em
conta como lidaram com toda a situação.

INTRODUÇÃO:
Pôde-se afirmar que existe muitos requisitos que podem afetar negativamente os
resultados de uma organização, causando redução de vendas, diminuição de base de clientes,
prejuízos e entre outros. A Samarco, mineradora brasileira, tornou-se um símbolo por conta de
sua crise de reputação. Em 2015, a empresa foi responsável pelo devastador desastre
ambiental ocorrido em Mariana, Minas Gerais. Desta vez, a barragem de rejeitos estourou,
causando um desastre impressionante e muito triste. O acidente trouxe muitas consequências
negativas para a Samarco, dentro delas sendo os danos ambientais, as perda de vidas e
também perdas econômicas significativas.
A análise do artigo “Crise de imagem: Uma abordagem Conceitual”, demonstra a
importância de uma gestão eficaz durante uma crise de reputação levando em conta a
situação vivida pela Samarco. A empresa teve que superar muitos desafios para reformular sua
imagem e reconquistar a confiança do público. Nesse trajeto, estratégias de comunicação
transparente, ações de responsabilidade social e esforços para consertar da melhor forma
possível os danos causados. Deste modo, o caso da Samarco destaca a necessidade de uma
abordagem conceitual integrada para a gestão de crises de imagem da marca.
Após analisar toda a situação vivenciada pela Samarco e identificar os mecanismos
necessários para a gestão de crise, as seguintes questões foram levantadas para o estudo de
caso da Samarco; Em que medida a gestão de crise e comunicação podem ajudar para que a
reputação de uma organização seja preservado? Como a Samarco atuou diante de todo o
ocorrido com rompimento das barragens? Quais foram os impactos resultantes hoje?
Deste modo, foi estruturada o trabalho com base em 6 pilares, revisão bibliográfica,
estudo de caso, histórico da crise, reação da empresa, resultado da crise e considerações
finais.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
Em busca de uma compreensão da crise apresentada e conceitos relacionados ao
gerenciamento de crise, trouxe alguns autores para elaborar a revisão bibliográfica deste
artigo como Jorge Duarte (2002), João José Forni (2015) entre outros citados a baixo.
O artigo citado a cima "Crise de imagem: Uma abordagem Conceitual" avalia a
temática sobre crise de imagem e fornece uma visão conceitual abrangente do tema. Foi
discutido as repercussões da crise e estudaram-se quatro aspectos principais relacionados com
a sua gestão. De acordo com o artigo, uma crise é definida como uma situação em que a
reputação e a imagem de uma organização são ameaçadas por um evento adverso, como
escândalo, falha de produto, má conduta ou desastre. A comunicação eficaz é uma parte
essencial da gestão de crises. Foi destacada o poder de uma comunicação transparente,
honesta e responsável por parte das organizações durante uma crise.
O artigo também conta sobre a necessidade de elaborar um bom plano de
gerenciamento de crise e implementar uma estratégia de relações públicas durante uma crise
de imagem. Isso inclui contratar um porta-voz competente, tomar medidas corretivas,
comunicar-se proativamente com o público e buscar soluções para restaurar a confiança. O
texto também destaca o valor de se antecipar e prevenir possíveis crises por meio do
monitoramento contínuo da imagem e do engajamento com as partes interessadas. Isso inclui
a identificação de riscos potenciais e a implementação de medidas preventivas.
De acordo com Forni (2015, p. 16), a grande parte das crises ocorre por erros na
gestão. O próprio afirma, com base em uma pesquisa do Institute for Crisis Management
(ICM), dos EUA, que desde 1900, próximo de 35 grandes crises resultaram em grandes
impactos e centenas de mortes e que a grande origem disso seria pela falta de gestão ligada
pela arrogância e julgamento errado sobre o fato. Tendo em vista que quase sempre numa
situação de crise, as falhas na gestão se associam também à falta de comunicação e
transparência.
Segundo o conceito de imagem apresentado por Kunsch (2003) afirma que a imagem
tem a ver com o imaginário das pessoas, com as percepções, somando deste modo ainda que é
uma visão intangível, abstrata das coisas, uma visão subjetiva da realidade. Ou seja,
representa o que está na cabeça do público a respeito do comportamento institucional das
organizações e dos seus integrantes, qual é a imagem pública, interna, comercial e financeira
que passa pela mente dos públicos e da opinião pública sobre as mesmas organizações
(KUNSCH, 2003, p.171). Já a reputação é construída ao longo do tempo, portanto podemos
dizer que é uma soma de imagens, pois resulta da percepção coletiva dos atributos de uma
determinada empresa. Trata-se de um patrimônio da organização, por isso deve ser trabalhada
continuamente, por meio de práticas que a representem e pelas quais o público a identifique.
Levando em conta o pensamento de Duarte, afirma (2003, p.387): “É possível
conviver com crises? Sim. Desde que a empresa seja reconhecida pela sociedade pela atuação
ética e responsável e adote um relacionamento permanente e consistente com a mídia”. Deste
modo, podemos pensar quer ao ter uma reação preventiva, a empresa transparece estar
preparada para crise e está engajado e preocupado em manter um bom relacionamento com a
mídia e sociedade.
Deste modo, os artigos destacam a importância de abordar com eficácia as crises de
imagem por meio de uma abordagem conceitual abrangente. A importância da comunicação,
prevenção, planejamento estratégico e responsabilidade corporativa é destacada como
elementos essenciais para lidar com crises e reconstruir a reputação organizacional.

ESTUDO DE CASO: DESCRIÇÃO INICIAL


A Samarco é uma mineradora brasileira com longa trajetória no mercado. A empresa
foi fundada em 1977 como uma joint venture entre a Vale S.A. e BHP Billiton. Seu principal
negócio é a extração e beneficiamento de minério de ferro. A empresa realiza um importante
papel no abastecimento da indústria siderúrgica nacional e internacional e é uma das maiores
produtoras e exportadoras de minério de ferro do Brasil. A especialidade da Samarco é na
produção de pelotas de minério de ferro, que são feitas por meio de um processo de
distribuição que inclui britagem e aglomeração dos minerais. Os produtos oferecidos pela
Samarco são de alta qualidade amplamente utilizados na produção de aço. Ao passar dos anos,
se destacou com uma forte participação de mercado, não só no mercado doméstico, mas
também no mercado global para atender às necessidades do setor e impulsionar o crescimento
e desenvolvimento da siderurgia.
No entanto, em 2015, a Samarco enfrentou uma grave crise de imagem quando uma de
suas barragens de rejeitos se rompeu, causando um grande desastre ambiental na região de
Mariana, em Minas Gerais. O acidente teve um impacto significativo nas operações e na
reputação da empresa. Desde o desastre, a Samarco tem trabalhado para construir novamente
sua imagem por meio da responsabilidade ambiental, compensações e ações para compensar
as comunidades afetadas, além da busca contínua por melhores práticas de segurança e gestão
ambiental.
A afetada empresa está esforçada em reconquistar a confiança do público e retomar as
operações de forma sustentável, reforçando seu compromisso com a transparência, segurança
e proteção do meio ambiente. Embora os desafios recentes, a Samarco é uma empresa que
possui uma longa história no setor de mineração, focada na produção e comercialização de
minério de ferro. Tendo em vista que possui muita determinação em superar a crise e agir com
responsabilidade demonstrando o compromisso da empresa em melhorar a sustentabilidade e
a confiabilidade de suas operações.

HISTÓRICO DA CRISE:
A crise da Samarco tornou-se um momento decisivo em 5 de novembro de 2015 por
volta das 16h20 da tarde, quando a barragem de Fundão rompeu em Mariana, Minas Gerais.
O desastre criou um fluxo devastador de toneladas de lama tóxica, especificamente, a cerca de
62 milhões de metros cúbicos de lama e resíduos de mineração que nivelou a área e afetou
comunidades, rios e ecossistemas ao longo do Rio Doce. Deste modo, atingindo os distritos
de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, sendo a fonte dessas informações o jornal Estado de
Minas.
Deste modo a tragédia de Mariana é um marco para refletir sobre a importância de
uma gestão responsável e segura no setor de mineração, além de destacar a necessidade de
aumentar as medidas de vigilância e prevenção para evitar futuros incidentes como este.
O rompimento da barragem de Fundão infelizmente causou muitas vítimas, matando
tragicamente 19 pessoas e causando grandes prejuízos. O derramamento contaminou o Rio
Doce, uma fonte vital de água que atravessa os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O
desastre provocou uma das maiores crises ambientais, sociais e econômicas do Brasil,
afetando diretamente as comunidades ribeirinhas, a flora e a fauna e atividades econômicas
como a pesca e a agricultura. Deste modo, a Samarco tem sido criticada por sua má gestão da
barragem e sua falta de prevenção de riscos ambientais.
A empresa enfrenta processos, multas e sanções gerais. Sua reputação foi severamente
prejudicada e medidas urgentes foram necessárias para mitigar o impacto da tragédia. Depois
da crise, a Samarco trabalhou para reparar os danos ambientais, apoiar as comunidades
afetadas e rever os processos de gestão de barragens e segurança operacional. Foram
elaborados acordos de compensação e implementados planos de recuperação ambiental com o
objetivo de restaurar os ecossistemas afetados pela tragédia.
A Samarco é uma joint venture entre a Vale e a BHP Billiton. A Vale é outra empresa
que esteve envolvida, com a Samarco em uma crise ambiental. Em janeiro de 2019, o caso da
Vale mais conhecido ocorreu em Brumadinho, também em Minas Gerais. Ambos os casos
envolveram o rompimento de barragens de rejeitos de mineração, resultando em danos
ambientais graves e perdas de vidas humanas. O desastre da Samarco em Mariana, em 2015,
foi considerado o maior da história do Brasil na época, enquanto o desastre da Vale em
Brumadinho, em 2019, foi o segundo maior do país pela quantidade de mortes e impactos
ambientais graves em uma área extensa.
Além disso, os casos envolvendo a Vale receberam mais atenção e repercussão pública
na época gerando um aumento da pressão da opinião pública, cobertura midiática e
investigações governamentais mais intensas. Ambas as empresas enfrentaram consequências
legais, financeiras e de reputação, incluindo processos judiciais e esforços de reparação.
Embora muito parecidas em termos de desastres ambientais, cada caso teve suas
peculiaridades e impactos específicos no meio ambiente e nas comunidades afetadas.
Portando, a tragédia de Mariana e em Brumadinho foram marcos de reflexão sobre a
importância de uma gestão responsável e segura no setor de mineração, destacando a
necessidade de aumentar as medidas de vigilância e prevenção para evitar ocorrências
semelhantes no futuro.
Figura 1 - Desastre em Mariana

Fonte: https://jovempan.com.br/noticias/fundo-da-samarco-para-reparacao-de-danos-causados-pela-
lama-tem-r-501-milhoes-2015-12-03.html

Figura 2 - Desastre em Brumadinho

Fonte: Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/dois-anos-apos-brumadinho-acao-da-


vale-quase-dobrou-mas-podia-ter-subido-mais/
REAÇÃO DA EMPRESA:
No dia do rompimento o próprio site da mineradora Samarco fez uma publicação
informando o ocorrido e junto com uma nota que dizia que houve um acidente na barragem de
rejeitos de Fundão e que a empresa estava agindo e movendo esforços para priorizar o
atendimento aos moradores da região, deste modo para minimizar os danos ao meio ambiente.
Mas, as informações da tragédia foram espalhadas mais rápido, a organização perdeu o timing
para se pronunciar sobre o ocorrido, prejudicando a sua imagem.
No dia 06 de novembro de 2015 no jornal Estado de Minas, o presidente Ricardo
Viscovi divulgou um vídeo na rede social da Samarco onde tirou o comunicado oficial
publicado no dia da tragédia que falamos a cima e no vídeo, o presidente da Samarco
lamentava o ocorrido e reconhecia a gravidade do acidente dizendo: “Nós lamentamos
profundamente e estamos muito consternados com o que aconteceu, mas estamos
absolutamente mobilizados para conter os danos causados por este trágico acidente”.
Durante a crise, a Samarco designou pessoas-chave para entregar mensagens
relacionadas ao desastre de Mariana. Embora as características específicas desses porta-vozes
não sejam detalhadas no resumo, deve-se enfatizar que a seleção de palestrantes competentes
e conhecedores é uma boa prática na gestão de crises de imagem.
Dentro das redes sociais foi percebido a indignação da sociedade com todo o ocorrido.
No entanto, pode se observar que a Assessoria da empresa se mostrou engajada e responde
com agilidade as pessoas, buscando explicitar as ações e direcionar para outros canais que
possui mais informações, se necessário.
Pode- se dizer que no começo o trabalho da Samarco de gerenciamento à crise de
imagem foi relativamente organizado e correto. A Samarco trabalhou em ações de
comunicação por meio de anúncios em outdoors, TVs e outras plataformas, com repercussão
das campanhas nem sempre gerando um resultado positivo, pois o público ainda demonstrava
um descrédito em relação às medidas tomadas pela Samarco.
Deste modo a Samarco tem uma comunicação transparente e tem divulgado
informações públicas sobre o ocorrido, as causas do desastre, as medidas de mitigação
implementadas e as medidas de compensação e compensação para as comunidades afetadas.
Tendo em vista que este tipo de transparência é fundamental para criar confiança e mostrar
responsabilidade durante uma crise de imagem. E sim, a empresa é responsável pelos danos
sofridos e possui planos de indenização e compensação para as comunidades afetadas.
Podendo concluir que está ação está alinhada às boas práticas, pois demonstra o compromisso
da Samarco com suas responsabilidades socioambientais e seus esforços para reparar os danos
causados e contribuir para a recuperação das áreas afetadas.
A empresa busca aprender com a crise e aprimorar continuamente suas práticas de
gestão de segurança e meio ambiente. Isso inclui revisar e aprimorar seus procedimentos,
adotar medidas preventivas mais fortes e promover uma cultura organizacional que enfatize a
responsabilidade social e ambiental.
A Samarco trabalha com diversos stakeholders, incluindo comunidades locais, poder
público, ONGs e especialistas em meio ambiente. Além de promover um diálogo construtivo
e trabalhar em conjunto para encontrar soluções, o relacionamento com esses grupos é
essencial para ouvir suas preocupações, necessidades e expectativas.
Diante desses procedimentos, a Samarco tem demonstrado que adere às melhores
práticas estabelecidas no texto Gestão de Crises de Imagem. Transparência na comunicação,
responsabilidade socioambiental, envolvimento com as partes interessadas e
comprometimento com a melhoria contínua são aspectos importantes na gestão eficaz de uma
crise de imagem e na reconstrução da reputação de uma organização.

RESULTADO GERAL:
A crise continua desde o rompimento da barragem em 2015, e seu impacto negativo
permanece devido à dimensão da tragédia e ao número de pessoas envolvidas. A escala desse
fato repercutiu em todo o mundo e causou enormes prejuízos financeiros e de imagem. As
ações da Vale caíram 6% na Bovespa no dia seguinte ao incidente. Embora medidas e ações
tenham sido tomadas para lidar com as repercussões do desastre de Mariana, ainda não se
pode dizer que a empresa superou totalmente a crise. Reconstruir uma reputação e se
recuperar dos danos causados por uma crise é um processo complexo e demorado, ou seja,
que leva tempo. Para se diferenciar de seus concorrentes, a Samarco assumiu o desafio de
reconquistar a confiança e a credibilidade em um mercado pós-desastre.
Pode- se dizer que a crise, sem dúvida, afetou sua imagem e posição em relação a
outras empresas do setor de mineração, e recuperar sua posição favorável exigirá esforços
contínuos para melhorar sua reputação. Em termos de imagem corporativa, é provável que a
Samarco tenha passado por uma grande mudança após a crise. A necessidade de lidar com as
consequências ambientais, sociais e legais dos desastres pode levar as empresas a reavaliar
suas práticas, políticas e cultura organizacional. Essas mudanças podem ter efeitos positivos e
negativos na reputação de uma empresa, dependendo de como são percebidas e
implementadas.
Com o desenrolar da crise que resultou na maior catástrofe ambiental do Brasil, as
falhas corporativas na gestão e identificação de riscos tornaram-se evidentes. Portanto, a
opinião pública exige uma resposta e uma solução para o caso. A Samarco enfrentou o grande
desafio de consolidar suas questões de qualidade, garantir credibilidade e manter-se integrada
para reconstruir seus negócios e sua reputação. No entanto, ao estudar esse caso e avaliar
outros casos de crise, fica claro que, adotando práticas e atitudes corretas, as empresas podem
construir uma base sólida para uma recuperação mais rápida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Pela avaliação geral de todo o ocorrido, verifica-se que a Samarco enfrenta uma grave
crise de reputação por conta do desastre ambiental de 2015. Deste modo, a empresa tem
tomado diversas ações para lidar com as repercussões dessa crise e tentar reconstruir sua
reputação e reconquistar a confiança. Mas, os danos no entanto, a superação total da crise
continua está sendo um desafio contínuo.
Uma crise é um desdobramento negativo de um evento de risco, que pode gerar
prejuízos financeiros, de marca, de imagem. No caso da Samarco, a crise decorreu de uma
grande tragédia que afetou a comunidade. Deste modo se torna mais complicado e difícil de
reconquistar o público e, consequentemente, a reputação. No entanto, independente do porte,
as empresas devem sempre proceder com cautela.
Para recuperar a confiança, é fundamental fortalecer a atuação no mercado, fortalecer
o planejamento estratégico para gestão de crises e riscos, fortalecer a comunicação e manter a
imagem. Identificar oportunidades na crise para permitir que as empresas se reestruturem e
avancem. Afinal, é a força da credibilidade que garante a sobrevivência, traduzida em uma
imagem corporativa adquirida por meio de um trabalho constante de comunicação com os
stakeholders. A Samarco está ainda num processo de reestruturação, mas ainda surgem
reclamações como, sobre a qualidade da água, os efeitos negativos dos rejeitos sólidos da
lama, além de questionamentos sobre o apoio a determinadas comunidades. Sendo que o
assunto é atribuído dentro das redes sociais e em outros veículos de comunicação, o que
influencia a percepção do público.
Nesse trajeto, algumas das recomendações da Samarco incluem a comunicação
transparente e aberta com todas as partes interessadas, fornecendo informações claras, diretas
e precisas sobre seus procedimentos, planos de tratamento e melhorias implementadas. Além
de que, as empresas devem demonstrar constantemente seu comprometimento com a
responsabilidade social e ambiental, implementar práticas sustentáveis, fortalecer suas
políticas de segurança e ir busca de soluções eficazes para reparar os danos causados.
Mais importante ainda, a Samarco continua a se envolver ativamente com as
comunidades afetadas, autoridades governamentais, ONGs e outras partes interessadas
relevantes. O diálogo aberto e a cooperação são fundamentais para construir confiança e
encontrar soluções comuns. É importante que as empresas monitorem constantemente as
percepções sobre sua reputação e o impacto de suas ações. Assim, ajudará a identificar áreas
para melhoria e ajustar as estratégias de gerenciamento de reputação, se necessário.
A Samarco continuará aprendendo com a crise e buscando inovar em suas práticas,
processos e tecnologias. A adoção de uma abordagem inovadora para a gestão ambiental e de
segurança pode ajudar as empresas a se diferenciarem e fortalecerem sua posição no mercado.
A conformidade com os regulamentos ambientais e de segurança é essencial e demonstra um
compromisso demonstrado com a conformidade legal e a responsabilidade.
Portando, essas recomendações citadas podem ajudar a Samarco a administrar sua
reputação e se recuperar totalmente da crise. Mas é importante ter em mente que a situação
que cada indivíduo viveu, é única e as empresas devem se adaptar utilizando suas estratégias e
abordagens às circunstâncias específicas, tendo em conta as necessidades e expectativas dos
seus stakeholders no geral.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:

FORNI, João José. Comunicação em tempo de crise. In: DUARTE, Jorge (Org.). Assessoria
de imprensa e relacionamento com a mídia: teoria e técnica. São Paulo: Atlas, 2002.
FORNI, João José. Gestão de Crises e Comunicação - O que gestores e profissionais de
comunicação precisam saber para enfrentar crises corporativas. 2 edição. São Paulo: Editora
Atlas S.A, 2015.
KUNSCH, Margarida M. K. Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada.
São Paulo: Summus, 2003.
DUARTE, Jorge (org). Assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia: teoria e
técnica. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2003.
OLIVEIRA, Aline. Superando crises com a reputação. Análise do caso da Samarco. FESV,
Vitoria/ ES. Disponível em:https://estacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/destarte/
article/download/370/351/532
SILVA, Aline. Gestão de crise e comunicação: O caso Samarco. FATECS. Brasília, 2016.
Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/187133488.pdf
Figura 1 - Disponível em: https://jovempan.com.br/noticias/fundo-da-samarco-para-
reparacao-de-danos-causados-pela-lama-tem-r-501-milhoes-2015-12-03.html
Figura 2 - Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/dois-anos-apos-
brumadinho-acao-da-vale-quase-dobrou-mas-podia-ter-subido-mais/

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