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Um espaço onde se discutisse senso de ética, solidariedade e justiça por meio do

teatro, fortalecendo a autoestima e ajudando a repensar o tema bullying.

Como fazer:

Ritual do Julgamento:

Nessa atividade, tivemos várias ações:

 relato do repórter;
 abertura da sessão pelo juiz e relato do caso;
 depoimento da vítima (relato com uma situação provocada pelo conceito
gerador,no caso, a inveja);
 relatos das testemunhas (testemunhas de defesa e testemunhas de acusação);
 questionamentos dos advogados e promotores às testemunhas;
 relato do perito, o psiquiatra;
 questionamentos dos advogados e promotores ao réu (acusado); depoimento
dos escrivães e júri popular;
 reconstituição dos fatos pelos pontos de vista da defesa e da acusação (cena
improvisada de um fato da situação narrada pela vítima e pelo acusado, por
solicitação do juiz);
 sentença do juiz.

Dos 30 alunos da sala de aula, 15 participaram da dramatização. Foram três juízes,


uma vítima, um réu, três advogados, três promotores, uma testemunha de defesa,
uma testemunha de acusação, um perito (psiquiatra) e um repórter. Os outros 15
alunos representaram oito escrivães e sete pessoas do júri popular.

Reunião do Júri:

Nessa atividade, tivemos várias ações:

 abordagens sobre bullying e escolha do conceito gerador (a inveja);


 construção do espaço cênico;
 observação de vídeos gravados e dos álbuns dos trabalhos nas redes sociais;
 avaliações do processo criativo e autoavaliações dos alunos;
 formulações orais e escritas para o direcionamento dos julgamentos futuros;
 apresentação de filmes;
 leituras dramatizadas;
 pesquisas de materiais;
 apresentações públicas.

É importante que, nesse tipo de experiência, haja a troca de papéis. Ao se colocar no


papel do outro, num processo de alteridade e empatia, o aluno participa e aprende.

Essa troca de papéis no ritual do Julgamento e nas reuniões do júri capacita os alunos
para a apropriação do próprio aprendizado, gerando criação, apreciação e
contextualização dos relacionamentos.

Nas primeiras reuniões do júri, foram explicitadas as expectativas de aprendizagem,


os critérios de avaliação e o funcionamento do “Jogo do Tribunal”.

O Jogo do Tribunal:
Regras: Venceria o grupo que conseguisse convencer o(s) juízes(s) de seus
argumentos. A vitória viria na sentença.

Um grupo seria composto pela vítima, os advogados e as testemunhas de defesa. O


outro, pelo réu, pelos promotores e pelas testemunhas de acusação.

O perito (psiquiatra) seria a peça-surpresa e de desequilíbrio no jogo, podendo


construir seus argumentos tanto do ponto de vista da vítima, para favorecê-la, como
da acusação, para colocá-la em desvantagem.

Tempo de realização: Uma hora (15 minutos antes e depois, para montagem e
desmontagem do cenário).

Onde: sala de aula, transformada em tribunal.

Quem: advogados, promotores, juízes, testemunhas, vítima, réu, repórter, perito


(psiquiatra), escrivães, júri popular, todos interpretados pelos alunos.

Bullying:

Iniciei os trabalhos conversando com os alunos sobre a palavra bullying. Perguntei:


“Quem sabe o que significa bullying?”

Alguns responderam: “empurrar de propósito”, “chamar de gorda”.

Provocando, cada vez mais, cheguei numa tradução literal da palavra: comportamento
agressivo.

E continuei: “Se alguém empurrar uma pessoa, uma só vez, isso seria caracterizado
como bullying?”.

A sala permaneceu em silêncio. Continuei: “E se essa provocação for mais de uma


vez?” “E se acontecer constantemente?”.

Uma menina gritou lá do fundo: “Eu me desesperaria!”

Prossegui: “E nessa situação, pessoal, seria bullying?

Timidamente, alguns responderam que sim. Outros me olharam desconfiados. Um


deles chegou perto de mim e, baixinho, disse: “Não conta pra ninguém, sofri bullying,
professora”.

Continuei o desafio: “E qual será a razão de alguém fazer bullying com outra pessoa?”
Alguém gritou: “Ele ser mau!”.

“Será mesmo que ele é mau?”, perguntei. “Todos concordam?”

Então, outro aluno disse: “Não professora, porque as vezes nos arrependemos”.

Completei a observação: “Algumas vezes, vemos o outro com medo e como uma
ameaça e, assim, reagimos com atitudes hostis. Será isso, pessoal? Será que quando
uma pessoa insiste em humilhar outra, por causa da cor da pele, do jeito e do tipo de
cabelo, é por que não aceita as diferenças?”
Alguns balançaram a cabeça afirmativamente.

“Então, pessoal, existem causas que levam ao bullying. Por não haver respeito às
diferenças, surgem preconceitos e discriminações. E isso pode levar a consequências
drásticas”.

Um aluno falou: “Algumas pessoas tem depressão e ficam tristes.” Completei dizendo:
“Você tem razão. As consequências vão das mais simples, como uma dor de
estômago, àquelas sérias, como uma tristeza profunda, que leva à depressão. Que tal
um desafio?”

A partir de conceitos que fomos incluindo, juntos, no quadro, de maneira aleatória,


propus que escrevessem uma história com passado (causas do bullying), presente
(fato ocorrido de bullying) e futuro (consequências do bullying). Poderia ser um relato
de experiências vivenciadas por eles ou uma história inventada.

Os conceitos escritos no quadro e discutidos foram solidariedade, inveja, amor,


desrespeito, humilhação, solidão, agressão, união, tristeza, amizade, depressão, ódio,
paz, violência doméstica, racismo e homofobia, entre outros.

Infelizmente, na turma do 6º ano, havia crianças com sérias dificuldades de


encadeamento de ideias para a construção textual.

Tínhamos, então, um problema: como criar uma história que fosse trabalhada na
forma de teatro se os alunos passavam por sérias dificuldades de construção textual?

Resolvi partir para improvisações. Os alunos se tornariam protagonistas das ações


improvisadas, dos depoimentos e dos diálogos dos personagens.

Esse foi o primeiro ciclo de aprendizados, com duração de três meses. O texto teatral
nasceu da ação performática e das improvisações. Ele nos revelou o processo de
construção de aprendizados.

Convidei a turma, então, para que criássemos um tribunal. O conceito gerador


escolhido foi a inveja.

A transformação da Sala de Aula em Espaço Cênico – o Tribunal:

Diante do convite, todos se alvoroçaram, levantando as mãos. A empolgação foi geral.


Os alunos estavam ansiosos para pegarem seus figurinos (roupas do meu guarda-
roupa pessoal e profissional de professora/artista).

Eu disse, então: “Calma, pessoal! Num tribunal, temos muitos personagens. Terá lugar
para todos! Temos os advogados, os promotores, as vítimas, as testemunhas, os
psiquiatras, os escrivães e até os repórteres!”

Enquanto eu falava sobre cada um dos papéis, todos corriam para perto de mim
querendo falar de suas escolhas.

Em meio ao alvoroço e à animação, fui dando esclarecimentos sobre as funções dos


profissionais num tribunal.

Alguns, porém, estavam desconfiados. “Professora, e eu, não farei nada?”.


Eu animava, falando: “Que tal como escrivão? Depois trocamos os papéis”.

Esses eram os meninos mais tímidos e reservados, e que precisavam de uma maior
atenção.

A sala de aula se transformou para construção do nosso Tribunal, tanto no arranjo dos
elementos físicos como no modo de relacionamento (alunos e professora).

No Tribunal, os objetos da sala de aula passaram a ter outras funções,ou melhor,


tornaram-se objetos vazios. E, como tal, poderiam se transformar em qualquer outra
coisa para servir ao trabalho dos atores/alunos.

O Amigo Invejoso:

Pelas ações e pelos diálogos, o ritual do julgamento foi se desenvolvendo. O objetivo


era gerar nos alunos uma percepção sobre o bullying.

O ritual tinha a minha mediação. Enquanto filmava o julgamento, eu interagia com os


alunos. Dava indicações, trocava ideias e fazia questionamentos. O objetivo era
provocá-los para que externassem seus pensamentos e mantivessem o entusiasmo e
o empenho ao longo da discussão e do desvendamento do caso.

Ocorria uma redistribuição de papéis e lugares, por meio da realização do ritual, algo
próprio da lógica do pedagogo emancipador(Rancière, 2012), rompendo as fronteiras
entre o olhar e o agir, entre o dizer e o fazer, entre o ouvir e o falar.

Foi ao longo do ritual que a Dramaturgia “O Amigo Invejoso” foi sendo criada. Ela
foi se constituindo do acontecimento e do jogo que a constitui (Foucault, 1970).

O aprendizado ocorreu simultaneamente ao julgamento no Tribunal. Em cena, fatos,


conflitos e falas se confundiam com as experiências, os medos, as dúvidas, as
superações e o entusiasmo dos alunos.

Encontrar um sentido que levasse o caso de bullying à sentença final era o que gerava
a dinâmica do estudo de caso.

A aprendizagem e o projeto se efetivaram com os argumentos construídos no Tribunal,


onde os alunos ganharam voz, por meio dos seus pontos de vista e do posicionamento
crítico sobre a cena/realidade.

Dessa forma, a partir das relações estabelecidas no Tribunal, foi possível instigar
outras maneiras de ver e pensar.

Construímos valores e atitudes para além dos preconceitos e das discriminações,


numa escrita reflexiva e crítica que, sendo também performática, foi se tornando
autocrítica.

Assim, ela foi sendo elaborada a partir de meta-pontos de vista (Morin, 2000), entre o
real e fictício, por meio das ações dos personagens/alunos, dos diálogos, dos conflitos
e da dramaturgia, na construção de um sentido de ética e justiça em nome de uma
cultura pela paz.

Socialização:
Fotos, textos e vídeos foram sendo compartilhados no Facebook, tanto na página
”Tribunal: caso bullying” como nos perfis pessoais do alunos. Esse material serviu para
que todos pudessem acompanhar o processo de evolução do projeto e o aprendizado.

Foi ainda uma forma de expandir as fronteiras da escola, possibilitando a troca de


ideias com os alunos, familiares e profissionais da educação, e também abrindo um
caminho para a aplicação do projeto por outros professores.

Os alunos foram avaliados durante a construção do Tribunal, unindo análise


quantitativa e qualitativa. Isso incluiu as expectativas de aprendizagens presentes nos
objetivos propostos.

Elaborei três avaliações, escritas em momentos diferentes. Além disso, estabeleci


pontos de regulação para observar o comportamento dos alunos.

Levei em conta os seguintes aspectos para analisar o comportamento de cada aluno:

 frequentemente entra em briga com os colegas ou os provoca;


 mostra-se agressivo;
 revela medo de falar ou se expor;
 coopera com os colegas;
 mostra-se participativo;
 compartilha o aprendizado.

Questionários

Na evolução do trabalho, produzi diversos questionários, aplicados em momentos


diferentes. As perguntas foram as seguintes:

Avaliação no início do processo:

1. Qual caso de bullying é julgado no Tribunal?

2. Quais os personagens envolvidos no julgamento?

3. Faça um resumo do relato feito pela vítima e o acusado.

4. Quais perguntas os advogados fazem para sua testemunha?

5. Quais perguntas os promotores fazem para sua testemunha?

Avaliação no meio do processo:

1. Fale sobre o seu personagem;

2. O seu personagem defende a vítima ou o réu e por quê?;

3. Fale de um acontecimento que prove que o réu é inocente ou culpado;

4. Conte a história do Tribunal.


Avaliação feita no final do processo:

Esse trabalho, em particular, foi realizado em duas partes, com as seguintes questões:

Parte 1:

1. Qual o caso de bullying que é julgado no Tribunal? (fale com suas palavras sobre a
história que é julgada no Tribunal).

2. Quais os personagens envolvidos no julgamento? (fale sobre cada um deles).

3. Faça um resumo do relato feito pela vítima e pelo acusado (réu).

4. O que alegam os advogados em defesa do réu e o que alegam os promotores


contra o réu e o que esclarece o psiquiatra? (faça um breve resumo do
posicionamento assumido por cada um deles em defesa dos seus clientes).

5. O juiz chegou a dar a sentença final? (em caso afirmativo, qual foi a sentença final
do juiz e seus argumentos para chegar a sentença final. Em caso negativo, se você
fosse o juiz, qual seria a sua sentença e justifique os seus argumentos).

Parte 2:

1. O que sentiu ao fazer um papel no Tribunal?

2. De qual mais gostou e por quê?

3. O que precisa fazer para melhorar o desempenho?

4. O que mudaria no Tribunal para torná-lo cada vez mais interessante?

5. O que foi mais difícil de fazer? Por quê?

6. O que foi mais divertido? Por quê?

7. Faça um relato em primeira pessoa explicando como se fosse o seu personagem:


Quem é você? Como é a sua profissão? (como se fosse dar uma entrevista).

8. Fazer o Tribunal fez você pensar melhor sobre o bullying? Por quê?

9. Depois de fazer o Tribunal, deu vontade de, quando for adulto, exercer uma dessas
profissões que viveu no Tribunal? Ou ser ator? Qual e por quê?

10. O que acharia se o que fizemos e nossa dramaturgia “O Amigo Invejoso” virassem
um livro das nossas experiências?

A avaliação sobre cada aluno levou em conta os seguintes critérios:

 estar capacitado para construir relatos das suas experiências com o Tribunal;
 saber improvisar nas situações de jogo do Tribunal;
 estar capacitado a emitir opiniões sobre suas criações e as dos colegas;
 saber relacionar a realidade sociocultural a partir de sua criação com a de
outros autores apresentados em vídeos ou filmes da história do teatro.
Na fase de Avaliação I, apenas dez jovens (30% do total) escreveram relatos. Essa
porcentagem representava a quantidade dos alunos que se mantinham fora das brigas
e eram participativos no Tribunal.

Na Avaliação II, foram 20 os relatos (70%), numa evolução no número de alunos


capazes de escrever sobre a história do Tribunal e a emitir opiniões. Esse resultado
também tinha correspondência com o total de alunos participantes ativamente do
Tribunal.

Na Avaliação III, nada menos do que 100% dos alunos foram capazes de relatar sobre
a história do Tribunal, e a emitir suas opiniões.

Avaliação das Etapas de Trabalho:

Etapa 1 – “Construindo Conceitos sobre Bullying”

Acostumados a um espaço com carteiras enfileiradas e a estarem mais em situação


de escuta e escrita do que em situação discursiva e participativa, os alunos não
sabiam lidar com a liberdade.

Revelavam incapacidade e medo em se pronunciarem, assumirem posições e se


expressarem sobre o aprendizado e sua própria realidade.

A liberdade era associada à desordem, e não ao ato de aprender. Consequentemente,


havia ausência do discurso argumentativo de ideias, que poderia ser o precursor de
um renovado senso de justiça e de respeito às diferenças e, primordialmente, o
gerador de uma cultura pela paz.

A dinâmica de trabalho com os conceitos sobre o bullying motivou o debate de ideias,


fazendo com que os alunos construíssem seus próprios pensamentos sobre o tema.

No início do projeto, porém, parte da turma se mantinha retraída, com o costume de


esconder cadernos e instigar brigas.

Essa situação me levou a pensar que a falta de construção argumentativa poderia ser
fruto da exclusão social e da falta de protagonismo dos alunos, numa reprodução
inconsciente do ambiente de exclusão e indiferença em que viviam.

Etapa 2 – “Transformação da Sala de Aula em Espaço Cênico: o Tribunal”


Com a transformação da sala de aula num tribunal, o comportamento dos alunos
também mudou. Eles foram percebendo, a cada aula e nova experiência no Tribunal,
que era preciso ter a cooperação e o companheirismo como práticas.

Nas primeiras experiências, eu sozinha montava o Tribunal. A realidade foi aos poucos
se transformando, e eles, juntamente comigo, passaram a afastar carteiras e cadeiras,
abrindo espaços e construindo um novo arranjo para os elementos envolvidos.

Os alunos lembravam arquitetos de interiores, cenógrafos ou diretores teatrais,


ajudando-se na escolha, na troca e no manuseio dos figurinos, adereços e objetos de
cena, e desenvolvendo sua própria noção de espaço.
Com criatividade, deram uma personalidade própria à sala de aula, transformada em
Tribunal. Em momentos diferentes, era comum eu ouvir coisas do tipo: “Posso ajudar,
Professora?” ou “Professora, deixa que eu levo!”.

Eu dizia:

“Mas é pesado para você!”.

E ouvia:

“Não é, professora”.

Também era comum ouvir: “vamos brincar hoje?”.

Com frequência, eu via rostinhos diferentes assistindo às aulas do 6º ano – o mesmo


acontecia em outras turmas do projeto.

Os alunos exclamavam: “Tem aluno novo na sala!” Eram colegas de outras turmas,
que queriam participar da experiência conosco. Mas, descobertos pelos funcionários,
retornavam às salas de origem.

Ao final de cada experiência, recolhíamos tudo e desmontávamos o Tribunal, para que


a sala de aula voltasse ao que era antes, um espaço de carteiras enfileiradas.

Etapa 3 – “O Amigo Invejoso"

Com o ritual do Tribunal, os alunos aprenderam a construir argumentos do próprio jogo


da cena. Isso resultou dos questionamentos elaborados, das declarações dadas e dos
problemas e conflitos que surgiram no “aqui-e-agora” das improvisações. A
dramaturgia “O amigo invejoso” foi criada pelos alunos no jogo de cena realizado por
meio do ritual.

Os alunos construíram os sentidos da história, defendida e julgada no Tribunal,


colocando-se dentro da própria experiência (Hernadez, 2008).

Dando sentido ao aprendizado, descobriram o posicionamento crítico sobre a


realidade julgada, que, embora fictícia, também se relacionava com a realidade deles.

Em alguns momentos, os alunos tiveram dificuldade para se expressarem


verbalmente. Mas não considerei isso impedimento. Ao contrário. Eu e os alunos
soprávamos dicas ao ouvido. Uns incentivavam os outros, e surgiam momentos
descontraídos, como quando o réu falou para o juiz:

“É para você me fazer perguntas seu juiz! Se liga!”

O Tribunal foi se tornando divertido, e todos foram aprendendo com os erros e os


acertos. O silêncio também foi aproveitado, inclusive como “gancho” para desenrolar o
julgamento.

Os alunos aprenderam democraticamente a dar a palavra e a ter seu momento de fala,


de agir e de esperar a vez do amigo.
A dinâmica do Tribunal possibilitou a cada aluno conhecer conceitos e construir
valores e atitudes, colocando-se no lugar do outro. O posicionamento frente às
situações construídas criou um espaço para o consenso e o direito à voz e à escuta.

A autoestima também foi valorizada no processo, quando os alunos tiveram a


oportunidade de vestirem trajes que antes nunca haviam usado. O orgulho surgiu do
fato de estarem vestidos como profissionais.

O que antes era apatia se tornou identidade e disponibilidade, consequências da


intimidade e da desenvoltura adquiridas na interpretação dos personagens.

Os amigos que anteriormente se desentendiam por valores e atitudes egoístas e


individualistas passaram a se ver de outra maneira.

A Socialização:

Mesmo em realidades diversas, os professores podem utilizar o projeto do Tribunal


para irem além do caso de bullying, utilizando a experiência para outras situações.

Como parte da proposta de socialização do projeto, os alunos apresentaram o


espetáculo “Tribunal: caso bullying” no Teatro Paulo Pontes, em João Pessoa (PB).

Planejamos levar o projeto para as universidades, com a possibilidade de os alunos


dividirem as suas experiências com estudantes universitários.

Autoavaliação:

O Tribunal empolgou pela surpresa e pelo trabalho conjunto e investigativo. Muitas


vezes, fiquei surpresa com as saídas argumentativas dos alunos, e isso me fez
aprender.

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