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STJ-Petição Eletrônica recebida em 26/11/2018 17:40:31 (e-STJ Fl.

3)

pau
5:J
GARIOLLI
ADVOGADOS

EXCELENTÍSSIMO SR. MINISTRO PRESIDENTE DO


SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - BRASÍLIA -DF

AUTORIDADE COATORA: PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO


ESPIRITO SANTO, POR SUA PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL.
HABEAS CORPUS DE ORIGEM 0029203-81.2018.8.08.0000
PROCESSO DE ORIGEM;:
COMARCA DA CAPITAL 5a VARA CRIMINAL DE VITÓRIA
AUTOS N° 0018906-40.2018.8.08.0024

CARLESSANDRO BENEVIDES MOTTE, brasileiro,


convivente, portador do CPF 063.025.117-71, nascido a 18/01/1988,
filho de Marinete.Benevides Motte e João da Silva Motte, comerciante
de abacaxi e agricultor na localidade de Brejo dos Patos, zona rural de
Marataízes, residindo a Rua Dulce Meireles Marvila, s/n° em Barra
de Itapemirim-MARATMZES-ES, nos autos em epígrafe, AÇÃO
PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA que lhe é movida pelo
.

MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por pretensa violação aos


artigos 171 e 288, ambos do Código Penal, na forma do art. 69, do
mesmo Código, vem à presença de Vossa Excelência, com base no art. 5°,
LXVIII, da Constituição Federal e art. 647 do Código de Processo Penal, para
impetrar o presente...

~VIS CORNIS
COM PEDIDO
L 1NAR DE UBERDADE,
OU CONCESSÃO DE
Petição Eletrônica protocolada em 26/11/2018 18:38:46

MEDIDAS ALTERNATIVAS
A PRISA0

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&Bui
GARIOLL
ADVOGADOS
I
Em vista da decisão monocrática, da PRIMEIRA CÂMARA
CRIMINAL DO
TJES, resumidamente assim exposta:

0029203-81.2018.8.08.0000
Classe: Habeas Corpus
Órgão: PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL
Data da Decisão: 10/10/2018
Relatora : Des. ELISABETH LORDES
Origem: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESPÍRITO SANTO
Ementa

DECISÃO

1. Cuidam os autos de pedido de Habeas Corpus


de C.B.M.,
em favor
contra ato supostamente coator praticado
pelo M.M. Juiz de Direito da 5a
VARA CRIMINAL DE
VITÓRIA, que decretou a prisão preventiva
do paciente.
O impetrante sustenta a ausência de motivação
quanto à
presença dos fundamentos previstos no art. 312 do CPC.
Desse modo requer a imediata concessão de
liberdade à
paciente.

Extrai-se denúncia da
que as investigações
identificaram uma associação criminosa formada pelos
denunciados que tinha como objetivo a comercialização
de veículos com origem fraudulentamente, restando
consignado que o denunciado Fábio
Ferreira mantinha
relação com o paciente na venda de veículos
fraudulentos sendo que, em conversas registradas, foi
verificado que a associação criminosa mantinha chaves
reservas e rastreadores nos carros vendidos, chegando,
inclusive, a subtrair alguns destes
automóveis depois
de alienados.
Petição Eletrônica protocolada em 26/11/2018 18:38:46

As investigações apontam que Carlessandro e Fábio


Ferreira aparentemente adquiriram documentos
falsos,
alienavam, desalienavam, baixavam e registravam
gravames de veículos, além do que revendiam os
automóveis a terceiros de boa-fé.destaquei.

(...)O Magistrado diante de todo o conjunto probatório


juntado aos autos, entendeu estarem presentes indícios

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Lb.
GARIOLL1
ADVOGADOS

- DECRETOS DE PRISÃO PREVENTIVA - AUSÊNCIA DE


FUNDAMENTAÇÃO ESPECIFICA - Originariamente, a Prisão Preventiva do
ora Impetrante foi decidida com base nos seguintes argumentos( FL. 29/31):

(...)O Ministério Público, às fls. 412/415, pugna pela decretação da


busca e apreensão, da prisão preventiva e da quebra do sigilo dos
extratos dé ligações telefônicas originadas e recebidas com os
consequentes dados cadastrais de seus interlocutores (sem áudio)
quebra de sigilo de extratos de mensagens de texto SMS, dos
investigados acima mencionados.

Analisando detidamente os autos, no que diz respeito ao pedido


de prisão preventiva dos investigados, necessário destacar que os
crimes pelo qual o requerido está sendo investigado, restando
plenamente delineados, os pressupostos dos arts 313 e 312 do
Código de Processo Penal, mormente a necessidade de se garantir
à ordem pública, bem como as investigações, diante da gravidade
concreta e audácia em que os delitos foram cometidos.

Sabe-se ainda, que necessária a existência de elementos de


materialidade e indícios suficientes de autoria para a decretação da
segregação cautelar, o que está demonstrado nos elementos
probatórios colhidos até o presente momento, mormente pelos
documentos apresentados, acostados aos autos, configurando.
portanto a presença do pressuposto fumus comissi delicti.
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Por derradeiro, no que diz respeito ao pleito de Busca e


Apreensão...(...)

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Faz,

GARIOL I_ 1
ADVOGADOS

Foi a partir dessa decisão que o impetrante CARLESSANDRO BENEVIDES


MOTTÉ foi preso na data de 12 de julho de 2018, conforme
documentação
que está em anexo.

Posteriormente, após apresentar suas ALEGAÇÕES PRELIMINARES e


mostrar-se disposto a " colaborar com a Justiça", esta defesa renovou o
.
pedido de concessão da liberdade do ora Impetrante, mediante
revogação de sua prisão preventiva ou, mediante imposição de medidas
cautelares adequadas. MAS FOI NEGADO PELO MAGISTRADO DE PISO.

A DECISAO QUE NEGOU A LIBERDADE PROVISÓRIA AO IMPETRANTE,


MESMO COM PEDIDO ALTERNATIVO DE APLICAÇÃO DE MEDIDAS
CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO ( fls. 16/17) EIS OS TERMOS: .

(...) Quanto ao pedido de revogação da prisão dos acusados, o


Representante do Ministério Público, às fls. 1329/1331, pugna
pelo indeferimento, em razão da necessidade da conveniência
da boa instrução criminal, para garantia da ordem pública, pois
caso os réus permaneçam em liberdade, podem obstruir a
instrução processual, o que, por certo, implicará em grande
óbice para a busca da verdade real.

Analisando os autos, verifico que assiste razão ao Parquet, eis


que fundamentada a decisão que decretou a custódia dos reus,
quando o ato judicial se apoia nos indícios da autoria e prova
da materialidade do delito, somado, somado às circunstâncias
Petição Eletrônica protocolada em 26/11/2018 18:38:46

de que os réus lideravam um grupo tido como criminoso,


indicam que nenhuma das medidas cautelares impostas será
suficiente e/ou adequada para evitar o cometimento de novos
crimes, cuja liberdade representa risco à ordem pública e à
conveniência da instrução criminal.

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PaNi

GARIOLLI
ADVOGADOS

Assim sendo, acolho a cota ministerial e, indefiro o


pedido de revogação da prisão dos réus.

(-)
_
De leitura ao texto da decisão que negou a liberdade do impetrante, constata-
se que Sua Excelência não apresenta argumentos objetivos capazes de
sustentar juridicamente a necessidade de manutenção da permanência da
prisão cautelar. Vejamos, o que diz o núcleo da decisão, na qual se alicerçou
Sua Excelência, diz assim:

Analisando os autos. verifico que assiste razão ao Parquet eis que


fundamentada a decisão que decretou a custódia dos reus quando o ato
judicial se apoia nos indícios da autoria e prova da materialidade do
delito, somado às circunstâncias de que os réus lideravam um grupo tido
como criminoso, indicam que nenhuma das medidas cautelares impostas
será suficiente e/ou adequada para evitar o cometimento de novos
crimes, cuja liberdade representa risco à ordem pública e à conveniência
da instrução criminal. destaques meus.

Assim sendo, acolho a cota ministerial e, indefiro o pedido de revogação


da prisão dos réus

O que se realça, Culto Ministro, é a falta de objetividade e especificidade


na fundamentação da mantença da prisão cautelar, sendo que Sua
Excelência, o Nobre Juiz de piso, não aponta, com precisão, onde, de que
forma e porquê, CARLESSANDRO BENEVIDES MOTÉ não merece a
liberdade.
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Aliás o pedido do ora impetrante sequer foi analisado de forma


individual. pois o despacho(decisão) o fez de forma generalizada, sem
considerar as condições pessoais de cada denunciado e como os fatos
se passaram.

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"elA
GARIOLL1
ADVOGADOS

De forma prejudicial aos interesses do réu, Sua Excelência. evitou analisar


pormenorizadamente as razões postas por CARLESSANDRO para
reivindicar sua liberdade .

O que se realça, Douto Ministro, é a falta de objetividade e


especificidade na fundamentação da mantença da prisão cautelar,
sendo que Sua Excelência, o Nobre Juiz de piso, não aponta, com
precisão, onde, de que forma e porquê, CARLESSANDRO
BENEVIDES MOTE não merece a liberdade.

Aliás o pedido do ora impetrante sequer foi analisado de forma


individual, pois o despacho(decisão) o fez de forma qeneralizada,
sem considerar as condições pessoais de cada denunciado, como
os fatos e passaram em relação ao preso, o que foi encontrado com
ele e qual a extensão e real participação no evento apontado como
criminoso, especificamente.

Mesmo com a demonstração acima, Sua Excelência, a Culta


Desembargadora da Primeira Câmara Criminal do TJES, INDEFERIU A
.
LIMINAR PLEITEADA, procurando suprir a fundamentação rasa do E.
Juiz de Piso, o que se sabe, nesta sede não pode ser considerada como
supridora daquela decisão - ausente de fundamentação - que foi o
alicerce para a reclusão preventiva do ora paciente.
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DO PRECEDENTE - PROCESSO ORIGINAL - OPERAÇÃO TADITORE -


ORDEM CONCEDIDA - TRATAMENTO ISONÔMICO - REQUERIMENTO -

Este o quadro processual que se expõe para análise do pedido levado a


Vossa Excelência, Culto Ministro, destacando-se que os autos do processo
sob debate, n° 0018906-40.2018.8.08.0024, que tramita pela QUINTA VARA

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pr-mi
h.V5
GARIOLL
ADVOGADOS
I
CRIMINAL DE VITÓRIA, COMARCA DA CAPITAL onde encontram-se
denunciados o ora impetrante, (I) CARLESSANDRO BENEVIDES MOTTÉ,
.

(ii) RENAN DE OLIVEIRA BERTOLANI; (III) DANIEL DE ALMEIDA SOUZA


JÚNIOR; (IV) ASS AD SAID EL JURDI FILHO, e (V) DAVID AZEVEDO DAS
CHAGAS, DERIVOU DA OPERAÇÃO TRADITORE ( cujo feito tramita junto a
SEGUNDA VARA CRIMINAL DE VITÓRIA - AUTOS N° 0009995-
39.2018.8.08.0024), tendo como DENUNCIADOS ALINE DE PAULA NUNES,
ROBSON TEIXEIRA ALVES GUSMÃO, FÁBIO FERREIRA, PAULO
HENRICK DE ALVARENGA RODRIGUES, CARLOS EDUARDO ALVES DOS
SANTOS E MARCOS DOS SANTOS.

Réu naqueles autos que tramitam pela 2a Vara Criminal, FÁBIO FERREIRA,
por seu Advogado impetrou recurso de HABEAS CORPUS junto a esse
E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, tombado sob n° HC 468.182-
ES(2018/023028-4), sob relatoria do Ministro Felix Fischer. QUE
CONCEDEU A ORDEM AO IMPETRANTE. estendendo-a aos demais réus
naquele feito, especificamente MARCOS DOS SANTOS: ROBSON
TEIXEIRA ALVES GUSMÃO e PAULO HENRICK DE ALVARENGA
RODRIGUES.

A DECISÃO Monocrática está assentada nos seguintes termos:

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Petição Eletrônica protocolada em 26/11/2018 18:38:46

HABEAS CORPUS N° 468.182 - ES (2018/0232018-4)

RELATOR *: MINISTRO FELIX FISCHER


IMPETRANTE :JEFERSON RONCONI DOS SANTOS
ADVOGADO : JEFERSON RONCONI DOS SANTOS - ES022175
IMPETRADO : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO EST. DO ESP.SANTO
PACIENTE : FABIO FERREIRA (PRESO)
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GARIOLL
ADVOGADOS
I

DECISÃO

Trata-se dé pedido liminar, deduzido em sede de habeas corpus


substitutivo de recurso ordinário, impetrado em favor de FABIO
FERREIRA, contra decisão do Tribunal de Justiça do Estado do
Espírito Santo.

Depreende-se dos autos que o paciente foi preso preventivamente, no


dia 18/05/2018, em tese, como incurso nas sanções do artigo 171,
caput e art. 288, caput, ambos do Código Penal.

Irresignada, a defesa impetrou ordem de habeas corpus perante o eg.


Tribunal de origem, que negou o pedido liminar, e ainda não julgou o
mérito da impetração.

No presente writ, o impetrante alega a inexistência dos requisitos


ensejadores da decretação da prisão preventiva, sob a premissa de
que o paciente ostenta condições pessoais favoráveis, assim como o
crime foi cometido sem violência ou grave ameaça.

Nesse sentido, sustenta que as instâncias originárias se lastrearam em


fundamentações genéricas, para fundamentar os requisitos da
segregação, mormente na gravidade abstrata dos crimes executados.

Requer, ao final, a concessão da liminar, para revogar a segregação


preventiva do paciente (fls. 1-29).
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É o relatório

Decido.

O Col. Pretório Excelso firmou orientação no sentido de não admitir a

impetração de habeas corpus substitutivo ante a previsão legal de


cabimento de recurso pertinente. As Turmas que integram a Terceira
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ras
Sià
GMUOLL
ADVOGADOS
1
Seção desta Corte alinharam-se a esta dicção, e, desse modo, também
passaram a repudiar a utilização desmedida do writ substitutivo em
detrimento do recurso adequado.

Portanto, não se admite mais a utilização de habeas corpus substitutivo


quando cabível o recurso próprio, situação que implica o não
conhecimento da impetração. Entretanto, no caso de flagrante
ilegalidade apta a gerar constrangimento ilegal, a jurisprudência
recomenda .a concessão da ordem de ofício.

Pela análise da quaestio trazida à baila, verifica-se que o habeas


corpus investe contra denegação de pedido liminar. De fato,
ressalvadas hipóteses excepcionais, é descabido o instrumento
heróico, sob pena de ensejar supressão de instância.

Assim o entendimento do Pretório Excelso: HC 103570, 1a Turma, Rel.


Min. Marco Aurélio, Rel. p/ acórdão Min. Rosa Weber, DJe de
22/8/2014; HC 121828. 1a Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de
25/6/2014; HC 123549 AgR, 2' Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de
4/9/2014.

Da mesma forma, nesta eg. Corte: AgRg no HC 285.647/CE, 5' Turma,


Rel. Min. Jorge Mussi, DJe de 25/8/2014; AgRg no HC 296.890/SP, 5a
Turma, Rel. Min. Moura Ribeiro, DJe de 12/8/2014; AgRg no HC
295.913/SP, 6a Turma, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, DJe de
5/8/2014; PET no HC 294.721/PR, 6a Turma, Rel. Min. Maria Thereza
de Assis Moura, DJe de 24/6/2014.
Petição Eletrônica protocolada em 26/11/2018 18:38:46

A matéria, inclusive, já se encontra sumulada: "Não compete ao


Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado
contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal
superior, indefere a liminar" (Súmula n° 691/STF).

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1.2

ku3

GARIOLLi
ADVOGADOS

Na hipótese, no entanto, é de se afastar a incidência do enunciado


sumular, ante a ocorrência de flagrante ilegalidade. Nesse diapasão,
denota-se a presença dos requisitos autorizadores da concessão da
medida liminar, a saber, fumus boni iuris (plausibilidade do direito
alegado) e periculum in mora (iminência de constrangimento ilegal na
liberdade ambulatorial)

A prisão cautelar deve ser considerada exceção, já que, por meio desta
medida, priva-se o réu de seu jus libertatis antes do pronunciamento
condenatório definitivo. É por isso que tal medida constritiva só se
justifica caso demonstrada a indispensabilidade para assegurar a
ordem pública, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal, ex vi do
artigo 312 do Código de Processo Penal.

No caso em tela, não houve sequer fundamentação a justificar a


segregação cautelar, vale dizer, o respectivo juízo não esmiuçou a
necessidade da prisão, valendo-se somente dos requisitos da medida,
sem adequação com o caso concreto, in verbis:

"No presente processo, em razão dos fatos em apuração, verifica-se


que é cabível a prisão preventiva dos investigados, para a garantia da
ordem pública, da conveniência da Instrução criminal é aplicação da lei
penal, assegurando assim os motivos ensejadores do decreto, para a
aplicação da lei penal."

A eg. Corte de origem, por sua vez, em sede liminar,


aprofundou-se nos fatos e nos requisitos da custódia, a
Petição Eletrônica protocolada em 26/11/2018 18:38:46

fim de justificar a decretação da medida extrema.


Todavia, conforme entendimento assente do excelso
Supremo Tribunal Federal, não compete às instâncias
superiores, em sede de habeas corpus, acrescentar

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Sinui
GARIOLLI
ADVOGADOS

fundamentos à decisão que decreta a segregação


cautelar, com o objetivo de suprir eventual ausência de
suporte, essa, censurável por sua carência, na tentativa
de legitimá-la.

Dessa forma, concedo a liminar a fim de que o paciente aguarde o


julgamento do presente writ em liberdade, salvo se por outro motivo
estiver preso.

Com guarida no artigo 580 do Código de Processo Penal, estendo os


efeitos dessa disposição aos acusados MARCOS DOS SANTOS,
ROBSON TEIXEIRA ALVES GUSMÃO e PAULO HENRICK DE
ALVARENGA RODRIGUES.

Solicitem-se, com urgência e via telegrama, informações atualizadas e


pormenorizadas à autoridade coatora e ao juízo de origem.

Após, vista dos autos ao Ministério Público Federal.

P. e I. Brasília (DF), 06 de setembro de 2018.

Ministro Feliz Fischer


Relator

DO PEDIDO FINAL
Petição Eletrônica protocolada em 26/11/2018 18:38:46

Existindo no âmago desta Defesa sentimento seguro quanto à

desnecessidade da Prisão Preventiva do ora impetrante, que inclusive


dispôs-se a " colaborar com a Justiça" no que for necessário, embora
nenhum objeto tenha sido apreendido e seu poder que o ligasse a uma
organização criminosa, considerando, do mesmo modo, como
e,

DEFICIENTES as razões alegadas para NEGAR A ORDEM DE

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.411,
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GARIOLLI
ADVOGADOS

REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, COM OU SEM MEDIDAS


CAUTELARES, QUE SE BUSCA EM SEDE MONOCRÁTICA DE
ORDEM LIMINAR JUNTO A ESSE E. SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA, DECRETO DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
DE CARLESSANDRO BENEVIDES MOTTE.

Nessa linha de raciocínio, certo é que o julgado dessa Corte, acima


transcrito, Culto Ministro, é tomado como base para análise do presente
pedido, considerando tratar-se de hipóteses análogas, e, que seja
avaliada a possibilidade de aplicação, também neste Habeas Corpus
daquele entendimento, s.m.j., adicionando-se aí que a presente ação, na
qual CARLESSANDRO encontra-se preso, DERIVOU daquela que tramita
junto a QUINTA VARA CRIMINAL DE VITÓRIA - COMARCA DA CAPITAL,
e onde os denunciados, corretamente encontram-se em liberdade pela
decisão acima transcrita e utilizada com parâmetro.

REQUER, ainda, Que sejam requisitadas as informações de praxe.

Que seja intimado o Ministério Público para participar do feito.

É o requerimento.

De Marataízes para Brasília, em 26 de novembro de 2018.


Petição Eletrônica protocolada em 26/11/2018 18:38:46

p.p. Ed j son Gari Ili


OA S 5.887

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GAR1OLLI
ADVOGADOS

Documentos em anexo:

1)A DECISÃO/MANDADO que DECRETOU a Prisão Preventiva do


Impetrante;

2)Mandado de Prisão Preventiva cumprido na data de 12 de julho de


2017 em desfavor do impetrante;

3)Auto de Busca e Apreensão realizada na residência do Impetrante no


dia de sua prisão, quando apenas um celular ( de seu uso) foi
apreendido;

4)DESPACHO promovido pelo Culto Magistrado da Quinta Vara Criminal


da Comarca da Capital, após recebimento da Denúncia, negando a
ordem de revogação da Prisão Preventiva, e cópia da Denúncia;

5)DECISÃO MONOCRÁTICA promovida pela E. Desembargadora da


Primeira Câmara Criminal do TJES, Elisabeth Lordes, NEGANDO a
liminar e, consequentemente o pedido de liberdade para o impetrante,
com ou sem medidas cautelares;

6)Informações prestadas pelo Douto Magistrado da Quinta Câmara


Criminal nos autos do processo de Habes Corpus impetrado por
Carlessandro Benevides Motte, que tramita perante a Primeira Câmara -
Petição Eletrônica protocolada em 26/11/2018 18:38:46

Criminal d TJES;

6-A)Cópia da Ata da Audiência de Instrução e Julgamento iniciada em


31/10/2018, que não teve sequer sua fase acusatória concluída, por
ausência de testemunha do MP, e foi redesignada para continuação em
12/12/2018. Houve pedido de liberdade ainda não apreciado.
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GARIOLL
ADVOGADOS
I

7)Acórdão na integra do Habeas Corpus n° 468.182 -ES (2018/023108-4),


endereçado a esse E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA , apreciado -
monocraticamente - pelo E. Ministro Felix Fisher que CONCEDEU A
ORDEM DE SOLTURA a réus da operação Traditore, da qual originou-se
o presente processo, em face do Impetrante;

8)Andamento do processo ora objeto deste pedido de Habeas Corpus,


0018906-40.2018.8.08.0024, com trâmite pela Quinta Câmara Criminal da
Comarca de Vitória;

9) Andamento do processo originário - OPERAÇÃO TRADITORE -n°


00099953920188080024, com trâmite pela Segunda Câmara Criminal da
Comarca de Vitória, onde foi concedido aos réus Liberdade através do
Habeas Corpus n° 468.182 -ES 2018/0232018-4 - de Relatoria do Ministro
Felix Fisher;

. Marataizes, em 26 de novembro de 2018.

p.p. Ed son iolli .

OA ES 5.887 1
Petição Eletrônica protocolada em 26/11/2018 18:38:46

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