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PILARES:
Efeitos de 2ª ordem
(Método da Curvatura Nominal)
Rui Faria
Mário Pimentel
Mestrado Integrado em
Estruturas de Betão 1 2
Engenharia Civil
Imperfeições geométricas
Mestrado Integrado em
Estruturas de Betão 1 3
Engenharia Civil
EFEITOS DE 2ª ORDEM EM PILARES
Conceitos gerais – Carga crítica de encurvadura
• Equação diferencial que rege o problema:
M Ny
d2y d2y N
2
N y EI 2 2
y0
M 1 d y dz dz EI
2
EI r dz
• Solução geral:
y C1 sin k z C2 cosk z
N
, k
EI
• Condições fronteira:
z0 y 0 C2 0
z l0 y 0 C1 0 k l0 n
• Carga crítica de encurvadura (ou carga de Euler) obtém-se
Problema de Euler tomando n = 1:
2 EI
k l0 N E 2
l0
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Comprimento efetivo l0
Em pilares com condições de apoio diversas das do problema de Euler não é
necessário voltar a resolver a equação diferencial para determinar a carga crítica.
O comprimento de encurvadura l0 (no EC2 é designado por comprimento efetivo)
define-se como o comprimento que teria de ter uma peça biarticulada com a
mesma secção, para ter a mesma carga crítica que o pilar em estudo.
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Conceitos gerais
• Os efeitos de 2ª ordem em pilares originam momentos M2 que se têm de
adicionar aos momentos de 1ª ordem M01, devido à deformação do elemento.
e1 e1 – desvio inicial (excentricidade de N, força
horizontal e/ou imperfeição geométrica)
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Conceitos gerais – instabilidade por divergência em flexão composta
lo
• Esbelteza: l
i
I
• Raio de giração: i
A
Rotura por
Caso 3: Pilar muito esbelto - rotura por
instabilidade instabilidade, não condicionada pelo
material (pouco relevante em estruturas
de BA).
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Conceitos gerais – instabilidade por divergência em flexão composta
• Os momentos de 2ª ordem M2
dependem da esbelteza do pilar.
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Método da Curvatura Nominal - fundamentos
M Ed M 0 Ed N Ed e2 N Ed e0 e1 e2
M2
l0
e0 q i → Excentricidade devida às imperfeições
2 geométricas
e2
1
z M dz → Excentricidade de 2ª ordem. No caso geral pode
0
r ser determinada através do Teorema dos
Trabalhos Virtuais em que:
1
• ( z ) é a distribuição de curvaturas no pilar
r
• M é o momento virtual devido à carga unitária
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Método da Curvatura Nominal - fundamentos
A excentricidade de 2ª ordem pode ser expressa em função da
curvatura numa secção de referência 1/r, e de uma constante c
que depende da distribuição de curvaturas ao longo do pilar:
l0
1 l02
e2 z M dz
1
0
r r c
Assumindo uma distribuição sinusoidal para a deformada do
pilar tem-se que:
y e2 sin z
l0
Tendo em conta que 1 r y , pode obter-se a relação entre a
excentricidade de 2ª ordem e2 e a curvatura na secção de
referência localizada a z = lo/2:
2
1 1 l02
e2 e2
r l0 r 2
obtendo-se neste caso particular c = 2 ≈ 10.
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Método da Curvatura Nominal - fundamentos
A curvatura de base na secção de referência pode ser estimada com base na hipótese de
que a rotura do pilar ocorre com a cedência das armaduras:
1 1
K r K
r r0
em que:
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Pórticos contraventados versus Pórticos não contraventados
Secção
crítica
Secção
crítica
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Elementos de contraventamento e contraventados
3.0
4.0 Piso 2
6.0
3.0
Piso 1
P 4.0
2.4
P1 4.0
6.0
R/C
Y 3.0
Cave
X Z
Z
X
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Efeitos locais versus Efeitos globais de 2ª ordem
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Localização da secção crítica em elementos contraventados – deformada
com curvatura simples
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Localização da secção crítica em elementos contraventados – deformada
com dupla curvatura
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
MEd = M0Ed+ M2
M02
M0Ed = 0.6 M02 + 0.4 M01 ≥ 0.4 M02
M01 e M02 devem ter o mesmo sinal se produzirem tracção na mesma face e
Secção devem ter sinais opostos. Além disso, M02M01.
crítica
IMPORTANTE:
M01
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Localização da secção crítica em elementos não contraventados
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
l0 em edifícios
Elementos contraventados
k1 k2
l0 = 0,5l 1 1
0,45 k1 0,45 k 2
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
l0 em edifícios
(4) Se um elemento comprimido adjacente (pilar), num nó, é susceptível de contribuir para a
rotação na encurvadura, deve substituir-se (E/l) na definição de k por [(E / l)a+(E / l)b], sendo
a e b o elemento comprimido (pilar) situado, respectivamente, acima e abaixo do nó.
X
= 0.1
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Convenções
• Encurvadura no plano XZ: mobiliza a inércia Iy,
depende do comprimento lo,x e origina um
momento de 2ª ordem M2,y.
b h3 Iy h
Iy iy
12 A 12
lo , x
lx M 2, y N e2, x Pilar
iy
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Método da Curvatura Nominal (MCN)
e2 1 r l02 c
e2 deslocamento = (1/r) lo2 / c
1/r curvatura, ver 5.8.8.3
lo comprimento efectivo, ver 5.8.3.2
c é um coeficiente dependente da distribuição da curvatura, ver 5.8.8.2 (4)
(4) No caso de uma secção transversal constante, utiliza-se normalmente c = 10 ( 2). Se o
momento de primeira ordem for constante, deve considerar-se um valor inferior (8 é um limite
inferior que corresponde a um momento total constante).
Nota: O valor corresponde a uma distribuição sinusoidal das curvaturas. No caso de uma curvatura
2
Curvatura nominal
constante o valor é(para secção
8. Note-se quetransversal constante
c depende da distribuiçãoe da
simétrica)
curvatura total, enquanto que c0 em 5.8.7.3
1/r = K rK 1/r 0
(2) depende da curvatura correspondente unicamente ao momento de primeira ordem. (5.34)
1/r = KrK1/r0
em que:
Kr é um factor de correcção dependente do esforço normal, ver 5.8.8.3 (3)
K é um coeficiente que tem em conta a fluência, ver 5.8.8.3 (4)
1/r0 = yd / (0,45 d)
yd = fyd / Es
d altura útil, ver também 5.8.8.3 (2)
(2) Se toda a armadura não estiver concentrada nas faces opostas, mas parte dela estiver
distribuída paralelamente ao plano de flexão, d é definido por
d = (h/2) + is em que is é o raio de giração da secção total das armaduras (5.35)
em que i é o raio de giração da secção total de armaduras
s
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
em que:
(,t0) coeficiente final de fluência, de acordo com 3.1.4
M0Eqp momento flector de primeira ordem na combinação de acções quase-permanente
(SLS, estado limite de utilização)
M0Ed momento flector de primeira ordem na combinação de acções de cálculo (ULS,
estado limite último)
K = 1 + ef 1 (5.37)
K = 1 + ef 1 (5.37)
em que:
em
ef coeficiente
que: de fluência efectivo
= 0,35 + fck/200 - lde
ef coeficiente /150
fluência efectivo
l coeficiente
= 0,35 + fde - l/150
esbelteza
ck/200
l coeficiente de esbelteza
• A fluência pode ser ignorada se se verificar (simultaneamente) que:
- (,t0) 2
- l 75
- M0Ed/NEd h
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
em que:
A = 1 / (1+0,2ef) (se ef não é conhecido, pode utilizar-se A = 0,7)
B = 1 2 (se não é conhecido, pode utilizar-se B = 1,1)
C = 1,7 - rm (se rm não é conhecido, pode utilizar-se C = 0,7)
= Asfyd / (Acfcd)
n = NEd / (Acfcd)
rm = M01/M02
No caso de os momentos nas extremidades, M01 e M02 , produzirem tracção no mesmo lado, rm deve ser
considerado positivo (ou seja, C 1,7), caso contrário deve ser considerado negativo (ou seja, C > 1,7).
Nos casos seguintes, rm deve ser considerado igual a 1,0 (ou seja, C = 0,7):
- elementos contraventados nos quais os momentos de primeira ordem resultam apenas ou
predominantemente de imperfeições ou de acções transversais
- elementos não contraventados em geral
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Os efeitos de 2ª ordem analisam-se em separado para cada direção:
(1) (…) Deve ter-se particular atenção ao identificar a secção que corresponde à
combinação de momentos crítica para o dimensionamento.
(2) Um primeiro passo poderá consistir no cálculo separado para cada direção
principal, ignorando a existência de flexão desviada. As imperfeições só têm que
ser consideradas na direção em que têm o efeito mais desfavorável.
… Mas pode ocorrer Flexão Desviada:
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Efeitos de 2ª ordem em pilares
Exemplo
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