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Quando um trabalhador é acometido por uma doença mental, via de regra, busca-se
uma explicação de natureza subjetiva ou uma causalidade que remeta à sua história singular
ou às suas vulnerabilidades. Faz parte do senso comum, ainda, imputar o processo patológico
ao “temperamento” do sujeito, a uma “tendência” depressiva, ou algum tipo de conflito
afetivo-emocional que incida sobre a sua vida privada. Nessa perspectiva etiológica, o
trabalho é praticamente desconsiderado como causa potencial do adoecimento, quando muito
assume uma dimensão contingente capaz de contribuir para a descompensação psíquica
anunciada.
Todavia, em um momento histórico em que o trabalho ocupa parte significativa de
nossas vidas, é preciso um olhar atento e minucioso para alcançar não somente a dimensão
eminentemente patológica da atividade laboral, mas também aquelas “interações ordinárias
cujos resultados não são sempre patológicos”, isto é, a dimensão do sofrimento no trabalho.
(Dejours, 2009a, p. 120).
Mas de que trabalho é esse que estamos falando, afinal? Certamente não é do trabalho
taylor-fordista representado na figura do operário padrão de Tempos Modernos, de Charles
Chaplin. A nova morfologia do mundo do trabalho tem como pilares a reengenharia
organizacional e a captura da subjetividade do trabalhador (Alves, 2011; Antunes, 2005). Por
um lado, existe um esforço para tornar a produção de mercadorias e serviços mais fluida,
difusa e flexível, baseada em formas parciais e precárias de contratação. Por outro, um
movimento de intensificação das exigências organizacionais por meio dos sistemas de metas
e avaliações, que torna o trabalho exequível apenas àqueles sujeitos ideologicamente
identificados com os novos métodos de gestão e organização do trabalho.
Engana-se quem acredita que a esfera pública escapa às novas formas de gestão e
organização do trabalho. Como fruto das políticas de privatização e da agenda neoliberal, os
órgãos e instituições governamentais vêm incorporando progressivamente e de forma acrítica
os pressupostos da gestão privada. É o que Dejours (2016, 2017) chamou de New Public
Management (NPM), cujos métodos de gerenciamento e governança são baseados em: gestão
por metas e objetivos; incentivo à concorrência generalizada; avaliação individualizada do
desempenho; exigência da Qualidade Total. A virada gerencialista que assola a esfera
pública reduz o real do trabalho aos indicadores de desempenho e produtividade, a serviço
das estatísticas governamentais, esvaziando a função social do Estado.
Nesse sentido, é preciso apreender as formas contemporâneas de organização do
trabalho, suas implicações sobre a saúde dos trabalhadores e a (re)produção do laço social.
Tendo como referência a clínica psicodinâmica do trabalho, compreendemos a organização
do trabalho como um processo intersubjetivo por meio do qual os trabalhadores e
trabalhadoras constituem uma dinâmica de interações próprias às situações de trabalho
enquanto um lugar de produção de significados e construção de relações sociais. A
organização do trabalho compreende desde os aspectos técnicos do trabalho (como as
normas, os protocolos, os procedimentos, as prescrições, a natureza e o conteúdo da tarefa),
até a dimensão eminentemente social (como a hierarquia, a divisão das tarefas, as formas de
avaliação e controle do trabalho, o reconhecimento). Como esclarece Facas (2021, p. 25), a
organização do trabalho é, nada mais nada menos, que “o cenário do trabalho”.
O trabalho é a categoria ontológica central e fundante do ser social. A psicodinâmica
do trabalho destaca ainda a centralidade do trabalho: na luta pela saúde e conquista da
identidade; na construção de regras sociais e na organização da vida em sociedade; na
constituição das relações sociais e de gênero; na produção da vida econômica e política da
cidade; na produção do conhecimento sobre o mundo (centralidade epistemológica do
trabalho); e como atividade potencialmente orientadora da ação política e da emancipação
humana; Todavia, o trabalho como é organizado no modo de produção capitalista ‒ nas
formas de organização do trabalho pautadas pela agenda neoliberal e pelo preceitos
gerencialistas ‒ torna-se fonte de sofrimento e despersonalização do trabalhador (Dejours,
2012).
Uma vez que não está no horizonte imediato a superação do capitalismo, e que os
preceitos liberais estão cada vez mais arraigados na administração pública, cabe a nós um
olhar assertivo àquilo que pode, de fato, ser modificado: a organização do trabalho. A clínica
psicodinâmica do trabalho nos mostra que a gênese do sofrimento ‒ e, portanto, a raiz do
adoecimento ‒ encontra-se na organização do trabalho. E que, ao contrário do que concebiam
as abordagens clássicas no interior das ciências do trabalho, a organização do trabalho não é
um bloco rígido, monolítico e imutável. A organização do trabalho é dinâmica, flexível e
mutável: é um continuum movimento que se constrói e reconstrói na dinâmica das interações
cotidianas do trabalho. Há margem de interpretação, de negociação e de luta (Dejours, 1992,
2011).
Mediante o exposto, este projeto tem como objetivo central realizar um amplo
mapeamento e investigação da organização do trabalho nos diversos câmpus e reitoria do
Instituto Federal de Goiás e do Instituto Federal Goiano, no sentido de viabilizar a construção
de dispositivos e políticas institucionais que favoreçam à prevenção do sofrimento e do
adoecimento relacionado ao trabalho.
JUSTIFICATIVA
1
Cf. Anexo 1
psicólogos, pedagogos, administradores, assistentes sociais, médicos, engenheiros e técnicos
de segurança do trabalho, entre outros.
Em última instância, a elaboração e execução do presente projeto ampara-se no que
está previsto no Plano de Desenvolvimento Institucional do IFG (2019-2023) – fruto de um
amplo debate na comunidade escolar – que define que a Política de Gestão de Pessoas:
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
- realizar um amplo mapeamento da organização do trabalho e dos riscos psicossociais
associados ao trabalho no sentido de contribuir com a formulação de políticas
institucionais de Gestão de Pessoas direcionadas à prevenção do sofrimento e do
adoecimento relacionado ao trabalho;
Objetivos específicos:
- sensibilizar servidores e gestores sobre os temas relacionados à saúde, segurança e os
riscos psicossociais associados ao trabalho;
- contribuir para a criação de espaços coletivos de discussão e deliberação sobre o
trabalho nos câmpus e reitorias;
- fomentar a organização de grupos e redes de apoio para trabalhadores e trabalhadoras
em processo de sofrimento, adoecimento ou afastamento relacionado ao trabalho;
REFERENCIAL TEÓRICO
METODOLOGIA
Conforme salienta Dejours (2011, p. 89), “a pesquisa, pela sua própria dinâmica,
provoca mudanças na situação pesquisada”. O método de pesquisa-intervenção não é um
modo banal de observação ou coleta de dados. Tampouco uma aplicação despretensiosa de
questionários e/ou entrevistas. É necessário alcançar o vivido subjetivo no trabalho e a
dimensão do sofrimento e os seus destinos, o que não pode ser apreendido de fora para
dentro. Trata-se, portanto, de viabilizar uma implicação mútua e genuína entre os
trabalhadores, organizados em coletivos, e os coletivos de pesquisadores. Compreende-se que
a realidade do trabalho não é um dado à priori, por isso não pode ser coletado: o real do
trabalho “procede de uma dinâmica intersubjetiva mediada pela linguagem” (p. 96). Nesse
sentido, é preciso compartilhar e confrontar o vivido subjetivo no trabalho por meio da
construção de espaços coletivos de discussão.
As estratégias defensivas, frequentemente, ultrapassam a consciência que os agentes
têm delas. Da mesma forma o sofrimento no trabalho, cuja dimensão e totalidade somente é
possível alcançar no coletivo. A originalidade do conhecimento a ser construído ocorre pelo
fato de que a (per)elaboração da experiência coletiva está à frente da inteligibilidade daquilo
que é vivido subjetivamente. Dessa perspectiva, que emana tradição compreensiva, emerge
um objetivo insólito: proceder uma investigação a partir de “dados que o pesquisador não
pode observar diretamente em indivíduos que nem sempre têm consciência da existência
desses dados” (Dejours, 2011, p. 98). Para superar essa dificuldade faz-se necessário passar
pela palavra dos trabalhadores e trabalhadoras. A palavra é a única via de acesso possível a
essa realidade que ainda não veio à tona. O recurso à palavra, o confronto do vivido subjetivo
em conjunto com os pares e a experiência compartilhada no coletivo compõem o núcleo
central da metodologia em psicodinâmica do trabalho. A apropriação do real do trabalho, que
não é meramente individual, mas também coletivo, é o ponto de partida para a transformação
da organização do trabalho.
O trabalho de pesquisa inicia-se com a construção da demanda. A demanda,
evidentemente, é uma prerrogativa dos trabalhadores e trabalhadoras. Uma demanda
construída artificialmente, que não passe pela palavra dos trabalhadores organizados em
coletivos, não terá validade e efetividade alguma. O coletivo de pesquisadores não constrói
demanda, apenas deve contribuir para que ela se torne explícita. Nesse sentido, o coletivo de
pesquisadores pode e deve reunir informações sobre a organização do trabalho e os processos
de trabalho, bem como resgatar a história das lutas, greves, conflitos, incidentes e crises ‒ que
denotam o aspecto dinâmico da organização do trabalho ‒ de forma a contribuir com a
formulação da demanda pelos trabalhadores. O trabalho de demanda deve passar por uma
fase de elaboração no coletivo e ser socialmente validada pelos diversos atores da
organização do trabalho. A construção, validação e interpretação da demanda no coletivo
deve suscitar novos temas e relatos de maneira a amplificar os objetivos originalmente
estabelecidos pela pesquisa-ação.
A execução do projeto se dará em três momentos, conforme descrito abaixo:
a) Visitação in loco:
A execução do projeto deve ter como ponto de partida a constituição de um coletivo
de pesquisa. A formação da equipe deve priorizar tanto o aspecto multiprofissional quanto o
pressuposto do engajamento ético-político. Dessa forma, o coletivo de pesquisa deve ser
composto por servidores técnico-administrativos e docentes identificados com os temas
relacionados ao trabalho, saúde, segurança, qualidade de vida, entre outros, com ou sem
experiência na gestão. Vale ressaltar que, nesse caso em específico, o coletivo de pesquisa
também será composto por trabalhadores e trabalhadoras da instituição, de modo que deve
haver total implicação entre o coletivo de pesquisadores e os coletivos de trabalhadores. O
coletivo de pesquisa deve assumir o desafio de se colocar na posição de investigador ao
mesmo tempo em que compõe também a dimensão da totalidade do objeto a ser investigado.
Constituído o coletivo de pesquisa, a pesquisa-ação deve ser iniciada com a visitação
in loco de todos os Câmpus do IFG e IF Goiano: são, no total, 26 Câmpus espalhados pelas 5
mesorregiões do Estado de Goiás, além das duas reitorias. O objetivo inicial da visitação in
loco é a apresentação do projeto aos gestores da instituição e a sensibilização dos servidores
para uma efetiva participação na pesquisa. A visitação também deve servir para o
levantamento dos eixos temáticos transversais a serem trabalhados na etapa “clínica” da
pesquisa. No corpo a corpo com os servidores da instituição é possível, ainda, coletar
informações sobre a natureza e os desafios do “trabalhar” em cada setor dos câmpus e da
reitoria. Na interlocução com os gestores, é possível apreender algo da natureza dinâmica do
trabalhar, a divisão social e técnica do trabalho, tal como as fontes de conflito e as
expressões do sofrimento no trabalho. Esse contato inicial deve contribuir com a formulação
da demanda em conjunto com o coletivo de trabalhadores, bem como à revisão e atualização
dos objetivos do projeto.
c) A clínica do trabalho
2
Cf. o instrumento na íntegra no anexo 2.
As etapas anteriores destinam-se ao acúmulo de informações sobre a organização do
trabalho, suas transformações e implicações. Isso pressupõe, além da aplicação do
instrumento de coleta, o acesso a documentos técnicos, científicos, políticos e todo e qualquer
ato normativo que forneça pistas sobre os aspectos estruturais e dinâmicos da organização do
trabalho. Na visitação in loco é possível que apareçam diferenças consideráveis entre a fala
dos gestores e a fala dos trabalhadores e trabalhadoras da base, e também entre servidores
docentes e técnicos administrativos3. O objetivo das duas primeiras etapas não consiste em
alcançar uma descrição objetiva da relação sujeito-organização do trabalho, mas, antes,
construir as bases concretas para compreender de que falam os trabalhadores que irão
participar da etapa clínica da pesquisa.
A etapa clínica deve ser realizada em um local identificado com o trabalho, seja na
própria instituição ou em espaços usualmente ocupados pelos trabalhadores, como por
exemplo as associações recreativas ou as seções sindicais. A etapa clínica da pesquisa
consiste, basicamente, na realização de reuniões sistemáticas e periódicas cujo propósito é a
elaboração e o desenvolvimento da demanda. Uma demanda que aparece, inicialmente, como
uma queixa individual ‒ fonte de sofrimento e esgotamento para um indivíduo isolado ‒ pode
se transformar, ao longo do processo, em uma demanda do coletivo, isto é, algo que mobilize
soluções a nível da organização do trabalho e/ou transformações nas relações intersubjetivas
no trabalho. “Em outros termos, a ação de transformação passa pela mobilização da
capacidade de análise dos sujeitos sobre suas relações com a organização do trabalho”
(Dejours, 1991, p. 84).
Quem demanda? Como já explicitado, a demanda é prerrogativa dos trabalhadores e
trabalhadoras organizados em coletivos. O que se demanda? Essa questão diz respeito ao
conteúdo da demanda e é, precisamente nesse ponto, que se torna evidente a importância do
coletivo de pesquisa. Os pesquisadores, considerando a sua formação e itinerário profissional,
e tendo como referência o material acessado a partir das etapas anteriores da pesquisa, devem
contribuir para a tradução e elaboração da demanda por parte dos trabalhadores. O coletivo
de pesquisa pode formular questões mobilizadoras genéricas, tais como: Quais os principais
riscos à saúde no trabalho docente/administrativo? Qual a principal fonte de conflito entre
os pares no IFG/IFGoiano? Ou questões mais específicas e pontuais, tais como: Quais os
efeitos da implementação do ponto eletrônico sobre a organização do trabalho no
3
Considerando a especificidade do fazer docente e do trabalho técnico-administrativo, é possível que a
pesquisa-ação tenha que ser subdividida em duas pesquisas diferentes. Ainda que estejamos falando da mesma
instituição, é necessário considerar que se tratam de duas organizações do trabalho com naturezas distintas.
IFG/IFgoiano? Quais as expectativas em relação às mudanças implementadas pela nova
gestão? O coletivo de pesquisa deve, ainda, contribuir para que a palavra dos trabalhadores e
trabalhadoras seja efetivamente traduzida em novos questionamentos e direcionamentos. O
pesquisador, ainda que esteja implicado na instituição, deve manter o compromisso com o
sigilo e a sua independência em relação à gestão institucional. É preciso ter clareza que o
rigor do trabalho de pesquisa pode conduzir a resultados que podem suscitar embates e
contradições com a gestão local ou central da instituição.
Na etapa clínica, o material de pesquisa é a palavra. “A extração é realizada a partir
do que foi dito, sobre o que pode ser reconhecido como o ‘discurso’, em outros termos,
daquilo que é uma formulação original, viva, engajada e subjetiva do grupo de trabalhadores”
(Dejours, 2001, p. 117). Uma vez que não é possível apreender o sofrimento no trabalho de
forma objetiva, é por meio da palavra que podemos acessar o vivido subjetivo no trabalho.
“Nosso objetivo não é desvendar a realidade do trabalho humano em suas dimensões físicas e
cognitivas. Nossa pesquisa está centrada essencialmente na vivência subjetiva [...] (p. 118). A
palavra dos trabalhadores e trabalhadoras revela “concepções subjetivas, hipóteses sobre o
porquê e o como da relação vivenciada no trabalho, as interpretações, até mesmo as
observações de caráter anedótico, entre outras diferentes formulações” (idem). Em última
instância, o objetivo da etapa clínica da pesquisa é fazer progredir a análise da relação
subjetiva com o trabalho, isto é, proporcionar ao conjunto dos trabalhadores novas
interpretações ‒ individuais e ou coletivas ‒ da sua relação com a organização do trabalho.
Explicita Dejours que:
CRONOGRAMA
Formação teórico-metodológica do X
coletivo de pesquisa.
Realização do I Seminário X
Interinstitucional sobre Trabalho, Saúde
e Segurança nas instituições federais de
ensino do Estado de Goiás
Visitação in loco X X X
Aplicação do PROART X X X
Antunes, R. (2005). O caracol e sua concha: ensaios sobre a nova morfologia do trabalho. 1
ed. Boitempo Editorial.
Bendassolli, P. & Soboll, L. (Orgs.) (2011) Clínicas do trabalho: novas perspectivas para
compreensão do trabalho na atualidade. Editora Atlas
Dejours, C. (1986). Por um novo conceito de saúde. Revista brasileira de saúde ocupacional,
14 (54), 7-11.
Dejours, C. (2007). Uma nova visão do sofrimento humano nas organizações. O indivíduo na
organização: dimensões esquecidas (3 ed., pp. 150-173). Atlas.
Dejours, C.(2012e). Trabalho vivo - Tomo 2: trabalho e emancipação (1 ed.). Paralelo 15.
(Publicado originalmente em 2009)
Dejours, C. (2016). Organização do trabalho e saúde mental: quais são as responsabilidades
do Manager. In K. Macêdo, J. Lima, A. Fleury, & C. Carneiro (Orgs.). Organização do
trabalho e adoecimento: uma visão interdisciplinar (pp. 317-331). Editora da PUC Goiás.
Dejours, C., & Molinier, P. (1994a). De la peine au travail. Autrement. Série mutations
(1989), (142), 138-151.
Facas, E. (2021). PROART: Riscos Psicossociais Relacionados ao Trabalho. 1 ed. Editora Fí.
Hubault, A. (1995). A quoi sert l’analyse de l’activité en ergonomie. Performances Humaines
& Techniques, 79-85
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PROF ENS BAS TEC
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