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SAÚDE MENTAL NO TRABALHO

Sumário

Saúde Mental no Trabalho .............................................................................. 4

O trabalho e suas Dimensões ...................................................................... 4


Saúde mental ............................................................................................... 9
Fatores de risco para a saúde mental no trabalho ..................................... 13
Transtornos mentais e o trabalho............................................................... 14
Transtorno de Depressivo ...................................................................... 15

Transtorno Bipolar .................................................................................. 17

Transtorno de Ansiedade ....................................................................... 20

Estresse pós-traumático ......................................................................... 22

Síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional ........... 24

Promovendo Saúde mental no trabalho ..................................................... 27


REFERÊNCIAS ............................................................................................. 31

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FACULESTE

A história do Instituto Faculeste, inicia com a realização do sonho de um grupo


de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Faculeste, como entidade
oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A Faculeste tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Saúde Mental no Trabalho

Os trabalhadores compartilham os perfis de adoecimento e morte da população


em geral, em função de sua idade, gênero, grupo social ou inserção em um grupo
específico de risco. Além disso, os trabalhadores podem adoecer ou morrer por
causas relacionadas ao trabalho, como consequência da profissão que exercem ou
exerceram.

Em nossa sociedade, o trabalho é mediador de integração social, seja por seu


valor econômico (subsistência), seja pelo aspecto cultural (simbólico), tendo, assim,
importância fundamental na constituição da subjetividade, no modo de vida e,
portanto, na saúde física e mental das pessoas. A contribuição do trabalho para as
alterações da saúde mental das pessoas dá-se a partir de ampla gama de aspectos:
desde fatores pontuais, como a exposição a determinado agente tóxico, até a
complexa articulação de fatores relativos à organização do trabalho, como a divisão
e parcelamento das tarefas, as políticas de gerenciamento das pessoas e a estrutura
hierárquica organizacional. Os transtornos mentais e do comportamento relacionados
ao trabalho resultam, assim, não de fatores isolados, mas de contextos de trabalho
em interação com o corpo e aparato psíquico dos trabalhadores.

Para se falar da saúde mental no trabalho, primeiro é importante se falar de


alguns conteúdos importantes, como o conceito e o desenvolvimento do trabalho,
entre outros assuntos que estão englobados neste tema.

O trabalho e suas Dimensões

O trabalho é uma atividade típica da espécie humana, própria da nossa


constituição social. É a atividade de transformação onde, ao mesmo tempo em que o

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homem transforma a natureza ele também se transforma. É o elemento que estrutura
a organização da sociedade, sendo a categoria mais objetiva para desvendar as
relações humanas no tecido social.

O trabalho é uma das possibilidades para satisfazer as necessidades humanas,


já que por meio dele conseguimos dinheiro para alimentação (necessidade fisiológica)
e para moradia (necessidade de segurança), por exemplo. Dentro de uma
organização, o comportamento humano tende a se caracterizar por determinados
padrões, conforme a estruturação do trabalho, variando de pessoa para pessoa.

O trabalho é um fenômeno de natureza complexa por possuir aspectos


distintos, como técnico, fisiológico, moral e social. O trabalho afeta nossa vida de
várias formas, e é isso que veremos a seguir.

Concreta O trabalho mantém seu papel instrumental para fins


econômicos/salariais.

Gerencial Planejar, PDCA


Socioeconômica Plano macro, que está na sociedade. É o modo de realizar o
trabalho e as estruturas sociais. Oferta de emprego, políticas.

Ideológica Percepção coletiva do trabalho na sociedade, relações de


poder.

Simbólica Abrange aspectos subjetivos, como cada indivíduo percebe o


trabalho.

Dimensão técnica

É a técnica dos profissionais especializados nas funções que exercem e das


condições ou meio material em que a atividade é exercida (luz, umidade, ruídos etc.).

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Foi, por muito tempo, o único foco de atenção das empresas para a organização do
trabalho.

Dimensão fisiológica

Refere-se à constituição física do trabalhador. São as reações físicas


referentes ao funcionamento dos sistemas muscular, respiratório e outros. A
dimensão fisiológica é condicionada pela dimensão técnica da atividade de trabalho

Dimensão moral

Refere-se à constituição psíquica do homem, ao seu exercício mental e à sua


atitude emocional. Nossos pensamentos relacionados à nossa atividade profissional
são a dimensão moral do trabalho.

Dimensão social

São os fenômenos psicossociais decorrentes das relações interpessoais entre


os indivíduos e entre os grupos a que pertencem, tanto dentro quanto fora de uma
organização.

O trabalho também se divide em algumas outras dimensões, sendo elas,


concreta, gerencial, socioeconômica, ideológica e simbólica.

Dimensão concreta

Refere-se à tecnologia com a qual se pode contar para realizar o trabalho, e às


condições materiais e/ou ambientais em que se realiza, incluindo segurança física e
conforto.

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Dimensão gerencial

Refere-se ao modo pelo qual o trabalho é gerido, segundo o exercício das


funções de planejar, organizar (dividir e distribuir tarefas), dirigir e controlar o mesmo.

Dimensão socioeconômica

Abrange a articulação entre o modo de realizar o trabalho e as estruturas


sociais, econômicas e políticas em plano macro da sociedade, incluindo aí aspectos
como o ritmo de crescimento econômico societal, a prosperidade de um setor
econômico, a renda média, o conflito distributivo, o nível de oferta de emprego, a força
de trabalho e outros aspectos sociodemográficos.

Dimensão ideológica

Consiste no discurso elaborado e articulado sobre o trabalho, no nível coletivo


e societal, justificando o entrelaçamento das demais dimensões e, especialmente, as
relações de poder na sociedade. Deriva diretamente das grandes correntes do
pensamento.

Dimensão simbólica

Que abrange os aspectos subjetivos da relação de cada indivíduo com o


trabalho.

Atualmente, observa-se uma pressão constante contra a grande massa de


trabalhadores existente em quase todo o mundo. Uma ameaça com objetivo certeiro

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Figura- PDCA

faz com que milhares de pessoas sintam-se sobressaltadas, pois a única ferramenta
de que dispõem sua força de trabalho, pode ser dispensada a qualquer momento.

A força de trabalho exigida precisa de especial qualificação, mesmo que seja,


como antigamente, para apertar um simples botão. Assim, para a maior parte das
atividades, exige-se um trabalhador complexo, que saiba muito mais além do que
seria preciso para a execução de determinada tarefa.

Acompanhando a tecnicidade do mundo, vai-se, paulatinamente, necessitando


de um trabalhador com maio res habilidades, ágil, que saiba lidar com uma nova
representação de mundo, mesmo que seja para ocupar um cargo simples como o de
telefonista. Essa pessoa tem de dominar sua língua, em alguns casos outro idioma,
tem de ter rapidez tanto manual, como na voz e na mente, além de uma bagagem de
informação disponível enquanto recurso pessoal para, ante qualquer dificuldade,
utilizá-la.

Assim, o mundo do trabalho torna-se, de forma rápida e surpreendente, um


complexo monstruoso, que se por um lado poderia ajudar, auxiliar o homem em sua

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qualidade de vida, por outro lado – patrocinado pelos que mantêm o controle do
capital, da ferramenta diária que movimenta a escolha de prioridades –, avassala o
homem em todos os seus aspectos. Alguns são absorvidos, exigidos, sugados.
Outros alçados a postos de poder e de liderança que reproduzem o capital virtual.
Outros, por assim dizer, alguns milhões, são jogados como a escória cuja água benta
do emprego, da possibilidade do trabalho, não veio a salvar.

Saúde mental

A saúde mental (ou sanidade mental) é um termo usado para descrever um


nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou a ausência de uma doença
mental. A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de
saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias relacionadas
concorrentes afetam o modo como a "saúde mental" é definida.

Saúde Mental é estar de bem consigo e com os outros. Aceitar as exigências


da vida. Saber lidar com as boas emoções e também com as desagradáveis:
alegria/tristeza; coragem/medo; amor/ódio; serenidade/raiva; ciúmes; culpa;
frustrações. Reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário.
O equilíbrio emocional entre o patrimônio interno e as exigências ou vivências
externas. É a capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de
um amplo espectro de variações sem contudo perder o valor do real e do precioso. É
ser capaz de ser sujeito de suas próprias ações sem perder a noção de tempo e
espaço. É buscar viver a vida na sua plenitude máxima, respeitando o legal e o outro.

Os seguintes itens foram identificados como critérios de saúde mental:

1. Atitudes positivas em relação a si próprio

2. Crescimento, desenvolvimento e autorrealização

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3. Integração e resposta emocional

4. Autonomia e autodeterminação

5. Percepção apurada da realidade

6. Domínio ambiental e competência social;

Um dos objetivos mais recentes da saúde mental não se restringe apenas à


cura das doenças ou a sua prevenção, mas envidar esforços para a implementação
de recursos que tenham como resultados melhores condições de saúde para a
população.

No mundo do trabalho contemporâneo o trabalhador é expurgado do modelo


tradicional de vendedor de sua força de trabalho para agir e pensar como um
capitalista em termos de produtividade. Esse se torna “colaborador”, devendo estar
predisposto a aprender novos processos de trabalho e atento a solucionar e prever
problemas. Neste sentido, entendesse que sua subjetividade é apropriada pelas
exigências impostas para o desempenho satisfatório das suas funções no ambiente
de trabalho flexibilizado. Quando tais imposições não vão ao encontro de seus
objetivos pessoais, o trabalhador sofre e se desmotiva.

No contexto atual de trabalho, os valores organizacionais são impostos aos


trabalhadores de tal forma que sua subjetividade é apropriada com o objetivo de fazer
com que o nível de comprometimento e responsabilização seja intenso, tornando
impensável agir de outra forma que não sob os propósitos da organização.
Os encargos a que o trabalhador é submetido deixam-no angustiado e insatisfeito,
pois sente que está perdendo o foco da sua família e das suas singularidades. O
sujeito sente-se ameaçado constantemente, vive em desassossego ao pensar em não
cometer erros que possam lhe acarretar punição até mesmo sua demissão. O medo
é uma garantia da sujeição do indivíduo aos desígnios do trabalho sob pressão, mas
por outro lado é também promotor de resiliência, já que o trabalhador, ao se sentir

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acuado, tem um obstáculo a ser transposto, mas quando em contextos favoráveis,
resigna-se e cede às pressões do trabalho.

Esse princípio de realidade adentra e fere o psiquismo humano, fazendo com


que as pessoas sintam-se exigidas; o sentimento de impotência e de desvalorização,
que leva as pessoas pouco resistentes a degenerar-se rapidamente, avilta de si
qualquer potencial humano que pudesse se somar às conquistas da civilização.

A barbárie do capital instaura na contemporaneidade a desumanidade das


relações humanas, que se desqualificam quase totalmente, surpreendendo com a
forma e a fôrma na qual o homem atual vai colocando-se. O capital, por meio do
trabalho, organiza e estrutura o mundo. Só que hoje ele não tem mais nomes, se
expressa por Fundos. As empresas são gerenciadas por executivos, não mais por
seus donos. Podem mudar de cidade, de nome, de país, de ramo de atividade,
deixando seus trabalhadores em pleno mar de incertezas e retirando-lhes a
identificação com sua prática diária e com a empresa para a qual trabalham.

Se o homem passa a maior parte de seu tempo trabalhando, suas relações


pessoais fora de casa deveriam ter um valor afetivo de extrema importância. No
entanto, as relações de companheirismo e de amizade no trabalho não se
concretizam, pois elas são passageiras, imediatas, competitivas e as ligações
afetivas, os vínculos não podem estabelecer-se, já que com cada alteração rompem-
se os laços, perdem-se as pessoas e daí, além do castigo do desemprego, há a
solidão, a perda irreparável.

Fala-se em corrosão do caráter porque ninguém, nem os que teriam todas as


razões para estarem satisfeitos com o sistema já que representam seu próprio ideal,
encara seu emprego num horizonte a longo prazo. As empresas descartam seus
funcionários e os que podem fazem o mesmo. As pessoas parecem não mais estarem
preocupadas com o significado do seu trabalho ou com a oportunidade de vivência e
troca coletiva. A preocupação volta-se para a acumulação de um valor de troca, como

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se todos se convertessem em uma ação de mercado, cujo preço é julgado por outrem.
A verdadeira identificação com o trabalho parece viver de um objetivo que não chega
a concretizar-se: acumula-se aprendizado, dinheiro, experiência, aumentam-se as
páginas do currículo, tudo para o próximo processo seletivo já que o trabalho atual
será apenas momentâneo.

O trabalho, não só como uma condição externa, pode propiciar sofrimento


insuperável para o individuo, empobrecendo-o e restringindo sua ação a mecanismos
defensivos repetitivos e ineficazes, não lhe possibilitando aferir, de acordo com suas
atividades, a satisfação de determinadas pulsões, que, não satisfeitas, tencionariam
o aparelho psíquico, gerando angústia, estados depressivos, ansiedade, medos
inespecíficos, sintomas somáticos, como sinais marcantes de sofrimento mental, com
o agravante de que um ego debilitado e frágil não consegue diferenciar, pela sua
condição, a origem de seu sofrimento.

Dejours (1994) distingue dois tipos de sofrimento: o sofrimento criador e o


sofrimento patogênico. Este último surge quando todas as possibilidades de
transformação, aperfeiçoamento e gestão da forma de organizar o trabalho já foram
tentadas, ou melhor, quando somente pressões fixas, rígidas, repetitivas e frustrantes,
configuram uma sensação generalizada de incapacidade.

Todavia, quando as ações no trabalho são criativas, possibilitam a modificação


do sofrimento, contribuindo para uma estruturação positiva da identidade,
aumentando a resistência da pessoa às várias formas de desequilíbrios psíquicos e
corporais. Dessa forma, o trabalho pode ser o mediador entre a saúde e a doença e
o sofrimento, criador ou patogênico.

Assim, prazer e sofrimento originam-se de uma dinâmica interna das situações


e da organização do trabalho. São decorrências das atitudes e dos comportamentos
franqueados pelo desenho organizacional, cuja tela de fundo constitui-se de relações
subjetivas e de poder. Pela condição de funcionamento mental estabelecida, o sujeito

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perde sua autonomia e, por consequência de um ego debilitado, não tem forças para
realizar o trabalho de reflexão em que está envolvida toda sua existência.

Fatores de risco para a saúde mental no trabalho

Existem muitos fatores de risco para a saúde mental que podem estar
presentes no ambiente de trabalho. A maioria dos riscos está relacionada às
interações entre o tipo de trabalho, o ambiente organizacional e gerencial, as
habilidades e competências dos funcionários e o suporte disponível para que os
funcionários realizem seu trabalho.

Uma pessoa pode ter as habilidades para concluir tarefas, mas muito poucos
recursos para fazer o que é necessário. Outro exemplo é onde pode haver práticas
gerenciais ou organizacionais sem apoio. Várias condições de trabalho podem
conduzir a riscos psicossociais. Empregadores e trabalhadores devem ficar atentos
aos primeiros sinais e, quando for o caso, apoiar e indicar ajuda a quem precisa.

Alguns riscos para a saúde mental incluem:

 Políticas inadequadas de saúde e segurança;


 Más práticas de comunicação e gestão;
 Participação limitada na tomada de decisões ou baixo controle
sobre a área de trabalho;

 Baixos níveis de apoio aos funcionários;


 Horas de trabalho inflexíveis;
 Tarefas obscuras ou objetivos organizacionais duvidosos.
 Cargas de trabalho excessivas;
 Exigências contraditórias e falta de clareza na definição das
funções;
 Falta de participação na tomada de decisões que afetam o
trabalhador e falta de controle sobre a forma como executa o trabalho;

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 Má gestão de mudanças organizacionais, insegurança laboral; 
Comunicação ineficaz, falta de apoio da parte de chefias e colegas; 
Assédio psicológico ou sexual e violência de terceiros.
Os riscos também podem estar relacionados ao conteúdo do trabalho, como
tarefas inadequadas para as competências da pessoa ou uma carga de trabalho alta.
Alguns trabalhos podem acarretar maior risco pessoal do que outros, por exemplo,
socorristas e trabalhadores humanitários. Isso pode ter um impacto na saúde mental
e ser uma causa de sintomas de transtornos mentais. Além disso, levar ao uso
prejudicial de álcool e drogas psicoativas. O risco pode ser aumentado em situações
em que há falta de coesão da equipe ou apoio social.

Assédio moral e psicológico são comumente relatados como causas de


estresse relacionados ao trabalho. Eles apresentam riscos para a saúde dos
trabalhadores e estão associados a problemas psicológicos e físicos. Estas
consequências para a saúde podem ter custos para os empregadores em termos de
produtividade reduzida e aumento da rotatividade de pessoal. Eles também podem
ter um impacto negativo nas interações familiares e sociais dos funcionários.

Transtornos mentais e o trabalho

Os casos de transtornos mentais no ambiente de trabalho estão crescendo no


Brasil. À medida que o tempo passa a sociedade enfrenta novos problemas ou outros
renascem. Atualmente os de natureza psicológica surgem como grandes vilões da
saúde mental e física das pessoas. Na atual década é cada vez maior a ocorrência
de transtornos mentais e de cunho comportamental. Dentre os vários fatores causais
a atividade laboral, em determinadas circunstâncias, desempenha relevante papel no
desenvolvimento e na evolução de distúrbios psíquicos.

Em diversas pesquisas foi constatado que além das pessoas desempregadas,


os trabalhadores da área da saúde e os trabalhadores de indústrias são os mais

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vulneráveis a tais enfermidades. Os índices de afastamento do trabalho devido a
doenças psicológicas são elevados, gerando além de auxílio doença, até
aposentadorias, o que vem causando consideráveis impactos financeiros para os
empregadores e para a previdência social.
É importante realçar que as doenças mentais e comportamentais não devem
ser vistas com preconceito, até porque muitas delas são mais comuns do que se
pensa e outras demoram a se manifestar.

Os transtornos mais comuns são o transtorno depressivo, transtorno bipolar,


transtorno de ansiedade, estresse pós traumático e síndrome de Burnout. Este último,
mais recente, é gerado pelo excesso de trabalho, que leva a uma exaustão mental e
física no trabalhador. Dentre esses transtornos a depressão é considerada a doença
do século XXI. A Associação Brasileira de Psiquiatria estima que de 20% a 25% da
população já teve, possui ou terá quadro depressivo.

Os acidentes de trabalho podem ter consequências mentais quando, por


exemplo, afetam o sistema nervoso central, como nos traumatismos crânio
encefálicos com concussão e/ou contusão. A vivência de acidentes de trabalho que
envolvem risco de vida ou que ameaçam a integridade física dos trabalhadores
determinam, por vezes, quadros psicopatológicos típicos, caracterizados como
síndromes psíquicas pós-traumáticas.

Transtorno de Depressivo

Caracteriza-se por humor triste, perda do interesse e prazer nas atividades


cotidianas, sensação de fadiga aumentada; dificuldade de concentração, baixa
autoestima, desesperança, ideias de culpa e inutilidade; ideias ou atos suicidas,
perturbações do sono, diminuição do apetite, sintomas de ansiedade são muito

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frequentes. A angústia tende a ser tipicamente mais intensa pela manhã. Alterações
da psicomotricidade e do pensamento.

A relação dos episódios depressivos com o trabalho pode ser sutil: decepções
com trabalhos frustrantes, as exigências excessivas de desempenho, perda do posto
de trabalho e situação de desemprego prolongado Alguns estudos comparativos
controlados têm mostrado prevalências maiores de depressão em digitadores,
operadores de computadores, datilógrafas, advogados, educadores especiais e
consultores.

O diagnóstico de episódio depressivo requer a presença de pelo menos cinco


dos sintomas abaixo, por um período de, no mínimo, duas semanas, sendo que um
dos sintomas característicos é humor triste ou diminuição do interesse ou prazer, além

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de marcante perda de interesse ou prazer em atividades que normalmente são
agradáveis;

 diminuição ou aumento do apetite com perda ou ganho de peso


(5% ou mais do peso corporal, no último mês);

 insônia ou hipersonia;
 agitação ou retardo psicomotor;
 fadiga ou perda da energia;
 sentimentos de desesperança, culpa excessiva ou inadequada;
 diminuição da capacidade de pensar e de se concentrar ou
indecisão;
 pensamentos recorrentes de morte (sem ser apenas medo de
morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico ou uma tentativa
de suicídio ou um plano específico de suicídio.

Transtorno Bipolar

O transtorno bipolar, também conhecido como doença maníaco-depressiva, é


um transtorno cerebral que causa mudanças incomuns no humor, na energia, nos
níveis de atividade e na capacidade de realizar as tarefas do dia-a-dia.

Existem quatro tipos básicos de transtorno bipolar. Todos eles envolvem


mudanças claras no humor, na energia e nos níveis de atividade. Esses estados de
humor variam de períodos de comportamento extremamente “ascendente”, exaltado
e energizado (conhecido como episódios maníacos) a períodos muito tristes,

“baixos” ou sem esperança (conhecidos como episódios depressivos). Os períodos


maníacos menos severos são conhecidos como episódios hipomaníacos.

As pessoas com transtorno bipolar experimentam períodos de intensidade não


usuais, mudanças nos padrões de sono e níveis de atividade e comportamentos

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incomuns. Esses períodos distintos são chamados de “episódios de humor”. Os
episódios de humor são drasticamente diferentes dos modos e comportamentos
típicos da pessoa. As mudanças extremas na energia, na atividade, e no sono vão
junto com os episódios do modo.

As pessoas em episódios maníacos ou depressivos podem experimentar os


sinais do quadro abaixo:

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Às vezes, um episódio de humor inclui uma junção de sintomas maníacos e
depressivos. Isso é chamado de episódio com características misturadas. Pessoas
experimentando um episódio com características combinadas podem se sentir muito
tristes, vazias ou sem esperança, ao mesmo tempo em que se sentem extremamente
energizadas.

A bipolaridade pode estar atual mesmo quando as oscilações de humor são


menos extremas. Por exemplo, algumas pessoas com transtorno bipolar
experimentam hipomania, uma forma menos grave de mania. Durante um episódio
hipomaníaco, um indivíduo pode se sentir muito bem, ser altamente produtivo e
funcionar bem. A pessoa pode não sentir que algo está errado, mas a família e os
amigos podem reconhecer as mudanças de humor e / ou mudanças nos níveis de
atividade como possível transtorno bipolar. Sem tratamento adequado, as pessoas
com hipomania podem desenvolver mania severa ou depressão.

Transtorno Bipolar I

Definido por episódios maníacos que duram pelo menos 7 dias, ou por
sintomas maníacos que são tão graves que a pessoa precisa de cuidados hospitalares
imediatos. Geralmente, episódios depressivos ocorrem também, tipicamente durando
pelo menos 2 semanas. Episódios de depressão com características mistas (com
depressão e sintomas maníacos ao mesmo tempo) também são possíveis.

Transtorno Bipolar II

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Definido por um padrão de episódios depressivos e episódios hipomaníacos,
mas não os episódios maníacos desenvolvidos acima.

Desordem ciclotímica (também chamada ciclotimia)

Definida por numerosos períodos de sintomas hipomaníacos, bem como


inúmeros períodos de sintomas depressivos de pelo menos 2 anos (1 ano em crianças
e adolescentes). No entanto, os sintomas não atendem aos requisitos diagnósticos
para um episódio hipomaníaco e um episódio depressivo.

Outros Transtornos Bipolares e Relacionados Especificados e Não


Especificados

Definidos por sintomas de transtorno bipolar que não correspondem às três


categorias listadas acima.

Transtorno de Ansiedade

A ansiedade é um distúrbio que se caracteriza pela preocupação excessiva ou


expectativa apreensiva.

Os principais sintomas do transtorno de ansiedade são:

 Preocupação Excessiva: A pessoa tende a se preocupar demais


com as mínimas coisas do dia a dia. E isso se torna algo recorrente e que
persiste por semanas e meses. A situação, além de interferir na rotina, traz um
desgaste físico, mental e emocional.

 Dificuldades para dormir: Por mais que esteja cansada, a pessoa


tem dificuldades de descansar o corpo e a mente. Revira na cama, não

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consegue se desligar de problemas e, quando finalmente dorme, tem sonos
agitados e que são interrompidos diversas vezes.

 Dores musculares: Muitas vezes, o estresse e ansiedade são tão


intensos que se estendem para uma tensão muscular. Também é comum o
chamado bruxismo, que é aquele ranger forte dos dentes, que causa dores de
cabeça e na mandíbula.

 Indigestão: Outros sintomas físicos da ansiedade aparecem no


trato digestivo. Algumas pessoas sentem dores de estômago, vontade de
vomitar, cólicas, inchaço, gases, constipação e diarreia.

Os aspectos causadores de transtorno de ansiedade são um reflexo da falta de


bem-estar corporativo. Os trabalhadores que têm uma carga de trabalho excessiva
podem desenvolver o transtorno de ansiedade, porque possuem tarefas demais e não
conseguem cumpri-las. Assim, se preocupam, desenvolvem medo e insegurança,
ficam angustiados com a possibilidade de serem demitidos e com a autoestima baixa.
O mesmo ocorre com os colaboradores que se sentem desvalorizados. Eles
desenvolvem uma apreensão contínua, se sentem desmotivados e insatisfeitos.
Outros fatores que podem provocar ansiedade são:

 Preocupação demasiada;
 Excesso de responsabilidade;
 Prazos curtos e inadequados a serem cumpridos;
 Metas intangíveis a serem batidas;  Busca incessante por
resultados.

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Estresse pós-traumático

Caracteriza-se como uma resposta tardia e/ou protraída a um evento ou


situação estressante (de curta ou longa duração) de natureza excepcionalmente
ameaçadora ou catastrófica. São exemplos: os desastres naturais ou produzidos pelo
homem, acidentes graves, testemunho de morte violenta ou ser vítima de tortura,
estupro, terrorismo ou qualquer outro crime.

O risco de desenvolvimento do transtorno de estresse pós-traumático


relacionado ao trabalho parece estar relacionado a trabalhos perigosos que envolvem

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responsabilidade com vidas humanas, com risco de grandes acidentes, como o
trabalho nos sistemas de transporte ferroviário, metroviário e aéreo, o trabalho dos
bombeiros. Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas ao trabalho: reação
após acidente do trabalho grave ou catastrófico, ou após assalto no trabalho.

Circunstância relativa às condições de trabalho

Inclui episódios de repetidas revivescências do trauma, que se impõem à


consciência clara ou em sonhos (pesadelos). O paciente apresenta uma sensação
persistente de entorpecimento ou embotamento emocional, diminuição do
envolvimento ou da reação ao mundo que o cerca, rejeição a atividades e situações
que lembram o episódio traumático. Usualmente, observa-se um estado de excitação
autonômica aumentada com hipervigilância, reações exacerbadas aos estímulos e
insônia.

Podem, ainda, apresentar se sintomas ansiosos e depressivos, bem como


ideação suicida. O abuso de álcool e outras drogas pode ser um fator complicador.
Podem ocorrer episódios dramáticos e agudos de medo, pânico ou agressividade,
desencadeados por estímulos que despertam uma recordação e/ou revivescência
súbita do trauma ou da reação original a ele.

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O início do quadro segue-se ao trauma, com um período de latência que pode
variar de poucas semanas a meses (raramente excede a 6 meses). O curso é
flutuante, mas a recuperação pode ser esperada na maioria dos casos.
Síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional

É um tipo de resposta prolongada a estressores emocionais e interpessoais


crônicos no trabalho. Tem sido descrita como resultante da vivência profissional em
um contexto de relações sociais complexas, envolvendo a representação que a
pessoa tem de si e dos outros.

O trabalhador que antes era muito envolvido afetivamente com os seus


clientes, com os seus pacientes ou com o trabalho em si, desgasta-se e, em um dado
momento, desiste, perde a energia ou se “queima” completamente. O trabalhador
perde o sentido de sua relação com o trabalho, desinteressa-se e qualquer esforço
lhe parece inútil.

A síndrome de esgotamento profissional é composta por três elementos


centrais:

 exaustão emocional;
 despersonalização;
 diminuição do envolvimento pessoal no trabalho

Deve ser feita uma diferenciação entre o burnoutg, que seria uma resposta ao
estresse laboral crônico, de outras formas de resposta ao estresse. A síndrome de
burnout envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, aos clientes,
à organização e ao trabalho, sendo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos
práticos emocionais para o trabalhador e a organização.

O quadro tradicional de estresse não envolve tais atitudes e condutas, sendo


um esgotamento pessoal que interfere na vida do indivíduo, mas não de modo direto
na sua relação com o trabalho. Pode estar associada a uma suscetibilidade

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aumentada para doenças físicas, uso de álcool ou outras drogas (para obtenção de
alívio) e para o suicídio.

É frequente entre os profissionais da área de serviços ou cuidadores, quando


em contato direto com os usuários, como os trabalhadores da educação, da saúde,
policiais, assistentes sociais, agentes penitenciários, professores, entre outros.
Ultimamente, têm sido descritos aumentos de prevalência nos ambientes de
trabalho que passam por transformações organizacionais, como dispensas
temporárias do trabalho diminuição da semana de trabalho, sem reposição de
substitutos, e enxugamento (downsizing) na chamada reestruturação produtiva.

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Em geral, nesta síndrome os fatores relacionados ao trabalho estão mais
fortemente relacionados ao trabalho em si do que com os fatores biográficos ou
pessoais. Os fatores predisponentes mais importantes são: papel conflitante, perda
de controle ou autonomia e ausência de suporte social.

No quadro clínico podem ser identificados:

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 história de grande envolvimento subjetivo com o trabalho, função,
profissão ou empreendimento assumido, que muitas vezes ganha o caráter de
missão;

 sentimentos de desgasteg emocional e esvaziamento afetivo (exaustão


emocional);

 queixa de reação negativa, insensibilidade ou afastamento excessivo do


público que deveria receber os serviços ou cuidados do paciente

(despersonalização);
 queixa de sentimento de diminuição da competência e do sucesso no
trabalho.

Geralmente, estão presentes sintomas inespecíficos associados, como insônia,


fadiga, irritabilidade, tristeza, desinteresse, apatia, angústia, tremores e inquietação,
caracterizando síndrome depressiva e/ou ansiosa. O diagnóstico dessas síndromes
associado ao preenchimento dos critérios acima leva ao diagnóstico de síndrome de
esgotamento profissional.

Promovendo Saúde mental no trabalho

Segundo a OMS, as intervenções de saúde mental precisam ser entregues


como parte de uma estratégia integrada de saúde e bem-estar que cubra prevenção,
identificação precoce, apoio e reabilitação. A
OMS lembra ainda que as organizações têm
responsabilidade de apoiar indivíduos com
transtornos mentais tanto para continuar como
para retornar ao trabalho.

Muitas iniciativas podem ajudar


indivíduos com transtornos mentais.

27
Particularmente, a flexibilidade da jornada de trabalho, o redesenho do trabalho, o
enfrentamento de dinâmicas negativas do ambiente e a comunicação sobre apoio
confidencial podem ajudar pessoas com transtornos mentais a continuar ou retornar
ao trabalho. Oferecer terapia como benefício para colaboradores no ambiente de
trabalho.

Além disso, os acessos a tratamentos demonstram ser benéficos para a


depressão e outros transtornos mentais. Por conta do estigma associado a esses
transtornos, os empregadores precisam garantir que indivíduos se sintam apoiados e
capazes de pedir ajuda para continuar ou retornar ao trabalho, e tenham os recursos
necessários para isso.

Um guia recente publicado pelo Fórum Econômico Mundial sugere que as


intervenções nas organizações devem ter três abordagens:

1. Proteger a saúde mental reduzindo os fatores de risco relacionados ao


trabalho;

2. Promover a saúde mental ao desenvolver aspectos positivos de trabalho


e as habilidades dos empregados;

3. Enfrentar casos de problemas de saúde mental independentemente da


causa.

Outras medidas incluem entender as oportunidades e necessidades dos


empregados individualmente. Assim, ajudando a desenvolver melhores políticas para
a saúde mental no ambiente de trabalho. O guia também sugere alertar funcionários
sobre ferramentas de apoio e onde podem encontrar ajuda dentro ou fora da
organização.

A prevenção dos transtornos mentais e comportamentais relacionados ao


trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância dos agravos à saúde e dos
ambientes e condições de trabalho. Utilizam-se conhecimentos médico-clínicos,

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epidemiológicos, toxicologia, ergonomia, psicologia, entre outras disciplinas, valoriza
a percepção dos trabalhadores sobre seu trabalho e a saúde e envolve:

 Reconhecimento prévio das atividades e locais de trabalho onde existam


substâncias químicas, agentes físicos e/ou biológicos e os fatores de risco
decorrentes da organização do trabalho potencialmente causadores de doença;
 Identificação dos problemas ou danos potenciais para a saúde,
decorrentes da exposição aos fatores de risco identificados;
 Identificação e proposição de medidas que devem ser adotadas para a
eliminação ou controle da exposição aos fatores de risco e para proteção dos
trabalhadores;

 Educação e informação aos trabalhadores e empregadores.

Os fenômenos em saúde mental – sofrimentos diversos, desânimo, tristeza,


depressão, assédios, estresse, transtornos, entre outros – têm sua especificidade,
mas podem manifestar-se imbricados com problemas derivados da exposição a
diversos tipos de risco no ambiente de trabalho, assim como a ocorrência de acidentes
de trabalho. Entende-se que a origem dos sofrimentos e agravos guarda estreita
relação com os elementos que compõem a organização e a gestão do trabalho e,
nesse sentido, as ações da vigilância devem incluir e identificar os componentes
geradores desses agravos. Assim, as ações de saúde do trabalhador têm como foco
as mudanças nos processos de trabalho que contemplem as relações saúde-trabalho
em toda a sua complexidade, por meio de uma atuação multiprofissional,
interdisciplinar e intersetorial. De modo particular, as ações de saúde do trabalhador
devem estar integradas com as de saúde ambiental, uma vez que os riscos gerados
nos processos produtivos podem afetar, também, o meio ambiente e a população em
geral.

A prevenção dos transtornos mentais e do comportamento relacionados ao


trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância dos agravos à saúde e dos
ambientes e condições de trabalho. Requer uma ação integrada, articulada entre os

29
setores assistenciais e da vigilância, sendo
desejável que o atendimento seja feito por
uma equipe multiprofissional, com
abordagem interdisciplinar, capacitada a
lidar e a dar suporte ao sofrimento psíquico
do trabalhador e aos aspectos sociais e de
intervenção nos ambientes de trabalho.
A participação dos trabalhadores e dos níveis gerenciais é essencial para a
implementação das medidas corretivas e de promoção da saúde que envolvam
modificações na organização do trabalho. Práticas de promoção da saúde e de
ambientes de trabalho saudáveis devem incluir ações de educação e prevenção do
abuso de drogas, especialmente álcool.

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