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ENSINO
COM FUTURO.
Instituto Superior de Ciências e Educação à Distancia
CENTRO DE RECURSOS DE MAXIXE
4º Ano - 2020
1. A estudante:

Nome: Evelina Laura Maculuve

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia Código da estudante: 41180038

Ano de frequência: 4º/2020

2. O trabalho

Trabalho de campo de Projecto de Desenvolvimento Código da disciplina:

Tutor: Msc. Nᵒ de páginas: 10

Registo de Recepção por: Data da entrega: 17/04/2021

3. A correcção:

Corrigido por:

Cotação (0-20):

4. Feedback do Tutor:
Evelina Laura Maculuve

Licenciatura em Ensino de Geografia

Trabalho de Campo de Projecto de Desenvolvimento

Tema: Etapas de Avaliação de Impacto Ambiental e Auditoria Ambienta

Tutor:

Trabalho de campo da cadeira de Projecto de


Desenvolvimento por se submeter na
plataforma para efeitos de avaliação.

Maxixe, 2021
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Índice
Conteúdo ……………………………………………………………………………..…Pág.
1. Introdução ............................................................................................................................ 3

1.0. Geral .................................................................................................................................. 3

1.0.1. Específicos...................................................................................................................... 3

2. Referencial teórico ................................................................................................................... 4

2.0. Etapas de Avaliação de Impacto Ambiental e Auditoria Ambiental .................................... 4

2.0.1. Impacto Ambiental ............................................................................................................. 4

2.0.2. Avaliação de impacto ambiental ........................................................................................ 4

3. Fazes da Avaliação do Impacto Ambiental ............................................................................. 4

3.0. Identificação.......................................................................................................................... 5

3.0.1. Identificação das causas: acções ou actividades humanas ................................................. 5

3.0.2. Avaliação ........................................................................................................................... 5

3.0.3. Custos do estudo e do processo de avaliação de impacto ambiental ................................. 6

4. A auditoria ambiental .............................................................................................................. 6

5. Etapas de uma Auditoria Ambiental ........................................................................................ 8

6. Conclusão ................................................................................................................................ 9

7. Referencias ............................................................................................................................ 10
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Introdução
O presente trabalho de pesquisa do Modulo de Projecto de Desenvolvimento, subordinado ao tema:
Etapas de Avaliação do Impacto Ambiental e Auditoria Ambiental, encontra-se estruturado em três
e etapas a citar: Introdução, desenvolvimento e conclusão, apresentando como objectiva Geral:
Analisar as fases da avaliação do impacto ambiental e auditoria ambiental, onde para efectivação
deste objectivo foram traçados os seguintes objectivos Específicos: Identificar as fases de avaliação
do impacto ambiental; Descrever as fases de avaliação do impacto ambiental; Explicar a influência
da auditoria na gestão Ambiental.

Quanto aos objectivos a pesquisa é descritiva, visando fazer o estudo de mesa, baseado numa rica
revisão de literatura que é devidamente citada ao longo da pesquisa e nas referências
bibliográficas.
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1. Revisão bibliográfica

1.1.Impacto Ambiental

O impacto ambiental pode ser definido como a diferença entre a situação do meio ambiente
(natural e social) futuro, modificado pela acção, e a situação do meio ambiente futuro, sem o
projecto. Devido à complexidade e à inter-relação dos ecossistemas, bem como à dinâmica da
propagação dos impactos no tempo e no espaço, sua identificação se apresenta como tarefa pouco
trivial, (CEPEMAR. 1993).

1.1.2. Avaliação de impacto ambiental

A avaliação de impacto ambiental segundo (BOLEA,1990:14), são "estudos realizados para


identificar, prever, interpretar e prevenir os efeitos ambientais que determinadas acções, planos,
programas ou projectos podem causar à saúde, ao bem-estar humano e ao ambiente, incluindo
alternativas ao projecto ou acção, e pressupondo a participação do público".

Seu objectivo principal é obter informações sobre os impactos ambientais, através de exame
sistemático, para submetê-las às autoridades e à opinião pública, com o fim primordial de
prevenir os impactos ambientais negativos decorrentes da acção proposta e suas alternativas,
bem como maximizar os eventuais benefícios.

BOLEA reitera ainda que a avaliação de impacto ambiental constitui-se num instrumento de
avaliação exalte. Ao promover o conhecimento prévio, a discussão e a análise imparcial dos
impactos positivos e negativos de uma proposta, permite evitar e mitigar seus danos e optimizar
os benefícios, aprimorando a eficácia das soluções. A AIA não é, então, um instrumento de
decisão, mas um instrumento de subsídio ao processo de tomada de decisão, (BOLEA,1990).

1.2. FAZES DA AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL


Para atender os objectivos e funções avaliação ambiental, se desenvolve, de modo geral, segundo
as seguintes fases: Identificação; Identificação das causas: acções ou actividades humanas;
Avaliação; Custos do estudo e do processo de avaliação de impacto ambiental.
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1.2.1. Identificação
É caracterizada a acção proposta e o ambiente a ser· afectado. Nesta fase deve ser feita a
identificação das acções e dos impactos a serem investigados, a análise das relações entre os
factores ambientais, a definição de indicadores ambientais e a medição dos impactos; • predição -
é feita a predição das interacções entre factores e da magnitude dos impactos.

1.2.2. Identificação das causas: acções ou actividades humanas


Os impactos ambientais decorrem de uma ou de um conjunto de acções ou actividades humanas
realizadas em um certo local. Um estudo de impacto ambiental pressupõe que tais acções sejam
planejadas, sendo usualmente descritas por meio de documentos, como projectos de engenharia,
memoriais descritivos, plantas entre outros, (WESTMAN, 1983:67).

Dessa premissa, decorre a impossibilidade (ou incoerência) de aplicar a avaliação de impacto


ambiental para a análise de acções não planejadas, como um garimpo, o lançamento clandestino
de resíduos, a construção individual de residências em áreas rurais ou em periferias urbanas. A
equipe encarregada da preparação do estudo ambiental deve ter conhecimento de todos os
estudos técnicos relevantes que tenham sido produzidos para a preparação de um projeto,
inclusive para alternativas que tenham sido descartadas.

Os estudos de impacto ambiental são realizados quando há a perspectiva de se encontrar


impactos significativos. (WESTMAN, 1983) assenta ainda que estes, por sua vez, são geralmente
originados de acções ou actividades de carácter tecnológico, como a construção de uma barragem,
a extracção de minerais ou o carregamento de navios em um porto. Estabelece-se, assim, uma
relação de causa e efeito, na qual as acções tecnológicas são a causa de alterações de processos
ambientais que, por sua vez, modificam a qualidade do ambiente – ou, em outras palavras,
induzem a impactos ambientais.

1.2.3. Avaliação
É feita a interpretação, a análise e a avaliação. Nesta fase são atribuídos aos impactos, ou efeitos,
parâmetros de importância ou de significância, sendo comparadas e analisadas algumas
alternativas, (BOLEA,1990:07).

Esse processo deve, no entanto, ser cíclico, e não linear; ou seja, os estudos devem passar por
sucessivas análises, sendo introduzidas realimentações, cada vez mais detalhadas, à medida que
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são adquiridos maiores conhecimentos sobre o problema enfocado. Mas existem vários
obstáculos e dificuldades para o desenvolvimento dessas actividades.

Em primeiro lugar, o fato de alguns efeitos apresentar carácter quantitativo, enquanto outros são
essencialmente qualitativos, o que leva ao risco de se desprezar o que não se consegue
quantificar.

Em seguida, podem-se ressaltar as deficiências instrumentais e metodológicas existentes para


predizer respostas dos ecossistemas às actividades humanas, sendo mais críticas quando se
referem ao meio social. Acrescente-se, ainda, que uma predição acurada de impactos para uma
dada região não pode ser feita sem o conhecimento de outras propostas de projectos para a região
e dos esforços directos ou indirectos que serão impostos a ela.

A avaliação de impactos é, então, dependente do planeamento regional, devendo referenciar-se


aos planos para o futuro desenvolvimento da região, que normalmente são provenientes de um
conjunto de políticas visando o desenvolvimento nacional. Às dificuldades mencionadas soma-se
a questão da subjectividade que se encontra sempre presente na avaliação e na análise dos
impactos. Isto faz com que surjam, inevitavelmente, conflitos de interesses, que só podem ser
reduzidos pela interacção com os diferentes grupos sociais envolvidos ao longo de todo o
processo, (BOLEA,1990).

1.2.4. Custos do estudo e do processo de avaliação de impacto ambiental


Estimar antecipadamente os custos de elaboração do EIA e das demais tarefas associadas ao
processo de AIA é uma demanda frequente da parte dos proponentes de projectos públicos ou
privados. (BARBIERI, 2007:43) assegura-nos que há poucos estudos sobre o assunto, seja porque
as empresas mantêm sigilo sobre seus custos, seja porque os itens de custo podem nem mesmo ser
apropriados compativelmente pelas empresas: muitas vezes não há registos de despesas
especificamente imputáveis ao processo de AIA.

1.3. AUDITORIA AMBIENTAL


Pode se definir por auditoria ambiental o processo sistemático de inspecção, análise e avaliação
das condições de uma determinada empresa em relação a itens relacionados com o meio
ambiente como: riscos ambientais, eficiência dos sistemas de controlo de poluentes, legislação
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ambiental, fontes de poluição, relacionamento da empresa com a comunidade e órgãos de


controlo, ou ainda do próprio desempenho ambiental da empresa. (MAIMON, 1994).

(LA ROVERE 2003:43) preconiza que a auditoria ambiental está conectada ao sistema de gestão
ambiental (SGA) e é um instrumento empregado pelas empresas com o objectivo de auxiliar no
atendimento a política, as práticas, aos procedimentos e aos requisitos legais, além de minimizar
ou anular os impactos ambientais gerados.

Portanto, o objectivo da auditoria ambiental é o de caracterizar a situação da empresa fornecendo


um diagnóstico actualizado no que diz respeito a poluição do ar, das águas e os resíduos sólidos,
ajudando na escolha das acções de controlo e de gerenciamento a serem tomadas proporcionando
uma melhoria ambiental. (VIEIRA, 2011).

A legislação que rege a questão do meio ambiente existe há muito tempo, porém, os crimes
ambientais sempre foram pouco fiscalizados. A legislação ambiental do Brasil por exemplo, é
considerada a mais ricas do mundo, contudo somente a partir da década de 1990, ela foi cobrada
mais incisivamente devido a uma preocupação com relação ao meio ambiente cada vez maior da
população ao redor do planeta (VIEIRA, 2011).

[...] existem ainda as normatizações como a ISO (International Organization for


standardization) série 14000, que possui membros de todas as partes do mundo. Os países que
constituem esta organização acabam adoptando estas normas como compulsórias, com o objetivo
de combater a degradação do meio ambiente. Fazem parte dessas normas estabelecidas a ISO
14010, 14011 e 14012, que tratam especificamente de Auditoria Ambiental. (VIEIRA, 2011:86).

Segundo (MAZZAROTTO & BERTÉ 2013:123) pode-se denominar a auditoria o exame


realizado a pedido da própria empresa/organização, a fim de verificar se as actividades
desenvolvidas estão em conformidade com os critérios preestabelecidos em determinados planos
ou programas, ou seja, é uma verificação sistemática e criteriosa do andamento e do
cumprimento de determinado projecto, bem como uma análise do cumprimento dos objectivos
predispostos nesse projecto.
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1.3.1. Etapas de uma Auditoria Ambiental


De acordo com (ROVERE, 2006:98) uma auditoria possui três etapas principais. O planeamento, a
aplicação e o relatório final, assim, a auditoria consiste em realizar estas etapas por meio da
realização de acções e itens inclusos em cada uma delas.

A Pré-Auditoria ou Planeamento tem como procedimentos a definição do objectivo e o escopo


da auditoria por meio de reunião entre os auditores e o cliente, a formação da equipe de auditores;
colecta de informações preliminares e a elaboração do plano de auditoria.

A aplicação da Auditoria tem como procedimentos a apresentação por meio de reunião de


abertura e a compreensão da unidade e do sistema de gestão. Ela inclui uma reunião de trabalho,
uma visita de reconhecimento, se necessário uma revisão do plano de auditoria, a colecta de
evidências para avaliação e verificação, a avaliação das evidências e a apresentação dos
resultados, (ROVERE, 2006).

A Pós-Auditoria tem como procedimentos a preparação do relatório final, a revisão e distribuição


do relatório final, o desenvolvimento do plano de acção, incluindo propostas de acção correctiva,
as responsabilidades pela execução do plano de acção e os prazos para execução e o
acompanhamento do plano de acção.
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Conclusão
A avaliação do impacto ambiental esta estreitamente ligada com a auditoria ambiental pois
enquanto a avaliação trata da diferença entre a situação do meio ambiente (natural e social) futuro,
modificado pela acção, e a situação do meio ambiente futuro, sem o projecto, auditoria ambiental
por sua vez assegura o processo sistemático de inspecção, análise e avaliação das condições de
uma determinada empresa em relação a itens relacionados com o meio ambiente.
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1. Referencias
BARBIERI, J. C. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 2ed. São
Paulo: Saraiva, 2007.

BOLEA, Metodologias de avaliação de impacto ambiental. Rio de Janeiro, 1990.

CEPEMAR - Centro de Pesquisas do Mar. Estudo de impacto ambiental (EIA)/ Relatório de


impacto ambiental (RIMA), 1993.

LA ROVERE, E. (Coord.). Manual de Auditoria Ambiental. 2ed. Rio de Janeiro: Editora


Qualitymark, 2003

MAIMON, D. Eco-estratégia nas empresas brasileiras: realidade ou Discurso. Revista de


Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 1994.

MAZZAROTTO, A. S. & BERTÉ, R. Gestão ambiental no mercado empresarial: Curitiba.


2013.

ROVERE, E. L. et al Manual de Auditoria Ambiental. 2ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006.

VIEIRA, F. P. A importância da auditoria ambiental para as organizações. Revista Eletrônica


da Facimed, 2011.

WESTMAN, M. Ecology: impact assessment and environrnental planning, New York, 1983.

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