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VII Congresso

Brasileiro de
Psicopedagogia
III Congresso Latino-
americano de
Psicopedagogia
I Congresso Luso-
brasileiro de
Psicopedagogia
X Encontro Brasileiro
de Psicopedagogia
II Expo Psicoped →
INSTRUMENTOS
PSICOPEDAGÓGICOS
DE AVALIAÇÃO E/OU
DIAGNÓSTICO
Por: Raquel P. de Oliveira
OBJETIVO
• APRESENTAR UM INSTRUMENTO DE
AVALIAÇÃO E/OU DIAGNÓSTICO

• NOSSO LEMA: TESTAR PARA MAXIMIZAR


OPORTUNIDADES

• DIAGNÓSTICO X RÓTULO
PORQUE UTILIZAR TESTES PADRONIZADOS?
PORQUE UTILIZAR TESTES PADRONIZADOS?

1 2 = 3 + 4,5
1000
6 7 8 % + >< *
$ !
? - ? 3 5 6 9 10
%
PORQUE UTILIZAR TESTES
PADRONIZADOS?
• Muitos dos fenômenos de
mercado têm uma distribuição
normal, com grande parte das
A CURVA NORMAL
ocorrências acontecendo
dentro de um a dois desvios-
padrão com relação à média e
com distribuição semelhante
para cima e para baixo da
curva. Serve bastante bem
para se avaliar a distribuição
de dados de natureza física
(peso, altura, tamanho do pé)
de natureza sócio-econômica
(distribuição de renda, padrões
de consumo) bem como de
natureza comportamental.
(Osnaldo de Araújo)
PORQUE UTILIZAR TESTES
PADRONIZADOS?
Sensibilidade tuberculínica pós-vacinal
e sua irrelevância para a revacinação BCG

Gilberto Ribeiro Arantes


PORQUE UTILIZAR TESTES
PADRONIZADOS?
Curva de Adoção da Inovação

• ROGERS, E. M. Diffusion of Innovations. (4th Ed.). New York: The Free Press. 1995.
Appud Leslie Christine Paas
PORQUE UTILIZAR TESTES
PADRONIZADOS?
Curva de Desempenho em Matemática

PROJETO PILOTO TODAS AS SÉRIES


Normal
25 Mean 54.72
StDev 20.37
N 121

20

y 15
c
n
e
u
q
e
r
F 10

0
0 20 40 60 80 100
C1

OLIVEIRA,R.P. Curitiba, 2005


PORQUE UTILIZAR TESTES
PADRONIZADOS?
• Histórico.
• Os transtornos de aprendizagem são as condições nas quais o
padrão de aquisição das habilidades escolares apresenta
discrepância entre o nível de inteligência do indivíduo e o nível
de aprendizagem por ele apresentado.Fatos comprovados pela
aplicação de testes padronizados, individualmente aplicados.
• Esta situação não pode ser explicada em conseqüência da falta de
oportunidade para aprender, não é decorrente de qualquer
doença ou lesão cerebral adquirida nem de problema
emocional grave, tão pouco é originada por déficits sensoriais
não corrigidos.
• São condições que encontram seus mecanismos causais com
origem em algum tipo de disfunção em áreas muito específicas do
cérebro humano.
DISCALCULIA
• CONCEITO
• Crianças que apresentam dificuldades na
aprendizagem da aritmética, falhando na aquisição
das competências e habilidades deste domínio
cognitivo, a despeito de uma inteligência normal,
adequada escolarização, estabilidade emocional e
motivação necessária, são portadoras de discalculia
do desenvolvimento, segundo a definição do DSM IV
• Transtornos da matemática, distúrbios de aritmética,
dificuldade de aprendizagem da matemática e
distúrbio do pensamento quantitativo, são termos
que se referem ao mesmo problema.
DISCALCULIA
• Ainda de acordo com o DSM IV, a discalculia do
desenvolvimento é um raro transtorno de
aprendizagem com prevalência estimada em 1% da
população escolar. Entretanto, a estimativa mais
realista seria 5% semelhante a TDAH (Transtorno de
Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou dislexia do
desenvolvimento.
• Estudos feitos nos Estados Unidos, Europa e Israel
demonstram que a prevalência da discalculia do
desenvolvimento nestes países é similar, variando
ao redor de 3 a 6,5%.(SHALEV,2000)
O INSTRUMENTO
• Busca informações de natureza
quantitativa.
• Busca informações de natureza qualitativa
baseadas especialmente nos:
• Sintomas de Discalculia;
• Desenvolvimento das habilidades
matemáticas.
O INSTRUMENTO
• É composto por 8 sub-áreas:
• A1 Noções Espaciais;
• A2: Noção de número, numeral e contagem;
• A3: Compreensão do sistema numérico decimal;
• A4: Resoluções de operações aritméticas;
• A5: Resolução de problemas;
• A6:Conhecimento do relógio analógico;
• A7: Compreensão de frações;
• A8: Uso de gráficos e tabelas.
O INSTRUMENTO
A1: Noções Espaciais:

• Investiga a percepção de formas, através da


geometria;
• Investiga noções como maior e menor;
• Outras aquisições pré numéricas;
• Relações entre aprendizagem verbais e não
verbais no desempenho em Matemática.
• PADRÃO ESTATÍSTICO BRASILEIRO
O INSTRUMENTO

A2: Noção de número, numeral e


contagem:

• Baseia-se na gênese da contagem:


– Nome dos números;
– Correspondência Biunívoca;
– Princípio da Ordem;
– Princípio da Cardinalidade.
O INSTRUMENTO
A3: Compreensão do sistema
numérico decimal:

• Investiga conhecimento e nomenclatura


das Unidades, Dezenas e Centenas;
• Valor posicional;
• Composição e decomposição;
• V / NV
O INSTRUMENTO
A4: Resolução de operações aritméticas:

• Nesta área são investigadas as dificuldades na realização das operações matemáticas. Devem
ser analisados os tipos de erros, dos quais descreveremos alguns:
• a) Mal alinhamento dos números na realização das operações:
• 34 786 341
• +8 - 63 X 24
• 114 156 1364
• 682
• 2046
• b) Início da soma ou subtração pela esquerda:
• 132
• + 293
• 326
• c) Somar ou subtrair a unidade com a dezena, centena ou milhar:
• 132
• + 253
• 1573
O INSTRUMENTO
A4: Resolução de operações
aritméticas:
ticas
• d) Dificuldades nas operações que exigem
reserva e empréstimo:
• 1º) esquecimento,
• 2º) não utilizar corretamente os procedimentos
de reserva e empréstimo,
• 3º) enganar-se sobre qual número se deve
enviar para a reserva, o mesmo ocorrendo nas
situações de empréstimo
O INSTRUMENTO
A4: Resolução de operações aritméticas:
• e) Dificuldades com a multiplicação:
• 1º) iniciar a operação multiplicando o primeiro número da esquerda
do multiplicando;
• 2º) iniciar a operação multiplicando o primeiro número da esquerda
do multiplicador;
• 34 351 52
• X 14 X 32 X 23
• —— —— ——
• 136 1053 157
• 34 702 50
• —— ——— ——
• 170 8073 657
O INSTRUMENTO
A4: Resolução de operações aritméticas:

• f) Dificuldades com a divisão:


• 1º) não saber calcular o número de vezes que o divisor está contido no dividendo;
• 2º) começar tomando os números da direita do dividendo;
• 841 |20
• 18 20 tomar 41 em vez de 84

• 3º) multiplicar o quociente do divisor e subtrair os números da esquerda do
dividendo;
• 44 | 20
• 40 2
• 4º) colocar mal os números do quociente, por anotar primeiro o número da direita e
depois o número da esquerda;
• 841 | 20
• 041 24
• 01
O INSTRUMENTO
A5: Resolução de problemas:
• Nesta área são investigadas as dificuldades na
resolução de problemas.
• Devem ser investigados procedimentos
utilizados tais como: Dificuldade que algumas
crianças têm em relacionar os procedimentos
matemáticos aos problemas do dia-a-dia.
• Esse entendimento prejudicado trará a essas
crianças uma grande dificuldade para manipular
símbolos numéricos.
O INSTRUMENTO
A5: Resolução de problemas:
• As dificuldades com números parecem compor um
círculo vicioso:
• Execução imprecisa e ineficiente das tarefas numéricas,
pela ausência de domínio da seqüência básica de
contagem.
• Fraca habilidade em contagem, que originou execuções
imprecisas,
• Reforça as respostas incorretas,
• Levando à estratégia de evocação de números, que
provavelmente será incorreta também, e assim por
diante.
O INSTRUMENTO
A5: Resolução de problemas:
• Outras fonte de dificuldades:
• 1º) Incompreensão do enunciado.
• Essa característica aplica-se também a
alunos disléxicos.
• Dificuldade relacionada aos enunciados
demasiadamente complexos. (no
instrumento utilizamos textos simples).
O INSTRUMENTO
• A5: Resolução de problemas:
• 2º) Falhas de linguagem
• A linguagem empregada pelo aluno é mal estruturada e
sem clareza.
A representação e tradução de um problema envolvem:
conhecimentos lingüísticos,
conhecimentos semânticos e
conhecimentos conceituais que “facilitem a compreensão
da tarefa, permitam sua representação em termos
matemáticos e ajudem a elaborar um plano para
resolvê-la” (Echeverría, 1998, p.52).
O INSTRUMENTO
• A5: Resolução de problemas:
• 3º) Incompreensão da relação entre o enunciado e a
pergunta do problema.
• Incapacidade para escolher o procedimento correto* ou
de armar estratégias eficientes para resolução do
problema**.
O processo de solução em si exige *conhecimentos
heurísticos que ajudem a estabelecer as metas e os
meios úteis para alcançá-la, e **algorítmicos que
permitam executar as estratégias planejadas
(Echeverría,
1998, p.52).
O INSTRUMENTO
• A5: Resolução de problemas:
• 4º) Falhas do mecanismo operacional:
• Referem-se à evocação, abstração, reconhecimento das
quantidades, estabelecimento de relações, reflexão e
criatividade para solução dos problemas.
• Dois padrões operacionais são básicos para resolução
de problemas:
Identificação de quantidades e
Reconhecimento das relações entre elas
• Estudantes com baixa condição para manutenção e
recuperação de estratégias são os que apresentam
maiores dificuldades para transferi-las para uma nova
situação. Roth e Milkent (1991)
O INSTRUMENTO
• A5: Resolução de problemas:

• 5º) Falhas de raciocínio:


• Há uma fraca representação mental fazendo
com que o aluno confunda idéias principais e
secundárias estabelecendo falsas relações para
resolução.
• Falta de conexão entre as invariáveis
matemáticas e a situação apresentada no
enunciado.
O INSTRUMENTO

• A6:Conhecimento do relógio
analógico:
• É um dado qualitativo importante.
• Literatura.
• ESTATÍSTICA BRASILEIRA.
O INSTRUMENTO

• A7: Compreensão de frações:


• É muito dependente da qualidade do
ensino.
• Faremos um levantamento das
compreensões básicas.
• ESTATÍSTICA BRASILEIRA.
O INSTRUMENTO
A8: Uso de gráficos e tabelas:
• Dificuldades neste tópico são um sintoma
clássico de Discalculia;
• É bastante influenciado pelo ensino;
• PADRÃO BRASILEIRO
DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM MATEMÁTICA
• Dificuldades com habilidades verbais:
• WISC com maior pontuação na escala de
execução.
• Melhor desempenho em geometria
• Boas habilidades viso-motoras.
• Boas habilidades espaço-temporais
• Dificuldades em memorizar os fatos numéricos,
tabuadas, regras, fórmulas.
• Problemas com o seqüênciamento lógico,
dificuldades com problemas mais complexos.
ESTRATÉGIAS
• Utilização de tabelas,
• Desenhos;
• Gráficos;
• Detalhamento de passos a serem
seguidos (gráficos ou escritos);
• Técnicas de memorização (associações).
DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM MATEMÁTICA
• Dificuldades com habilidades não verbais:
• WISC com maior pontuação na escala verbal.
• Trocas tipo visual, inversões, escrita em
espelho, não reconhecimento de figuras
geométricas.
• Dificuldades com reservas e empréstimos.
• Dificuldades com seqüenciamento espacial-
temporal; especialmente em divisões, fatoração,
M.M.C. e cálculo algébrico.
ESTRATÉGIAS:
• “Receitas por escrito”;
• Códigos de cores;
• Detalhar através de explicações, gráficas
e verbais, as seqüências lógicas que se
dão durante as operações;
• Solicitar que o aluno explique o que
entendeu.
RECORDANDO
NOSSO LEMA: TESTAR PARA MAXIMIZAR OPORTUNIDADES
DIAGNÓSTICO X RÓTULO:
Segundo o Dicionário Houaiss diagnóstico significa “a fase do ato
profissional em que se procura a natureza e as causas do problema”
Diagnosticar um Transtorno de Aprendizagem significa
necessariamente descobrir e comunicar, além do nome da
dificuldade, a inteligência que é muito maior que os problemas de
aprendizagem.
Esperamos que através deste instrumento possamos contribuir para
a melhoria do delineamento das dificuldades e habilidades de
nossos estudantes e com isso contribuir para ações mais eficientes
durante o processo corretor de tais dificuldades.
OBRIGADA

Raquel.pdeoliveira@gmail.com

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