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Questão 111, Enem 2013 c) 

revela-se um sujeito que reflete sobre questões d) Propõe o retorno do movimento romântico.
existenciais e sobre a construção do discurso. e) Propõe a criação de um novo lirismo.
Tudo no mundo começou com um sim. Uma
molécula disse sim a outra molécula e nasceu a d) admite a dificuldade de escrever uma história em
vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história 03. (ENEM) O uso do pronome átono no início das
razão da complexidade para escolher as palavras
da pré-história e havia o nunca e havia o sim. frases é destacado por um poeta e por um
exatas.
Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o gramático nos textos abaixo.
universo jamais começou.
[...] e) propõe-se a discutir questões de natureza Pronominais
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta filosófica e metafísica, incomuns na narrativa de
continuarei a escrever. Como começar pelo início, ficção. Dê-me um cigarro
se as coisas acontecem antes de acontecer? Se Diz a gramática
antes da pré-pré-história já havia os monstros 02. (ENEM) “Poética”, de Manuel Bandeira, é quase Do professor e do aluno
apocalípticos? Se esta história não existe, passará um manifesto do movimento modernista brasileiro E do mulato sabido
a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois de 1922. No poema, o autor elabora críticas e Mas o bom negro e o bom branco
juntos — sou eu que escrevo o que estou propostas que representam o pensamento estético Da Nação Brasileira
escrevendo. [...] Felicidade? Nunca vi palavra mais predominante na época. Dizem todos os dias
doida, inventada pelas nordestinas que andam por Deixa disso camarada
aí aos montes. Poética Me dá um cigarro.
Como eu irei dizer agora, esta história será o Estou farto do lirismo comedido (ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São
resultado de uma visão gradual — há dois anos e Do lirismo bem comportado Paulo: Nova Cultural, 1988.)
meio venho aos poucos descobrindo os porquês. É Do lirismo funcionário público com livro de ponto
visão da iminência de. De quê? Quem sabe se mais expediente “Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na
tarde saberei. Como que estou escrevendo na hora protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor. conversação familiar, despreocupada, ou na língua
mesma em que sou lido. Só não inicio pelo fim que Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no escrita quando se deseja reproduzir a fala dos
justificaria o começo — como a morte parece dizer dicionário personagens (...)”.
sobre a vida — porque preciso registrar os fatos o cunho vernáculo de um vocábulo.
antecedentes. Abaixo os puristas (CEGALLA. Domingos Paschoal. Novíssima
LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de [...] gramática da língua portuguesa. São Paulo:
Janeiro: Rocco, 1998 (fragmento). Quero antes o lirismo dos loucos Nacional, 1980.)
O lirismo dos bêbedos Comparando a explicação dada pelos autores
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos:
A elaboração de uma voz narrativa peculiar
O lirismo dos clowns de Shakespeare a) Condenam essa regra gramatical.
acompanha a trajetória literária de Clarice Lispector,
culminada com a obra A hora da estrela, de 1977,
- Não quero mais saber do lirismo que não é b) Acreditam que apenas os esclarecidos sabem
ano da morte da escritora. Nesse fragmento, nota-
libertação. essa regra.
se essa peculiaridade porque o narrador
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio
de janeiro: José Aguilar, 1974) c) Criticam a presença de regras na gramática.
a) observa os acontecimentos que narra sob uma Com base na leitura do poema, podemos afirmar
ótica distante, sendo indiferente aos fatos e às corretamente que o poeta: d) Afirmam que não há regras para uso de
personagens. pronomes.
Critica o lirismo louco do movimento modernista.
b) relata a história sem ter tido a preocupação de b) Critica todo e qualquer lirismo na literatura. e) Relativizam essa regra gramatical.
investigar os motivos que levaram aos eventos que c) Propõe o retorno ao lirismo do movimento
a compõem. clássico.

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