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Humanização do Trabalho na

Gestão de Pessoas
Grupo 6: Aline Kitawara, Álvaro
Macedo, Anne Elise, Débora Chaves,
Marina Souza e Vinicius Silveira
Introdução

”tornar humano, dar condição humana,


humanizar"

“tornar benévolo, afável, tratável”

“fazer adquirir hábitos sociais polidos, civilizar”

(Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa, 2009)


Introdução
Efetiva vivência em Benefícios para os indivíduos
ambiente organizacional e sociedade

Ganhos para a empresa


(Ética, respeito, valorização,
motivação, ambientes dignos de
trabalho)
Introdução

Pós Revolução Industrial e Guerras


Mundiais: total reformulação das
relações trabalhistas Organização
=
Surgimento da Escola Humanística Grupo de pessoas

ou das Relações Humanas de


administração
Introdução
Oposição à Teoria Clássica para adequação à nova realidade com base no
surgimento das ciências sociais.

Hoje, além da Escola das Relações Humanas, também temos a da


Administração Participativa

FOCO NOS INDIVÍDUOS

Surgimento do debate Recursos Humanos x Gestão de Pessoas

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. Elsevier Brasil, 2003;(7) p.266
Recursos Humanos x Gestão de Pessoas
Diferenciação dos termos e explicação das diferenças.

Recursos Humanos: departamento da organização que tem como

função principal estabelecer o sistema que rege as relações entre os

colaboradores e a empresa. Na prática, o RH está envolvido com as

atividades de recrutar e alocar pessoas na empresa e isso inclui tanto

a etapa de planejamento quanto de execução.


Diferenciação dos termos e explicação das diferenças.

Algumas das atividades típicas do RH são:

- identificar as necessidades de contratação da empresa;

- elaborar processos de recrutamento e seleção;

- determinar planos de carreira e critérios de promoção;

-desenvolver políticas de retenção de talentos.

http://blogespecializacao.fdc.org.br/quais-as-diferencas-entre-rh-e-gestao-de-pessoas/
Diferenciação dos termos e explicação das diferenças.

Gestão de pessoas: é o conjunto de técnicas e estratégias administrativas


utilizadas pelas organizações em prol do desenvolvimento de seu capital
humano. Ela tem como principal objetivo o alcance das metas organizacionais,
ao mesmo tempo em que busca a satisfação e realização dos colaboradores
envolvidos.

http://www.portal-administracao.com/2017/11/gestao-de-pessoas-conceito.html
Diferenciação dos termos e explicação das diferenças.

Gestão de pessoas é o trabalho do líder de uma equipe; todo gestor precisa exercer a
gestão de pessoas no dia a dia. Isso envolve:

- manter a harmonia da equipe e lidar com situações de conflito;


- identificar o potencial de cada colaborador e delegar tarefas conforme suas
habilidades, seu nível de autonomia e responsabilidade;
- oferecer feedback;
- fortalecer a comunicação do time;
- engajar todos com as metas do setor.

Além disso, embora seja um trabalho estratégico, ele é focado muito mais no lado
humano das relações de trabalho dentro da empresa.

http://blogespecializacao.fdc.org.br/quais-as-diferencas-entre-rh-e-gestao-de-pessoas/
Métodos de humanização aplicados na gestão de pessoas.

O RH era uma função mecânica, hoje praticamente extinto do mundo empresarial.


Realizava suas funções de acordo com as necessidades da empresa. Ou seja,
trabalhava de acordo com sua especificação, fazendo os trabalhos administrativos,
visando sobretudo resultados satisfatórios, sem se importar com as adversidades do
ser humano por trás de cada colaborador.

Antes de alcançar os resultados, a gestão de pessoas trabalha junto ao colaborador,


incentivando, inovando, melhorando, ouvindo cada um deles. Desperta nos funcionários
o desejo de trabalhar, mostra as vantagens que um serviço de qualidade traz. Enfim,
visa primeiramente o ser humano que existe em cada colaborador, para depois se
importar com os resultados.
Métodos de humanização aplicados na gestão de pessoas.
Essa área valoriza a pessoa, ela faz da empresa uma extensão da casa e da família
do colaborador, isso começa desde quando a pessoa coloca o pé dentro da empresa
para uma entrevista ou para assinar o contrato e permanece até o encerramento das
atividades do colaborador com a empresa.

Além de todas estas funções, a gestão de pessoas desenvolve um papel estratégico


dentro da empresa, o que faz do profissional da área um importante líder para a
organização, capaz de traçar estratégias para manter a motivação e alinhar os
colaboradores à missão e objetivos da empresa, fazendo com que a organização se
torne mais competitiva e forte no mercado.

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/o/14323
Humanização: uma nova-antiga fronteira?
- A ‘’crítica’’ ao termo ‘’humanização’’: supõe uma ‘’desumanização’’ em quê?
- Relação tempo x trabalho (servidão involuntária);
- À falta de benefícios e direitos básicos;
- À padronização e exclusão das diferenças no ambiente de trabalho;
- Hoje estamos com um léxico repleto e diverso insistindo na temática que
procuram quebrar o formalismo e criar um clima e vínculo ‘’familiar’’:
Coletivos, Gente e Gestão, Coaching Humanitário, Liderança pelo
Humano, além de múltiplas mudanças no próprio ambiente de trabalho:

‘’Empresas humanizadas são aquelas que, internamente,


extremamente ou ambos, estabelecem práticas que estão
para além da busca pelo benefício financeiro dos seus
proprietários ou acionistas. Geralmente, elas disponibilizam
recursos, tempo e pessoas em ações que visam simplesmente
dar um retorno à sociedade, frente ao fato de usarem o
espaço, os sujeitos e os recursos de determinado lugar’’
(PITTA, 2013)
A realidade do trabalho: cenário brasileiro

- Não podemos ‘’unicornizar’’ ou ‘’colorir’’ demais a realidade complexa do


trabalho, em especial no Brasil:
- 13,7 milhões de desempregados (01/05/2018 - IBGE);
- 40% dos ‘’executivos brasileiros está infeliz no trabalho’’ e 64% “gostaria de fazer algo
diferente do que faz para ser hoje mais feliz’’ (MACHADO, 2011 - É possível se reinventar e
integrar a vida pessoal e profissional”);
- A tensão de se falar em ‘’propósito’’, ‘’transformação’’, ‘’inconformismo’’, ‘’fraternidade’’ e
‘’vontade pessoal’’ quando avaliamos estatísticas, direitos e bolhas sociais;
- Cada segmento e camada tem sua ‘’desumanização’’ a ser combatida;
A realidade do trabalho: cenário brasileiro

- Alguns dos temas trabalhados/explorados na ‘’desumanização’’:


- Exploração e expropriação da subjetividade;
- Mutações da dominação em diferentes áreas da economia, serviço público incluído;
- Identidade social e transformações na vida laboral;
- Repercussões psicossociais e subjetivas da violentação de valores éticos e morais dos trabalhadores;
- A revelação de sofrimento social, desgaste mental, burnout e expressões clínicas do adoecimento mental no trabalho dominado;
- As análises de perspectivas e previsões de possíveis futuros cenários socioeconômicos;
- As ‘’pressões imaginárias’’ macrossociais pelo sucesso, pelo engajamento e pela definição do acerto;
A humanização: proposta edificante
- Assegurar condições de aprendizagem,
desenvolvimento e autogestão no ambiente
de trabalho;
- Assegurar propósito evolutivo dentro das
Transformações organizações (égide do Bem-Estar);
tecnológicas - Assegurar expressões anti-engessamento,
burocracia e luta contra a rotina desgastante;

- Assegurar condições de pertencimento e


dignidade;
Transformações - Assegurar cultura, valores e ética condizentes
Legislativas com uma subjetivação de valores;
- Assegurar, pautado na base, políticas de
diversidade e inclusão no ambiente de
trabalho;

Transformações - Assegurar direitos básicos do trabalho junto


Sociais aos Direitos Humanos (CLT e Legislação);
- Assegurar benefícios e condições básicas (RH
+ Legislação);
- Assegurar condições de trabalho e segurança
de emprego (DP + Medicina do trabalho
Legislação)
Imagens de tensão
“Reinventando as organizações” (LALOUX, 2016 -
Director at McKinsey)
“A competitividade não persegue apenas metas,
também persegue pessoas’’

‘’Talvez a fase mais difícil para a humanização seja me


tornar um humano não perfeito assumindo meus
medos, meus erros, minhas fraquezas e tudo que são
considerados defeitos para a manutenção de um ser
estritamente competitivo’’

‘’Às organizações voltadas ao interesse da boa


convivência de seus integrantes: elas entendem que a
qualidade dessas relações precede qualquer
aspiração de sucesso comum e logo esses integrantes
também percebem que acima do lado profissional
está a paz de todas suas potencialidades e que a
qualidade de vida está relacionada com sua
proporcionalidade’’

‘’Quanto e quando a conectividade será mais


importante que o burnout humano?’’
- Integralidade;
- Completude;
- Sincronia de funcionamento;
- Atribuição substantiva;
Máquina x Humano - desafio (pós)moderno?
“If you have tightly scripted jobs that are highly standardized where there’s no room for
individual initiative or creativity, machines by and large can do those kinds of activities
much better than human beings. They’re much more predictable. They’re much more
reliable. We as human beings have flaws. We tend to get distracted. We end to go off
into unexpected areas. So I think that the real reason that we have such an issue in
terms of unemployment and job loss through automation is that we’ve crafted
these jobs exactly so that they would be vulnerable to automation. We’ve put kind
of a bull’s eye target on workers around the United States and around the world and
said, “Come after me. Shoot me. I’m the target for automation.”

“Now we’re in a world that’s more rapidly changing, more uncertainty, more of those
extreme events that Taleb calls the “black swans” that make it really critical for us as
individuals in the workplace to take much more initiative, to be constantly exercising
creativity and imagination to respond to the unexpected events. That’s a very different
model of work. It requires a very different way of organizing our institutions and a
different set of work practices that are much harder to automate. When you have that
kind of imagination, creativity, trust-based relationships that are required to
really address these hard problems, it makes it much less vulnerable to that kind
of automation”
Máquina x Humano - breve histórico

Alguma perspectiva histórica, por favor:


- 1589 - Rainha Elizabeth I barra máquina de costura de meias;
- Século XIX - Ludismo na França e Inglaterra;
- Século XX - Heidegger sobre as tecnologias + Matrix (#vaiNeo);
- 1970 nos EUA: máquinas ‘’caixa’’ em bancos forçaram os bancários a virarem mais ‘’advisors’’ do que
‘’transacionais’’;

Estimativa Mckinsey: 14% da força de trabalho global (375 milhões) precisarão trocar de ocupações perto de
2030 para evitar a obsolescência.
- Custo de desenvolvimento e aplicação de hardware/software;
- Ambiente regulatório e predição de riscos;
- Aceitação e implicação social;

Desafios: boredom, regulatory scheme, remote/lone working, complexity challenge.


Política Nacional de Humanização no Trabalho - HumanizaSUS

- Abrangência: Nacional
- Criação: 2003
- Proposta: “ tem como foco a efetivação dos princípios do SUS no
cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a Saúde Pública
no Brasil”
- Metodologia: valorização dos personagens envolvidos, aumento da
autonomia de decisão e co-gestão dos processos de saúde.
Projeto 4 Varas
- Abrangência: Bairro Pirambu - Fortaleza/CE
- Início: Dezembro/1987
- Proposta: tratar as "dores da alma"
- Metodologia: Método: terapia comunitária, massoterapia,
medicina popular, evitando, quando possível, o uso dos
medicamentos tradicionais.
Importância da Humanização
Está intimamente relacionado com corte de custos e aumento da
lucratividade, uma vez que influencia diretamente na retenção de talentos,
no bom desempenho das atividades dos empregados (maior produtividade),
etc.
Referências
Ferreira ABH. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa, 4a ed. Curitiba: Positivo; 2009.

LAVOR, Adriano de. Terapia comunitária: um oásis para resgate da auto-estima. Radis, Rio de Janeiro,
n.67, p. 10-15, mar. 2008. Disponível em
<http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/sites/default/files/radis_67.pdf>. Acesso em 08/11/2018.
SANTOS FILHO, Serafim Barbosa; BARROS, Maria Elizabeth Barros de; GOMES, Rafael da Silveira. A
Política Nacional de Humanização como política que se faz no processo de trabalho em
saúde. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 13, p. 603-613, 2009. Disponível em
<https://www.scielosp.org/pdf/icse/2009.v13suppl1/603-613/pt>. Acesso em 08/11/2018.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. Elsevier Brasil, 2003;(7) p.266
GRAÇAS, Maria das. Uma Ótica Sobre a Administração Participativa, 2012. Disponível em:
<http://www.administradores.com.br/producao-academica/uma-otica-sobre-a-administracao-partici
pativa/5174/.> Acesso em 11/08/2018

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