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política.
• A comunidade acabada feita por vários vilarejos é uma cidade, desde que
tenha atingido o nível de autarquia por assim dizer, completa.
• Por ser a cidade uma continuação das comunidades anteriores, ela é natural, já
que todas as demais também o são.
• “A natureza é fim..”: o devir de um ser cessa quando, tendo-se reunido a si
mesmo, ele é o que é sem carência.
• A natureza de um ser coincide com o seu bem.
• O melhor para um ser é ser ele mesmo.
• O homem é, por natureza, um animal político.
• O bem soberano é aquele pelo qual todas as outras ações são boas, pois só são
boas em vista de alcançar o bem soberano.
• “É manifesto, a partir disso, que a cidade faz parte das coisas naturais e que o
homem é por natureza um animal político, e que aquele que está fora da
cidade....é que um ser degradado quer um ser sobre-humano”.
• Significação da tese: para Aristóteles, a cidade não é original, pois
geneticamente ela é a última das comunidades.
• Contudo ser natural não é ser originário.
• Uma criança tem naturalmente a potencialidade a falar, mas não fala no
momento do nascimento.
• Oposição aos filósofos convencionalistas que defendem a tese de que os
homens por dois estados: o estado de natureza (original) e um estado civil (por
meio de convenções/contratos)
• Para Aristóteles a cidade nasce originalmente imperfeita e tende a se realizar
em um estado de natureza perfeito (estado civil)
• Há na natureza do homem uma tendência a viver em cidades e que ao realizar
essa tendência o homem tende ao seu próprio bem.
• A antropologia de Aristóteles é anti-individualista
• O homem é duplamente carente: carente de algo que o leve a desejar e
carente de alguém que o leve a se associar.
• Essa deficiência originária faz do homem um ser de necessidade e/ou de
desejo, que o separa do seu bem, e é isso que o faz se associar e viver em
cidade com o bem soberano no horizonte de suas ações.
• Vive em comunidade para ser com os outros um ser acabado e autossuficiente
• Um ser sem deficiência ou imcompletude seria um ser sobre-humano.
• Um ser degradado estaria condenado a uma progressão infinita de seus
desejos.
• É por isso que é evidente que o homem é um animal mais político que
qualquer abelha ou qualquer animal gregário, pois como dizemos, a natureza
não faz nada em vão; ora, entre os animais somente o homem tem uma
linguagem”
• Axioma: “A natureza não faz nada em vão”. Significa que aquilo que é natiral é
definido por sua finalidade interna. Aquilo que existe naturalmente comporta
em si sua razão de ser.
• Um fato da natureza: o homem é o único entre os animais a ter uma linguagem
(logos). Pela aplicação do Axioma deve haver uma razão para isso.
A autoridade da cidade:
• Para alcançar a sua própria natureza pode ser que um ser tenha necessidade de
um “motor”, uma força que permita sua tendência interna a se realizar.
• Por isso existe o que Aristóteles chama de causa motriz, que o nome dado aos
fundadores das cidades.
• “Do mesmo modo que um homem completo é o melhor dos animais, assim
também quando ele rompe com a lei e a justiça ele é o pior de todos”
• Um homem solitário é o pior dos animais pois ele é um ser natural dotado de
disposições intelectuais que compensam as suas deficiências em meio físico de
autodefesa, coisa que os outros animas são desprovidos, o que se caracteriza
como uma arma temível já que ele não tem a educação da justiça dada pelas
leis da cidade.
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