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QUAL É A DIFERENÇA ENTRE CALVINISMO E ARMINIANISMO?

Qual está certo?

O Calvinismo e o Arminianismo são duas correntes de pensamento dentro do Cristianismo que


tentam explicar a relação entre a salvação, a soberania de Deus e o poder de escolha do homem.
O Calvinismo se concentra mais na soberania de Deus e o Arminianismo foca mais no livre-
arbítrio. A Bíblia fala sobre as duas coisas.

A origem do debate

O Calvinismo e o Arminianismo surgiram na mesma época. O Calvinismo é baseado nas ideias de


um homem chamado João Calvino e o Arminianismo é baseado nos pensamentos de Jacó
Armínio. Os seguidores desses dois homens entraram (e ainda entram) em conflito por causa das
diferenças entre suas posições.
Quando o Calvinismo se estava tornando popular, os seguidores do Arminianismo escreveram
sobre alguns pontos em que discordavam dos calvinistas. Estes, por sua vez, reafirmaram sua
posição, em resposta. Começou assim um grande debate que tem durado alguns séculos.
Quais são as diferenças entre o Calvinismo e o Arminianismo?
A diferença principal entre o Calvinismo e o Arminianismo é sobre como a salvação funciona. O
Calvinismo diz que nós não temos voto na matéria; o Arminianismo diz que podemos escolher.
O Calvinismo ensina que Deus é soberano sobre todas as coisas. Por isso, Ele escolhe quem Ele
quer salvar (Efésios 1:4-6). Ninguém consegue se salvar por sua própria vontade, porque todos
estamos presos no pecado. Mas Deus dá fé a alguns para que sejam salvos. Ninguém a quem
Deus escolheu consegue resistir à salvação; todos serão obrigatoriamente salvos.
O Arminianismo aceita a soberania de Deus e o fato que ninguém consegue se salvar por esforço
próprio. Deus nos oferece a salvação de graça mas também dá uma escolha a cada pessoa
(Apocalipse 3:20). Ninguém é obrigado a crer e ser salvo.
Outra diferença é sobre quem Jesus veio salvar. O Calvinismo ensina que Jesus morreu apenas
para salvar os eleitos, que Deus escolheu para terem fé. O Arminianismo ensina que Jesus
morreu por todas as pessoas mas apenas quem crer será salvo.
Veja aqui: o que é Calvinismo?
Atenção: A maioria dos calvinistas não acredita que somos “fantoches” de Deus. Eles aceitam que
temos poder para fazer escolhas mas não em relação à salvação. A maioria dos seguidores do
Arminianismo também não acredita que somos salvos por obras ou mérito. Eles aceitam que a
salvação vem toda de Deus; apenas temos o poder para rejeitar essa salvação.
Entre os calvinistas os defensores do Arminianismo também há debate sobre se é possível que
um crente perca a salvação. O Calvinismo diz que é impossível; o Arminianismo diz que talvez
seja possível mas não há certezas.
Veja também: o que é Arminianismo?
Qual está certo?
Não há uma resposta clara para essa pergunta. A Bíblia diz que Deus é soberano sobre todas as
coisas mas que nós também temos liberdade para fazer escolhas. Nada acontece sem a
permissão de Deus mas as pessoas também fazem coisas que Deus não quer.
A questão da salvação é parecida com a questão da galinha e do ovo. Qual veio primeiro? A
vontade de Deus ou a fé? A Bíblia não responde! Deus não está limitado às regras do tempo, a
antes e depois. Ele é eterno e pode andar para trás, para frente e em qualquer direção no tempo.
Será que faz sentido tentar explicar a ação de Deus em termos temporais?
A Bíblia diz que Deus está no controle de tudo. Mas, em Sua soberania, Ele nos permite tomar
escolhas. Somos advertidos a não rejeitar a salvação que Deus nos oferece mas também somos
assegurados que Deus nos vai guardar na fé (Hebreus 3:12; João 10:28).
Descubra aqui mais sobre o livre-arbítrio e a predestinação na Bíblia.
Em outras coisas, é impossível declarar que um dos lados está certo, porque a Bíblia não
esclarece. Por exemplo, João 3:16 pode ser usado para provar que Jesus só morreu pelos eleitos
que crêem ou que Jesus morreu por todos mas apenas os que crêem são salvos. O versículo
apenas diz que os que crêem em Jesus serão salvos.
Infelizmente, muitas vezes acontece que uma pessoa que parece ter fé abandona Jesus. Segundo
o Calvinismo, essa pessoa nunca teve fé verdadeira, por isso não era mesmo salva. De acordo
com o Arminianismo, isso talvez poderia ser uma prova que é possível perder a salvação, se uma
pessoa realmente quer rejeitar Jesus.
A Bíblia diz que algumas pessoas provam de Jesus mas depois o rejeitam (Hebreus 6:4-6). Ela
não diz se essas pessoas eram salvas ou não. No fim, o que realmente conta é a eternidade.
O que é Calvinismo?
Calvinismo é uma teologia baseada na interpretação da Bíblia de alguns grupos protestantes. O
Calvinismo recebe seu nome de João Calvino, seu defensor mais conhecido. As igrejas
reformadas (ou presbiterianas) ensinam o Calvinismo.
Durante a Reforma Protestante, surgiram diferenças de opinião entre Martinho Lutero e João
Calvino sobre alguns assuntos da Bíblia. Algumas igrejas apoiaram as ideias de Martinho Lutero e
outras apoiaram Calvino. Atualmente, o Calvinismo está associado principalmente à Igreja
Presbiteriana.
O que o Calvinismo ensina?
O ensinamento principal do Calvinismo é que Deus é soberano sobre tudo. Ele está no controle
de todas as coisas e nada acontece se não for Sua vontade. Baseado nesse princípio, os
calvinistas defendem cinco pontos principais, afirmados no Sínodo de Dordt:
1. Depravação Total
Todos pecamos e estamos poluídos pelo pecado. Por causa do pecado, tudo ficou corrompido e
nos tornamos escravos do pecado. Sozinhos, não temos capacidade para mudar e nos
purificar totalmente do pecado (Romanos 7:18-20).
Nesse sentido, depravação total não significa que todos somos psicopatas horríveis, incapazes de
fazer coisas boas. No Calvinismo, depravação total significa que estamos manchados pelo pecado
e não há nada que podemos fazer para reparar o dano.
Veja também: o que é a Igreja Presbiteriana?
2. Eleição Incondicional
Deus já escolheu (“elegeu”) quem será salvo. Ele predestinou alguns para receberem a salvação
de Jesus, dando-lhes a fé que precisam para que isso aconteça. A escolha de Deus não depende
das obras nem do caráter da pessoa (Efésios 2:8-10). Deus dá a salvação de graça a quem Ele
quer, sem exigir condições.
Leia aqui: o que é a predestinação?
3. Expiação Limitada
Jesus morreu para que todos aqueles que crerem sejam salvos (João 3:16). Sua morte não salva
aqueles que não se arrependem. Apenas os eleitos são salvos pelo sacrifício de Jesus.
4. Graça Irresistível
Basicamente, aqueles que foram escolhidos por Deus serão salvos. Quando Deus chama um
dos eleitos, este não irá rejeitar o chamado e será salvo. A conversão não é simplesmente a
escolha da pessoa; é o resultado do chamado poderoso de Deus, que não pode ser resistido.
Quem não aceita a mensagem da salvação não recebeu a graça de Deus, que sempre resulta em
conversão.
Descubra aqui: qual é a diferença entre Calvinismo e Arminianismo? Qual está certo?
5. Perseverança dos Santos
Não é possível perder a salvação. Aqueles que foram escolhidos por Deus vão se manter fieis
até ao fim, porque a salvação vem pela graça de Deus, não pela força de vontade da pessoa.
Logo, nenhum salvo precisa ter medo de perder a salvação; já está garantida (Romanos 8:38-39).
Isso não significa que os salvos podem pecar o quanto quiserem, sem medo de perder a
salvação. Quem é realmente salvo vai mudar de vida e vai lutar contra o pecado.
Veja aqui: um cristão pode perder a salvação?
Calvinismo e a Bíblia
A Bíblia diz que Deus é soberano sobre todas as coisas e nada acontece se Ele não permitir. Mas
Deus também nos permite ter liberdade de escolha, ou livre-arbítrio. Deus chama e faz o
trabalho todo para podermos ser salvos mas Ele também nos dá espaço para fazermos escolhas
reais e significativas. Deus não quer que ninguém se perca mas Ele permite (Ezequiel 18:31-32).
Veja aqui mais sobre o livre-arbítrio.
Em Sua soberania, Deus decidiu usar nossas decisões para realizar Seus planos. O Calvinismo
foca muito na soberania de Deus mas não devemos esquecer que nossas escolhas também são
importantes e fazem uma diferença.
O que é o Arminianismo?
OArminianismo é uma teologia baseada na interpretação que alguns protestantes fazem da Bíblia.
O nome Arminianismo vem de seu principal defensor, Jacó Armínio. O Arminianismo é conhecido
principalmente por suas diferenças com o Calvinismo.
Com a Reforma Protestante, surgiram várias novas interpretações da Bíblia. O Arminianismo
surgiu na Holanda, onde o Calvinismo também tinha força. Por isso, o Arminianismo se
desenvolveu em comparação com o Calvinismo. Atualmente, o Arminianismo está associado
principalmente à Igreja Metodista.
O que o Arminianismo ensina?
O Arminianismo ensina que cada pessoa tem capacidade de escolha, ou livre-arbítrio. Essa
liberdade para escolher não é total mas nos dá capacidade para escolher nosso destino e nos
torna responsáveis por nossas ações. Com base nisso, o Arminianismo pode ser resumido em
cinco pontos principais, que estão explicados nos Cinco Artigos da Remonstrância :
1. Salvação pela Fé
Em Sua soberania, Deus decidiu enviar Jesus para nos salvar do pecado e do castigo eterno do
pecado. A única forma de recebermos essa salvação é pela fé. Não podemos fazer nada para
merecer. A salvação é um presente de Deus, dado de graça a quem crê (João 3:16-18).
Veja aqui: o que é a Igreja Metodista?
2. Expiação Total
A morte de Jesus na cruz foi suficiente para salvar toda a humanidade! Graças a ele, todos
podem ter seus pecados perdoados (1 João 2:1-2). Deus quer que todos sejam salvos. No
entanto, somente aqueles que crêem em Jesus recebem o perdão dos pecados e a salvação.
3. Depravação Total
Sozinho nada podemos fazer para nos salvarmos. Tudo que fazemos está manchado pelo pecado
e não somos capazes de fazer nada perfeitamente bom. Sem Deus, estamos todos condenados.
A fé é um dom que vem de Deus. Somente quando Ele nos dá fé, pela ação do Espírito Santo, é
que podemos ser salvos (Efésios 2:8-9). A salvação vem toda de Deus.
Veja também: qual é a diferença entre Calvinismo e Arminianismo? Qual está certo?
4. Graça Resistível
Precisamos da graça de Deus para termos fé e sermos salvos. No entanto, Deus ainda nos dá
capacidade para escolher. Se quisermos, podemos resistir ao Espírito Santo, rejeitando seu
chamado e a fé que nos oferece (Hebreus 3:12-15). Sozinhos não podemos fazer nada para
alcançar a salvação mas podemos rejeitar a salvação, se realmente queremos.
Leia aqui: o que é o livre-arbítrio?
5. Garantia da Salvação Questionável
O Arminianismo questiona o ensino que um cristão não pode perder a salvação. Algumas
passagens da Bíblia parecem sugerir que é possível perder a salvação, dizendo que é preciso
perseverar na fé até ao fim (Mateus 10:22). Por isso, alguns arminianos afirmam que é possível
perder a salvação, enquanto que outros deixam a questão em aberto, não tomando nenhuma
posição categórica.
Descubra aqui: um cristão pode perder a salvação?
O Arminianismo e a Bíblia
A Bíblia diz que somos responsáveis por nossas ações, porque temos livre-arbítrio. Nossas
escolhas fazem a diferença. Mas, ao mesmo tempo, somos completamente dependentes de
Deus. Sem a ação de Deus, ninguém consegue se salvar. O Arminianismo aceita esses dois
lados.
Por outro lado, a Bíblia diz que aqueles que estão realmente salvos vão receber força de Deus
para perseverar até o fim (1 Coríntios 1:8-9). O perigo do Arminianismo é focar demasiado no
livre-arbítrio e achar que tudo depende de nós. Na verdade, somos completamente dependentes
de Deus e Ele vai cuidar de nós.
O que é o livre-arbítrio (significado bíblico)
Olivre-arbítrio é o poder que temos de tomar uma decisão, sem sermos obrigados a
escolher uma determinada opção. O livre-arbítrio é nosso poder de escolha. Por causa do livre-
arbítrio, cada pessoa é responsável por suas ações. Deus nos deu o livre-arbítrio.
O livre-arbítrio existe. Todas as pessoas são influenciadas por muitos fatores, mas esses fatores
não tiram nosso poder de escolha. Nós também influenciamos eventos. A Bíblia ensina que cada
pessoa pode tomar decisões e é responsável por essas decisões.
Deus nos ama e nos deu livre-arbítrio para podermos O amar também. Só uma pessoa com livre-
arbítrio consegue amar. Nós não somos “bonecos” que Deus usa para brincar. Ele nos concedeu
livre-arbítrio porque somos especiais para Ele.
Mas o livre-arbítrio implica responsabilidade. Nossas ações têm consequências e somos
responsáveis por elas. Livre-arbítrio não significa que podemos fazer coisas erradas sem pagar o
preço. Nossa liberdade é limitada pelas regras de Deus (Romanos 2:6-8).
Deus sabe todas as coisas. Ele dá poder de escolha mas também consegue ver a decisão que
você vai tomar. Isso não significa que você não tem livre-arbítrio. Deus sabe suas escolhas, mas é
você quem as toma. Deus trabalha com as decisões que tomamos para cumprir Seus planos
(Romanos 8:28). É um pouco como um jogador profissional de xadrez que consegue prever as
jogadas do oponente e usa essa vantagem para organizar sua estratégia. Ao mesmo
tempo, somos livres para escolher e Deus está no controle.
O que é a predestinação na Bíblia
Predestinação significa algo que já foi determinado, ou decidido. A predestinação é aquilo que
Deus já determinou que vai acontecer. A Bíblia fala sobre predestinação mas também diz que
cada pessoa tem liberdade para escolher o seu destino (livre arbítrio).
Onde na Bíblia fala sobre predestinação
Atos dos Apóstolos 4:27-28 – aqui mostra que Deus já tinha planeado a morte e ressurreição de
Jesus antes de acontecer. Nada acontece sem a permissão de Deus.
Romanos 8:28-30 – Deus conhece quem vai se arrepender e Ele trabalha na vida dessas
pessoas, para que se tornem mais justos, como Jesus.
Efésios 1:4-6 – a salvação é um presente que Deus dá de graça e que Ele planeou há muito
tempo.
A Bíblia também diz que quem é salvo é eleito, ou escolhido por Deus. Ninguém pode ser salvo se
não for chamado por Deus (João 6:44).
E eu, não tenho livre arbítrio?
Sim, você tem livre arbítrio. A predestinação não significa que você não tem escolha. Deus nos
criou com poder para tomar decisões, à Sua imagem e semelhança. Nós não somos Seus
“fantoches”. Pode ser difícil de entender, mas ao mesmo tempo temos livre-arbítrio e Deus já
predestinou nossa salvação.
Essa é uma forma de ver a predestinação e o livre-arbítrio:
Deus é soberano sobre todas as coisas, Ele pode fazer tudo que quer. Mas Ele nos ama e quer
que nós O amemos de volta. O amor é uma escolha, uma criatura sem vontade própria não pode
realmente amar. Então Ele nos deu esse poder de escolha. Mas Deus não está dentro das regras
do tempo. Ele é eterno, para Ele o tempo não existe. Ele vê tudo o que aconteceu, acontece e
vai acontecer ao mesmo tempo. Ele sabe todas as coisas. Isso significa que Ele já sabe a
decisão de cada pessoa, porque para Ele já aconteceu.
Deus quer que toda a gente seja salva e Jesus morreu por todos, não só por alguns (1 Timóteo
2:3-4). É por isso que o evangelho é pregado em todas as partes do mundo, para chamar pessoas
para a salvação. A predestinação não significa que Deus é cruel ou seletivo. A predestinação
significa que Deus faz todo o trabalho que você não consegue, para que você possa ser salvo:
enviou Jesus para pagar seus pecados, fez com que essa mensagem chegasse até você hoje, fez
isso captar sua atenção e chamou você para aceitar Seu grande amor por você. Ele até dá o dom
da fé a quem pedir!
Deus já preparou o caminho todo para você ficar salvo, só deixou o último passo com você –
decidir aceitar o sacrifício de Jesus por você e deixar Ele ser seu senhor e amigo (Romanos 10:9-
10). Essa é sua decisão.
Deus já viu sua decisão e age em conformidade no resto de sua vida. A quem rejeita, Ele
ainda dá a chance de aceitar até morrer, e quem aceita, Ele trabalha em sua vida para seu bem.
Mas Ele nos ama tanto que não impõe Sua maneira, mas nos permite tomar decisões e trabalha
com essas decisões para cumprir Seus propósitos. Nós não merecemos, mas Ele faz tudo por nós
e o melhor que podemos fazer é aceitar esse amor maravilhoso e agradecer.
O que é livre-arbítrio na Bíblia (Estudo bíblico)
Aexpressão livre-arbítrio não aparece na Bíblia, mas Deus dá ao homem capacidade de
escolher e responsabiliza os seres humanos por cada um dos seus atos, mesmo nunca tendo
falado especificamente sobre livre-arbítrio.
Se entendermos a expressão livre arbítrio como a capacidade que todos os seres humanos
têm de escolher e tomar decisões que produzem um efeito real e alteram situações, sim, Deus
fala sobre isso e podemos ler na Bíblia sobre esse tema.
Logo no segundo capítulo da Bíblia, no livro de Gênesis, Deus fala com Adão, dizendo que ele
tinha uma escolha, a de não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Comendo, ele morreria (Gênesis 2:16-17).
Isso significa que segundo a Bíblia, seres humanos não são robôs, mas sim seres capazes de
tomar decisões reais que afetam suas vidas e as vidas de outros ao seu redor.
O livre-arbítrio e a soberania de Deus
A Bíblia nos ensina que Deus é soberano, que nada acontece que não tenha sido determinado por
sua vontade (Isaías 55:11). E vemos até que o próprio Deus endureceu o coração do faraó para
não deixar o povo de Deus sair do Egito. Isso parece entrar em conflito com o nosso livre-arbítrio,
mas não é o caso.
A nossa capacidade de escolher e a soberania de Deus são apresentadas na Bíblia como duas
verdades que, embora possam parecer contraditórias a nós, caminham, na realidade, lado a lado.
Descubra aqui mais sobre o que é a predestinação.
Então, será que somos verdadeiramente livres nas escolhas que fazemos, se Deus é soberano
sobre todas as coisas? Não será isso injusto? Se Deus manda em tudo, como é que Ele pode nos
responsabilizar pelas escolhas que fazemos? A resposta do apóstolo Paulo para esse tipo de
pergunta está em Romanos 9:19-20:
Mas algum de vocês me dirá: "Então, por que Deus ainda nos culpa? Pois quem resiste à sua
vontade?" Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? "Acaso aquilo que é formado
pode dizer ao que o formou: 'Por que me fizeste assim?'"
Deus é justo e temos que confiar na justiça dele. Pode ser difícil de entender, mas estas três
coisas são verdade:
Nós somos livres de escolher;
Somos responsáveis pelo que escolhemos;
Deus é soberano sobre tudo.
Veja também: Deus criou o mal?
O livre arbítrio e a natureza pecadora
A partir do momento em que desobedeceu a Deus, o homem não só pecou como se
tornou incapaz de não pecar. O pecado passou a fazer parte da sua natureza.
Livre-arbítrio, por isso, não significa que podemos escolher fazer ou não fazer tudo o que
queremos. Nós não podemos escolher não pecar. É isso que significa ser "escravo do pecado"
(Romanos 6:6).
A boa notícia é que pelo poder do Espírito Santo, que habita naqueles que já nasceram de novo, é
possível escolher não pecar (Romanos 8:7-9):
"a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem pode
fazê-lo. Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus. Entretanto, vocês não estão sob
o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém
não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo".
O que a Bíblia fala sobre liberdade?
ABíblia diz que a liberdade é a capacidade para escolher não pecar. Quem aceita Jesus como
seu salvador fica liberto do domínio do pecado. A liberdade em Jesus não é uma licença para
fazer tudo que queremos, sem consequências.
A Bíblia explica que quando pecamos nos tornamos escravos do pecado (João 8:34). Sabemos o
que é certo e bom mas fazemos o que é errado, porque nossa vontade é controlada pelo pecado.
Mas quando aceitamos Jesus como salvador ele nos liberta da escravidão ao pecado. Com a
ajuda de Jesus podemos dizer “não!” ao pecado.
Quem ama a Deus quer fazer o que é certo, para O agradar. Estamos livres do poder do
pecado mas agora nos sujeitamos à vontade de Deus. Essa sujeição ainda é liberdade, porque
obedecemos por amor, não por falta de escolha (Romanos 8:14-15).
A sujeição ao pecado nos prende e destrói mas a sujeição a Deus nos dá uma vida melhor e mais
completa. A escravidão do pecado apenas traz problemas e sofrimento. A liberdade da Bíblia é a
promessa da vida eterna abundante, sem sofrimento (Romanos 6:20-23).
Veja também: o que é o livre-arbítrio?
Liberdade para pecar?
Jesus nos liberta do poder do pecado mas a Bíblia nos avisa a não cair novamente na escravidão
(Gálatas 5:1). Quem continua pecando está se sujeitando ao pecado novamente. O crente que
peca se expõe a sofrimento desnecessário. O pecado dificulta o crescimento espiritual.
Para ser salva, uma pessoa precisa se arrepender. Arrependimento é decidir mudar, não apenas
sentir culpa. Deus ajuda quem quer mudar de vida. Quem é salvo quer fazer o que é certo. Isso
implica parar de pecar.
A Bíblia também avisa sobre outra forma de escravidão: muitas regras e restrições. Jesus nos
liberta para podermos desfrutar do que é bom no mundo sem pecar. O objetivo não é nos
escravizar com um monte de regras sobre o que não podemos fazer. Muitas regras não nos
ajudam a viver de forma santa (Colossenses 2:20-23).
A Bíblia nos dá conselhos sobre o que devemos evitar, para não cair novamente na escravidão do
pecado (1 Coríntios 6:12). Estudando a Bíblia, na igreja e com a ajuda do Espírito Santo, o crente
vai aprendendo o que é bom e mau e como escolher o bem. Isso lhe dá mais liberdade, não o
escraviza.
O que significa: Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus?
Todas as circunstâncias, mesmo as mais difíceis e os maiores sofrimentos na vida de quem ama
a Deus, irão colaborar para o seu bem. Lemos em Romanos 8:28 essa afirmação que intriga a
maioria dos cristãos:
Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram
chamados de acordo com o seu propósito.
- Romanos 8:28
Explicação do versículo
"Sabemos que Deus age” - Os que creem em Deus sabem que Ele está no controle e que age
em seu favor, mesmo que as circunstâncias aparentemente digam o contrário.
“em todas as coisas” - Deus atua sobre tudo e todos. Até mesmo nas aflições que
enfrentamos, Ele move sobre todas as coisas, pois tem soberania e poder sobre todos os
acontecimentos e todas as pessoas.
“para o bem” - Deus não deseja o mal para ninguém. Pelo contrário, mais do que nós mesmos,
Ele quer efetivamente o que é melhor para cada um dos seus filhos. O "bem" maior é sermos
mais semelhantes a Cristo. (Romanos 8:29)
“daqueles que O amam” - Amar a Deus é diferente de simplesmente simpatizar-se por Ele ou
pela sua causa. Amor a Deus envolve admiração, auto entrega, obediência, afinidade e renúncia.
“Dos que foram chamados” - Estes que amam a Deus sobre todas as coisas foram chamados
por Ele. Não são melhores ou mais especiais que os outros, apenas receberam um convite para
a Graça. São capazes de amar somente porque foram amados primeiramente por Deus. Amam
por causa do Amor de Deus revelado em Jesus Cristo.
“de acordo com o Seu propósito” - Amam a Deus e foram convidados para um propósito
excelente. Os que amam ao Senhor fazem parte do plano supremo de Deus.
Todas as coisas são controladas por Deus para o cumprimento do Seu propósito maior.
Precisamos entender que a vontade de Deus não é simplesmente nos livrar do sofrimento, mas
livrar-nos do que nos causa o sofrimento… Ele quer nos livrar da escravidão do pecado e das
suas consequências eternas.
"Todas as coisas" incluiria também as coisas ruins?
Sim, mesmo parecendo estranho, tudo que acontece no decorrer da nossa existência, quer seja
bom ou ruim, irá cooperar para o nosso bem, se é que amamos ao Senhor Deus.
Você consegue pensar em todos os seus percursos? Desde o país onde nasceu, a família que
pertence, os amigos que fez, as pessoas com quem convive, as escolas onde estudou, tudo que
aprendeu, as habilidades, os dons, as limitações, tudo aquilo que você consegue fazer, os seus
esforços, conquistas, alegrias e tristezas... Enfim, tudo isso irá colaborar para o seu bem, se você
ama a Deus e foi chamado segundo o Seu propósito.
Tendo isso em mente, vamos tentar responder às seguintes questões, utilizando o contexto
descrito no capítulo 8 de Romanos.
Coisas ruins não deveriam acontecer somente com as pessoas más?
Perante Deus somos todos pecadores e indignos. Por mais que a maioria de nós considere que
um assassino ou outro criminoso cruel seja pior que nós, a Bíblia nos mostra que todos somos
imperfeitos e injustos, igualmente merecedores de castigo e condenação (Romanos 3:23). Por
causa do pecado, toda a humanidade está sujeita às consequências do mal que todos cometem.
Assim, pessoas más e as que se acham “boas” vão sofrer as consequências do pecado.
(Romanos 6:23)
Leia mais sobre: No mundo tereis aflições (estudo bíblico)
Então não há saída? Estamos todos condenados?
Para todo pecado há consequências e, em justa medida, cada um irá colher o que plantou. Apesar
disso, Deus é misericordioso e com sua graça comum, estendida sobre toda a humanidade,
convida a todos os homens para a salvação (Tito 2:11). Quem aceita e se arrepende dos seus
pecados passa a receber graciosamente, pelos méritos de Jesus, a maior de todas as bençãos: a
salvação eterna e perdão, juntamente com outras dádivas em Cristo (Romanos 8:1-2). Muitas
bençãos continuam a ser dadas diariamente a todas as pessoas (Mateus 5:45), até que tenham a
oportunidade de reconhecer o amor de Deus através de Jesus Cristo.
E aquelas pessoas que rejeitam deliberadamente a Deus e decidem fazer o mal?
Essas pessoas têm uma mentalidade carnal reprovada por Deus e acabam por se tornar inimigos
dele (Romanos 8:5-8). Mesmo tendo a revelação de Deus e as suas consciências lhes alertando
sobre o que é certo e errado, essas pessoas decidem viver independentes do Senhor Jesus e são
indesculpáveis (Romanos 1:18-21).
Caso não se arrependam e creiam, essas pessoas serão castigadas e receberão a punição eterna
pelos seus pecados (Mateus 25:46). Estes são, sem dúvida, os piores de todos os castigos: não
pertencer a Cristo e receber a condenação e a ira de Deus (Romanos 2:8-9).
Mas por que depois que aceitamos a Cristo, coisas ruins continuam acontecendo em nossas
vidas? Ele não poderia poupar-nos de todo sofrimento?
Deus não nos prometeu um “mar de rosas”. Se assim fosse, muitos iriam buscar a Deus somente
para obter dele este benefício, e não por amor e fé. Se Deus quisesse somente poupar os Seus
filhos da dor, poderia simplesmente levar os crentes para o céu depois que estes se
arrependessem e O aceitassem. Assim, os crentes iam automaticamente desfrutar do descanso e
gozo eterno sem ter que passar por sofrimentos nesta vida.
Mas a vontade de Deus para Seus filhos envolve ter vida com Cristo, em momentos bons e
também nas adversidades da vida. Envolve confiar na sua graça e ter alegria nele até mesmo em
meio ao sofrimento. É assim que nos tornamos totalmente dependentes dele.
Quando os que amam a Deus vivem assim, testemunham ao mundo que o bem supremo não é
a ausência de sofrimento, mas sim, ter Cristo em seus corações e ser semelhantes a Ele.
Enquanto estivermos neste corpo mortal estamos sujeitos às mesmas fraquezas e dificuldades
que qualquer outro ser humano. (Romanos 8:10-11)
Leia mais sobre: Por que Deus permite o sofrimento?
Como é que coisas ruins que nos acontecem podem servir para o bem?
Humanamente falando é quase impossível entendermos essa lógica. Mas quem é que
compreende a mente do Senhor? (Romanos 11:34)
É muito complicado para qualquer pessoa compreender como é que uma situação de dor, falta,
perda, angústia, injustiça, aflição ou tristeza poderá trazer alguma contribuição para alguém. De
fato, mesmo sem entender completamente, isso deve ser aceito pela fé e não pela razão. Toda
aflição terá o seu final e a glória de Deus será revelada em nós (Romanos 8:18). No momento,
quem passa pelo sofrimento não consegue enxergar como poderá extrair algo de bom daquela
situação. Mas, no fim, poderá compreender qual o propósito por trás de tudo.
Como entender tantas catástrofes naturais, doenças, destruição e mortes?
Infelizmente, todos os seres criados, incluindo a natureza, sofrem os danos colaterais do pecado
praticado desde o princípio pelos homens. (Romanos 8:19-22)
As adversidades, doenças, destruição e mortes são consequência do pecado e do mal que
dominam este mundo. Esses danos e sequelas nos causam tamanho assombro porque, em
contraste, temos em nossa mente um grande desejo pela eternidade (Eclesiastes 3:11). De modo
geral, não gostamos de pensar que os nossos corpos físicos, bem como toda a natureza se
deteriora a caminho da morte.
Todos aguardam o dia da redenção final. Mas até lá, todos nós estamos sujeitos a danos,
doenças e problemas diversos. Inclusive os que amam fielmente a Deus não estão isentos de
sofrimentos, doenças e aflições. O próprio Senhor Jesus nos alertou que neste mundo
sofreríamos aflições (João 16:33), mas que nele teríamos paz. Tenha bom ânimo, porque Ele
venceu o mundo!
Mas como os cristãos podem suportar as dores do mundo?
Os cristãos podem resistir aos males do mundo porque têm consigo o Deus soberano. A diferença
entre os que amam ao Senhor e os que não amam é a certeza (pela fé) que Deus está presente,
mesmo em meio às lágrimas. Os cristãos conseguem suportar ao sofrimento não pela sua própria
força ou capacidade, mas por causa dos méritos de Cristo. A esperança que nos liga ao Pai de
amor, nos sustenta (Romanos 8:23-25). Além disso, O Espírito de Deus habita em nós. Pela fé,
temos um Consolador que nos fortalece e advoga as nossas causas, de acordo com a vontade de
Deus (Romanos 8:26-27).
Os que amam a Deus podem continuar firmes em sua confiança nele, pois apesar dos sofrimentos
deste mundo, Deus permanece sempre conosco (Romanos 8:31). Isto significa que Ele está
presente hoje e continuará para todo sempre! Nada poderá nos separar do Seu amor: nem
perseguição, perigo, ou falta, nem mesmo a morte! Você nem consegue imaginar o que Deus tem
preparado para os Seus... Excede o nosso entendimento humano! O Seu plano e propósito
extrapolam as nossas noções de tempo e espaço, incluindo a própria ideia de vida (Romanos
8:38-39).
Vale a pena viver com Cristo, sendo-lhe sempre fiel em amor, aguentando firme nas provas e
sofrimentos, porque no fim, iremos gozar de uma eternidade gloriosa na presença do Senhor.
Amar a Deus sobre todas as coisas: significado na Bíblia
Amar a Deus sobre todas as coisas exige de nós uma entrega completa de tudo o que somos e
temos! Moisés, enquanto estava no Monte Sinai, recebeu de Deus instruções para escrever os
dez mandamentos (Êxodo 34:28), no qual o primeiro deles é não terás outros deuses diante de
mim.
Já no Novo Testamento, Jesus aplica este como amar a Deus sobre todas as coisas. Um detalhe
importante dizer é que “amar a Deus sobre todas as coisas” não está escrito desta maneira na
Bíblia. Há textos bíblicos que mostram essa evidência (Deuteronômio 6:5); (Mateus 22:37);
(Mateus 6:33); (Marcos 12:30).
O primeiro mandamento
Podemos encontrar os dez mandamentos em Êxodo 20:3-17 e em Deuteronômio 5:7-21.
Percebemos que Moisés aconselhou várias vezes os israelitas a amarem a Deus, somente a
Deus, com sinceridade. Neste contexto, a palavra traduzida como amor pode também
significar fazer a escolha por algo, alguém. Nesta perspectiva, Deus queria que o povo escolhesse
Ele como único Senhor de suas vidas, abdicando de outras supostas divindades.
Jesus resume, basicamente, todos os dez mandamentos em apenas dois: O amor a Deus e ao
próximo: Mateus 22:36-40. Se conseguirmos fazer isto, estaremos cumprindo o que Jesus quer de
nós: “Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus mandamentos. E os seus
mandamentos não são pesados” (1 João 5:3).
Conheça os Dez Mandamentos
Amar a Deus e ao próximo
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo está interligado, pois a Bíblia ensina que quem
não ama o próximo, não pode amar a Deus (1 João 4:20-21). Mas o amor que sabemos,
conhecemos, quase sempre é aquele que envolve sentimentos, desejos, gostar. Mas não trata-se
desse tipo de amor que estamos falando aqui. O mesmo nível de amor que nós devemos amar é
aquele que Deus nos amou, também devemos amar-nos uns aos outros (1 João 4:11). O amor
com o qual Deus nos amou quebra paradigmas, barreiras, pois não é movido por sentimentos de
gostar ou não gostar. Trata-se de um amor incondicional, que significa que não importa se o outro
merece ou não.
Nós decidimos amar e ter uma atitude de mudança! Uma mudança de fazer algo em prol do outro
e não querer algo como moeda de troca. Este amor não faz acepção de pessoas (Romanos 2:11),
sempre está olhando para as pessoas na intenção de fazer o bem (Romanos 15:2), especialmente
aos que professam a mesma fé (Gálatas 6:10).
A amor de Deus por nós é demonstrado em Jesus (1 João 4:10-11). E um fator primordial é que
Ele nos amou primeiro (1 João 4:19). Só vamos conseguir, de fato, amar a Deus quando
conhecermos, experimentarmos esse amor (Efésios 3:17-19).
O que a Bíblia diz sobre o amor
Alguns versículos importantes na Bíblia acerca do que é amar:
O amor sofre, espera, suporta (1 Coríntios 13);
Fazer o bem sem esperar reconhecimento por isso (Mateus 6:3);
Continuar fazendo o bem, mesmo quando só se recebe o mal em troca (Gálatas 6:9; Romanos
12:21, 2 Tessalonicenses 3:13);
Não ter inveja, nem guardar rancor (Gálatas 5:26);
Não se achar superior aos outros (Filipenses 2:3);
Não agir somente em benefício próprio (1 Coríntios 10:24);
Não se alegrar com a injustiça, mas se alegrar com a verdade (Salmos 1:1-2).
Jesus amava o Pai com todo seu ser! Quando colocamos Deus acima de qualquer coisa em
nossa vida, experimentamos a vida plena (João 10:10). O próprio Jesus já nos diz que devemos
amar a Deus em todas as esferas da nossa existência, com todo coração, com toda a alma, com
todo o entendimento e com toda a força. Amar com tudo o que somos e temos!
Por que Deus permite o sofrimento?
Não podemos afirmar com certeza o motivo pelo qual Deus permite que exista sofrimento no
mundo. Mas só porque não conseguimos imaginar uma razão, não significa que ela não exista.
Deus permite que o sofrimento e o mal ocorram, mas sabemos que não pode ser porque Ele
não nos ama. Afinal de contas, Ele enviou o Seu próprio Filho para morrer na cruz pelos pecados
da humanidade, um sofrimento terrível. Ele decidiu sofrer por amor a nós.
Quantos de nós já passamos por momentos muito difíceis, de grande sofrimento e apenas mais
tarde, em retrospectiva, conseguimos ver o quão importante para nós essa fase da nossa vida
verdadeiramente foi? Muitas vezes as horas de maior sofrimento moldam o nosso caráter, nos
dando ferramentas para sucesso na vida que nós não teríamos se o sofrimento nunca tivesse
acontecido.
Se pelo menos alguns de nós conseguimos ver propósito em sofrimentos passados quando já
temos uma perspectiva diferente, não será possível que da perspectiva de Deus existam razões
boas e válidas para permitir o sofrimento? Pense sobre isso.
Deus é justo?
Sim, Deus é justo. A justiça é uma das características de Deus. A justiça de Deus está ligada à
sua bondade e misericórdia (Salmos 116:5).
O que é ser justo?
Uma pessoa justa faz o que é certo, de forma imparcial. Deus é justo porque sempre faz o que
é certo. Deus nunca faz o mal. Deus sabe o que é certo e errado porque Ele sabe tudo e conhece
toda a verdade. Sendo Todo-Poderoso, Deus poderia escolher fazer o que é errado mas Ele
decide fazer o bem, porque Ele é justo (Salmos 33:4-5).
Se Deus é justo, por que permite a injustiça?
Deus odeia a injustiça mas Ele nos dá liberdade para decidir o que queremos fazer. Nós não
somos Seus “fantoches”. Deus nos ama e quer nosso amor. Amar é uma decisão; quem não tem
poder para decidir não pode realmente amar.
Veja aqui mais sobre o livre-arbítrio.
Quem ama a Deus ama também a justiça, porque toda a justiça vem de Deus. A injustiça vem da
falta de Deus na vida. Quem se afasta de Deus se afasta também da justiça.
Mas toda a injustiça tem consequências. O pecado é injustiça e traz morte e separação eterna de
Deus. Isso é justo e certo; o bem merece recompensa e o mal merece castigo (Mateus 5:6). Deus
não força ninguém a escolher o bem ou o mal mas Ele não deixa quem comete injustiça sair
impune. Mais tarde ou mais cedo, a injustiça tem sempre castigo.
Descubra aqui: Deus castiga?
Se Deus é justo, por que perdoa?
Deus não é uma “máquina de justiça” insensível. Sua justiça está ligada à Sua misericórdia e
amor. Ele nos ama e não quer ficar separado de nós para sempre. Mas, ao mesmo tempo, Ele
defende a justiça e não vai permitir que façamos maldade sem sofrer as consequências. Deus não
quebra Suas próprias regras de justiça.
Leia também: Deus criou o mal?
Deus não só faz o que é certo; Ele faz o que é melhor. Deus sabe que algumas pessoas se
arrependem de fazer o que é errado e querem fazer o bem. Por isso, Ele encontrou uma forma de
nos dar uma segunda chance: Deus veio à terra e levou o castigo que os nossos pecados
merecem. Ele levou o nosso castigo. O preço da injustiça foi pago.
O sacrifício de Jesus é só para quem se arrepende (1 João 1:9). Deus só perdoa quem quer
mudar de vida e fazer o que é justo e certo. Ele trabalha em nossos corações e nos ajuda a seguir
a justiça. Mas quem quer continuar na injustiça receberá castigo, porque não ama nem respeita a
justiça.
O que é a Justiça de Deus (significado bíblico)
AJustiça é um atributo de Deus, é uma das Suas características próprias. Ser justo é uma
qualidade fundamental da natureza de Deus. A justiça de Deus se manifesta através de Jesus
Cristo e é expressa nas Suas ações e no cumprimento das exigências da perfeição do próprio
Deus.
A Bíblia diz que a Justiça de Deus se revela através do Evangelho (Romanos 1:17), da mensagem
de salvação em Jesus Cristo. Essa justiça, vista ao longo das Escrituras, se cumpriu na vida, na
morte e na ressurreição do Senhor. Encontramos na Palavra de Deus o padrão para toda a justiça
que precisa ser cumprida por todas as pessoas.

A tua justiça é uma justiça eterna, e a tua lei é a verdade.


Salmos 119:142
Qual é o significado de justiça?
Em termos gerais, justiça é dar a cada um o que lhe é de direito, o que merece. Estando sempre
em conformidade com o que é justo e correto. A maioria das pessoas possui algum senso de
justiça. Todos temos consciência de estar num mundo de injustiças e mesmo não sendo muito
justos, reclamamos quando há falta de justiça.
A justiça é sempre mais rigorosa quando a requeremos em nosso favor. Quando somos
injustiçados exigimos a punição e o castigo alheio, mas não o contrário. Buscamos a nossa justiça
própria, quando queremos ser favorecidos, mas a esquecemos quando ela nos acusa.
Parece que a justiça própria está quase sempre acima da justiça comum, merecida por todos. Mas
será a justiça humana tão distante da Justiça de Deus? Infelizmente a justiça dos homens está
carregada de injustiça.
Justiça X injustiça
Deus é perfeito, incorruptível e plenamente justo. Por isso age sempre em conformidade com a
Sua Justiça. Ele é o padrão exclusivo de honestidade, verdade e integridade. A Justiça de Deus é
reta e cheia de misericórdia. Ele reprova e condena a injustiça porque esta causa destruição e
morte.
Quando alguém comete injustiça, os danos destrutivos do mal e da morte afetam diretamente ao
próprio transgressor, aos prejudicados por ele, comprometendo a relação com Deus, com o
mundo e com os seus semelhantes.
O exemplo de Caim e Abel
Um bom exemplo bíblico dos danos causados pela injustiça é a história de Caim e Abel (Gênesis
4:1-16). Movido por ira, inveja e maldade, Caim matou o seu próprio irmão. Esse pecado destruiu
a vida do inocente, Abel, afastou Caim de Deus e da sua família. Além disso, a injustiça de Caim
trouxe maldição à terra, ao seu trabalho e, a sua vida terá sido consumida pelos sentimentos de
rejeição, culpa e medo.
Deus afastou Caim, castigando-o pelo seu crime, mas o tratou com misericórdia, colocando-lhe
um sinal para preservar a sua vida. Assim funciona a justiça de Deus, é revestida de misericórdia.
Veja aqui: o que a Bíblia fala sobre injustiça
Justiça de Deus e Misericórdia

Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados!
Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa e em quem não há hipocrisia.
Salmos 32:1-2
Quando pensamos em justiça, logo nos vem à mente o castigo e a punição merecidos por algo
que se fez de errado. Essas ideias não estão erradas, mas, graças a Deus que a Sua justiça é
diferente da nossa. A justiça humana é falha, parcial, corrompível e muitas vezes oportunista. Isto
é, segundo a nossa "justiça", o outro merece sempre ser punido e pagar as consequências dos
seus erros. Mas, se somos nós os culpados, buscamos parcialidade ou uma brecha para nos
inocentar.
A justiça de Deus, por outro lado, é leal, reta e infalível. Além disso, a justiça divina é
misericordiosa e não oprime ninguém no seu juízo (Jó 37:23).
A justiça de Deus caminha de mãos dadas com a Sua misericórdia. Ele não inocenta o culpado,
mas perdoa aqueles que se arrependem de todo o coração.
A compaixão de Deus é a Sua disposição graciosa de se compadecer da humanidade desde o
início até o final dos tempos. Nesta oferta amorosa, Ele considera o nosso estado miserável e
oferece perdão total ao pecador arrependido, quando este crê na Sua bondade e aceita o Seu
favor.
Contudo, para satisfazer a justiça, o culpado deve ser punido. Na Bíblia, porém vemos que o
próprio Deus decidiu pagar a pena. Ele atribuiu a Si mesmo a culpa daqueles que se
arrependem. Pelo Seu amor, Jesus Cristo assumiu o nosso lugar, sofrendo a punição por nossas
injustiças, pelos nossos pecados. Através da fé, fomos substituídos graciosamente por Jesus.
Jesus e a Justiça de Deus
"Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da Lei, da qual
testemunham a lei e os profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que
creem..."
Romanos 3:21-22a
Jesus cumpriu toda a justiça. Ele foi justo e misericordioso em toda a sua vida, sem nunca ter
pecado. Através Dele Deus revelou a Sua vontade para os seres humanos. Jesus Cristo, o Justo,
dividiu a história da humanidade, sendo Ele o maior exemplo da Justiça perfeita que os homens
almejam. Graças a Ele todos podem ter acesso à justiça e misericórdia de Deus, pela fé na sua
Palavra.
O pecado presente na humanidade torna a nossa justiça falha e limitada (Isaías 64:6). Mesmo os
sistemas de justiça mais corretos são passíveis de falhar. É como se fechássemos os olhos para a
causa do outro e favorecêssemos a balança sempre para o nosso lado, por conveniência.
Estamos todos impuros por causa de nosso pecado; quando mostramos nossos atos de justiça,
não passam de trapos imundos
Isaías 64:6 - NVT
Por isso todas as pessoas precisam de um recurso fora de si mesmos para alcançarem a justiça
verdadeira. Só quando nos aproximamos de Deus, alcançamos pela fé, o padrão de Justiça
infalível e misericordiosa.
Para resolver o problema do pecado, que precisa ser punido (Romanos 6:23), Jesus se entregou
para cumprir a exigência da Sua perfeição. A justiça foi feita. Foi plenamente cumprida em Cristo,
sendo punido pelo pecado da humanidade. Com a morte de Jesus, o preço da dívida da culpa e
condenação foi pago. Todos que creem Nele podem desfrutar do perdão de pecados. Pelos
méritos de Jesus, todo que busca a Sua justiça é considerado justificado e aceito por Deus.
Pois Deus fez de Cristo, aquele que nunca pecou, a oferta por nosso pecado, para que por meio
dele fôssemos declarados justos diante de Deus.
2 Coríntios 5:21
A Justiça de Deus não tarda e nem falha
Apesar de, aos nossos olhos, a justiça divina não ser aplicada como deveria, Deus é justo. Ele é
o reto Juiz do universo e age perfeitamente apesar da nossa opinião contrária. Ele não tarda em
fazer justiça, aguardando o Seu perfeito tempo, veremos que todos receberão o que merecem.
Deus "retribuirá a cada um conforme o seu procedimento".
Romanos 2:6
Se você sofreu injustiça, não busque a vingança, nem tente fazer justiça com as próprias mãos.
Entregue a sua causa nas mãos Daquele que pode lhe ajudar (Lamentações 3:58). Deus continua
no controle de tudo.
Mas se você falhou e teme agora a justiça de Deus, arrependa-se genuinamente e busque o
perdão de Deus. Cristo é nosso advogado (1 João 2:1). Lembre-se que quando alguém crê no
Senhor Jesus, e se arrepende dos seus pecados, logo torna-se justificado pela fé. Porém, quando
descumpre a Sua vontade, rejeitando a graça de Deus, essa pessoa age como injusto e
permanece como um rebelde diante de Deus. A sua injustiça (falha, transgressão, corrupção,
pecado - 1 João 5:17) lhe será atribuída e terá que ser punido por ela.
Jesus é Deus?
Sim, Jesus é Deus. A Bíblia deixa isso bem claro, Deus é uma Trindade: 3 em 1. Pode parecer
estranho, mas Deus é maior do que a nossa capacidade de compreendê-lo. Somos criatura, obra
do Criador.
O que os homens sabem de Deus foi revelado pelo próprio Deus, através do Filho por meio do
Espirito Santo (Lucas 10:21-24).

Nós somos corpo, alma e espírito, Deus é Pai, Filho e Espírito Santo. Jesus é o Filho de Deus,
está com Deus e é Deus (João 1:1). O Pai, o Filho e o Espírito Santo estavam juntos desde o
princípio (João 1:2). Ao vir para a terra, o Filho tomou a forma humana: Jesus (Isaías 9:6, Mateus
1:20-23 e Mateus 3:16-17), "o Verbo que se fez carne e habitou entre nós" (João 1:14).
Algumas pessoas argumentam o fato de Jesus estar junto a Deus de que Ele não seria Deus. Na
verdade, só a essência de Deus poderia estar com Deus desde a eternidade, pois antes de tudo,
só Deus existia (lembre-se: Deus é 3 em 1). Outras passagens são muito claras ao afirmar que
Jesus é Deus (João 10:30, Tito 2:13 e Colossenses 1:15-17).
Leia aqui: o que é a Trindade?

Jesus afirmou ser Deus


Jesus não disse exatamente essas palavras “eu sou Deus”, assim como não há nenhuma
referência bíblica de que Ele tenha dito “eu sou homem”. Mesmo assim, encontramos no
Evangelho várias formas em que Jesus afirmou ser Deus:
Jesus deixou que as pessoas o adorassem (Mateus 28:9) – Jesus não recusou ser adorado.
Jesus era judeu, os judeus acreditavam que só deviam adorar a Deus, nunca a homens.
Jesus perdoava pecados (Marcos 2:5-7) – Ele não estava perdoando pecados feitos contra Ele
próprio, mas todos os pecados das pessoas! Os religiosos da época ficaram chocados, porque só
Deus poderia perdoar os pecados, visto que todo o pecado é uma ofensa contra Deus.
Jesus afirmou ser o Eu Sou (João 8:28; João 8:58-59) – Quando Moisés perguntou a Deus qual
era Seu nome, Deus respondeu: Eu Sou (Êxodo 3:13-14). Jesus afirmou ser o Eu Sou, quando foi
questionado quem Ele era. Os judeus quiseram matá-lo quando ouviram a resposta, pois estava
claro que Jesus afirmou ser Deus.
Jesus disse que Ele e Deus eram um (João 10:30-33) – Isso seria o mesmo que dizer: Eu sou
Deus! Tanto que os judeus ao entenderam isto tentaram apedrejá-lo.
Jesus afirmou ser o caminho, a verdade e a vida (João 14:6) – Só Deus poderia dar acesso a Ele
próprio. Jesus afirmou ser - tudo no singular - o caminho, a verdade e a vida. Ninguém -
absolutamente nada e ninguém - chegaria ao Pai senão fosse por intermédio dele.
Jesus afirmou ser a única Salvação (João 5:24 e João 14:23) - Nenhum líder espiritual disse que a
salvação viria por ele próprio. Tal afirmação cairia por terra quando o indivíduo morresse. Jesus
não somente afirmou ser a Salvação (João 11:25), como ressuscitou e venceu a morte! (Mateus
28:5-6 e Romanos 6:9)
Muitas destas afirmações foram registradas por João Evangelista - discípulo de Jesus - que ouviu
e testemunhou todas essas coisas. Os judeus teriam aceitado um Messias, profeta ou líder
espiritual sem problema, pois já estavam a espera que Ele viesse. A razão porque muitos se
recusaram a aceitar a Jesus e o mataram, foi justamente porque Ele dizia ser Deus.
Saiba: O que significa: Eu sou o caminho, a verdade e a vida?
Jesus revelou ser Deus
Outra passagem que nos ajuda a compreender que Jesus é Deus, está no Evangelho de João 14.
Tomé indagou a Cristo para onde Ele iria e que caminho tomar (João 14:5). Jesus respondeu a
Tomé dizendo: "Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora
vocês o conhecem e o têm visto" (João 14:6-7). Além de afirmar que era o único caminho que
levava à Salvação, Ele revelou que era Deus e que estava na frente de todos eles!
Filipe, ainda sem compreender disse: "Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta" (João 14:8).
Jesus reafirma quem era de maneira categórica: "Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de
eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer:
Mostra-nos o Pai?
Jesus provou ser Deus quando ressuscitou! Todos os outros casos de ressurreição na Bíblia
foram graças às orações de homens de Deus. Jesus ressuscitou sem ninguém ter intercedido por
Ele (Atos dos Apóstolos 2:24 e Romanos 6:9). A morte não podia retê-lo porque era perfeito e era
Deus.
O que é a vida eterna? Como posso ter a vida eterna?
Avida eterna é vida sem fim, não limitada mais pelo tempo. Jesus oferece a vida eterna a todo
aquele que crê nele como seu salvador. A grande esperança de todo cristão é a ressurreição para
a vida eterna.
Todos nós temos um tempo limitado neste mundo. Nossos corpos envelhecem e um dia
acabamos por morrer. Não existe forma da escapar da morte (Romanos 3:23; Romanos 6:23). O
mundo todo está debaixo da maldição do pecado, que leva à morte.
Mas a morte não é o fim! Ainda há esperança além desta vida. Deus é eterno e Ele nos oferece a
vida eterna. Podemos viver para sempre junto de Deus!
Veja aqui mais: por que morremos? O que a Bíblia diz sobre a morte?
O caminho para a vida eterna
Deus nos criou para vivermos mas, por causa do pecado, todos morremos. Ainda assim, temos o
desejo de alcançar a eternidade (Eclesiastes 3:11). Procuramos formas de viver mais tempo ou de
deixar um legado mas nada dura para sempre.
Também não há nada que podemos fazer para merecer a vida eterna. Nossas boas ações não
compensam nossos pecados. Por mais que tentamos, no fim, estamos sempre em dívida.
A única forma de termos a vida eterna é através de Jesus. Deus sabe que sozinhos não
conseguimos chegar à vida eterna, por isso Ele enviou Jesus para nos salvar da morte (João
3:16). Jesus nunca pecou mas ele morreu na cruz para pagar por nossos pecados. Agora a dívida
está toda paga!
Veja também: o que acontece depois da morte?
Quem pode ter a vida eterna?
Todos podem ter a vida eterna! Não importa quem você é nem o que você fez, Jesus ainda lhe
oferece a salvação. Basta se arrepender de seus pecados e crer que Jesus é seu salvador
(Romanos 10:9-10).
Jesus oferece a vida eterna de graça a todos que crêem nele (João 6:40). Crer em Jesus significa
rejeitar a vida de pecado, pedir perdão a Deus, dedicando sua vida a Ele, e acreditar que Jesus
perdoou seus pecados. Quando isso acontece, Jesus lhe dá uma vida nova, indestrutível! O
Espírito Santo passa a morar dentro de seu coração, lhe dando a garantia da vida eterna.
Leia aqui: como posso ter certeza da vida eterna?
Assim, você não precisa mais ter medo da morte. Um dia, todos os salvos ressuscitarão,
receberão um corpo novo e viverão para sempre (1 Coríntios 15:51-52). Na vida eterna não
haverá mais morte, nem dor, nem sofrimento. Vamos todos morar na presença de Deus, com
alegria por toda a eternidade!
Como posso ter certeza da vida eterna?
Épossível ter certeza da vida eterna e da nossa salvação porque o próprio Jesus nos dá esta
certeza.
No texto de João 3:16, Jesus, conversando com um dos principais da Sinagoga, chamado
Nicodemos, afirmou isso ao dizer que todo aquele que Nele crê tem a vida eterna. Deus, na Sua
Palavra o diz, e Ele não pode mentir (Números 23:19). Se Ele o diz, então posso ter esta certeza.
Ele não diz que pode chegar ter a vida eterna, mas sim, que já tem, já possui, a vida eterna.
A vida eterna é o presente que recebemos no momento da conversão. Ela é automática. Uma vez
que reconheço o meu estado de pecador e que Jesus Cristo é o Filho de Deus, o salvador do
mundo, e o aceito como meu salvador, já tenho a salvação garantida.
Como a vida eterna é um presente, uma vez que recebemos, já é nosso, ninguém o pode tirar
uma vez que é dado. Em João 10:28 Jesus dá a vida eterna e ninguém a pode arrebatar das Suas
mãos, nem o Diabo o pode fazer. A vida eterna é real, não é só uma esperança, ela é
uma garantia.
Veja aqui: como superar o medo da morte?
Como posso ter a certeza que sou salvo?
Provavelmente já nos perguntamos a nós mesmos, se realmente temos a vida eterna. Porque
temos dúvidas da salvação? Ter dúvida de salvação não é pecado. Nós temos essa dúvida,
porque pensamos que, pelo facto de pecarmos, não merecemos a salvação ou podemos perdê-la.
Mas a salvação não depende dos meus pecados, pois eles já foram pagos pelo precioso sangue
de Jesus Cristo na cruz. Se porém, o facto pecarmos nos levar a duvidar da salvação, 1 João
1:9 traz-nos conforto.
Veja também: como posso saber se Deus me perdoou?
O Espírito Santo dá a certeza da salvação
O Espírito Santo também confirma a certeza da salvação, e a Bíblia apresenta-nos alguns textos a
respeito dessa garantia. No ato da nossa decisão, recebemos o Espírito Santo, Ele é a nossa
garantia. Em 2 Coríntios 1:22, Paulo afirma que Deus nos selou com o Seu Espírito, ou seja,
somos Sua propriedade exclusiva, uma vez que somos selados, pertencemos a Ele e ninguém
pode nos tirar da Sua posse.
Porém a dúvida constante é perigosa, pode ser que ainda não tenhamos tido um verdadeiro
encontro com Cristo. Se você tem dúvida da sua salvação, faz uma avaliação da sua decisão e se
preciso for, reafirme a sua decisão em Cristo ainda hoje. Leia textos que podem te ajudar a
confirmar a decisão:
Romanos 10:9-10;
Romanos 8:34-39;
João 3:16.
Deus criou o mal?
ABíblia diz que Deus criou tudo para ser bom. Quando Deus criou o bem, surgiu a
possibilidade do mal, porque o mal é a ausência de bem. Isso não significa que Deus faz o mal
nem é responsável pela existência do mal.
A responsabilidade de um pai é ensinar ao seu filho sobre o bem e o mal e a escolher o bem. Se o
filho adulto depois vai e faz o mal, a responsabilidade não é do pai, porque a escolha é do filho.
Da mesma forma, Deus é bom e sempre promove o bem mas Ele nos dá liberdade para escolher
entre o bem e o mal.
Por que Deus permite o mal?
Deus permite o mal porque é uma consequência da liberdade de escolha. Nós fomos feitos à
imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:27). Uma característica essencial de Deus é a
criatividade, que implica fazer escolhas. Nós também temos criatividade e capacidade para fazer
escolhas, dentro de nossos limites. Sem livre-arbítrio, você seria igual a uma pedra, que não
escolhe onde vai nem o que faz.
Outra característica essencial de Deus é o amor (1 João 4:7). O amor é uma escolha, Deus
escolhe nos amar. Sem escolha, não há amor. Da mesma forma, nós temos capacidade para
escolher se queremos amar a Deus. Mas para ter uma escolha, tem de haver no mínimo duas
opções. Neste caso, as opções são amar ou não amar a Deus.
Leia aqui mais sobre o que é livre arbítrio e sobre o que é o amor.
Quem ama a Deus obedece Seus mandamentos, porque sabe que Deus é bom e criou as regras
para nosso bem (1 João 5:3). Deus se alegra com nosso bem. Mas nós temos capacidade para
escolher não amar a Deus e quebrar as regras. As opções são: obedecer ou não obedecer a
Deus; fazer o bem ou não fazer o bem. Não fazer o bem é fazer o mal. O mal é a falta de bem.
Quando as regras perfeitas de Deus foram quebradas, isso afetou o mundo inteiro. O bem de
Deus não foi completamente eliminado da terra, mas agora há uma luta entre o bem e o mal. Os
males da natureza são um dos resultados dessa luta (Romanos 8:19-21).
Por que Deus nos deu livre-arbítrio se sabia que iríamos escolher o mal?
Deus nos criou para podermos exercer amor. Para haver amor, tem de haver a possibilidade
de falta de amor. Adão e Eva decidiram fazer a escolha errada, mas nem todos escolhem o mal. O
bem que Deus criou é muito maior que o mal que acontece. Deus continua a promover o bem,
até em situações más (Romanos 8:28). O mal é uma consequência temporária, um dia vai acabar.
Deus sabia que iríamos escolher o mal, por isso Ele criou um plano para nos dar outra chance de
escolher o bem. Ele veio à terra como um homem e sofreu conosco as consequências do mal.
Mas, mesmo no sofrimento, Jesus escolheu sempre o bem. Ao sofrer as consequências do mal
sem fazer o mal, Jesus venceu o mal. Por causa de Sua vitória, Jesus entende você e pode
lhe ajudar a escolher o bem (Hebreus 2:17-18).
Veja também: por que Deus permite o sofrimento?
Deus faz o mal?
Não, Deus não faz o mal, mas permite que o mal seja feito. Quando a Bíblia diz que Deus traz
desgraças, significa que Ele permite que aconteçam e transforma essas situações para cumprir
Seus propósitos. Isso é difícil de entender porque ninguém gosta de sofrer e Deus também não se
alegra com nosso sofrimento. No entanto, Deus tem sempre um propósito. Mesmo quando não
entendemos o propósito, Deus está do nosso lado, partilhando nossos sofrimentos e nos ajudando
a superá-los.
Um cristão pode perder a salvação?
Não, um verdadeiro cristão não pode perder a salvação. Quem crê em Jesus, se arrepende dos
seus pecados e deixa Jesus entrar em sua vida está salvo, mesmo se cometer pecados depois.
Mas isso não significa que podemos pecar à vontade, sem consequências.
O que é salvação?
Se uma pessoa precisa ser salva, é porque está em apuros. Se você está se afogando no mar,
precisa de alguém para lhe salvar. Do mesmo jeito, quem ainda não tem Jesus está preso em
seus pecados e não consegue sair sem ajuda. Jesus é o “salva-vidas”, Ele morreu e ressuscitou
para nos libertar.
A Bíblia fala que, quando você aceita Jesus como seu salvador:
Você foi salvo – você já não é escravo do pecado e já não precisa ter medo de ir para o Inferno;
você deixou de afogar, o salva-vidas está lhe segurando (Romanos 8:1-2).
Você está sendo salvo – Jesus começa a tratar sua vida diária, a mudar suas atitudes e a lhe
libertar de hábitos que são pecado; é um processo de santificação; o seu salva-vidas está lhe
levando para a praia (2 Coríntios 3:18).
Você vai ser salvo – no dia do Juízo você irá para o Céu e será aperfeiçoado, completamente livre
do pecado; quando você chegar à praia, ficará em segurança, livre da força da água (Romanos
8:23).
Sim, a salvação é um processo e um alvo a atingir, mas você também está salvo logo quando se
converte. Isso pode parecer estranho, mas Deus vê o tempo de um jeito diferente do nosso.
NADA nos pode separar de Deus (Romanos 8:38-39). Quem é salvo não precisa ter medo de
perder a salvação.
Leia aqui: como posso ter certeza da vida eterna?
Quem se desvia não perde a salvação?
Você pode estar salvo e ainda pecar. Quem está salvo rejeitou o pecado mas existem pecados
que levam tempo e trabalho para deixar. Isso faz parte do processo de santificação.
Veja também: o que é a santificação?
O diabo, que já lhe perdeu, tenta causar o máximo de estragos, para dificultar esse processo de
santificação, fazendo de tudo para piorar sua vida e lhe impedir de alcançar seu máximo potencial
em Cristo. Aí falamos de uma batalha espiritual. Você pode estar salvo mas se não resistir ao
diabo e deixar o pecado, não vai conhecer as bênçãos que Jesus tem para você aqui na terra,
antes de ir para o Céu (Tiago 4:7-8).
Se você pecou, arrependa-se, peça perdão a Deus e procure viver de forma melhor, com a ajuda
de Jesus. O perdão de Deus está sempre disponível para quem se arrepende. A única situação
em que talvez seja possível perder a salvação é quando uma pessoa rejeita deliberadamente o
evangelho, escolhendo não ter mais nada a ver com Jesus e recusando a se arrepender. Mas,
nessa situação, é difícil dizer se a pessoa era mesmo salva antes.
Há muita gente que tem uma experiência genuína com Jesus mas depois abandona o evangelho.
Isso acontece muitas vezes porque não compreenderam verdadeiramente o que é a salvação e o
que implica nas suas vidas. Como Jesus explicou na parábola do semeador (Lucas 8:13-15), não
têm raiz, a sua vontade de seguir Cristo só foi um impulso baseado em sentimentos românticos,
não um compromisso sério para superar todos os obstáculos com a ajuda de Jesus.
Descubra aqui o verdadeiro significado de arrependimento.
Quando você realmente entende que não há nenhum outro caminho melhor que seguir a Cristo,
você pode vacilar e ter crises de fé, mas você não O vai abandonar.
Não podemos saber todas as razões para alguém deixar o evangelho ou duvidar da sua decisão
mas precisamos lembrar que Deus nos perdoa e nos ama. Independentemente do que a leva a
desistir de seguir Jesus, devemos orar por essa pessoa, para que volte para Ele, tomando uma
decisão séria.
Para entender melhor o que Jesus disse sobre esse assunto, leia em Lucas 8 a parábola do
semeador.
Calvinismo, Arminianismo, Pelagianismo e a Bíblia
Ao longo da História, surgiram várias posições diferentes sobre a possibilidade de perder a
salvação. As três posições principais são:
O Calvinismo - que ensina que um cristão verdadeiro, salvo por Jesus, não pode perder a
salvação
O Arminianismo - que diz que a Bíblia não é muito clara sobre o assunto, logo não podemos tomar
uma posição definitiva, nem de um lado, nem de outro
O Pelagianismo - que afirma que é possível perder a salvação, por isso precisamos parar de
pecar
Veja aqui: quais são as diferenças entre Calvinismo e Arminianismo? Qual está certo?
O Pelagianismo é considerado uma heresia pela maioria das igrejas, porque ensina que a
salvação depende de nossas obras, não da fé na graça de Deus, através do sacrifício de Jesus. O
Calvinismo e o Arminianismo são as duas posições mais comuns entre os protestantes. No
entanto, a Bíblia nunca fala sobre "perder a salvação". Apenas fala que algumas pessoas têm
uma experiência com Jesus mas depois escolhem rejeitar o evangelho (Hebreus 6:4-6). Mas, para
todos que têm o coração voltado para Deus e procuram seguir Jesus, não é preciso ter medo de
perder a salvação (Hebreus 10:39).
O que é a santificação?
Asantificação é a dedicação a Deus, se separando do pecado. Quando uma pessoa aceita Jesus
como seu senhor e salvador, acontece a santificação. Através da santificação, a atitude e o
caráter do crente são transformados por Deus.
Quando acontece a santificação?
A Bíblia fala da santificação como uma coisa que já aconteceu, está acontecendo e ainda vai
acontecer.
Fomos santificados – no momento em que você aceita Jesus em sua vida, você é santificado. A
sua vida é dedicada a Deus, não mais ao pecado. Você agora é santo. - 1 Coríntios 1:2; 1
Coríntios 6:11
Estamos sendo santificados – a santificação é também uma coisa progressiva na vida do crente,
transformando o seu caráter para ser mais e mais como Jesus. Com o tempo Deus vai lidando
com os diferentes problemas e pecados na nossa vida. À medida que o relacionamento com Deus
se vai aprofundando, Ele vai mostrando áreas da vida que precisam ser transformados e ajuda a
mudar. É um crescimento. - 2 Coríntios 3:18; 2 Coríntios 7:1
Vamos ser santificados – quando Jesus vier nos buscar, seremos completamente santificados,
livres de todo o pecado e impureza. Aí teremos sido aperfeiçoados viveremos eternamente com
Cristo. - 1 Tessalonicenses 5:23-24
Veja também: o que é ser santo?
Como posso ser santificado?
Se você aceitou Jesus como seu salvador, você já foi salvo e santificado. Para crescer em
santificação, você precisa deixar Deus trabalhar em sua vida, mesmo nas áreas mais secretas e
doloridas. É Deus quem santifica você, pela ação do Espírito Santo (2 Tessalonicenses 2:13). O
Espírito nos ajuda a resistir à tentação e a vencer o pecado. Sem a ajuda do Espírito Santo, sua
vida não vai mudar.
Se você quer ser cada vez mais santificado, você precisa estudar a Bíblia. Não é só ler, é procurar
entender e aplicar à sua vida. A Bíblia é a palavra de Deus e nos santifica (João 17:17). Você
precisa aprender da Bíblia. Você também precisa obedecer. Se você obedece a Deus, você
coopera com Ele para a santificação; se você desobedece, você resiste contra a santificação.
Quer saber mais? Leia aqui: como devemos nos santificar?
Mas o mais mais importante para a santificação é a fé. Se você acredita que Jesus pode mudar
sua vida e você vai entregando todas as áreas da sua vida a Ele, então Ele pode transformar sua
vida. O processo de santificação permite a você viver toda a abundância de vida que Deus
prometeu. Você só precisa deixar Ele agir e seguir Sua direção.
O que é ser santo?
Ser santo é ser dedicado a Deus. Quem aceita Jesus como senhor e salvador é santo, porque se
dedicou a Deus e o Espírito Santo mora dentro dele. Deus é santo porque é perfeito, sem pecado.
Santidade é pureza perfeita. Deus é puro. Deus não pode ser contaminado pelo pecado. Ele é
perfeitamente bom e justo. Deus é o exemplo perfeito de santidade.
Quem é santo?
Todos os salvos são santos, porque Deus os separou do poder do pecado. Agora pertencemos a
Deus; nossos pecados foram apagados. Ser santo é ser puro diante de Deus e nós somos
purificados pelo sacrifício de Jesus na cruz (1 Coríntios 6:11). Nós somos santos porque Jesus é
santo.
Ser santo não significa ser perfeito. Quem é salvo ainda peca mas já não é dominado pelo pecado
(1 João 1:8-9). Deus trabalha progressivamente em sua vida para a santificação.
Leia também: o que é a santificação?
Quem é salvo procura viver de maneira santa, agradável a Deus (1 Pedro 1:15-16). Isso implica:
Louvar a Deus – nossas vidas são dedicadas a Deus. Podemos louvar a Deus em tudo que
fazemos. Ser santo é desenvolver intimidade com Deus.
Evitar o pecado – é impossível evitar todo o pecado mas podemos vencer muitos pecados, com a
ajuda do Espírito Santo. Estamos livres, o pecado já não tem de nos dominar. Se o pecado não
agrada a Deus, também não nos deve agradar.
Fazer o bem – ter uma atitude de vida santa vai além de só evitar o mal. A Bíblia nos ensina como
viver de maneira exemplar; nosso trabalho é aprender essa vida (Efésios 4:22-24).
Quando entendemos que somos santos, nossa atitude muda. Não precisamos viver mais na culpa
e no medo do pecado, porque Jesus nos purificou! Agora podemos fazer o que é certo e agradar a
Deus.
Como devemos nos santificar?
Devemos nos santificar obedecendo a Deus. A santificação acontece progressivamente ao longo
da vida, pela ação do Espírito Santo. Para nos santificarmos, precisamos deixar Deus trabalhar
em nossas vidas.
O que significa se santificar?
Se santificar é ser transformado por Deus, para viver de maneira que O agrada. Quando alguém
se converte, ele é santificado – separado do pecado para viver para Deus. Mas a santificação
também é um processo de libertação do pecado com a ajuda de Deus (2 Coríntios 7:1).
Leia mais: o que é a santificação?
A santificação só acontece pela ação de Deus. Ninguém pode se santificar sozinho. O primeiro
passo para a santificação é crer em Deus e aceitar Jesus como seu salvador (1 Coríntios 6:11).
Atenção: se santificar não é seguir um conjunto de regras rígidas. A santificação acontece no
interior, quando deixamos Deus trabalhar em nosso coração (Colossenses 2:6-8). Essa mudança
interior depois se reflete no exterior, em nossa vida diária e na convivência com outras pessoas.
Como se santificar
Orando – peça a Deus para lhe mostrar como viver de maneira santa; orar também ajuda a
desenvolver um relacionamento de intimidade com Deus
Lendo a Bíblia – a Bíblia nos ensina o que agrada a Deus e nos dá um grande exemplo para
seguir: Jesus
Veja aqui: como estudar a Bíblia?
Indo à igreja – conviver com outros crentes é muito importante para aprender a aplicar o ensino da
Bíblia de forma prática na comunidade – Hebreus 10:25
Prestando atenção – que áreas de sua vida você acha que precisam de mudança? Como é que
aquilo que você está aprendendo da Bíblia pode mudar sua forma de pensar e agir?
O que é o Arrependimento na Bíblia
Arrependimento é uma mudança de atitude. A pessoa que se arrepende muda de ideias e decide
viver de forma diferente. A salvação acontece quando uma pessoa se arrepende de seus
pecados e se vira para Deus.
Arrependimento significa “mudar de direção” ou “mudar o pensamento”. Deus nos ajuda a
chegar ao verdadeiro arrependimento (2 Timóteo 2:25). Na Bíblia, arrependimento é:
Reconhecer o pecado
Para se arrepender, a pessoa precisa entender que pecou. Todos pecam. A pessoa que se
arrepende fica triste porque entende que o pecado é errado (2 Coríntios 7:9-10). Por isso, pede
perdão a Deus.
Mudar de vida
Arrependimento não é só ficar triste por causa do pecado. Arrependimento é também decidir
mudar de vida. Quando alguém se arrepende, ele decide abandonar o pecado e viver para Deus.
Não se contenta com o pecado; quer fazer o que é certo e agradar a Deus (Romanos 2:6-8).
Quais são as consequências do arrependimento
A principal consequência do arrependimento é uma vida diferente. A atitude em relação ao
pecado muda. Agora a pessoa não quer continuar pecando. Com a ajuda de Jesus, pode rejeitar
o pecado e escolher fazer o que é certo (Tiago 4:7-8).
A pessoa arrependida está pronta aceitar a correção de Deus e aprender como viver de maneira
certa. Isso não significa que nunca mais vai pecar. Mas significa que vai pedir perdão, se esforçar
para fazer melhor e lutar contra o desejo de pecar (1 João 1:8-9).
Outra consequência do arrependimento é a libertação da culpa. Quando uma pessoa se
arrepende, Deus perdoa seus pecados. Agora não precisa viver mais com o peso da culpa. A
pessoa arrependida entende que não está mais debaixo de condenação (Romanos 8:1-2).
Com o tempo, o arrependimento traz muitas consequências exteriores. Deus liberta do pecado
para poder praticar boas obras (Tito 2:14). Ele põe o desejo de fazer o bem no coração e ajuda
a pôr em prática.
Estudo sobre o pecado na Bíblia (significado e consequências)
ABíblia diz que o pecado separa as pessoas de Deus e leva à morte. Por causa do pecado, a terra
foi amaldiçoada e temos muitos problemas (Gênesis 3:17-19). Mas, porque Deus nos ama, Ele
enviou seu filho Jesus para nos libertar do pecado e restaurar nosso relacionamento com Ele.
Significado bíblico do pecado
O pecado na Bíblia tem três definições:
Não atingir o nível – as normas de Deus são perfeitas, têm um nível muito elevado; quando não
atingimos esse nível nas nossas vidas, estamos em pecado (Romanos 3:23).
Distorcer ou desviar-se das normas – quando não seguimos as normas de Deus, ou mudamos as
normas para serem contrárias às de Deus, pecamos (Romanos 1:18).
Rebelião contra as normas – isto é, quando rejeitamos as normas de Deus (Romanos 8:7).
O pecado tanto pode significar nossas ações como nossa natureza. A Bíblia diz que fazemos
coisas que são pecado e que o pecado é uma parte de nós, como que uma doença crônica.
Temos tendência a pecar. Isso não significa que não somos culpados; cada pessoa pode escolher
pecar ou não.
Consequências do pecado
Separação de Deus – esta é a pior consequência; Deus é bom e não pode conviver com o
pecado, que é mau; o afastamento do amor de Deus leva a todas as outras consequências.
Morte – por causa do pecado sofremos morte física, porque somos imperfeitos e o que é
imperfeito não dura (Romanos 6:23).
Insegurança e perda de sentido – em Deus encontramos nossa identidade; sem Ele a vida deixa
de fazer sentido.
Escravidão ao diabo – tudo o que está longe de Deus pertence ao diabo; tornamo-nos escravos
dele quando pecamos (1 João 3:8).
Problemas com outras pessoas – o pecado muitas vezes prejudica as pessoas à nossa volta e
estraga relacionamentos.
Veja mais sobre as consequências do pecado.
Como ficar livre do pecado
Aceitando Jesus como seu senhor e salvador. Jesus morreu na cruz para pagar o preço que você
devia pagar por seus pecados (1 João 2:2). Quando você reconhece seus pecados, pede perdão
e aceita Jesus como seu salvador, os seus pecados são apagados. Isso não significa que o que
você fez não tem problema (você ainda vai morrer) mas agora você tem uma segunda chance. E
dessa vez você recebe uma nova natureza, inclinada para o bem, porque você está unido a Deus.
Quem tem Jesus ainda peca, porque a velha natureza do pecado ainda está lá, lutando com a
nova natureza. Mas pedindo perdão e com a ajuda de Deus, você pode vencer essa natureza. Já
não precisa viver preso no pecado, sem conseguir sair.
Deus perdoa todos os pecados? (o que diz a Bíblia)
Sim, Deus perdoa todos os pecados daqueles que aceitaram a Seu Filho Jesus Cristo como
seu Senhor e Salvador.
Algo que nos pode ajudar a entender como as coisas funcionam é pensar que para quem crê em
Jesus, todos os pecados são perdoáveis (e perdoados), enquanto que para quem não crê em
Jesus, nenhum pecado é perdoável (e perdoado).
Para os que são verdadeiramente salvos todos os pecados são perdoados, pode confiar, mesmo
que o inimigo queira te convencer do contrário. Essa é uma das suas estratégias para te deixar
confuso e triste.
Deus perdoa o pecado imperdoável?
Jesus disse que existe um pecado que é imperdoável, a blasfêmia contra o Espírito Santo (Marcos
3:29, Mateus 12:31-32, Lucas 12:10).
Existem várias perspectivas sobre o que Jesus quis dizer quando disse que a blasfêmia contra o
Espírito Santo era imperdoável.
Uma das mais comuns e mais simples explicações diz que o pecado eterno, ou pecado
imperdoável é rejeitar Jesus como Salvador. Jesus disse isso a pessoas que tinham acabado
de ver Jesus fazer um milagre. O Espírito Santo, que nos convence sobre quem Jesus é, estava
sendo rejeitado naquele momento, eles estavam atribuindo o milagre a Satanás. Eles estavam se
recusando a aceitar Jesus como Messias. Devemos continuar pecando?
Mas se Deus perdoa tudo, então podemos continuar pecando? O Apóstolo Paulo sabia que
muitas pessoas podiam começar a fazer essa pergunta, por isso ele mesmo escreveu o seguinte
em Romanos 6:1-2:
Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma!
Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?
- Romanos 6:1-2
Na sua misericórdia, Deus perdoa todos os pecados daqueles que estão mortos para o pecado e
vivos em Cristo. Mas o objetivo de todo cristão é buscar a santidade. Uma das marcas daqueles
que são verdadeiramente salvos é a vontade de ser cada vez mais parecido com Jesus e deixar o
pecado para trás. Isso é verdadeiro arrependimento.
Ainda não tem a certeza se foi perdoado? Descubra aqui: como posso saber se Deus me
perdoou?
Veja mais sobre o que é a blasfêmia contra o Espírito Santo? e o que é arrependimento?
Como posso saber se Deus me perdoou?
Se você se arrependeu e pediu perdão a Deus, então Ele perdoou seus pecados. Para quem
aceita Jesus como seu salvador e se arrepende, todos os seus pecados são perdoados, não
precisa viver com culpa (Romanos 8:1-2).
O que é arrependimento?
Se arrepender é saber que o que você fez foi errado e sentir-se triste por ter feito uma coisa má. A
pessoa arrependida quer mudar, reparar o seu erro. Não é apenas culpa, é uma mudança de
atitude.
A Bíblia diz que Deus se alegra quando alguém se arrepende dos seus pecados (Lucas 15:10),
porque quem está arrependido está pronto a mudar de vida e a abraçar Deus. Aí Deus perdoa
seus pecados e ajuda a se libertar deles.
Mas eu continuo pecando. E agora, Deus ainda perdoa?
Sim, se você estiver mesmo arrependido. Paulo, em Romanos 7:14-25, fala que ele quer fazer o
bem mas continua fazendo o mal. Esta é uma luta que toda a gente tem porque não somos
perfeitos ainda. Alguns pecados são fáceis de deixar quando nos arrependemos, outros levam
tempo e trabalho para ficarmos libertos. O mais importante é a nossa atitude perante o pecado.
Quando você comete um pecado, você pode desistir e deixar continuar, ou você pode lutar para
mudar e reparar os seus erros (Romanos 12:2). Mesmo que você falhe, se você continuar lutando
e confiar em Deus para dar forças, um dia você vai ser liberto.
Arrependi-me e pedi perdão mas ainda me sinto culpado. Deus me perdoou?
Sim mas o diabo tenta te acusar, para que você sinta que não está perdoado e cair (Apocalipse
12:10). Quando você se arrepende mas ainda se sente culpado, você deve rejeitar esse
sentimento, porque é enganador. Romanos 8:33-34 diz:
“Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os
condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e
também intercede por nós.”
Às vezes não conseguimos deixar o pecado para trás porque ainda falta consertar alguma coisa
com alguém. Pedir perdão a outra pessoa pode ser difícil mas ajuda a viver livre da culpa. Por
outro lado, poderá ser que você precisa perdoar alguém (Mateus 6:12). E é ainda possível que
você precise se perdoar a si mesmo. Se Deus perdoa, então você também deve.
Como perdoar alguém segundo a Bíblia
Você pode perdoar com a ajuda de Deus. Ao morrer na cruz, Jesus pagou o preço por todos os
pecados. Ele ajudará você a se libertar do rancor e do desejo de vingança, abrindo caminho para
o perdão. Perdoar não é um sentimento, que não dá para controlar. Perdoar é uma decisão que
você faz, que depois tem efeitos em seus sentimentos.
Passos para perdoar
Enfrentar o problema
Há coisas pequenas que podemos ignorar, porque não são um problema. Mas há coisas erradas
que não podemos ignorar. Fazer de conta que não há um problema não vai ajudar, só vai piorar
as coisas a longo prazo. Você precisa aceitar que há um problema e decidir resolvê-lo com a
ajuda de Deus.
Reconhecer seus sentimentos
É natural sentir zangado, frustrado, triste, machucado, quando alguém peca contra você. Fingir
que você não sentiu nada, que está tudo bem, é engano. Conte para Deus o que você sentiu e
sente sobre a situação. Deus entende.
Com o tempo, a dor deve diminuir. Se não diminuir, peça para Deus te ajudar a não ficar preso
nesses sentimentos (Mateus 11:28). É importante aprender a lidar com os sentimentos de uma
forma saudável.
Declarar o perdão
Decida perdoar a pessoa que machucou você. Tente compreender que Jesus já pagou o preço
pelos pecados dessa pessoa, tal como pelos seus (Colossenses 3:13). Perdoar não é dizer que
não tem problema o que essa pessoa fez. Perdoar é viver sem deixar que as consequências do
pecado te destruam.
Diga para Deus que você perdoa essa pessoa. Diga os pecados que você perdoa dessa pessoa.
Decida largar o ressentimento. Entregue tudo a Deus, deixe Ele lidar com a outra pessoa. Se a
pessoa vier pedir perdão, diga-lhe que você a perdoa.
Leia também: A importância do perdão segundo a Bíblia (Estudo)
Renunciar o pecado
Quando alguém peca contra nós, é fácil retrucar pecando também. Se você pecou, peça perdão a
Deus por sua atitude e peça Sua ajuda para não voltar a fazer o mesmo no futuro. Procure formas
de expressar seus sentimentos de maneira santa. Os sentimentos não são o problema, é o que
fazemos com eles que pode ser mau (Efésios 4:26).
Muitas vezes, quando alguém nos machuca deixa marcas (depressão, ideias erradas sobre si,
medo...). Peça a Deus para sarar suas feridas. Se você deixar, Sua verdade restaurará você. Não
deixe o pecado vencer.
Quantas vezes devo perdoar?
Jesus disse que devemos perdoar muitas vezes (Mateus 18:21-22). Não devemos guardar
conta do número de vezes que perdoamos. Lembre-se, Deus perdoou você por todos seus
pecados. Você também deve perdoar os pecados dos outros, mesmo se não pedirem perdão.
Leia aqui mais sobre quantas vezes devemos perdoar.
Só porque você perdoa não significa que essa pessoa merece sua confiança. Isso vai ter de ser
conquistado de volta aos poucos. Também não significa sempre voltar a ter um relacionamento
com a pessoa. Há casos em que é melhor ficar afastado de outra pessoa, mesmo tendo
perdoado, para seu próprio bem e segurança.
O que a Bíblia ensina sobre perdão? Qual é a importância do perdão?
ABíblia ensina que Jesus morreu para nós podermos ser perdoados. Todos nós pecamos e
precisamos de perdão. Perdoar significa não cobrar mais as ofensas. O perdão liberta.
Deus perdoa quem se arrepende
A Bíblia ensina que Deus nos ama mas também é justo. Por isso, Ele enviou Jesus para pagar o
preço por nossos pecados, para podermos ser perdoados. Nós só temos que nos arrepender. Se
arrepender é mudar de atitude, rejeitando o pecado e se voltando para Deus. Quem se
arrepende e aceita Jesus como seu salvador recebe o perdão total de Deus (Atos dos
Apóstolos 2:38).
Não podemos merecer o perdão de Deus. Nada que façamos pode limpar nossos pecados. Jesus
pagou o preço total; o perdão de Deus é de graça (Efésios 2:8-9).
Tem dúvidas sobre o perdão de Deus? Veja aqui: como posso saber se Deus me perdoou?
Nós devemos perdoar
Tal como Deus nos perdoou, nós também devemos perdoar quem nos ofende. Quando você
perdoa alguém, você reflete o perdão de Deus, que lhe ama tanto que decidiu não exigir punição
pelos pecados que você cometeu.
Em Mateus 18:23-35, Jesus contou uma parábola sobre um homem que devia muito dinheiro ao
seu senhor. O senhor perdoou sua dívida mas depois esse homem não perdoou uma dívida muito
menor ao seu companheiro. Quando soube disso, seu senhor ficou muito zangado, porque ele
recebeu perdão mas não quis oferecer perdão.
Nossas ofensas contra Deus são muito maiores que as ofensas que outros cometem contra nós.
Mesmo assim, Deus nos perdoa. Nós também devemos seguir o exemplo de Deus e perdoar
quem nos ofende. Se não perdoamos, mostramos que não entendemos o perdão de Deus.
Veja aqui alguns passos para perdoar quem lhe fez mal.
Perdoar é uma decisão que tomamos. Se você tem dificuldade em perdoar alguém, peça ajuda a
Deus para perdoar.
Como perdoar alguém segundo a Bíblia
Você pode perdoar com a ajuda de Deus. Ao morrer na cruz, Jesus pagou o preço por todos os
pecados. Ele ajudará você a se libertar do rancor e do desejo de vingança, abrindo caminho para
o perdão. Perdoar não é um sentimento, que não dá para controlar. Perdoar é uma decisão que
você faz, que depois tem efeitos em seus sentimentos.
Passos para perdoar
Enfrentar o problema
Há coisas pequenas que podemos ignorar, porque não são um problema. Mas há coisas erradas
que não podemos ignorar. Fazer de conta que não há um problema não vai ajudar, só vai piorar
as coisas a longo prazo. Você precisa aceitar que há um problema e decidir resolvê-lo com a
ajuda de Deus.
Reconhecer seus sentimentos
É natural sentir zangado, frustrado, triste, machucado, quando alguém peca contra você. Fingir
que você não sentiu nada, que está tudo bem, é engano. Conte para Deus o que você sentiu e
sente sobre a situação. Deus entende.
Com o tempo, a dor deve diminuir. Se não diminuir, peça para Deus te ajudar a não ficar preso
nesses sentimentos (Mateus 11:28). É importante aprender a lidar com os sentimentos de uma
forma saudável.
Declarar o perdão
Decida perdoar a pessoa que machucou você. Tente compreender que Jesus já pagou o preço
pelos pecados dessa pessoa, tal como pelos seus (Colossenses 3:13). Perdoar não é dizer que
não tem problema o que essa pessoa fez. Perdoar é viver sem deixar que as consequências do
pecado te destruam.
Diga para Deus que você perdoa essa pessoa. Diga os pecados que você perdoa dessa pessoa.
Decida largar o ressentimento. Entregue tudo a Deus, deixe Ele lidar com a outra pessoa. Se a
pessoa vier pedir perdão, diga-lhe que você a perdoa.
Leia também: A importância do perdão segundo a Bíblia (Estudo)
Renunciar o pecado
Quando alguém peca contra nós, é fácil retrucar pecando também. Se você pecou, peça perdão a
Deus por sua atitude e peça Sua ajuda para não voltar a fazer o mesmo no futuro. Procure formas
de expressar seus sentimentos de maneira santa. Os sentimentos não são o problema, é o que
fazemos com eles que pode ser mau (Efésios 4:26).
Muitas vezes, quando alguém nos machuca deixa marcas (depressão, ideias erradas sobre si,
medo...). Peça a Deus para sarar suas feridas. Se você deixar, Sua verdade restaurará você. Não
deixe o pecado vencer.
Quantas vezes devo perdoar?
Jesus disse que devemos perdoar muitas vezes (Mateus 18:21-22). Não devemos guardar
conta do número de vezes que perdoamos. Lembre-se, Deus perdoou você por todos seus
pecados. Você também deve perdoar os pecados dos outros, mesmo se não pedirem perdão.
Leia aqui mais sobre quantas vezes devemos perdoar.
Só porque você perdoa não significa que essa pessoa merece sua confiança. Isso vai ter de ser
conquistado de volta aos poucos. Também não significa sempre voltar a ter um relacionamento
com a pessoa. Há casos em que é melhor ficar afastado de outra pessoa, mesmo tendo
perdoado, para seu próprio bem e segurança.
Quantas vezes devemos perdoar? 70 x 7!
ABíblia diz que devemos perdoar sempre, mesmo se a pessoa continua pecando contra
nós. Assim como Deus perdoou todos os nossos pecados, nós também devemos perdoar todos
que pecam contra nós. Não devemos pôr um limite ao número de vezes que estamos dispostos a
perdoar.
70 vezes 7
Jesus disse que devemos perdoar nosso irmão por até 70 vezes 7 pecados para mostrar que não
devemos guardar conta de quantas vezes perdoamos (Mateus 18:21-22). Quando alguém peca
contra nós repetidamente, é natural ficar zangado e não querer perdoar mais. Mas o perdão não
depende do merecimento nem do arrependimento do ofensor. Quanto nós perdoamos depende
de quanto Deus nos perdoou.
Leia também: A importância do perdão segundo a Bíblia (Estudo)
Depois de dizer que devemos perdoar 70 vezes 7, Jesus contou uma parábola sobre um servo
que devia muito dinheiro ao seu senhor. A dívida era impossível de pagar, mas o servo implorou e
o senhor perdoou sua dívida. Depois esse servo encontrou outro servo que lhe devia menos
dinheiro e exigiu pagamento. O outro servo implorou, mas o primeiro servo não perdoou. Quando
o senhor ouviu disso, ficou muito zangado porque o servo recebeu perdão, mas não quis dar
perdão (Mateus 18:23-35).
Deus é como o senhor dessa parábola: Ele perdoou todos os pecados de quem se arrepende a
aceita Jesus como seu salvador. Nós não merecemos e Ele não precisava fazer isso, mas Ele nos
ama, mesmo sendo pecadores. Da mesma forma, ninguém merece nosso perdão, mas nós
podemos dá-la de graça e sem limites. Isso é parte de sermos imitadores de Cristo.
A importância do perdão segundo a Bíblia (Estudo)
Perdão é reconhecer que alguém cometeu uma ofensa contra você, mas decidir largar o rancor e
o desejo de retribuição contra essa pessoa. Perdão verdadeiro é uma decisão feita com a ajuda
de Deus e que liberta. Nós devemos perdoar porque Deus nos perdoou muito mais.
Quando uma pessoa peca, é como contrair uma dívida: é preciso pagar. O preço do pecado é a
morte e a separação de Deus (Romanos 6:23).
Todos pecamos, mas Deus nos ama tanto que decidiu pagar o preço por nós. Ele veio à terra e
morreu em nosso lugar. Jesus não tinha pecado, por isso o preço que pagou não foi pela vida
d'Ele. Sendo Deus, seu pagamento é suficiente por todo o mundo. Assim, Deus encontrou uma
forma de fazer justiça e também oferecer perdão. A dívida foi paga (1 Pedro 3:18).
Quando você aceita Jesus como seu salvador, você reconhece que o preço é alto demais para
você pagar e aceita o pagamento de Jesus em seu lugar. Aí Deus perdoa você, a dívida fica paga
e Ele não guarda rancor. Mas se você rejeita Jesus, você rejeita Sua oferta para pagar sua dívida.
Aí você continua responsável por pagar e não dá lugar para Deus perdoar.
Quando uma pessoa peca contra você, é normal querer justiça. Essa pessoa fez uma coisa errada
e merece pagar. Isso é certo mas não é você quem tem de exigir o pagamento. Deus é o Juiz, Ele
cobra. Quando você perdoa, você deixa a cobrança com Deus e continua sua vida sabendo que a
dívida foi paga. Você deixa de ser o juiz e dá essa responsabilidade a Deus.
Quer saber mais? Descubra aqui o que a Bíblia ensina sobre perdão.
Por que perdoar?
Porque Deus perdoou você – seus pecados podem parecer pequenos comparados com outra
pessoa, mas são todos impossíveis de pagar. Se Deus é perfeitamente justo e perdoou você,
você também deve perdoar. - Mateus 18:23-35
Porque liberta – quando você libera perdão, você não só liberta o ofensor do seu ódio; você
também fica liberto. A falta de perdão causa mais problemas ao ofendido que ao ofensor, traz
amargura e pode destruir sua vida (Provérbios 27:4).
Veja aqui: Como posso perdoar?
Perdoar é esquecer?
Não, perdoar não é esquecer. Quando a Bíblia diz que Deus se “esquece” de nossas ofensas,
significa que não cobra nunca mais. Do mesmo jeito, quando você perdoa uma pessoa, você não
cobra mais por esse pecado. Esquecer não ajuda a perdoar, só ignora o problema. Perdoar é
enfrentar o problema e reconhecer seu impacto negativo, depois decidir deixar todo desejo de
retribuição.
Perdão é ignorar a justiça?
Não, perdão não é ignorar a justiça. Perdão é deixar a justiça nas mãos de Deus, que é
perfeitamente justo. Você condena o pecado, mas deixa de ser um problema seu, é um problema
entre a outra pessoa e Deus.
Alguns pecados também têm outro preço, como pena de prisão. Perdoar não significa deixar uma
pessoa perigosa sair livre. Você pode testificar contra o ofensor no tribunal, sendo honesto, mas
sem rancor nem desejo de vingança.
Parábola do Credor Incompassivo: explicação e significado na Bíblia
Aparábola do Credor incompassivo enfoca o perdão e a necessidade de perdoar-nos uns aos
outros. É também conhecida como parábola do rei que perdoou a dívida, parábola do Servo sem
misericórdia, Servo ingrato ou Servo mau.
A parábola aparece em Mateus 18:21-35:
Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu
irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?"
Jesus respondeu: "Eu digo a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete."
"Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos. Quando
começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia uma enorme quantidade de prata.
Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o
que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida. "O servo prostrou-se diante dele e lhe
implorou: 'Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo'. O senhor daquele servo teve compaixão
dele, cancelou a dívida e o deixou ir.
"Mas, quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários.
Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Pague-me o que me deve!' "Então o seu conservo
caiu de joelhos e implorou-lhe: 'Tenha paciência comigo, e eu pagarei a você'. "Mas ele não quis.
Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes
e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. "Então o senhor chamou o servo e
disse: 'Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido
misericórdia do seu conservo como eu tive de você?' Irado, seu senhor entregou-o aos
torturadores, até que pagasse tudo o que devia. "Assim também fará meu Pai celestial a vocês se
cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão".
Através dessa história Jesus ilustra a má atitude de um devedor que foi perdoado de uma dívida
grandiosa, mas que foi incapaz de perdoar uma pequena quantia que lhe deviam.
Explicação da Parábola do Credor incompassivo
A parábola traduz uma referência direta do alto perdão que recebemos de Deus e da necessidade
de também perdoarmos os nossos irmãos. Jesus disse que o Reino de Deus se compara a um rei.
Na ilustração vemos que esse rei é gracioso e perdoador, mas também corrige e pune ao que
agiu sem perdão e compaixão.
O tamanho da dívida perdoada
O rei decidiu ajustar as contas, e chamou um de seus servos que lhe devia 10 mil talentos. Este
valor era extremamente alto. O talento era medido em ouro. O denário era em média quanto um
trabalhador recebia por um dia de trabalho e era medido em prata.
Cada talento equivalia a 6 mil denários ou dracmas. Isto é, um trabalhador demoraria 164 mil anos
de serviço para conseguir pagar todo esse valor. Trazendo para os nossos dias, se um diarista
recebesse 10 dólares por dia, um talento valeria 60.000 dólares. Assim a dívida daquele homem
seria 600 000 000 de dólares (seiscentos milhões). Portanto, o que aquele homem devia era
incalculável, superava muitíssimo a quantia que um trabalhador comum poderia pagar com toda a
sua vida de trabalho.
Possivelmente aquele homem seria um administrador ou prefeito de alguma província e fez mal
uso dos recursos do reino. Muito terá provavelmente sido corrupto e desonesto ou muito mau
gestor dos negócios do rei. Mas, apesar de tudo isso, o rei se compadeceu, por causa da súplica
daquele homem, e perdoou toda a dívida. O rei assumiu o prejuízo de toneladas de ouro que
aquele credor lhe devia.
Mais uma vez, o importante aqui não era a quantidade exorbitante de dinheiro, em si, mas o quão
generoso aquele rei foi em perdoar algo tão incalculavelmente alto. Não houve limites para o seu
perdão. Com essa grandiosa demonstração de bondade era esperado que aquele homem
estivesse plenamente grato e agisse em conformidade com o favor que recebeu. Mas, não foi isso
que aconteceu.
A má atitude do servo
Ao encontrar um outro servo do reino que lhe devia 100 denários, aquele credor agiu de forma
bruta e impaciente na cobrança. Agrediu o seu conservo exigindo que lhe pagasse a dívida. O
conservo também implorou que tivesse paciência que ele lhe pagaria a dívida. Mas o credor sem
misericórdia não aceitou e mandou prendê-lo até que lhe pagasse a dívida.
A má atitude daquele servo gerou tristeza e indignação nos companheiros de trabalho e no rei que
soube a história da falta de misericórdia daquele servo para com um semelhante seu.
A justiça do rei
O rei teve misericórdia e graça daquele servo que muito que lhe devia. Mas ao saber que este
tinha sido incapaz de perdoar uma pequena dívida de um conservo, aplicou correta medida de
justiça e punição. A extrema piedade e bondade do rei, suportando ele próprio o altíssimo débito
do servo, não foi levado em consideração. Por isso, ele foi igualmente justo na sua ira para corrigir
e cobrar aquele que não quis dar o perdão.
Jesus compara a atitude deste rei com a atitude de Deus. Afirmando que Ele agirá da mesma
maneira, com misericórdia e justiça, mas castigará aqueles que não perdoam sinceramente aos
seus irmãos.
Deus é o Rei amável, piedoso e justo. Através da Sua graça nós também podemos alcançar
perdão de todas as nossas dívidas (Colossenses 2:13-14). Cristo cancelou na cruz todas as
acusações que eram contra nós, recebendo a justiça de Deus sobre Si. Mas também exige que
nos assemelhemos a Ele, agindo com a mesma graça e misericórdia com aqueles que nos
ofendem.
Contexto da Parábola do Credor incompassivo
Essa passagem está situada no capítulo 18 do evangelho de Mateus, onde encontramos um
precioso discurso de Jesus sobre grandeza, misericórdia e perdão. Jesus dá várias instruções (Mt.
cap.18 a 20) aos discípulos e ilustra princípios importantes para a conduta dos Seus seguidores.
Nesse trecho específico, Jesus contou essa parábola respondendo à pergunta de Pedro sobre
quantas vezes se deve perdoar.
Para o imaginário dos religiosos judeus da época (tradição rabínica), perdoar a mesma pessoa
que tenha ofendido 3 ou 4 vezes era o suficiente. Depois disso, a pessoa ficava livre para perdoar
ou não se fosse ofendido novamente. Pedro eleva o padrão, e na sua pergunta sugere: "… até 7
vezes"? Naturalmente, se pensarmos que alguém falha uma, duas, três vezes contra outra
pessoa, já está "abusando" da bondade daquele que perdoa. Sete vezes seria uma ótima
medida...
Mas, Jesus mostra que o perdão deve ser algo infinitamente maior. Na verdade, não deveríamos
sequer contabilizar quantas vezes devemos perdoar. A medida perfeita de Pedro, com 7, é
insuficiente comparada ao padrão de Cristo. Quando Jesus responde, 70 X 7, também não está
limitando a 490 vezes, ao pé da letra. Mas está dizendo, figuradamente, que não há limites para
se perdoar.
Veja aqui também: A importância do perdão segundo a Bíblia (Estudo)
Síntese da Parábola do servo sem misericórdia
Nesse contexto, Jesus conta a parábola. Resumidamente:
O Reino dos Céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos
Certo credor lhe devia dez mil talentos, mas não tinha com que pagar
O rei ordenou que fossem vendidos ele, a mulher, os filhos e tudo o que possuía para que a dívida
fosse paga
O servo humilhou-se e implorou: “Tenha paciência comigo, e pagarei tudo ao senhor.”
O rei compadeceu-se e perdoou-lhe toda a dívida
Aquele servo saiu e encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários,
Agarrou-o, exigindo que ele pagasse o que lhe devia
O conservo também se humilhou e implorou: “Tenha paciência comigo, e pagarei tudo a você.”
O credor sem misericórdia, não quis. Ao contrário, lançou-o na prisão, até que saldasse a
dívida.
O rei soube, chamou o servo e lhe disse: “Servo malvado, eu lhe perdoei aquela dívida toda
porque você me implorou. Será que você também não devia ter compaixão do seu
conservo, assim como eu tive compaixão de você?”
O senhor entregou aquele servo aos carrascos, até que lhe pagasse toda a dívida
Jesus diz que o Pai celestial fará o mesmo com aqueles que não perdoarem de coração a
seu irmão
Veja aqui: Como posso perdoar?
Lição da Parábola do Credor incompassível
O servo que devia uma dívida altíssima, à nossa semelhança, foi graciosamente perdoado. O rei
da ilustração teve compaixão dele e assumiu o dano por todo valor que o homem era incapaz de
saldar. Da mesma maneira, nós fomos perdoados de um altíssimo preço de pecado, falhas e
ofensas que cometemos contra Deus, dos quais somos incapazes de pagar.
Se considerássemos honestamente o quanto fomos perdoados por Deus, isso deveria gerar em
nós extrema gratidão e humildade. Devemos reconhecer as nossas imperfeições e o tamanho do
perdão e da graça recebidos.
Amor leal e gratidão são os resultados esperados daqueles que foram tão grandemente
perdoados pelo Senhor.
Na oração do "Pai Nosso" (Mateus 6:12) Jesus também ensinou esse princípio divino, que
devemos perdoar aqueles que falham conosco. Assim, Deus também nos perdoa. O Reino de
Deus é o reino do perdão. Aqueles que não perdoam, demostram não fazer parte deste reino de
graça e perdão porque não reconhecem o quanto eles próprios foram perdoados por Deus.
A aplicação desse ensino às nossas vidas é simples e profundo: perdoe sem limites! Mesmo que
pareça difícil, ou que a dívida ou ofensa cometidas contra você tenha sido horrível, lembre-
se: você também é um pecador perdoado. Jesus Cristo não mediu esforços para pagar o preço
pelos seus pecados. Leve em conta o grande e imensurável perdão que você já recebeu. Pelos
méritos de Jesus Cristo, nós também podemos perdoar sinceramente às falhas dos outros. Por
isso, conceda a mesma graça que você recebeu, perdoando com o amor de Deus...
Que lição podemos aprender com a Parábola dos dois Devedores?
Aparábola dos Dois Devedores encontra-se no evangelho de Lucas 7:36-50. Através dessa
pequena ilustração podemos aprender lições importantes sobre o Reino de Deus. Ela ajuda-nos a
entender que:
somos todos devedores (pecadores), necessitados do perdão de Deus.
gratidão é importante. Precisamos reconhecer a grandeza do perdão que recebemos de Cristo e
glorificá-lo por essa dádiva.
devemos estar conscientes do quanto falhamos e do quanto precisamos do Senhor, que nos
perdoa.
Jesus não rejeita a nenhuma pessoa que se aproxima dele com humildade e arrependimento.
que não devemos julgar a ninguém como sendo piores ou mais pecadores que nós.
De fato, podemos extrair muitas outras lições dessa parábola bíblica. Mas para compreendermos
melhor o que Jesus ensinou, é fundamental entender qual foi o contexto em que Ele contou essa
história.
Contexto da Parábola dos Dois Devedores
A pequena parábola dos Dois Devedores foi contada numa ocasião em que Jesus estava na casa
de um fariseu. Simão O tinha convidado para uma refeição em sua casa. Talvez convidou a Jesus
por curiosidade, pela sua fama, ou simplesmente para ouvi-Lo e argumentarem num debate
amistoso, como faziam os mestres da Lei na época.
É provável que banquetes daquela natureza fossem relativamente públicos e que algumas
pessoas entrassem para ouvir os diálogos e ensinamentos dos mestres. Conforme o costume da
época, Jesus estaria reclinado sobre a mesa com as pernas dobradas para trás. Também era
costume que o anfitrião recebesse os convidados com uma saudação afetuosa (beijo na face),
com água para lavar os pés e com óleo para unção da cabeça. Mas, Simão não ofereceu isso a
Jesus.
A Bíblia diz que certa mulher pecadora apareceu no mesmo lugar. Tinha um vaso de alabastro
com perfume raro, aproximando-se dos pés de Jesus, chorava e beijava-lhe os pés, secando-os
com os seus cabelos. Além das lágrimas, derramou o óleo nos seus pés, em humilde adoração.
Tal atitude impressionou o anfitrião, que julgou a Jesus em seu coração: se Ele fosse de fato um
profeta, saberia quem era aquela mulher pecadora e não lhe permitiriam que se aproximasse nem
que nem lhe tocasse.
Leia aqui: O que é um vaso de alabrastro?
Simão julgou tanto a mulher quanto a Jesus por permitir que uma pecadora estivesse perto e lhe
demonstrasse afeição. Mas, Jesus, conhecendo o que ia em seu coração propôs-lhe a parábola:
"Dois homens deviam a certo credor. Um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta.
Nenhum dos dois tinha com que lhe pagar, por isso perdoou a dívida a ambos. Qual deles o
amará mais?"
Simão respondeu: "Suponho que aquele a quem foi perdoada a dívida maior".
"Você julgou bem", disse Jesus.
Lucas 7:41-43
Propósito da Parábola dos Dois Devedores
A intenção de Jesus ao contar essa história, parece que era revelar-se discretamente
como Senhor, plenamente divino. Ele recebe adoração, conhece os corações, salva e perdoa os
pecados. Além disso, revela a Simão a importância de se auto reconhecer como pecador,
necessitado da graça e perdão. Tanto o que devia muito quanto o que devia pouco, eram
devedores. O que devia mais deverá ser mais grato, pelo reconhecimento da misericórdia e do
perdão recebidos. Mas, ambos foram perdoados pelo credor. E, por terem sido perdoados
deveriam amar mais (ser mais gratos) ao credor.
Simão já se considerava justo diante de Deus e dos homens. Por isso não demonstrou gratidão,
reverência ou louvor a Jesus. Mas a mulher, ciente dos seus muitos pecados e que Cristo lhe
poderia resgatar, demonstrou arrependimento, rendição, humilhação e total entrega ao
Senhor Jesus. Assim, aproveitando o exemplo prático e correto da mulher, Jesus contou a
parábola.
Veja também: O que a Bíblia diz sobre gratidão
Contraste de atitudes
Por um lado temos Simão, um homem com uma reputação louvável, estudioso e defensor da Lei
de Deus. Provavelmente, era estimado pela comunidade com um comportamento irrepreensível.
Como fariseu, tinha uma conduta exemplar e possuía um elevado status pela sua conduta
religiosa.
Do outro lado temos a mulher, sem identidade, uma simples pecadora com a qual todos nós
podemos nos identificar. Naturalmente, por causa da sua má fama, era apontada e desprezada
pela comunidade como uma pessoa impura, indigna e desprezível.
Jesus coloca os dois no mesmo "pacote": ambos são pecadores e não podem pagar pelas suas
dívidas perante Deus. A diferença é que um se apoiava na sua justiça própria (Isaías 64:6),
enquanto que a outra reconhecia o quanto precisava da graça e perdão.
- A mulher pecadora
A Bíblia não fala quem ela era nem qual era o seu pecado, apenas realça a atitude louvável que
teve perante o Senhor. Ela:
Creu em Jesus e foi ao seu encontro.
Não mediu esforços para encontra-lo (certamente não era bem vinda na casa de um religioso,
como Simão).
Reconheceu a excelência de Cristo (divindade e senhorio de Jesus acima dos mestres da Lei e
profetas).
Entendeu a graça, misericórdia e perdão de Jesus, por isso se prostra aos Seus pés.
Demonstrou um coração arrependido, derramando as suas lágrimas perante o Senhor.
Foi humilde e humilhou-se perante Jesus, diante de muitos olhos condenadores.
Revelou gratidão e adoração, prostrando-se de joelhos e beijando os Seus pés.
Entregou algo valiosíssimo aos pés de Jesus, derramando e ungindo-lhe com perfume.
- Simão, o fariseu
Esse homem era um dedicado estudioso da Lei e queria fazer um teste com Jesus. Certamente,
ele tinha ouvido falar de Jesus, dos Seus muitos milagres e ensinamentos, por isso queria
certificar-se dessas coisas. Simão queria conhecer um pouco mais e até teve uma atitude
simpática ao convidar Jesus para uma refeição em sua casa.
Mas isso não era suficiente. Muito mais que ser reconhecido como mestre ou profeta, Jesus
deveria ter sido recebido com todas as honras de costume e muito mais. Ele dava provas de ser
plenamente humano e plenamente divino, é o Filho de Deus e Senhor dos Senhores. Mas as
atitudes de Simão revelam que ele:
Não acreditava em Jesus.
Queria testar Jesus e demonstrou ter já um preconceito a respeito dele.
Não ofereceu as cortesias mínimas a Jesus e não lhe deu a atenção devida de um convidado de
honra.
Não reconhecia que Jesus era o Messias, Filho de Deus, a quem devesse o verdadeiro amor e
reverência. Muitos judeus ainda não criam em Jesus como o Senhor digno de gratidão e adoração
pela sua divindade.
Não reconhecia-se a si mesmo como um pecador, carente do perdão de Deus.
Colocou-se numa posição elevada, como juiz, julgando a um e outro
Julgou a Jesus, internamente, por não ter repelido uma mulher pecadora.
Julgou-se superior e melhor que a mulher.
Demonstrou ingratidão diante do Senhor Jesus, não O honrando como merecia.
Veja também: Quem eram os fariseus?
Lições acerca da passagem bíblica
Através do evento na casa de Simão e da Parábola dos Dois Devedores podemos refletir sobre
perdão, gratidão e autoconhecimento. Certamente, tudo isso faz muito sentido nos nossos dias,
pois pensamos pouco acerca do problema do pecado e sobre a graça do perdão de Deus. Muitas
vezes, não estamos conscientes do quanto fomos perdoados por Deus. Por isso, essa história
pode funcionar como um exemplo importante para aprendermos com Jesus o valor desse
reconhecimento e sermos mais gratos a Ele.
Veja o que mais podemos aprender com essa história:
Todos somos devedores perdoados por Deus (tanto o que tem consciência dos seus muitos
pecados, quanto aquele que se julga pouco devedor)
Ter consciência que pecamos e não podemos pagar pelos nossos pecados (auto justificação é
insuficiente)
Deus perdoa todos os pecados de pessoas arrependidas
Jesus não limita a aproximação de ninguém, por mais pecador que seja
As impurezas dos pecadores não O contaminam, Jesus é que purifica a pessoa de seus pecados
Quem tem consciência dos seus pecados consegue ser mais grato a Deus
Todos somos indignos do amor de Deus, por mais que façamos "coisas boas", é pela Sua
maravilhosa graça que somos perdoados
A Graça de Deus alcança e perdoa todo tipo de pecado
O moralismo e legalismo (prática farisaica) contrastam com a humildade e entrega (atitude da
mulher)
Nós e os pecadores que julgamos piores que nós, somos igualmente pecadores perdoados por
Deus
Recebemos o perdão de Deus, devemos também ser misericordiosos e demonstrar amor a outros
pecadores.
Ter a atitude certa de glorificar e adorar a Deus pela seu perdão e graça ao nosso favor.
Reflita sobre isso: você já tem uma ideia fixa e preconcebida de quem é Jesus? Como Simão,
quer apenas confirmar que Jesus é um um simples mestre de moral? Reconhece que Jesus é o
Messias, o grande Salvador e Deus Perdoador de pecados? Consegue se enxergar como um
grande pecador, carente do perdão de Deus? Rotula outras pessoas como pecadores (mais que a
você próprio)? Se afasta de pessoas falhas para evitar se deixar contaminar pela proximidade
delas? Ou tenta influenciá-las com o amor de Deus?
O perdão de Deus - por que Deus nos perdoa?
Deus nos perdoa porque Ele nos ama! Não recebemos perdão porque merecemos; recebemos
perdão porque Deus quer nosso bem. O perdão de Deus mostra como Ele é bom.
Por que Deus nos ama?
Deus criou cada um de nós de maneira especial (Salmos 139:14). Ele nos conhece a fundo, como
um pai conhece seus filhos. Cada um de nós é feito à imagem e semelhança de Deus, refletindo
um pouco de Sua glória (Gênesis 1:27). O amor de Deus é como o amor incondicional de um bom
pai. Ele nos ama porque nós somos Sua criação, que Ele fez com amor.
A necessidade de perdão
No entanto, todos nós pecamos e merecemos ser castigados por nossos erros. A Bíblia diz que o
castigo do pecado é a separação de Deus e, como consequência, a morte e a destruição
(Romanos 3:23; Romanos 6:23). Sozinhos, não há nada que podemos fazer para evitar o castigo
e merecer o perdão de Deus.
Deus é justo. (Se Ele não fosse justo, não seria bom.) Em Sua justiça, Deus não pode deixar o
pecado sem castigo, mas Ele também nos ama e não quer nos fazer mal. Por isso, Deus enviou
Jesus para levar o castigo em nosso lugar.
Na cruz, Jesus pagou o castigo por todos os pecados! Seu sacrifício foi perfeito. A justiça foi
cumprida; agora podemos receber o perdão de Deus. Ele nos ama tanto que oferece o perdão de
graça a todos!
Descubra aqui: como posso saber se Deus me perdoou?
Como receber o perdão de Deus?
Para receber o perdão de Deus basta se arrepender de seus pecados e crer em Jesus como seu
salvador (Romanos 10:9-10). Isso significa que sua vida agora será dedicada a Deus. Ele não
pede mais nada. Você não precisa se endireitar primeiro; basta estar arrependido e pronto para
uma vida diferente.
Veja também: o que é arrependimento?
Seus pecados podem ser normais ou muito grandes - não faz diferença! Se você se arrepender,
Deus lhe perdoa (1 João 1:9). Esse é o tamanho do amor de Deus por você. Não é porque você
merece; é porque Deus é maravilhoso e quer dar o melhor para você.
O que é o Arrependimento na Bíblia
Arrependimento é uma mudança de atitude. A pessoa que se arrepende muda de ideias e decide
viver de forma diferente. A salvação acontece quando uma pessoa se arrepende de seus
pecados e se vira para Deus.
Arrependimento significa “mudar de direção” ou “mudar o pensamento”. Deus nos ajuda a
chegar ao verdadeiro arrependimento (2 Timóteo 2:25). Na Bíblia, arrependimento é:
Reconhecer o pecado
Para se arrepender, a pessoa precisa entender que pecou. Todos pecam. A pessoa que se
arrepende fica triste porque entende que o pecado é errado (2 Coríntios 7:9-10). Por isso, pede
perdão a Deus.
Mudar de vida
Arrependimento não é só ficar triste por causa do pecado. Arrependimento é também decidir
mudar de vida. Quando alguém se arrepende, ele decide abandonar o pecado e viver para Deus.
Não se contenta com o pecado; quer fazer o que é certo e agradar a Deus (Romanos 2:6-8).
Quais são as consequências do arrependimento
A principal consequência do arrependimento é uma vida diferente. A atitude em relação ao
pecado muda. Agora a pessoa não quer continuar pecando. Com a ajuda de Jesus, pode rejeitar
o pecado e escolher fazer o que é certo (Tiago 4:7-8).
A pessoa arrependida está pronta aceitar a correção de Deus e aprender como viver de maneira
certa. Isso não significa que nunca mais vai pecar. Mas significa que vai pedir perdão, se esforçar
para fazer melhor e lutar contra o desejo de pecar (1 João 1:8-9).
Outra consequência do arrependimento é a libertação da culpa. Quando uma pessoa se
arrepende, Deus perdoa seus pecados. Agora não precisa viver mais com o peso da culpa. A
pessoa arrependida entende que não está mais debaixo de condenação (Romanos 8:1-2).
Com o tempo, o arrependimento traz muitas consequências exteriores. Deus liberta do pecado
para poder praticar boas obras (Tito 2:14). Ele põe o desejo de fazer o bem no coração e ajuda
a pôr em prática.
O que é a graça de Deus (significado bíblico)
Graça é um favor que não foi merecido. Graça é algo bom que é dado, não porque a pessoa
que recebe merece, mas porque a pessoa que dá é generosa. Deus nos oferece a salvação de
graça.
Quando alguém oferece um presente de graça, significa que quem recebe não tem de pagar pelo
presente nem se esforçar por merecê-lo. Graça é um ato de amor incondicional, não depende da
pessoa que recebe. A graça revela o bom caráter de quem dá, não de quem recebe.
Deus mostra Seu amor por nós através da graça. Nós merecemos castigo por causa de nossos
pecados, mas Deus nos enviou Jesus para pagar o preço e nos oferecer a salvação. Mesmo não
fazendo nada para merecer, nós podemos ser libertados do poder do pecado, perdoados do
castigo eterno e adotados como filhos de Deus, para morar com Ele para sempre (Efésios 2:4-5).
Só precisamos ter fé.
Ninguém por seu próprio mérito consegue apagar seu pecado e se purificar para entrar no Céu.
Por mais que tentamos ser bons, não conseguimos evitar todo pecado. Só Deus pode nos libertar
do peso do pecado (1 João 1:8-9). Ele não precisa nos libertar. Ele poderia exigir justiça e
condenar todos, mas Ele nos ama. Por isso, Ele nos ofereceu a salvação, de graça.
A graça na vida do crente
A graça não se limita à salvação no momento em que aceitamos Jesus como nosso salvador. A
graça de Deus atua ao longo de nossa vida, nos dando a capacidade para fazer coisas boas e
parar de pecar (Efésios 2:8-10). Sozinhos não conseguimos, mas se confiamos em Deus, Ele nos
transforma.
A graça de Deus também atua quando fazemos coisas erradas depois de
convertidos. Quando nos arrependemos do erro, Deus nos perdoa e ajuda a consertar as coisas.
Isso não significa que podemos continuar pecando, sem medo das consequências, mas que a
graça de Deus é muito grande (Hebreus 4:14-16).
Da mesma forma que Deus nos dá Sua graça, nos perdoando muitas vezes de muitos pecados,
nós podemos dar graça a outras pessoas, perdoando-as. A graça de Deus muda nossa
perspectiva: como posso exigir vingança contra outra pessoa quando Deus, que é perfeito, me
perdoou de tantos pecados, em vez de exigir castigo? A graça de Deus nos dá outra chance. A
graça de Deus liberta.
A graça de Deus - como posso receber?
Para receber a graça de Deus, basta crer! Não há nada que você pode fazer para merecer a
graça de Deus. Você só precisa aceitar essa graça. Deus dá Sua graça… de graça!
Graça significa um favor que você recebe sem merecer. A graça de Deus é toda a bondade que
Ele derrama sobre nós, porque Ele é bom e quer nos abençoar. Deus gosta de nos abençoar,
apesar de muitas vezes não merecermos. A graça de Deus é fruto de Seu amor.
A Bíblia diz que somos salvos pela graça de Deus (Efésios 2:8-9). Todos pecamos e merecemos
ser castigados. Mas Deus nos ama e não quer nos destruir. Por isso, Ele enviou Jesus para levar
o castigo em nosso lugar, na cruz. Não recebemos a vida eterna por causa do que nós fazemos,
mas por causa daquilo que Deus fez.
Veja aqui mais: o que é graça?
Como Deus salva com Sua graça?
Sozinho, você não consegue se salvar. O pecado escraviza e você não consegue pagar o preço
do castigo sem ser destruído. Por mais que você tente, seus esforços nunca vão ser suficientes
para apagar seus pecados. Você precisa de um salvador.
Em Sua graça, Deus oferece a salvação a todos, sem exigir pagamento. Ele não exige que você
seja perfeito, nem que você faça muitas coisas boas primeiro. Jesus pagou o preço de todos os
pecados na cruz! Agora, a salvação está disponível de graça (Romanos 6:23).
A Bíblia diz que Deus nos dá até a fé, por Sua graça. O Espírito Santo abre o coração para
receber a palavra de Deus e para crer e ser salvo (Romanos 8:15-16). Basta aceitar.
A graça de Deus é generosa. Ele dá a vida eterna a todos que crêem e abençoa de muitas
maneiras. Sua graça é como o amor de um pai que gosta de dar coisas boas aos seus filhos. Não
é porque os filhos são perfeitos ou nunca fazem nada de errado. É porque são seus filhos e ele os
ama!
O que é o pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo?
Ablasfêmia contra o Espírito Santo é uma rejeição total e contínua de Deus e é o único pecado
que não tem perdão. Quem blasfema contra o Espírito Santo o rejeita completamente, não
chegando nunca ao arrependimento.
Jesus disse que todos os pecados serão perdoados, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo
(Marcos 3:28-29). A Bíblia não diz exatamente o que é a blasfêmia contra o Espírito Santo, mas
podemos entender o que significa pelo contexto.
Os fariseus tinham acusado Jesus de expulsar demônios pelo poder de Belzebu, o príncipe dos
demônios. Jesus lhes explicou que isso era ridículo, porque Satanás não trabalha contra si
mesmo. Jesus também avisou que só há dois lados: quem não está com ele está contra ele
(Mateus 12:30-31). Depois ele disse que todo o pecado, exceto a blasfêmia contra o Espírito
Santo, seria perdoado.
Veja também: o que é blasfêmia?
A blasfêmia é um insulto a Deus, ou rejeitar Deus de forma consciente. Mas Jesus disse que até a
blasfêmia poderia ser perdoada. Apenas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será
perdoada. Mateus 12:32 explica que a blasfêmia contra o Espírito Santo é falar contra o Espírito
Santo. Falar contra significa se opor, rejeitando ativamente.
Contra toda a evidência, os fariseus estavam rejeitando Jesus. Mas Jesus disse que até isso
poderia ser perdoado. O verdadeiro perigo é rejeitar o Espírito Santo.
A função do Espírito Santo é convencer do pecado e levar ao arrependimento. Para ser
salvo, a pessoa precisa se arrepender dos seus pecados (João 16:7-8; Atos dos Apóstolos 3:19-
20). Por isso, quem blasfema contra o Espírito Santo não pode ser perdoado porque rejeita a
convicção do Espírito e o arrependimento. Rejeitar o arrependimento é blasfêmia porque
insulta Deus, que deu tudo para trazer a salvação e a libertação do pecado.
Será que cometi blasfêmia contra o Espírito Santo?
Se você está arrependido, então não cometeu blasfêmia contra o Espírito
Santo. Jesus NUNCA rejeita quem vem a ele. Confesse seu pecado e você receberá perdão
(João 6:37; 1 João 1:9).
Ainda tem dúvidas? Veja aqui: como posso saber se Deus me perdoou?
Quem comete blasfêmia contra o Espírito Santo não sente remorso porque rejeitou
completamente o arrependimento. A blasfêmia contra o Espírito Santo é uma rejeição total e
contínua de Deus. Quem se sente triste por seu pecado e quer ter um relacionamento com Deus
claramente não cometeu blasfêmia contra o Espírito Santo. Ainda há esperança para essa
pessoa.
O que é blasfêmia (significado bíblico)
Blasfêmia é falar mal de Deus ou das coisas de Deus. Blasfemar significa insultar ou difamar
Deus, dizendo mentiras sobre Ele. Quem blasfema mostra desprezo por Deus.
Nossa atitude deve ser de amor e respeito por Deus. Ele é poderoso e perfeito e ainda nos
ama! Blasfêmia é rejeitar Deus de forma consciente. Algumas formas de blasfêmia são:
Rejeitar Jesus como salvador
Amaldiçoar Deus
Falar mal de Deus e de Suas obras
Blasfêmia na Bíblia
No Antigo Testamento, o castigo pela blasfêmia era a morte por apedrejamento (Levítico 24:15-
16). O amor e o respeito por Deus deveriam ser a base da nação de Israel. Blasfemar era um
pecado muito grave e não podia ser tolerado.
Jesus avisou que a blasfêmia é um pecado sério. Não há salvação para o blasfemo que rejeita
Deus completamente e se recusa a reconhecer Sua ação, como os fariseus fizeram quando
acusaram Jesus de trabalhar para o diabo (Mateus 12:24).
Os líderes religiosos acusaram Jesus de blasfêmia porque ele dizia ser igual a Deus, o que, a seu
ver, rebaixava Deus. Eles usaram a acusação de blasfêmia para virar o povo contra Jesus, porque
a blasfêmia era um pecado sério que revoltava os judeus (João 10:31-33).
Blasfêmia tem perdão?
Sim, blasfêmia tem perdão, se a pessoa se arrepender. Deus não rejeita ninguém que se
arrepende. O único pecado imperdoável é a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mateus 12:30-32).
Quem comete esse pecado não se arrepende, porque o verdadeiro arrependimento só acontece
pela ação do Espírito Santo, que a pessoa rejeitou. Se você ama Deus, você não corre perigo de
cair nesse pecado.
O que é pecado original segundo a Bíblia
Opecado original é o que chamamos o primeiro pecado cometido por Adão e Eva, que separou a
humanidade de Deus. Todos nós somos pecadores por causa desse primeiro pecado. Mas Jesus
veio para nos libertar do pecado e restaurar nosso relacionamento com Deus.
Qual foi o pecado original
O pecado original foi quando Adão e Eva comeram o fruto da árvore do conhecimento do bem e
do mal, desobedecendo a Deus. Adão e Eva estavam no Éden e podiam comer a fruta de todas
as árvores menos essa, porque causaria sua morte. Mas a serpente (Satanás) disse que Deus
estava mentindo para eles, para que não se tornassem poderosos como Ele. Em vez de confiar
em Deus, Adão e Eva acreditaram na serpente e comeram. Aí descobriram que quem tinha
mentido foi a serpente, não Deus. Eles perderam a inocência e acabaram sendo expulsos do
jardim do Éden. - Gênesis 3
Quais foram as consequências do pecado original
Morte – a Bíblia diz que a consequência do pecado é a morte; ao cometerem esse primeiro
pecado, morreram primeiro espiritualmente e mais tarde fisicamente. Deus avisou que morreriam
e morreram mesmo (Romanos 6:23).
Separação de Deus – esse é o significado de morte espiritual. Antes, eles conversavam todos os
dias com Deus presencialmente. Mas depois do pecado eles perderam esse direito porque
estavam contaminados com o pecado.
Contaminação da terra – a terra ficou amaldiçoada com o pecado; já não era tudo bom, também
tinha maldade (Gênesis 3:17-19). O diabo ganhou poder na terra.
Sofrimento – tudo de bom vem de Deus, daí quando ficaram separados d'Ele, passaram a
conhecer o sofrimento (dor e dificuldade).
Natureza pecaminosa – Adão e Eva passaram e ter tendência para pecar. Isso significa que o
pecado se tornou em uma coisa natural para fazer e muito difícil de resistir. Mas ainda tinham
consciência que o pecado é errado e podiam escolher.
Por causa do pecado de Adão e Eva, toda a humanidade sofre essas consequências. A Bíblia diz
que somos todos pecadores, separados de Deus. Ninguém está sem pecado. Daí pecado original
também significa essa condição de toda a gente ter pecado.
A Bíblia não explica por que sofremos todos por causa desse primeiro pecado. Mas, assim como
através de Adão toda a gente ficou em pecado, pelo sacrifício de Jesus todos que querem podem
ficar livres do pecado e voltar a ter um relacionamento pessoal com Deus (Romanos 5:16-17). A
escolha é de cada um. A escolha é sua.
O que é pecado mortal?
Pecado mortal é pecado que leva à morte. A Bíblia fala algumas vezes sobre pecado que leva à
morte mas não explica o que é. Muitas pessoas acreditam que o pecado mortal causa morte
espiritual mas algumas pessoas acham que fala sobre morte física.
A Bíblia diz que todo pecado é mortal (Romanos 6:23). O pecado gera morte física e morte
espiritual (separação de Deus). Mas quem aceita Jesus como salvador ressuscita espiritualmente
(volta e ter comunhão com Deus) e um dia irá ressuscitar fisicamente, para morar no Céu.
Pecado mortal segundo a Igreja Católica
“Pecado mortal” é principalmente um conceito da Igreja Católica. De acordo com o
catolicismo, pecado mortal é um pecado grave cometido por uma pessoa que entende o que está
fazendo e que faz de livre vontade (porque quer cometer esse pecado). Mesmo se já tiver
aceitado Jesus como salvador, a pessoa que comete pecado mortal fica separada de Deus e vai
para o inferno, se não se arrepender.
A Bíblia diz que todo pecado é grave e leva à morte e ao inferno (Tiago 2:10). Mas Deus perdoa
todos os pecados de quem é salvo. Não é preciso ter medo de perder a salvação. Mas o salvo
que comete pecado sofre as consequências durante sua vida. Por isso, é importante pedir perdão
pelos pecados e se esforçar para não pecar mais.
Veja aqui: um cristão pode perder a salvação?
Crente pode cometer pecado mortal?
A Bíblia não diz se um crente pode cometer pecado mortal. Isso também depende da
definição de pecado mortal. O versículo principal que fala sobre pecado que leva à morte é 1 João
5:16 e há muito debate sobre o que significa:
Morte espiritual eterna
A morte espiritual é a separação eterna de Deus. Aqueles que morrem sem terem seus pecados
perdoados ficarão eternamente separados de Deus. Se é isso que o versículo significa, quem é
salvo não comete pecado mortal, porque a Bíblia diz que nada nos pode separar de Deus (1
João 2:1-2).
A Bíblia diz que todo pecado tem perdão, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo (Marcos
3:28-29). Se o pecado que leva à morte é pecado que não será perdoado (garantindo o inferno),
provavelmente é o mesmo que a blasfêmia contra o Espírito Santo. Quem comete esse pecado
não se arrepende, por isso não pode ser perdoado.
Veja também: o que é a blasfêmia contra o Espírito Santo?
Morte física
O pecado tem sempre consequências em nossas vidas. O castigo de alguns pecados é a
morte física. Isso aconteceu com Ananias e Safira, no tempo dos apóstolos (Atos dos Apóstolos
5:3-5). Algumas outras passagens da Bíblia também parecem indicar que a morte física é a
consequência de alguns pecados.
Se pecado mortal é pecado que é castigado com morte física, talvez seja possível o crente
cometer. Deus nos disciplina, para nosso próprio bem (1 Coríntios 11:32). Talvez, em alguns
casos quando alguém comete pecado sério sem se desviar, Deus decide que é melhor tirar sua
vida. Mas a Bíblia não diz que tipo de pecado merece esse tipo de castigo.
Nenhum argumento é perfeito. Poderemos não saber ao certo o que é pecado mortal mas a Bíblia
nos ensina que Deus nos ama e nos perdoa quando nos arrependemos. Basta pedir perdão
quando entendemos que cometemos pecado. Não precisamos ter medo.
No mundo tereis aflições: estudo bíblico
Osignificado da palavra aflição é tribulação, angústia, pressão, dilema. Ninguém está isento de
passar por aflições na vida tais como: doenças, lutas familiares, problemas econômicos e sociais,
políticos, etc., mas Jesus prometeu que sempre estaria conosco, mesmo em meio às aflições.
Somente em Cristo e na paz que vem Dele podemos aprender a passar por aflições sem ficarmos
ansiosos, preocupados, inseguros ou com medo. A vitória de Cristo sobre a morte superou tudo e
por isso nossa fé Nele muda nossa maneira de superar as aflições quando elas vierem.
Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom
ânimo, eu venci o mundo.
João 16:33
Jesus conhece nossas aflições
A paz que Jesus nos dá não é algo que cabe na nossa mente. Está além da compreensão
humana. Não é feita por homens, é dom do Senhor. A esta paz devemos nos agarrar e descansar,
para assim confiarmos em Jesus, no meio das aflições.
Certamente você já passou por algum tipo de aflição ou está passando, mas você não vai perecer.
Jesus disse para seguir firme, focado Nele, pois Ele venceu o mundo e Ele nos deixa uma
orientação de como nós também podemos vencer, com o bom ânimo, determinação, coragem, fé
na Sua Palavra.

1 João 5:4 diz: Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence
o mundo, a nossa fé. Portanto, fé em Cristo e na Palavra de Deus.
Vivemos num mundo com situações diárias que nos afligem assim como afligiram também
homens e mulheres no passado. Mas Deus sabe por onde vamos. E, às vezes, vamos ter mesmo
que passar pelo “vale da sombra e da morte”. Entretanto, não vamos sozinhos, Ele vai com a
gente. (Salmos 23:4).
Você também pode querer saber sobre: Vale da sombra da morte
Ele não nos deixa, pois, ao passarmos por algum tipo de tribulação, nosso modo de encarar seja
diferente e, também possamos lembrar das palavras do salmista:
"Exultarei com grande alegria por teu amor, pois viste a minha aflição e conheceste a angústia da
minha alma”.
Salmos 31:7
Se olharmos para o Salmo 31, temos uma prova que Deus conhece nossa aflição. Davi estava
rodeado de conspirações malignas e tudo, aparentemente, estava indo mal para ele. Pessoas
mais próximas dele queriam se afastar para não serem vistas com ele (Salmos 31:13).
Davi sabia no seu coração que Deus conhecia a sua aflição, por isso ele se alegrava na bondade
do Senhor e o destaque aqui é a confiança de Davi em Deus, por mais difícil que a situação
estava.
Os justos clamam, o Senhor os ouve e os livra de todas as suas tribulações.
Salmos 34:17
Por que o cristão passa por aflições?
A causa das tribulações e aflições na vida é devido ao pecado original cometido por Adão e Eva,
que separou a humanidade de Deus. Todos nós sofremos e somos pecadores por causa desse
primeiro pecado, mas Jesus nos libertou e restaurou nosso relacionamento com o Senhor.
Na Bíblia temos algumas ilustrações a respeito de pessoas justas que passaram por
aflições. Salmos 34:19 diz “muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas”. O
salmista compartilha as aflições da vida, em diversas áreas, mas ele tem a confiança e convicção
que o Senhor livra o justo de todas elas.
As aflições são temporárias
Jesus venceu o mundo, venceu a morte, pagou o preço por nós cancelando assim a dívida do
pecado e abrindo o caminho para nós da salvação e vida eterna. As aflições que passamos neste
mundo são passageiras e não há nada que vai nos separar do amor de Deus (Romanos 8:39).

Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente


estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão
produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles.
2 Coríntios 4:16-17
Aqui estão algumas promessas do Senhor para todo aquele que tem sua fé firmada e confia
plenamente em Cristo:
participar da árvore da vida (Apocalipse 2:7)
assentar no trono (Apocalipse 3:21)
quem vencer herdará todas as coisas (Apocalipse 21:7)
toda lágrima será limpa dos nossos olhos (Apocalipse 21:4)
Como manter o bom ânimo?
Temos muitas histórias bíblicas de lutas e sofrimento, guerras, mas temos também muitas
histórias de milagres, livramentos, esperança.
Um exemplo de manter o bom ânimo foi certamente Davi. Ele, por muitas vezes, analisou sua
alma e acalmou-a. Davi aprendeu a confiar e entregar tudo ao Senhor, confiando em Suas
promessas, na Sua Palavra.
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois
ainda o louvarei pela salvação da sua face.
Samos 42:5
Podemos manter o bom ânimo quando nos lembramos que fomos amados primeiro, que o Senhor
é gracioso, deu Seu único Filho em nosso favor e tem interesse pela nossa vida. Nossa força vem
do Senhor.
Portanto, sabemos que as aflições deste mundo (fome, perseguição, lutas, doenças) são uma
realidade, entretanto, não esqueçamos que são passageiras e que o Senhor sempre tem o melhor
para nós.
Temos a promessa do Senhor que não estamos sozinhos. “eis que eu estou convosco todos os
dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mateus 28:20).
A aflição é certa, mas devemos entregar tudo nas mãos do Senhor. Ele nos tem nas palmas de
Suas mãos (Isaías 49:16) e nos lembremos das palavras do apóstolo Paulo:
Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas
diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
Filipenses 4:6-7
O que significa "o mundo jaz no Maligno"?
Podemos encontrar esta expressão “o mundo jaz no maligno” em 1 João 5:19. A Bíblia ensina que
o “mundo jaz no Maligno” porque todos que vivem no pecado, separados de Deus, estão
debaixo da escravidão do diabo. Por causa do pecado, o mundo está contaminado pelo mal.
Mas o diabo não tem poder absoluto sobre o mundo, porque Deus continua sendo soberano
sobre todas as coisas. Somente podemos ficar livres do poder do diabo e do pecado através de
Jesus.
1 João 5:18-19 ensina que todos aqueles que são salvos pertencem a Deus, mas o resto do
mundo está debaixo do poder do Maligno. Só há duas opções: ou pertencemos a Deus, ou
pertencemos ao diabo. Quem vive no pecado, sem ser salvo por Jesus, está debaixo do domínio
do diabo (1 João 3:8).

O que significa jaz e maligno?


O apóstolo João está dizendo que, por causa do pecado original, o primeiro pecado, de Adão, que
todos nós, seres humanos, nascemos com este DNA gerado pelo pecado original. Nascemos,
portanto, espiritualmente mortos, precisando de um antídoto para curar isto. O Senhor, pelo Seu
grande amor pela humanidade, deu Seu único Filho, Jesus, que foi e é a cura (João 1:12-13; João
3:16!
Como é o amor de Deus por nós?
Tudo isto leva ao “mundo jaz no maligno”, pois o mundo está repleto de pessoas que não
conhecem a Jesus, não se arrependeram, não confessaram Seu nome.
Assim entendemos que o mundo está cheio de rebeldia contra o Senhor, incredulidade, orgulho,
egoísmo, corrompendo assim, todos que ainda não obtiveram ou quiseram a cura.
Encontramos palavras semelhantes para o significado de “jaz”, como estar no chão, estar deitado,
estar morto, imóvel, sepultado. Como vimos anteriormente, isto pode nos levar a compreensão de
que, por causa do pecado original, o mundo está “estendido ao chão”, imóvel, morto
espiritualmente.
Nesta perspectiva, se o mundo não se “curou”, com Jesus, portanto, está com DNA corrompido,
só existem trevas, escuridão, sofrimento por causa do primeiro pecado.
Conforme o apóstolo João bem nos avisa, que fora de Cristo, então, há o maligno, o pai da
mentira e quem não está com Cristo, está com o maligno (João 8:44).
O poder do diabo sobre o mundo
A Bíblia chama o diabo de “o príncipe deste mundo”. Seu domínio não é o inferno, mas todo lugar
onde o pecado reina. O pecado é rebelião contra Deus, que é o rei legítimo sobre toda a criação,
e o diabo é o líder da rebelião. Quando vivemos no pecado, rejeitamos Deus como nosso rei e nos
tornamos escravos do diabo (Efésios 2:1-2). Por causa disso, o diabo tem poder sobre nosso
mundo.
No entanto, isso não significa que o diabo tem poder absoluto sobre o mundo. Deus continua
sendo o rei supremo sobre toda a criação. Ele permite que o diabo reine por um tempo sobre
todos que vivem no pecado, mas Deus tem sempre a última palavra. O mundo jaz no Maligno,
mas Deus é maior que os dois.
A proteção para os nascidos de Deus
O mundo está debaixo do poder do diabo, mas quem é salvo não está. Quando uma pessoa é
salva por Jesus, nasce de novo e tem uma vida diferente, vinda de Deus, livre do pecado. Por
isso, não precisamos ter medo do diabo. Deus está nos protegendo.
Veja também: o que a Bíblia fala sobre a proteção de Deus?
Nascer de Deus significa mudar de vida. Quem é salvo não vive mais para o pecado, mas vive
para Deus. O poder do diabo sobre sua vida foi removido, porque agora pertence a Deus. O diabo
ainda vai nos atacar, mas já não domina sobre nós (Efésios 6:10-11). Pelo poder de Jesus,
podemos combater o diabo, vencer a tentação e viver uma vida livre do reinado do pecado. E,
quando cometemos algum pecado, podemos pedir perdão a Deus e encontrar força nele para
lutar contra a velha natureza. O amor de Deus nos transforma e protege da destruição do inimigo.
O que a Bíblia fala sobre a proteção de Deus?
ABíblia diz que Deus protege aqueles que se refugiam nele. Quem ama a Deus não precisa
ter medo porque está do seu lado. A proteção de Deus nos dá segurança completa.
Podemos confiar completamente na proteção de Deus porque Ele nos ama. Deus se preocupa
com cada detalhe de nossas vidas (Mateus 10:29-31). Quando nos entregamos a Deus,
colocamos nossas vidas debaixo de sua orientação e proteção. Deus tem todo poder, Ele pode
nos proteger de tudo!
Precisamos confiar na proteção divina. Quando nos esquecemos de Deus e buscamos refúgio em
outras coisas, essas coisas vão nos falhar. Somente Deus pode nos dar verdadeira
proteção (Salmos 20:7-8). Por isso, é importante pedir Sua ajuda nos momentos de dificuldade.
Deus nos dá proteção para as várias áreas da vida:
Proteção espiritual
Essa é a grande área que precisa de mais proteção em nossas vidas. Deus protege aqueles que
O amam dos ataques do inimigo, dando segurança na salvação. Nossa grande luta é contra as
tentações e os ataques do diabo, que tenta destruir nossa relação com Deus (Efésios 6:11-12).
Para nos proteger, Deus nos fornece “armadura espiritual”, um conjunto de coisas, como a fé, a
justiça e a verdade, que nos ajudam a defender-nos do inimigo. Nosso trabalho é usar a armadura
de Deus e confiar em Deus para nos proteger espiritualmente.
Veja aqui: o que é a armadura de Deus?
Proteção da mente
Nossos pensamentos e nossas emoções são muito vulneráveis e podem sofrer com as
experiências da vida. Deus não tira todo sofrimento de nossas vidas mas Ele nos consola e ajuda
a superar as dificuldades. Quando confiamos nele, Deus protege nossas mentes de muitas
coisas destrutivas.
Deus protege nossas mentes através de Sua Palavra: a Bíblia. Nela, encontramos proteção contra
muitas mentiras e muitos pensamentos destrutivos. Precisamos ler a Bíblia e pensar nela para
recebermos a proteção de Deus (Filipenses 4:7-8). Os pensamentos de Deus guardam nossas
mentes.
Veja também: o que a Bíblia fala sobre os sentimentos?
Proteção física
Quando pomos o Reino de Deus em primeiro lugar, Deus promete nos dar aquilo que
precisamos para sobreviver. Ele nos ajuda a encontrar as coisas básicas da vida, por isso não
precisamos ter medo do amanhã (Mateus 6:31-33).
Deus nem sempre garante proteção de todos os perigos. Muitos cristãos sofrem e até são mortos
por causa de sua fé em Jesus! No entanto, Deus cuida de cada um e dá coragem para enfrentar
tudo e alcançar a glória maior do Céu. Por vezes, Deus também faz grandes milagres e salva das
mãos dos inimigos.
O que a Bíblia fala sobre os sentimentos?
ABíblia fala que precisamos aprender a lidar com os sentimentos de forma saudável. Deus nos
criou com sentimentos e emoções. Dependendo de como lidamos com eles, os sentimentos
podem ser bons ou ruins.
Para que servem os sentimentos?
Os sentimentos dão cor à nossa vida. Eles moldam nossa personalidade e dão significado às
nossas experiências. As emoções ajudam a distinguir o certo do errado, o bom do ruim, aquilo que
gostamos do que não gostamos... Também nos ajudam a ser criativos e a nos conectar com
outras pessoas.
Deus tem sentimentos. Ele sente alegria, tristeza, satisfação, ira... Nossos sentimentos são parte
de sermos criados à imagem e semelhança de Deus. Ele nos deu emoções como uma bênção.
Veja aqui: o que significa ser criado à imagem e semelhança de Deus?
Mas, como tudo na vida, nossos sentimentos são afetados pelo pecado. O pecado distorce tudo
que Deus criou para ser bom. Por causa disso, nossos sentimentos podem nos enganar, prender,
desviar do caminho certo e causar muito sofrimento (Jeremias 17:9).
Como lidar com os sentimentos?
Para lidar bem com os sentimentos, precisamos conhecer a verdade da Palavra de Deus (João
17:17). É importante reconhecer os sentimentos por aquilo que são – sentimentos. As emoções
são reais mas nem sempre dizem a verdade. Devemos analisar nossos sentimentos à luz da
Bíblia, para ver se estão certos ou errados.
Não precisamos ser controlados pelos nossos sentimentos. Devemos submeter nossos
sentimentos a Deus (2 Coríntios 10:5). Mesmo quando nossos sentimentos dizem algo diferente,
devemos escolher acreditar em Deus. Podemos mudar nossos sentimentos (Romanos 12:2).
É importante evitar extremos. Não é bom deixar as emoções se descontrolarem mas também não
é bom reprimir e ignorar o que estamos sentindo. A solução é analisar os sentimentos, para
entender as causas e ver se estão de acordo com a Bíblia. Por exemplo:
Culpa – Qual é a razão do sentimento de culpa? Se é um pecado, devo me arrepender, pedir
perdão a Deus e acreditar que Ele perdoou. Se não é por causa de um pecado ou se for por um
pecado já confessado, é um engano do diabo para me destruir e devo rejeitar a culpa e declarar a
graça de Deus em minha vida – 1 João 1:9
Tristeza – Por que estou triste? Quando é por razões naturais (perda, dor, doença, sofrimento),
preciso me dar algum tempo para expressar essa tristeza, acreditando que Deus vai trazer
consolação. Se é por pecado, preciso pedir perdão e mudar o que estou fazendo. Se não tem boa
razão ou a tristeza está durando muito tempo, preciso rejeitar a tristeza - veja aqui: o que fazer
para deixar de ficar triste?
Alegria – De onde vem minha alegria? Se vem de coisas boas, devo lembrar de agradecer a
Deus, louvando-O com esse sentimento (Filipenses 4:4). Posso até partilhar essa alegria com
alguém. Mas se me estou alegrando com coisas ruins, como o sofrimento de outra pessoa, isso
não é bom. Preciso mudar de atitude – Provérbios 24:17-18
Veja também: como posso ser mais feliz?
Quando lidamos bem com nossos sentimentos, eles nos ajudam a viver de maneira
melhor. Debaixo da orientação de Deus, analisar os sentimentos pode ajudar a reconhecer e
resolver problemas e a aumentar nossa intimidade com Deus.
Deus
O que significa ser criado à imagem e semelhança de Deus
Ser criado à imagem e semelhança de Deus significa que somos parecidos com Deus. Cada
pessoa reflete um pouco as características de Deus. Os salvos também se tornam semelhantes a
Cristo.
“Imagem” e “semelhança” significam a mesma coisa: parecença. Nós fomos criados parecidos
com Deus (Gênesis 1:26-27). Isso não significa que Deus tem um corpo como o nosso. Deus é
espírito. Nossos corpos mostram nossa parecença com as outras criaturas de Deus.
Mas nós temos outras características que são parecidas com Deus:
Pensamento racional – o ser humano é a única criatura que consegue falar e se expressar de
forma racional, não sendo governado apenas por impulsos instintivos; Deus também pensa e usa
a razão
Capacidade de escolha – podemos escolher entre o bem e o mal; tal como Deus, temos liberdade
para decidir
Amor – nós podemos amar porque Deus é amor
Criatividade – Deus criou o mundo e também nos deu capacidade para criar coisas novas, usando
a imaginação; nossa criatividade reflete a criatividade de Deus
Emoções – Deus também tem emoções, como alegria e tristeza
Noção de justiça e moralidade – todos temos capacidade para avaliar o que é bom e o que é mau;
nossa consciência reflete a justiça de Deus
Ser imagem e semelhança de Deus não significa que somos iguais a Deus. Somos como uma
sombra de Deus: somos parecidos, mas Ele é muito maior e mais complexo. Nossa existência
depende de Deus.
Todas as pessoas refletem as características de Deus. Por isso, cada vida humana é
preciosa (Gênesis 9:6). Mas quando o pecado entrou no mundo, corrompeu essa imagem. O
diabo quer destruir a imagem de Deus em nossas vidas.
A imagem de Cristo
Jesus foi a imagem perfeita de Deus na terra, sem pecado, porque ele é o Filho de Deus
(Colossenses 1:15-16). Quem aceita Jesus como seu salvador se torna filho de Deus. Todo filho é
parecido com seu pai.
O Espírito Santo trabalha na vida de cada crente, ajudando-o a vencer o pecado, para o tornar
mais como Cristo (Romanos 8:29). Quando deixa o Espírito Santo agir, o crente se torna um
exemplo do amor de Jesus.
Por que Deus criou o homem?
Deus criou o homem para a Sua glória (Isaías 43:7). Ele é a Sua imagem e glória (1 Coríntios
11:7). Deus não precisava mostrar a Sua glória ao homem, pois Ele já a tem e ninguém a pode
tirar.
Além do homem ser criado para a Sua glória, a Bíblia não diz se há mais outros propósitos pelos
quais Deus o criou . Porém, Ele criou-o a Sua imagem, conforme a Sua semelhança, sendo o
homem único (Génesis 1:26). Tudo foi criado por ele e para Ele, conforme a Sua vontade (Atos
17:24-26; Colossenses 1:16).
Criado para Si, o homem e Deus tinham um relacionamento. Ele lhe deu uma grande
responsabilidade: cuidar da Sua criação, dar nomes aos animais e cultivar a terra.
Infelizmente, o homem pecou, desobedeceu a uma ordem dada por Deus, quebrou a comunhão
que eles tinham. O que o homem era e fazia para O glorificar, foi corrompido pelo pecado.
O que Deus fez para que a Sua criação voltasse a glorificá-Lo?
Deus viu que o homem por si só, nunca voltaria a glorificá-lo, e não teriam mais um
relacionamento com Ele (Romanos 5:10). Tudo nele foi corrompido, e não havia nenhum homem
justo na terra que fazia o bem (Romanos 3:9-12). Por isso, Deus enviou o Seu único Filho, Jesus,
para morrer na cruz pelo pecado do homem, para que este voltasse a glorifica-Lo como
Deus (Romanos 1:21).
Sendo criado para a Sua glória, o que o homem deve fazer?
Reconhecer o seu pecado e receber a dádiva da salvação, por meio do sacrifício de Jesus Cristo
na cruz.
Reconhecer e glorificar a Deus em todos os seus caminhos.
Guardar os Seus mandamentos.
Viver de maneira santa, digna e irrepreensível.
Como posso ser mais feliz? 3 passos
Para ser mais feliz você precisa de Jesus. A verdadeira felicidade vem de uma vida guiada por
Jesus. Mesmo as pessoas mais felizes passam por tempos de tristeza mas a alegria de Deus
ajuda a superar essas fases.
A Bíblia mostra três coisas que você pode fazer para ser mais feliz:
1. Focar em Deus
Toda verdadeira felicidade vem de Deus. Ele lhe ama e enviou Seu Filho para lhe salvar do
pecado! (Salmos 32:1-2) Se você ama Jesus e o aceitou como seu salvador, a Bíblia está cheia
de promessas de Deus para sua felicidade:
Você é salvo – Jesus lhe livrou da condenação e do castigo eterno do pecado!
Há esperança em Jesus – a tristeza e o sofrimento não vão durar para sempre, um dia Deus vai
restaurar toda a alegria
Deus dá vida eterna – no Céu não haverá mais tristeza nem sofrimento
Jesus está com você – o Deus Todo-Poderoso, cheio de amor, nunca lhe vai abandonar, mesmo
na tristeza!
Quando você está em baixo, você pode se lembrar dessas promessas. A tristeza vai e vem mas
Deus promete felicidade eterna! E você pode começar a sentir essa alegria hoje, com esperança
(Salmos 34:8).
Veja também: 4 promessas de Deus para te ajudar a vencer a depressão.
2. Analisar sua vida
A felicidade também depende de sua atitude. Deus quer que você seja feliz mas existem algumas
coisas que podem diminuir sua felicidade:
Ingratidão – um segredo muito importante para ser feliz é lembrar das bênçãos de Deus e
agradecer por elas – Salmos 92:1-2
Pensamentos ruins – se você só pensa nas coisas ruins do mundo, não será feliz! Lembre-se das
coisas boas, nobres, puras e agradáveis do mundo – Filipenses 4:8
Pecado – a culpa e as consequências do pecado trazem infelicidade; se você tem pecado,
confesse para Deus e peça Sua ajuda para viver de maneira correta
Inveja – a falta de contentamento tira a felicidade; aprenda a desfrutar das bênçãos que você tem;
o contentamento traz felicidade
Falta de comunhão com Deus – passar tempo com Deus, lendo a Bíblia e orando, ajuda a ver o
que realmente é importante e traz paz
Acreditar em mentiras – o diabo tenta tirar sua felicidade com mentiras; para se libertar dessas
mentiras, você precisa conhecer a Bíblia
A Bíblia diz que você pode renovar sua mente, mudando seus pensamentos (Romanos 12:2).
Quando você renova sua mente para focar mais nas coisas de Deus, você encontra uma
felicidade mais profunda.
Veja aqui: o que fazer para deixar de ficar triste?
3. Amar o próximo
A felicidade precisa ser partilhada para crescer! A Bíblia diz que há mais felicidade em dar que
receber (Atos dos Apóstolos 20:35). Não guarde a alegria só para si. Alegre as pessoas à sua
volta, dê amor e carinho. Aprenda a ficar feliz com a felicidade dos outros. A felicidade mais
profunda vem quando você para de pensar só em si e investe na felicidade dos outros.
Como deixar de estar triste segundo a Bíblia
Averdadeira alegria vem de Deus. Por isso, para deixar a tristeza, você precisa de mais de Deus
(Filipenses 4:4). A tristeza faz parte da vida, mas não precisa durar para sempre.
Você não pode evitar toda tristeza, mas com a ajuda de Jesus, você pode superar a tristeza e
encontrar alegria novamente. Em Jesus você tem a esperança de uma vida plena (João 10:10).
Para deixar de ficar triste:
Procure a razão da tristeza
Não é bom ignorar a tristeza. Esse sentimento é um sintoma que algo não está bem. A tristeza
pode ser causada por muitas coisas diferentes: doença, estresse, desilusões, decisões erradas, a
perda de alguém querido... É importante chegar à raiz do problema.
A tristeza pode ser sinal que algo precisa ser mudado (2 Coríntios 7:10-11). Deus pode usar a
tristeza para levar à ação, corrigir crenças erradas, mudar sua vida e aprofundar seu
relacionamento com Ele.
Conte para Deus
Você pode ser completamente honesto com Deus. Não precisa fingir que está tudo bem. Muitos
salmos na Bíblia descrevem toda a tristeza de quem as escreveu. Quando você se abre para
Deus, você reconhece que tem um problema e precisa de Sua ajuda (1 Pedro 5:7).
A Bíblia diz que quem se sente triste deve orar (Tiago 5:13). Apenas Deus tem o consolo que
você precisa. Orar ajuda a focar em Deus e a aprofundar seu relacionamento com Ele.
Pense em coisas boas
O mundo não é feito só de coisas ruins. Reconhecer a tristeza e levar para Deus é importante,
mas você não pode focar apenas na tristeza o tempo todo. Procure coisas boas pelas quais
você pode agradecer a Deus (Filipenses 4:8). Pensar em coisas boas e agradecer por elas põe
os problemas em perspectiva e aumenta a felicidade.
A Bíblia diz que você pode renovar sua mente (Romanos 12:2). Muitas vezes você se sente triste
porque criou o hábito de ver apenas as coisas negativas. De início pode ser difícil pensar em
coisas boas, mas se você criar esse novo hábito, fica mais fácil com o tempo.
Leia a Bíblia
A Bíblia é a Palavra de Deus. Nela você pode encontrar as palavras que você precisa ouvir para
deixar de ficar triste. A Bíblia tem muitos exemplos de pessoas que superaram a tristeza com a
ajuda de Deus, mesmo em situações muito difíceis.
Sua tristeza também pode ser consequência de mentiras em que você acredita (por exemplo, “não
sou amado”, ou “não presto”). Na Bíblia você encontra a verdade, que liberta (João 8:32).
Não se isole
Você não está sozinho. Todos passam por tristeza na vida, por alguma razão. Outras pessoas
podem não entender sua situação, mas entendem o que é sentir tristeza e solidão. Na igreja você
pode encontrar pessoas que podem lhe aconselhar, encorajar e alegrar (Hebreus 10:25).
Quando você convive com pessoas alegres, isso ajuda a mudar sua perspectiva e a deixar de
ficar triste.
O que a bíblia fala sobre tristeza
Na Bíblia Deus diz que a tristeza é passageira, não dura para sempre (Salmos 30:5). Deus
também sente tristeza (Jesus chorou) e se compadece de quem está triste. Haverá um tempo,
quando formos morar no Céu, em que não haverá mais dor, choro nem tristeza.
A tristeza é um sentimento que faz parte da vida de toda a gente mas ninguém gosta de sentir. Na
Bíblia encontramos muitos casos de pessoas contando suas tristezas a Deus (até há um livro
inteiro chamado Lamentações). Eles não negavam os seus sentimentos mas eram honestos e
pediam Sua ajudar para ultrapassar essas fases. Independentemente das causas, Deus está lá
para nos consolar nos tempos tristes.
Em Eclesiastes 3:1-4 vemos que há um tempo para tudo, incluindo a tristeza. Isso também implica
que a tristeza passa. Algumas vezes dura mais, outras menos, mas não é para sempre. Por isso,
não é preciso desesperar. Deus promete devolver a alegria a quem confia n'Ele e espera com
paciência (Salmos 40:1-3).
Todo crente tem esta esperança: um dia vamos morar no Céu com Deus, onde não haverá mais
tristeza nem choro (Apocalipse 21:4). E, enquanto estamos aqui na terra, temos de lembrar que
Deus faz tudo, até os momentos de tristeza, resultar para nosso bem (Romanos 8:28).
Como posso deixar a tristeza?
Se sua tristeza dura há muito tempo, não é bom. Ficar sempre triste é uma doença chamada de
depressão (Salmos 31:9). Daí você precisa de sair disso:
Peça ajuda a Deus para voltar a ter alegria (Salmos 51:12).
Procure o apoio de irmãos e líderes, não se isole (1 Tessalonicenses 5:14).
Não desespere – acredite que vai passar (Salmos 42:11).
Agradeça a Deus pelas coisas boas, por mais pequenas que sejam (Colossenses 4:2).
Leia a Bíblia, ore e procure ouvir a Deus (Tiago 5:13).
Como orar a Deus segundo a Bíblia
Devemos orar com fé, adorando a Deus, usando nossas próprias palavras, confessando nosso
pecado, com coração grato e entregando tudo nas mãos de Deus.
Não existe uma única forma de orar corretamente, mas a Bíblia mostra 7 princípios que ensinam
como orar a Deus:
Acreditar que Deus ouve sua oração
Dizer coisas boas sobre Deus
Usar suas próprias palavras
Confessar seus pecados e pedir perdão
Dizer a Deus que confia nele qualquer que seja a resposta
Dizer obrigado pelas coisas boas na sua vida
Orar dizendo "em nome de Jesus"
Passo 1. Acredite que Deus vai ouvir
Antes de começar, lembre que Deus nos ama e ouve todas as nossas orações. Ele tem todo o
poder e quer o melhor para nós. Quando oramos, precisamos crer nisso. Quem tem fé verá a
resposta de Deus (Mateus 21:22).
Passo 2. Comece dizendo coisas boas sobre Deus
De uma forma simples, diga a Deus que reconhece que ele é Deus Todo-Poderoso, que Ele é o
Rei, e tudo depende dele. Isso é adorar a Deus. Por exemplo:
Senhor, Tu és Rei
Meu Pai, Tu és bom
Meu Deus, eu te adoro porque Tu controlas todo o universo
Deus, tu és grande e poderoso
Passo 3. Peça a Deus usando suas próprias palavras
Não use fórmulas ou orações decoradas. Faça seus pedidos a Deus com fé e simplicidade. Ele
nos conhece e nos ama como somos, não vai ficar impressionado se falarmos difícil. Conte a ele
como está sentindo. Converse com Ele. Algumas coisas que você pode dizer a Deus com suas
próprias palavras:
Me ajude a conseguir um emprego, Senhor
Pai, cura a minha irmã doente
Meu Deus, por que estou tão triste? Preciso de Ti
Senhor, preciso passar na prova, me ajuda
Pai, o que vai ser de mim agora? Me ajuda
Passo 4. Confesse e peça perdão por seus pecados
Seja transparente com Deus. Ele já sabe todas as coisas mas quer ouvir o seu coração
arrependido. Diga a Deus o que você fez, e peça perdão. Por exemplo:
Eu menti. Me perdoe Senhor!
Senhor, preciso do Teu perdão. Eu copiei na prova
Pai, pensei coisas erradas, perdoa-me
Meu Deus, falhei novamente, perdoa meu pecado
Passo 5. Entregue nas mãos de Deus
Jesus nos ensinou a dizer "Seja feita a Tua vontade". Isto significa que na sua oração é
importante que você reconheça que Deus está no controle. Diga, por exemplo:
Senhor, quero que estas coisas aconteçam, mas sei que Tu és Deus e sabes o que é melhor para
mim
Preciso disto, Senhor, mas faz como achares melhor. Confio em Ti
Estou desesperado por uma resposta, Senhor. Mas mesmo que não aconteça, sei que me amas e
algo melhor virá
Pai, se o que estou pedido não é o melhor para mim, que seja como Tu queres
Passo 6. Agradeça pelas coisas boas
Orar não é só fazer pedidos a Deus. É bom sempre agradecer na oração por aquilo que Deus tem
feito por você. Pense em coisas boas e agradeça a Deus por elas (1 Tessalonicenses 5:18).
Passo 7. Diga "em nome de Jesus"
Não é uma fórmula mágica, mas terminar a sua oração com "em nome de Jesus" pode te ajudar a
lembrar que é graças a Jesus que podemos orar com confiança ao Pai. Jesus nos ensinou a pedir
tudo em Seu nome. Nem precisa ser no final. Mas lembre: a oração que Deus ouve só é possível
graças a Jesus.
Não ore só quando precisa, continue orando
Oração não deve ser algo que acontece de vez quando, só na hora do aperto. Orações poderosas
normalmente vêm de um estilo de vida de oração. Ore a Deus todos os dias. Várias vezes ao dia.
Converse com Deus. Ele está ansioso por passar tempo com você. Sua fé vai aumentar e sua
vida vai mudar.
Se você quer orar cada vez melhor, peça a Deus. A Bíblia diz que podemos pedir a Deus para nos
ensinar como orar e Ele responde (Romanos 8:26). Ore a Deus dizendo: Senhor, como devo orar?
Leia a oração do Pai Nosso, por exemplo, e peça a Deus para te ajudar a orar mais como Jesus.
Não use como uma fórmula para repetir, mas como exemplo de como falar com Deus:
"Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua
vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas
dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas
livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém".
Podemos orar de muitas formas diferentes, não há regras rígidas sobre como orar. Orar é falar
com Deus. A oração não precisa ser bonita nem comprida para ser ouvida.
Quando orar?
A Bíblia diz que devemos orar em todo o tempo (1 Tessalonicenses 5:17). Podemos orar a Deus
em qualquer altura e em qualquer lugar. Deus ouve sempre nossas orações, não importa onde
estamos. Mas é bom também tirar um tempo para orar sozinho com Deus. É como ter uma
conversa mais íntima com um amigo, sem distrações. Jesus procurava sempre ter um tempo a
sós para orar (Lucas 5:16).
Podemos orar sozinhos ou em grupo. O mais importante é o relacionamento com Deus, não o que
outras pessoas vão pensar. Não é uma atuação para impressionar, é uma conversa honesta com
Deus. Também não é uma repetição constante de palavras mágicas para fazer uma coisa
acontecer. Podemos repetir nossas orações a Deus mas não devemos deixar a oração cair em
uma lengalenga sem significado (Mateus 6:5-8).
Como vencer o desânimo na Bíblia: 7 passos
Odesânimo pode ser vencido mediante a fé e a decisão firme do coração de mudar de
atitude diante das circunstâncias da vida. Jesus disse para termos "bom ânimo" mesmo
passando por aflições, porque Ele venceu o mundo (João 16:33).
As dificuldades da vida às vezes pressionam tanto que podem até nos deixar sem fôlego... O
desânimo é isso mesmo: aquele estado de prostração, de indisposição, falta de vigor, ou mesmo
um desapreço pela vida. É uma condição de abatimento, tédio, amargura ou preguiça pela qual
normalmente todas as pessoas passam em algum momento. Mas a vitória de Cristo sobre tudo
deve nos encher de ânimo e disposição para seguirmos os Seus passos. Jesus venceu e com
Ele também vamos vencer!

Você sente-se desanimado? Com aquela "vontade de fazer nada" constantemente? Confira agora
algumas atitudes importantes para vencer esse problema:
1. Reconheça o seu estado “desanimado”
Ganhe consciência de que o desânimo pode tornar-se um mau hábito. Para mudar esse status
negativo, você precisa, antes de mais nada, reconhecer a sua condição. A sensação de apatia,
preguiça ou tédio constantes podem agravar e lhe tornar infrutífero espiritualmente e nos seus
afazeres diários. Num nível emocional, você poderá sentir esgotamento, ansiedade, tristeza,
procrastinação ou depressão. Fisicamente, você pode estar com algum problema orgânico
(alteração hormonal, deficiência de alguma vitamina, etc) ou apenas com preguiça, que te deixa
desmotivado para qualquer tipo de tarefa, trabalho ou atividade. Considere se alguma dessas
opções é o seu caso e decida sair dessa condição!
2. Avalie quais são as causas do seu desânimo
Esse é um importante passo de auto análise. Reconheça a origem dos sinais e decida pôr fim no
desânimo urgentemente! Quando desconhecemos as razões, fica difícil atacar a raiz do problema.
Procure descobrir o que o tem deixado desanimado ultimamente. O seu abatimento pode ser
advindo de diversos fatores: problemas financeiros, familiares/relacionamentos, profissionais,
doenças, sedentarismo, estresse, ou por causa de esfriamento espiritual. Analise se você tem
desenvolvido maus hábitos de alimentação, excesso de trabalho ou falta de descanso, por
exemplo.
3. Identificadas as causas, ataque-as com as armas que Deus te deu
A Bíblia provê resposta para cada uma das possíveis causas do desânimo. Por exemplo, para o
problema de:
Falta de motivação - Faça tudo como se fosse para Deus Colossenses 3:23-24
Problemas financeiros - Seja sábio ao administrar seu dinheiro e confie na provisão de Deus
(Filipenses 4:19)
Falta de descanso - Não se esqueça que descansar é bíblico, o próprio Deus deu-nos exemplo
(Êxodo 34:21)
Falta de fé - A fé vem pelo ouvir (ler, meditar, estudar) e conhecer a Palavra de Deus (Romanos
10:17)
Preguiça - A Bíblia adverte-nos sobre esse mal (Provérbio 6:6-11)
Insegurança - A confiança em Deus traz firme segurança ao coração Naum 1:7
Pouca produtividade - Deixe a inatividade e faça tudo o que Deus lhe permite (Eclesiastes 9:10)
Desperdiçar o tempo - Precisamos aproveitar o tempo de forma diligente (Efésios 5:16)
Falta de Oração e gratidão - Desenvolva comunhão diária com Deus 1 Tessalonicenses 5:17-18

Ainda não encontrou uma causa para a sua situação? Veja abaixo mais algumas possibilidades:
Problemas sentimentais - A área emocional é quase sempre a mais afetada, e quase sempre
tem a ver com expectativas frustradas. Ore e peça para Deus cuidar das suas emoções.
Desajustes emocionais podem colocar em desiquilíbrio todas as outras áreas da vida. Se tem ou
já teve problemas amorosos, relacionamentos rompidos, carência afetiva ou sofreu decepções
nessa área, talvez seja tempo de fazer uma pausa. A dor pode parecer incurável, mas Deus é
especialista em curar todas as dores humanas. Busque Nele a cura, Ele sabe reparar corações
partidos. Você tem valor e Jesus se importa com você... Entregue seu coração para o Senhor
cuidar. Encontre suficiência Nele para ser totalmente feliz. Se dê um tempo, para restaurar a sua
paz interior. Depois, deixe Deus lhe surpreender com o que virá...
Maus hábitos quanto ao cuidado do corpo - Você é muito precioso, por isso precisa de se
cuidar e estar atento aos sinais que o seu corpo lhe dá. Ele simplesmente pode estar lhe avisando
que você está chegando ao seu limite e que precisa de descansar e revitalizar. Precisamos
desenvolver bons hábitos diariamente para evitar que os maus hábitos se instalem e dominem.
Procure ajuda de um especialista - Caso não encontre nenhum razão "aparente" para o seu
desânimo, considere a possibilidade de buscar ajuda médica. Faça um check-up geral. Pode
haver alguma relação entre o seu estado de prostração e alguma alteração no seu estado de
saúde.
4. Reconheça a sua identidade em Cristo
Todo cristão sabe que a sua força não vem de si mesmo nem deve ser condicionada pelas
circunstâncias. Por isso, sempre que começar a se sentir desanimado ou sem forças diante de
algo, lembre-se que você é um filho Deus. A sua nova natureza, a partir de Jesus Cristo o torna
capacitado a vencer os obstáculos que se levantem à sua frente. Além disso, há outro fato
maravilhoso: O Espírito de Deus habita no seu coração, por causa dele você pode suportar todas
as dificuldades com bom ânimo. Veja algumas realidades importantes:
Você é amado por Deus! (1 João 3:1)
Deus te deu vida hoje e isso deve valer a pena.
Você foi salvo por Cristo para viver em novidade de vida.
A sua alegria e força vêm do Senhor! (Salmos 28:7)
Deixe o passado para trás! Você é uma nova criatura, as coisas velhas já passaram!
Enquanto você viver, Deus tem um propósito para sua vida.
Aproveite o tempo! Depois da morte já não haverá oportunidade de trabalhar, realizar, sorrir,
construir, amar... (Eclesiastes 9:10)
5. Revitalize a sua mente
Para uma mente saudável é preciso colocá-la em atividade:
Elabore bons pensamentos - Já dizia o velho ditado "mente vazia é oficina do Diabo". Encha
suas ideias com a Palavra de Deus (Colossenses 3:2)
Estude mais - "Há beleza em ser um eterno aprendiz!" Aprenda coisas novas. Pense mais
profundamente acerca das coisas - Deus, vida, morte, universo, ciência, cultura, arte etc.
Raciocine! Não seja um "Maria vai com as outras!" - tire suas próprias conclusões, pesquise,
avalie, elabore conceitos, descubra coisas novas.
Preste a Deus um culto racional - Ofereça a Deus a sua vida todos os dias. Mesmo que para
isso seja preciso esforçar-se mais, para seguir em frente (Romanos 12:1).
Renove a sua mente - Em (Romanos 12:2) a Bíblia ensina que devemos renovar o nosso
entendimento e não tomar a forma dos padrões do mundo. Torne a sua mente renovada na
Palavra de Deus.
6. Cuide do seu corpo!

Quem está desanimado tende a descuidar do corpo e praticar uma má alimentação, saltando
refeições ou compensando, comendo demais. Além disso, a preguiça também interfere no nosso
desempenho físico e nos cuidadas básicos com a higiene e estética.
Alimente-se bem - A má alimentação interfere diretamente no nosso desempenho diário, devido
a ausência ou pelo excesso de determinados nutrientes. Alguns alimentos podem afetar
diretamente o nosso organismo, inclusive nosso estado de humor. Por isso, escolha alimentos
mais saudáveis, coma moderadamente e beba mais água! Tome cuidado com os extremos:
comer de menos (dietas extravagantes!) ou "devorar" comidas que trazem conforto. Esse
desajuste pode colaborar para o seu desequilíbrio físico, emocional e espiritual.
Tenha um corpo saudável - Mexa-se e se esforce mais! Caminhe mais vezes, opte por subir e
descer escadas em vez de ir sempre de elevador. Busque ter uma vida ativa: se alongue pelas
manhãs, limpe a casa, dance, brinque com as crianças, pratique algum esporte ou faça exercícios
físicos regularmente.
Cuidado com o excesso de trabalho - O desgaste devido trabalho demasiado é outra causa de
problemas físicos, emocionais e familiares. O estresse, a pressão e cobranças exageradas no
emprego também causam desânimo, fadiga e tensão nas relações sociais. Um dos problemas
aqui envolvidos, pode estar relacionado com as muitas distrações a que estamos sujeitos
atualmente. A consulta frequente ao celular, notificações constantes das redes sociais e a
facilidade de acesso à informação, faz com que você perca facilmente o foco de atenção nas
tarefas que esteja desenvolvendo. Cuidado para que essa tendência não se torne um vício,
porque retornar à tarefa interrompida várias vezes demanda um gasto muito maior de energia e
concentração. O seu cansaço excessivo e baixa produtividade podem se originar exatamente do
excesso de distrações.
Cuide-se bem - A aparência não é tudo mas é importante! Mantenha cuidados pessoais diários
de higiene e beleza, mas sem excessos. Vista-se adequadamente para cada ocasião. Cause um
bom impacto com a sua presença nos ambientes, pela discrição, simpatia e bom ânimo. Procure
dormir bem diariamente e desenvolva o bom humor (Provérbios 15:13). Aprenda a gostar de si
mesmo.
Seja ativo - Há pessoas que só reagem ao que lhes acontece e isso não é bom. Faça a diferença:
procure estar disponível, assuma tarefas difíceis, pague o preço, trabalhe no anonimato, supere
expectativas, seja o primeiro a oferecer ajuda, doe-se a quem necessita.
Leia aqui o que a Bíblia diz sobre alimentação
7. Desenvolva emoções equilibradas
O cristão precisa ter as suas emoções tratadas por Deus. A falta de equilíbrio emocional também
pode gerar desânimo e tristeza. As perturbações emotivas começam a gerar sentimentos de
apatia, medo, inveja, ressentimentos e sofrimento... Todas essas emoções negativas causam
danos à sua saúde emocional e precisam ser removidas da sua vida:
Reconheça que Deus é a sua fonte de ânimo e contentamento!
Ouça a Palavra de Deus e obedeça! (Lucas 11:28)
Não se isole! A companhia das pessoas que amamos é importante! (Provérbios 17:17)
Deixe de estar apático ou ansioso. Deus cuida de de você!
Alegre-se! (Filipenses 4:4)
Pratique o perdão!
Saiba gerir sua ira e insatisfação! (Efésios 4:26)
Encontre o seu propósito como pessoa e dedique-se a isso para a Glória de Deus!
A instabilidade do coração é um grave problema (Tiago 1:7-8) e é capaz de desajustar todas as
outras áreas da vida. Caso se aperceba que as suas emoções estejam muito desequilibradas,
busque ajuda em Deus mas também de um especialista. Há tratamentos e terapias importantes
para ajudar casos de crises psicológicas e estados emocionais mais extremos.
Leia também: O cristão pode ir no psicólogo?
Exclua a falta de ânimo e coloque o seu coração aos cuidados de Deus. Viva com Cristo uma vida
que traz satisfação, confiança, serenidade, alegria, esperança e amor.
Deus: 10 coisas que você precisa saber sobre Deus, seu Criador

Denise Alves
 
Mestre em Literatura, licenciada em Pedagogia e Letras-Português e formanda em Teologia
Deus não cabe numa definição simplista. Precisaríamos de muitas palavras para tentar descreve-
Lo e ainda assim estaríamos sempre incompletos. Mas a Bíblia fala-nos de várias características e
qualidades do Senhor que nos ajudam a conhecê-lo melhor. Por isso destacamos 10 pontos
acerca de Deus, que lhe ajudarão a compreender melhor como a Bíblia descreve o nosso Deus:
Deus é Amor
Deus, o Criador
Deus se revela - permite ser conhecido
Deus é Todo-Poderoso (onipotente, onisciente e onipresente)
Deus é Triuno
Deus é o Senhor
Deus é Espírito
Deus é o Salvador
Deus é Santo
Deus é Justiça - o Justo Juiz
1. Deus é Amor
Na incontável lista de atributos de Deus, o AMOR mereceria estar no topo. Todo o propósito de
Deus relacionado à Sua ação e interação no universo, conjuga-se perfeitamente com o verbo
amar. A Bíblia nos diz que Ele não somente tem amor (incondicional e verdadeiro) por todos,
como Ele é o próprio amor:
Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo
aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.
- 1 João 4:16
Deus doa a si mesmo eternamente em benefício de todos. Esta autodoação se manifesta na
trindade e na sua relação de entrega, auto-sacrifício e misericórdia pela humanidade:
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer
não pereça, mas tenha a vida eterna.
- João 3:16
Também:
Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o
que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.
- 1 João 3:1
Portanto, se você deseja conhecer a Deus um pouco mais profundamente, comece por
desenvolver um relacionamento mais próximo Dele, aceitando o profundo amor que Ele lhe
oferece gratuitamente, por meio de Jesus Cristo. Este Amor de Deus tem muito pouco a ver com
as formas de amor que conhecemos atualmente. É o Amor incondicional e sem limites, que se
entrega, doa e perdoa. É incomparável, o Amor de Deus.
Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou,
- Efésios 2:4
2. Deus, o Criador do universo
Deus é o supremo Criador e sustentador de todas as coisas. Sendo assim, não há nada na
criação que se compare a Ele (incomparável - infinito, eterno, imutável e invisível, perfeito, santo).
Segundo a Bíblia, Deus criou todas as coisas, dando início a nossa história:
Será que você não sabe? Nunca ouviu falar? O Senhor é o Deus eterno, o Criador de toda a terra.
Ele não se cansa nem fica exausto, sua sabedoria é insondável.
Isaías 40:28
A existência do universo pressupõe a existência de "Alguém" superior com inteligência e poder
incomparáveis. Ao observarmos o universo, com todas as descobertas científicas dos últimos
tempos, é razoável de se presumir a existência de um Criador de soberana Inteligência e
poder, que arquitetou e gerou tudo pela Sua Excelência e vontade.
Se considerarmos honestamente a diversidade biológica encontrada no mundo natural, temos
também que considerar um Desenhador Inteligente por trás de tudo.
Este tem um propósito definido, revelando a Sua grandeza e glória. Toda a complexidade de
engenhos do mundo físico, como toda informação encontrada no código genético humano, por
exemplo, pressupõe um programador com poder criativo sem precedentes.
No livro 'Deus em questão', C.S.Lewis respondendo sobre se: "Haverá Alguém além do universo
que o tenha criado?" Lewis respondeu com um ressonante "sim". Lewis afirma que:
... o universo está cheio de "placas de sinalização", como o céu estrelado acima e a lei moral
dentro de nós" tudo apontando com clareza inconfundível para aquela Inteligência.
Os que discordam disso, firmam-se numa teoria ainda mais improvável como a hipótese do Big
Bang. Considerar que uma grande explosão tenha dado origem a tudo que conhecemos é como
acreditar que um catastrófico incêndio seria capaz de produzir uma gigantesca biblioteca com
bilhões de obras no seu acervo. Simplesmente impossível!
Deus Criador, sobre o qual a Bíblia descreve, fez todas as coisas visíveis e invisíveis, criou o
mundo material e espiritual. Por isso, nenhuma criatura, nem mesmo os anjos merecem
devoção. Somente o Deus Criador é digno de ser honrado e adorado. Todo o resto são
criaturas.
Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em
lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.
Romanos 1:25
Quem criou Deus?
Essa é uma pergunta que considera já de início que Deus foi criado. Que é um grande equívoco,
considerando toda a complexidade do Universo criado. Daí a distinção fundamental que a Bíblia
faz de todos os deuses das demais religiões e mitos. Deus é o Supremo Criador. Ele sempre
existiu, nunca foi criado:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (...)
Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
- João 1:1, 3
Ao considerar o Deus da Bíblia, precisamos ter consciência dessa distinção: criado X não criado.
Deus era Deus antes do início. Lennox no livro "Por que a ciência não consegue enterrar
Deus" considera que "Deus pertence à categoria de não criado":
Pois o Deus que criou e sustenta o Universo não foi criado - Ele é eterno. Ele não foi "feito" e,
portanto, não está sujeito às leis que a ciência descobriu; foi Ele quem criou o Universo com suas
leis. Na verdade esse fato constitui a distinção fundamental entre Deus e o Universo. O Universo
passou a existir, Deus não.
- Lennox, p. 257
Entendemos assim que o Deus Trino é superior a todas as coisas criadas, seres espirituais ou
materiais (astros, elementos da natureza, animais e seres humanos) e que não há nada nem
ninguém superior a Ele (Hebreus 6:13). O Verdadeiro Deus é supremo em absoluto, por isso
muito superior a todas as outras coisas em todo o universo.
3. Deus que se revela
Apesar de não ser totalmente compreensível na Sua essência pela mente humana, Deus,
transmitiu algum conhecimento de Si mesmo ao mundo. Através do que Ele criou e do que falou
(nos Escritos Sagrados), o Senhor se revela ao seu povo.
Essa "revelação" (do latim 'revelare') significa descobrir, desvelar, tirar o véu. Isto quer dizer que,
Deus trouxe luz àquilo que estava longe do nosso campo de visão natural e limitado.
Tentar compreender e explicar Deus é como tentar enxergar a olho nu e descrever, toda a
grandeza das galáxias do universo. Impossível! Deus é imensurável! Mas se tornou conhecível, na
medida em que nos é possível saber.
Ao longo da história da humanidade Deus se revelou aos homens através da Criação (história e
consciência moral universal) e através da Sua Palavra registrada e encarnada em Jesus Cristo
(revelação especial) - Salmos 19.
Revelação Geral
Há um entendimento geral, dado a todos, em todos os lugares e em todas as épocas acerca de
Deus. Essa revelação geral encontra-se impressa na:
Criação
História
Lei moral / consciência humana Romanos 2:14-15
Deus é o soberano Criador, como vimos acima. Ele é o Senhor da História e do tempo Isaías
45:6-7. Somente Ele pode intervir na história porque não está limitado ao tempo (1 Timóteo 6:15-
16). Deus se tornou conhecido progressivamente ao longo das gerações.
As pessoas intuitivamente sabem que Deus existe e que cometem o mal, distorcendo essa
revelação. Os corações humanos trazem princípios (morais) gravados na consciência e
programados pelo Criador. Mas são incapazes de viver de acordo com esses valores divinos. O
apóstolo Paulo realça que os seres humanos são indesculpáveis quando distorcem a clara
revelação de Deus, porque Ele manifestou-se claramente desde a Criação:
A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e injustiça dos seres humanos que, por
meio da sua injustiça, suprimem a verdade.
Pois o que se pode conhecer a respeito de Deus é manifesto entre eles, porque Deus lhes
manifestou.
Porque os atributos invisíveis de Deus, isto é, o seu eterno poder e a sua divindade, claramente
se reconhecem, desde a criação do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que Deus fez.
Por isso, os seres humanos são indesculpáveis.
Porque, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças. Pelo
contrário, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, e o coração insensato deles se
obscureceu.
Dizendo que eram sábios, se tornaram tolos e trocaram a glória do Deus incorruptível por imagens
semelhantes ao ser humano corruptível, às aves, aos quadrúpedes e aos répteis.
- Romanos 1:18-23
Revelação Especial
Deus mantém contato com a sua criação, e pela sua graça, vai se revelando progressivamente ao
mundo. O Senhor deixou que a humanidade conhecesse a:
Si mesmo,
Seu Reino,
Sua Aliança,
Suas Leis e a
Sua Salvação.
Toda palavra de Deus revelada à humanidade, acerca da sua redenção universal, foi registrada
na Bíblia pelos seus profetas, para que todos possam conhecer:
Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, mas,
nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual
também fez o universo.
- Hebreus 1:1-2
Jesus Cristo é a culminação da revelação especial de Deus. Ele próprio veio ao mundo para se
dar a conhecer ao Seu povo. Sem intermediários, o Filho do Deus Altíssimo veio em pessoa para
nos mostrar Deus plenamente. Portanto, Deus pode ser conhecível por aqueles que O buscam de
todo coração. O conhecimento verdadeiro de Deus só pode ser adquirido através da auto-
revelação divina em Jesus Cristo.
Hoje podemos conhecer a Deus através de um relacionamento pessoal com Ele baseado no
que a Sua Palavra ensina.
4. O Deus Todo poderoso
Deus é o Deus onipotente. Isto quer dizer que ele tem todo o poder. A palavra onipotente vem
de dois termos latinos que significam "omni" - todo e "potens" - poderoso. Isso quer dizer que
Deus tem poder sobre a terra, céu, natureza, tempo, espaço e todo universo.
Ele pode fazer tudo que for da sua santa vontade. Para além do seu poder criador, Deus também
revela seu poder ao sustentar e cuidar de todas as coisas. Em sua providência, o Senhor garante
que cada coisa no universo cumpra o seu devido propósito. Nas Escrituras, vemos muitas mostras
do grande poder e atuação de Deus na história humana. De fato, nada lhe é impossível:
Jesus, olhando para eles, disse: — Para os seres humanos isto é impossível, mas para Deus tudo é possível.
- Mateus 19:26
Do mesmo modo, Deus é onisciente, tem todo conhecimento, e é onipresente, está presente em
todo lugar. Ele não tem limitações espaciais e, nenhum lugar no espaço O poderia conter (1 Reis
8:27). Ele está presente de maneira diferente em lugares distintos para abençoar, sustentar ou
punir. Grudem, p.123, diz que "Deus age diferentemente em locais distintos da sua criação."
Esses atributos mostram algumas das diferenças marcantes entre Deus e as suas criaturas: o seu
poder, sabedoria e presença ilimitados. Ele tem o potencial para agir sempre no que Lhe
aprouver. Ele é "poderoso para fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos" (Ef. 3:20).
Tudo que foge ao controle humano, o poder da vida e da morte, as forças da natureza e as leis
que a regem, tudo está sob o controle de Deus. Por isso Ele é digno de toda a confiança:
Confiem para sempre no Senhor, pois o Senhor, somente o Senhor, é a Rocha eterna.
- Isaías 26:4
A onipotência, onisciência e onipresença de Deus envolvem também a ideia de
soberania. Como soberano Rei e Governador, Deus rege e faz o que lhe apraz em todo universo.
Sobre esse poder, o teólogo Grudem diz que:
a onipotência divina refere-se ao ao seu próprio poder de fazer o que decidir fazer... o poder de
Deus é infinito, e, portanto ele não está limitado a fazer somente o que já fez. De fato, Deus é
capaz de fazer mais do que faz"
- Grudem - Teologia Sistemática, p.159.
Deus é único com todo o poder. Muitos temem a ação de Satanás, outros espíritos, e até
mesmo forças humanas, mas Deus é infinitamente superior (1 João 4:4).
Embora existam diferentes concepções de divindades nas várias religiões do mundo, o Deus da
Bíblia é superior em absoluto a tudo e todos. Os deuses mitológicos e outros ídolos criados
(santos, orixás, guias, etc) não podem ser confundidos com o Deus verdadeiro. Esses diferentes
deuses foram criados, para responder às demandas do homem em diferentes áreas: deus do sol,
deus dos mares, deusa da fertilidade, etc...
Deus, distintamente, tem poder sobre todo o universo. Ele não só sabe como tudo funciona e
existe, porque criou tudo, como também é supremo em inteligência (onisciência) e facilmente
estabelece o Seu alcance em todo lugar. As outras supostas "entidades", seguindo a sua limitação
conceitual, somente agem ou exercem influência restrita sobre áreas específicas (como os super-
heróis fictícios, têm poder nalguma área, mas são limitados noutras). Deus é Deus porque é
maior que toda força natural ou sobrenatural que possa existir.
Pois o Senhor é o grande Deus, o grande Rei acima de todos os deuses.
- Salmos 95:3
5. Deus Triuno
Há um só Deus em três pessoas. Essa verdade é testemunhada nas Sagradas Escrituras, bem
como refletida nas obras das três Pessoas Divinas - João 15:26, Atos dos Apóstolos 2:32-
33, Gálatas 4:6, Tito 3:4-6 e outros.
A doutrina da trindade é uma das mais importantes do Cristianismo. Ela ajuda-nos
a compreender a essência eterna, única e diversa do Ser de Deus. Apesar da
palavra "trindade" não aparecer na Bíblia, seu conceito é ensinado nela. Trindade significa tri-
unidade, ou "três em unidade".
Assim podemos entender que Deus é um Ser único, consistindo em três “pessoas”, Pai, Filho e
Espírito Santo, que se relacionam entre si desde a eternidade, mas são distintas.
Sobre o vocábulo "trindade", J.I. Packer fez a seguinte formulação:
Jesus...
a) endossava o monoteísmo do Antigo Testamento (Marcos 12:29), e, no entanto,
b) considerava-se "o Filho" em um sentido singular (Mateus 11:27, Marcos 12:1-12, Marcos
13:32), tendo prescrito e aceito a adoração como correta expressão de fé (João 5:23, João 9:35-
38, João 20:28);
c) prometeu o Espírito Santo como o "outro Consolador", que viria substituí-Lo para desempenhar
seu próprio multifacetado ministério (João 14:16); e
d) agrupou o Pai, o Filho e o Espírito Santo no "nome" trino (usando-o no singular, não no plural,
como notamos), no qual - isto é, em relação ao qual - os futuros discípulos deveriam ser batizados
(Mateus 28:19).
- J.I. Packer - Vocábulos de Deus. pp. 61 e 62.
Para entender o que Deus é em si mesmo, precisamos considerar o que a Bíblia mostra
progressivamente acerca Dele. Há indícios em todo o texto sagrado de que Deus existe como
mais de uma “pessoa”.
No Antigo Testamento encontramos uma revelação parcial, revelada sobretudo em registros
plurais da fala de Deus:
“Façamos o homem à nossa imagem…” (Gên. 1:26),
“Agora o homem se tornou como um de nós” (Gên. 3:22);
“Venham, desçamos e confundamos a língua que falam (Gên. 11:7);
“Quem enviarei e quem há de ir por nós?” (Isaías 6:8)
outras passagens que deixam claro a indicação da pluralidade de pessoas no próprio Deus (Salm.
45:6-7, Salm. 110:1)
No Novo Testamento há uma revelação mais completa da trindade. Quando Jesus foi batizado
(Mateus 3:16-17), vemos os 3 membros da trindade realizando atividades distintas e coordenadas:
Deus Pai fala do céu;
Deus Filho é batizado e ouve o que o Pai fala;
Deus Espírito Santo desce do céu, pousando sobre Jesus.
A mesma especificação das pessoas divinas aparece no mandado da grande comissão feito por
Jesus:
Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo,
- Mateus 28:19
Além dessa, outras tantas passagens fazem menção às três pessoas da Trindade juntas: (2
Coríntios 13:14); (1 Pedro 1:2) e (Judas 1:20-21).
Compreensão limitada da Trindade
Apesar de todas as evidências bíblicas e as afirmações anteriores, precisamos chegar ao ponto
de reconhecer humildemente a complexidade do Ser de Deus. Ele é diferente de qualquer outra
coisa no universo e não temos mais nenhuma outra realidade semelhante. Em si mesmo Deus
contém tanto unidade como diversidade.
Somos incapazes de compreender completamente a existência tripessoal de
Deus. Ultrapassados os pontos que a Bíblia revela, temos de nos reservar às nossas
limitações humanas e CRER no que as Escrituras afirmam. Muitos detalhes e curiosidades
ainda não estão ao nosso alcance.
Infelizmente, por não compreenderem a grandeza do Deus Trino, que a Bíblia apresenta, muitas
heresias surgiram na história na tentativa de deturpar essa verdade bíblica (modalismo, arianismo,
subordinacionismo, p.ex). Ainda hoje, há falsos cristãos, hereges, mulçumanos e judeus que
refutam a divindade de uma ou mais Pessoas da trindade.
Contudo, a Bíblia (nossa regra de fé e prática) afirma isso com clareza. Ainda que a nossa
capacidade de compreensão seja limitada, precisamos aceitar, crendo somente no que a Palavra
de Deus diz.
Deus é único e seu verdadeiro ser existe nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O
teólogo Wayne Grudem fez a seguinte colocação:
Deus existe eternamente como três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo; cada pessoa é
plenamente Deus e há um só Deus.
- Manual de Doutrinas Cristãs, p. 109
Todas essas afirmações são ensinadas na Bíblia. Cada membro da Trindade é plenamente Deus
e cada pessoa compartilha todos os atributos de Deus com funções diferentes desde a
eternidade.
6. Deus, o SENHOR
Na Bíblia, a palavra SENHOR é aplicada ao Deus Pai, a Jesus Cristo, Filho e ao Espírito Santo. O
senhorio de Deus implica em ser Ele o chefe máximo do universo e governador absoluto de seu
povo.
O Senhor Deus
É o Criador, o Deus de Israel, o governador, juíz, salvador e protetor. No Antigo Testamento, a
palavra "Adonai" (originada do termo hebraico "Adon" - significa senhor, governador, ou dono de
escravos) era usada como um título, se referindo ao Deus de Israel.
O nome "Yahweh" - Jeová, surgiu quando Deus apareceu a Moisés no episódio da sarça ardente.
Ali, Moisés lhe perguntou o Seu nome e Deus se apresentou como o grande "EU SOU" (ou Eu
SOU o que Sou), comissionando Moisés para libertar os israelitas do Egito. Como o passar do
tempo, o tetragrama "Yahweh", passou a ser substituído pela palavra Adonai, por reverência ao
nome revelado por Deus.
O AT grego traduziu a palavra Adonai - SENHOR no hebraico, por "Kurios" - Senhor em
grego. Para diferenciar de outros senhores, ou deuses pagãos, as expressões (Adonai e Kurios)
sempre apareciam com maiúscula, para se referir ao Deus de Israel.
Deus falou a Moisés e lhe disse: — Eu sou o Senhor.
Portanto, diga aos filhos de Israel: "Eu sou o Senhor. Vou tirá-los dos trabalhos pesados no
Egito, vou livrá-los da escravidão, vou resgatar vocês com braço estendido e com grandes
manifestações de juízo.
Eu os tomarei por meu povo e serei o seu Deus; e vocês saberão que eu sou o Senhor, seu
Deus, que os tiro dos trabalhos pesados no Egito.
Eu os levarei para a terra que jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; darei essa terra a vocês como
herança. Eu sou o Senhor."
- Êxodo 6:2, 6-8
O Senhor Jesus Cristo
No Novo Testamento, o Deus encarnado, o Filho de Deus e Messias, o Senhor Jesus Cristo é
apresentado como o Senhor. Este título implica que Ele é mais que um líder, professor, rabino ou
mestre, mas é o Deus vivo, Salvador do mundo que haveria de vir. Jesus se identificou com Deus
(Jeová - "Eu Sou") em diferentes episódios. E por isso, foi tão perseguido e odiado pelos líderes
judeus que não compreenderam que Ele era o SENHOR.
Jesus cumpriu as profecias do AT relativas ao Senhor (Jeová). Por exemplo, Joel 2:32 citado
em Atos dos apóstolos 2:21 e Romanos 10:13 - "E aquele que invocar o nome do SENHOR será
salvo" é tomado como cumprimento da promessa para aqueles que invocam o nome de
Jesus: Atos dos apóstolos 2:38 e Romanos 10:9-13.
para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda
língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
- Filipenses 2:10-11
Ele viveu, morreu e ressuscitou para ser Senhor de todos (Romanos 14:9), ontem, hoje e sempre.
O Senhor, Espírito Santo
No Antigo Testamento, por vezes, o Espírito Santo aparece como figura indistinguível de Deus Pai
(Salmos 51:11). Já no Novo Testamento essa distinção fica mais clara, uma vez que o Espírito
Santo (Pneuma no grego) aparece identificado com a pessoa do Pai e do Filho, mas com
atribuições diferentes.
O título pessoal usado por Jesus em João 15:26, "Parakletos" - consolador, conselheiro,
advogado, ajudador , traduz exatamente a característica fundamental do Outro agente pessoal da
trindade. O Espírito Santo é o Deus Consolador, presente e ajudando o Seu povo, em total
unidade divina com Jesus Cristo e com o Pai, eternamente.
Em muitas passagens do NT, as funções exercidas pelo Espírito do Senhor aparecem ajustadas
às outras pessoas da trindade. Isto revela a divindade do Espírito Santo e portanto, a co-igualdade
no senhorio com Cristo e com o Pai.
Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade.
E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua
imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é
o Espírito.
- 2 Coríntios 3:17-18
7. Deus é Espírito
Já alguma vez se perguntou: de que matéria Deus será feito? Seria algum corpo, fluído ou energia
volátil? Maciço e robusto? Ou algo parecido com o nosso corpo? Não. A Bíblia nos afirma
que Deus é Espírito (João 4:24). Seja o que for que isso signifique, parece querer dizer que:
Ele não está limitado a nenhum lugar no universo.
Deus não é comparável a nenhuma outra existência criada (não é um vapor, fumaça, energia,
nem uma força, etc).
Deus sequer se compara ao nosso espírito, que também foi criado e está limitado no tempo e
espaço.
A existência do Senhor é algo infinitamente superior a qualquer outra coisa criada (astros, anjos,
demônios, etc).
Deus é a essência do Ser. É excelente, é incomparável e indescritível.
A aparência de Deus
As Escrituras também não fazem nenhuma descrição expressa sobre a aparência "física" de
Deus. Como Espírito Divino, não podemos associar a Deus uma fisionomia ou características
físicas humanas, ou de qualquer outra criatura no universo. Somos expressamente proibidos de
assemelhar Deus a qualquer outra criatura ou coisa da criação (Êxodo 20:4-6).
Apesar disso, a Bíblia nos diz que:
A humanidade foi feita a Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26)
Jesus Cristo é o resplendor de Sua Glória e a expressão exata da pessoa de Deus (Hebreus 1:1-
3)
Além dessa identificação direta conosco e, principalmente, com o Filho, as Escrituras também dão
muitos outros indícios das características do ser de Deus. Por meio desses atributos, podemos ver
com clareza muitas referências acerca da natureza de Deus (2 Pedro 1:4), Seu caráter e de Seus
valores.
8. Deus é O Salvador
Pode-se dizer que o tema da Salvação é central em toda a Bíblia. Do início ao fim, as Escrituras
registram a mensagem do Deus Criador que, graciosamente, oferece salvação. Mas salvar do
quê? Pensar em salvar alguém faz-nos lembrar de transtornos e perigos como de um terrível
naufrágio, tsunami, uma doença incurável, um sequestro ou qualquer outro risco de morrer.
A salvação de Deus pressupõe que todos estamos condenados à morte. Desde a queda no
princípio, todos afundamos num terrível lamaçal, estamos em linha de colisão com uma avalanche
que virá nos destruir a qualquer momento. Isto mesmo! Sem Deus, você e eu estamos
irremediavelmente condenados. Destinados à morte e destruição para sempre. Realmente, toda a
humanidade está sujeita a uma condição de juízo e condenação por causa dos seus pecados.
O ensino bíblico sobre o pecado revela uma realidade que nem todos gostam de enfrentar, mas é
absolutamente necessário para que haja salvação. "Todos pecaram e precisam da graça de
Deus" (Romanos 3:23). Por isso, todas as pessoas precisam de entender:
a natureza da maldade e da sujeira que corrompem o seu corações;
e reconhecer a incapacidade de salvarem a si mesmas;
e confiar totalmente na graça infinita de Deus;
a necessidade de arrependimento e conversão (mudança de vida) para Jesus Cristo;
Todos estão cativos, i.é, são escravos dessa inclinação para a maldade (João 8:34), que
condiciona a vida e o destino final da humanidade. Nossos valores, emoções, intelecto e vontade
foram danificados pela ação maligna das ofensas que cometemos contra vontade soberana de
Deus. Consequentemente todos estão destinados à punição e morte.
O pecado corrompeu a natureza espiritual e física das pessoas, tornando-nos todos destinados à
ira e Juízo de Deus, Por isso todos, pessoalmente, merecem ser castigados pelos seus vícios e
transgressões. Mas o Deus Salvador nos aponta uma porta de escape. Ele mesmo propõe-nos
um futuro diferente daquele ao qual estávamos destinados. Essa é a salvação (redenção,
libertação, vida eterna) que encontramos pela graça de Jesus Cristo.
... segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação,
não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi
dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada agora pelo aparecimento de
nosso Salvador Cristo Jesus.
Ele não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho.
- 2 Timóteo 1:9-10
A graça de Deus
Graça significa o favor imerecido de Deus. Isto é, não fizemos nada para merecer o amor de
Deus. A palavra "graça" - chen no hebraico e charis no grego, aparece como: favor, bondade,
amor, generosidade extrema e gratuita. Outros termos aparecem relacionados a ideia de graça,
como por exemplo: "achar graça aos olhos", amor constante e incondicional (ágape), misericórdia,
compaixão e bondade.
A palavra graça expressa a generosidade de Deus que age prontamente para salvar os
pecadores. Deus é o Deus de TODA GRAÇA (Êxodo 34:6, 1 Pedro 5:10). Ele ama aqueles que
não merecem ser amados, de forma gratuita e espontânea, dependendo unicamente da sua
própria vontade para fazer isso.
Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus
- Efésios 2:8
Através de Jesus, a graça de Deus tomou corpo e forma, tornou-se uma pessoa (João 1:14-17).
Jesus Cristo é o supremo presente do amor bondoso de Deus que se entregou por nós para
cumprir a justiça em nosso lugar. Ele veio por pessoas indignas, sem status ou valor comparável.
Somente por essa graça podemos ser salvos.
9. Deus é Santo
A santidade de Deus é um atributo incomparável, segundo o qual entendemos que Ele é
totalmente separado do pecado e do mal, dedicando-se à sua própria Glória e Honra. Neste
sentido, a santidade de Deus tem um aspecto relacional (separação do mal) e um aspecto moral
(dedicação à sua própria Honra).
Deus é Santíssimo e isso é expresso em inúmeras passagens bíblicas, revelando que Ele está
apartado da maldade em todos os sentidos. Daí o convite para que seu povo seja mais parecido
com Ele (Levítico 20:7). Deus é incomparável em santidade, retidão, justiça, poder e excelência:
Ó Senhor , quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade,
terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?
- Êxodo 15:11
Essa santidade é poderosa e magnífica, mas pode causar danos a pessoas impuras que se
aproximem demasiadamente, sem a devida atenção. Podemos comparar a santidade de Deus ao
sol. Entenda, este astro criado, ilumina-nos, aquece-nos, dá energia e promove outros inúmeros
benefícios aos seres vivos. E, embora seja benigno e radiante, trazendo condições favoráveis de
vida à terra, quem se aproximar muito dele é fulminado em instantes.
Da mesma maneira, entender a grandeza da santidade de Deus. Uma aproximação irrefletida
pode ser fatal. Sem a sua permissão, não poderíamos nos aproximar sequer, porque Ele é
excelentemente santo e glorioso. Nenhuma pessoa suportaria tamanha perfeição e santidade na
Sua presença.
É por isso que vemos no Antigo Testamento inúmeras leis e orientações ao povo para que se
consagrassem, se afastando de coisas ou pessoas impuras (Levítico 20:7). A aproximação de
Deus, pressupõe a reverência e o cuidado com tudo que Ele exige.
Santidade ao Senhor
A palavra "santo" é usada também no AT para descrever lugares específicos no Tabernáculo.
Neste lugar preparado para que o povo se dedicasse ao Senhor, havia dois espaços interiores
totalmente consagrados, separados do restante do Templo. O Santo lugar era separado através
de um véu do Santíssimo lugar ou Santo dos Santos, onde ficava a Arca da Aliança. Este era o
espaço que representava a presença do Senhor. Era o lugar mais separado do mal e do pecado
no meio do Arraial do povo de Deus.

Para entrar ali havia regras de consagração e purificação, de pessoas separadas (representantes
do povo)- os sacerdotes - para terem acesso à presença de Deus.
O profeta Isaías descreve em Isaías 6, uma experiência impactante da visão que teve de Deus
assentado num alto e sublime trono no Templo. Por cima Dele, ele viu serafins que voavam
adorando:
E clamavam uns para os outros, dizendo: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda
a terra está cheia da sua glória."
- Isaías 6:3
Esta visão deixou o profeta totalmente alarmado porque reconhecia-se como um pecador, tal
como o povo a quem representava. Mas um dos serafins foi ao seu encontro, não para castigá-lo
mas para purificá-lo, para estar apto para permanecer na presença do Senhor (Isaías 6:6-7).
Esta cena nos mostra algo interessante: é na comunhão com Deus, que se pode reconhecer os
próprios pecados, tendo condição para confessá-los e deixá-los. Foi assim também com Davi
(Salmos 51:5), Jó (Jó 42:5-6), Pedro (Lucas 5:8) e outros. Somente à luz do Senhor é que
conseguimos enxergar a escuridão que há nos nossos corações. Quem está longe de Deus não
consegue reconhecer falhas em si mesmo.
Comunhão através de Jesus Cristo
Jesus é o caminho e a porta que nos dá acesso direto a Deus. Agora já não há necessidade
de outros representantes ou mediadores. Ele é Aquele que tira o pecado do mundo e nos santifica
através do Espírito Santo.
Na Antiga Aliança, quem quer que tocasse em algo impuro se tornaria também impuro. O acesso
a Deus era restrito, mediante ao cumprimento exclusivo das leis e prescrições. Mesmo assim, o
povo andava distante pois o seu pecado os impedia de se aproximar efetivamente do Senhor. Era
preciso que viesse o Messias e os conduzisse até a presença de Deus.
Na Nova Aliança, Jesus surge como a resolução definitiva do problema de acesso ao Deus Santo.
Cristo é a luz mais radiante que o sol, que veio ao nosso encontro. Não para nos destruir, mas
para nos transformar em seres santificados que glorificam ao Senhor.
Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus".
- João 6:69
Pedro reconhecendo a divindade e santidade do Senhor, pediu que Ele se afastasse dele:
Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: — Senhor, afaste-se de mim,
porque sou pecador.
- Lucas 5:8
Mas o seu poder e amor transformador mudou as nossas vidas e histórias. Jesus decidiu se
aproximar, perdoar e apagar os nossos pecados. Não somente de Pedro e dos discípulos mas de
todos que O confessam e creem que é Ele o Senhor de toda Glória. Todo pecador que crê e se
arrepende da sua vida imoral e independente de Deus, pode receber o Seu perdão e ter o
seu pecado apagado.
Santidade ao Senhor
Jesus não só tocou impuros e os purificou, como tornou arrependidos em justificados e perdoados
perante Deus. Não colocou uma brasa do altar como fez com Isaías, mas acendeu a chama do
Seu Espírito dentro de nós. Essa é a ação gloriosa e ainda incompreensível para nós: o amor
grandioso do Santo Deus! Jesus sofreu a distância do Pai na cruz, para que hoje, os que creem,
possam ser santificados e achegados a Deus:
Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos
misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.
- Hebreus 4:16
Na vida do cristão, a busca pela santidade deve ser constante e fervorosa. Somente seguindo a
santificação é que veremos o Senhor (Hebreus 12:14). À medida que caminhamos com Deus,
"tabernaculamos" com Cristo, por meio da comunhão com Seu Espírito Santo. E assim, Ele torna-
nos limpos e aceitáveis na presença de Deus.
10. Deus é Justo Juiz
Deus é o padrão de Retidão e Justiça. Essas qualidades traduzem os termos "Tsedek" do
hebraico e "Dikaios" do grego, do Antigo e Novo Testamento. Esse atributo nos mostra que Deus
age sempre conforme o que é justo, e Ele mesmo é o parâmetro para a Justiça.
Ele é a Rocha, as suas obras são perfeitas, e todos os seus caminhos são justos. É Deus fiel, que
não comete erros; justo e reto ele é.
- Deuteronômio 32:4
Não existe nenhum outro padrão fora de Deus, que nos defina bem a justiça e retidão. Todos nós
somos dotados de um senso de justiça interior, também temos instâncias de justiça em nossa
sociedade que nos ajuda a reconhecer as injustiças que sofremos e que causamos. Mas, Deus é
o padrão absoluto para justiça (também da verdade e excelência).
A (in)justiça humana
Todas as pessoas têm, em maior ou menor medida, algum senso de justiça. Essa noção, ainda
que muito distorcida, é a moralidade herdada e incutida pelo nosso Criador. Esta Moral revela as
reais intenções que motivam as atitudes humanas. Ela nos diz o que é certo e errado, nos
dirigindo nas nossas decisões e práticas diárias. Porém, sem um parâmetro realmente honesto
(Deus), estamos sempre fadados à desonestidade e corrupção. Por isso, muitas vezes, atitudes
que deveriam ser comuns, como devolver o que não lhe pertence, ainda sejam tão raras em
nossa sociedade.
Os atos de justiça humana são falhos e corrompíveis. Segundo a Bíblia, a nossa justiça perante
Deus é impura, comparada a "trapos imundos" (Isaías 64:6). Por isso, sentimos muito quando
vemos atitudes perversas contra pessoas inocentes (quase sempre nós mesmos) mas
naturalmente, não sofremos pelas injustiças que causamos a outros. Por essa causa, não nos
podemos guiar somente pelo senso de justiça que cada um tem. Precisamos da Justiça absoluta,
que é Jesus Cristo.
Como criaturas de Deus, nós não temos o direito de dizer que Deus não é justo ou reto. Nem de
tentar "fazer justiça com as próprias mãos". Se assim fizermos, o nosso padrão de justiça começa
ser nós mesmos (ou outros) e aí não há verdadeira justiça. O Criador é sempre Justo e fiel, sem
Ele não podemos medir justamente. Paulo diria: "quem é você, ó homem, para discutir com
Deus?" (Romanos 9:20-21). Fato é que a justiça humana é tendênciosa, vingativa e egoísta.
Por isso, precisamos nos conformar ao padrão moral e ao caráter imparcial de Deus, buscando a
justiça verdadeira, que é Cristo. Devemos viver para ser mais semelhantes a Jesus. Por isso nos
ensina: "busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sum justiça" (Mateus 6:33), só
assim as outras coisas serão acrescentadas.
Justiça Divina
O termo 'justiça' traduz a ideia de dar às pessoas segundo o que elas merecem. Deus, sendo
Justo e perfeito, trata as pessoas de forma apropriada. Infelizmente, toda a humanidade é
transgressora e injusta. Por isso, merece ser julgada pelos seus atos. Como Deus é Justo, é
necessário que Ele puna o pecado, pois este é errado, causa danos e merece punição. Se não
punir, ainda que perdoe, é como se Deus fosse conivente com o erro, aceitando o mal. Mas
sabemos que:
Na verdade, Deus não pratica o mal; o Todo-Poderoso não perverte o direito.
- Jó 34:12
Então, para cumprir a Justiça plena (a consequência do pecado é a morte Romanos 6:23, Jesus
Cristo morreu na cruz em nosso lugar. Deus executou a punição adequada ao pecado, quando
Cristo assumiu a nossa culpa na cruz, isto é, no lugar daqueles que creem no seu ato remidor e
confiam no seu perdão. Ali Deus Filho se fez réu, por amor, nos dando perdão e nos fazendo
justos como Ele é (sem nenhum pecado). Deus é "justo e justificador daquele que tem fé em
Jesus" (Romanos 3:24-26.
O Juízo Final
Haverá um dia em Deus julgará a todos, vivos e mortos (Atos 10:42). Neste Grande Juízo, os
atos de todos serão investigados:
Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom,
seja mal.
- Eclesiastes 12:14
Cabe a cada pessoa decidir se irá enfrentar esse julgamento sozinho ou com a ajuda do
Advogado, Jesus Cristo (1 João 2:1). Se cremos que Ele assumiu a nossa culpa, levando o
castigo na cruz, temos a graça de não sermos condenados neste julgamento. Mas, quem O rejeita
e não crê na justiça proveniente de Jesus Cristo, já tem a sua causa perdida no grande
Julgamento de Deus.
Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do
Filho Unigênito de Deus.
Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque
as suas obras eram más.
- João 3:18-19
Quem crê no Deus Todo-poderoso que se revela nas páginas das Sagradas Escrituras não será
sentenciado. Todo pecado será perdoado e a sua culpa será apagada para sempre (Hebreus
8:12).
Que maravilha! Os que creem em Jesus, tornam-se justificados por Deus, totalmente
perdoados e considerados inocentes perante o Tribunal do Senhor. Não por nada que tenhamos
feito, mas absolutamente pelos méritos de Cristo (pela Graça somos salvos).
Por isso, temos inúmeras razões para agradecer e louvar a Deus por Sua Justiça e Retidão. Ele é
perfeito e misericordioso, assim também nos ensina a ser mais justos e honestos no dia-a-dia.
Prossiga conhecendo a Deus
Conhecer a Deus é o alvo principal na vida do cristão. Jesus afirmou que conhecer a Deus é a
própria Vida eterna:
Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste.
- João 17:3
Como vimos até aqui, Deus é imenso! Há muito mais para conhecer e se surpreender sobre o
nosso Deus Soberano. É sempre uma grande aventura ir descobrindo mais e mais sobre o
Senhor. Continue com esse objetivo diariamente e consagre-o como um objetivo para toda a vida.
7 exemplos de perseverança na Bíblia
Perseverança é não desistir. A Bíblia não promete uma vida de sucessos instantâneos. Muitas
vezes, o caminho para alcançar a vitória é longo e difícil, mas Jesus nos ajuda a continuar
fielmente. E temos esta promessa: quem persevera receberá a recompensa que Deus tem
preparado. Veja como essas sete pessoas na Bíblia perseveraram e venceram:
1. Josué
Josué nasceu como escravo no Egito, junto com o resto dos israelitas. Ele somente viu a
libertação de seu povo, debaixo da liderança de Moisés, quando tinha 40 anos! Depois disso,
Josué ainda teve de esperar outros 40 anos até entrar na terra prometida, por causa do pecado
dos outros israelitas. Mas, durante todo o tempo que esteve no Egito, e depois no deserto, Josué
não desistiu de seguir a Deus.
Diante dos desafios que enfrentaram, muitos outros israelitas perderam a esperança e se voltaram
para a idolatria. Eles tinham visto o poder e as maravilhas de Deus mas não tinham perseverança.
Por isso, não receberam sua herança. Josué foi diferente. Ele viu tudo e decidiu pôr toda sua
confiança em Deus (Josué 1:6-7). A espera foi longa e difícil mas, no fim, ele liderou Israel na
conquista da terra prometida. Josué perseverou e recebeu sua herança prometida.
Leia aqui a história completa de Josué.
2. Ana
Ana era estéril mas queria muito ter um filho. Ano após ano ela orava por um filho, com grande
tristeza, mas sem nenhuma resposta. Mesmo assim, Ana não abandonou sua fé nem rejeitou a
Deus. Ela continuou pedindo, pondo toda sua confiança em Deus.
Um dia Ana estava orando no templo e prometeu que, se tivesse um filho, iria ser dedicado a
Deus (1 Samuel 1:9-11). O sacerdote lhe disse que ela iria receber o que tinha pedido e ela voltou
para casa e engravidou. Seu filho Samuel cresceu no templo e se tornou um grande profeta em
Israel. Deus abençoou Ana por sua perseverança e fidelidade e lhe deu ainda outros cinco filhos!
Quem persevera pode receber muito mais do que espera.
Veja aqui: qual é o significado de perseverança? Por que é importante?
3. Jó
O próprio Deus chamou Jó de irrepreensível! Ele servia a Deus de coração, nos bons e nos maus
momentos. Jó foi muito abençoado por sua fidelidade e tinha tudo de bom: riquezas, família e
saúde. Mas um dia ele perdeu tudo. Seus filhos morreram, seus bens foram roubados e Jó ficou
muito doente. Mesmo assim, Jó perseverou.
No seu sofrimento, Jó questionou muitas coisas, como a razão de viver e as ações de Deus, mas
ele não parou de crer em Deus e de pôr sua confiança nele. Por isso, Jó é mencionado como um
grande exemplo de perseverança no sofrimento na Bíblia (Tiago 5:10-11). Jó perseverou em sua
fé e Deus restaurou sua saúde, lhe deu ainda mais riqueza e o abençoou com muitos
descendentes.
Veja também: por que Deus permitiu que Jó sofresse?
4. Jeremias
Poucos profetas sofreram tanto como Jeremias. Por pregar fielmente a mensagem de Deus, ele
foi considerado um traidor, desprezado, espancado, preso… Tudo pelo seu próprio povo! E, por
fim, ele viu a destruição que tinha profetizado, quando Nabucodonosor destruiu Jerusalém. Mas,
em meio a tudo isso, Jeremias não parou de obedecer a Deus.
Perseverança não significa estar sempre feliz. Jeremias passou por uma depressão e até quis
morrer! Mas, por causa da perseverança, ele aguentou e superou todas as dificuldades (Jeremias
1:17-19). Jeremias não desistiu e seu legado foi um livro inteiro da Bíblia.
5. Neemias
Neemias aceitou um grande desafio: reconstruir os muros de Jerusalém. A cidade tinha sido
destruída anos antes por Nabucodonosor, sua terra agora estava subjugada a um império, seu
povo estava desanimado e sem dinheiro e seus inimigos não queriam ver a construção acontecer.
Mas Deus tinha colocado esse propósito no coração de Neemias e ele não desistiu.
Durante a construção, Neemias recebeu ameaças de morte e ainda teve de resolver conflitos e
injustiças entre os judeus que estavam restaurando os muros. Ele até foi aconselhado a fugir, para
se salvar! Mas, diante de toda a pressão, Neemias perseverou. Graças à sua liderança, os muros
da cidade foram reconstruídos e os judeus começaram a restaurar Jerusalém com novo ânimo
(Neemias 6:15-16).
Leia aqui a história incrível de Neemias e a reconstrução do muro de Jerusalém.
6. Paulo
Paulo teve muito sucesso enquanto missionário, mas também passou por muito sofrimento. Em
todo lugar onde pregava, Paulo fazia inimigos. Ele foi corrido para fora de muitas cidades,
atacado, preso, acusado de ser falso e até sofreu tentativas de assassinato! Além disso, suas
viagens eram perigosas e ele naufragou três vezes (2 Coríntios 11:24-27).
Muitas pessoas acham que a pregação do evangelho não vale tanto sofrimento. Mas Paulo amava
Jesus e amava seu próximo tanto que não desanimava diante dos problemas. Seu amor o
ajudava a perseverar. E os resultados foram incríveis! Paulo fundou muitas igrejas entre vários
povos e escreveu metade dos livros do Novo Testamento. Ainda hoje a perseverança de Paulo
abençoa muitas pessoas.
7. Jesus
Jesus é nosso maior exemplo de perseverança. A Bíblia diz que ele foi tentado de todas as
maneiras e passou por muitos sofrimentos enquanto esteve aqui na terra (Hebreus 2:17-18). Ele
foi rejeitado por aqueles a quem veio salvar e enfrentou muita oposição, apesar de ser o filho de
Deus. Mas Jesus não desistiu de nós.
Por amor ao Pai e a nós, Jesus perseverou até ao fim. Ele passou pela pior humilhação e tortura,
a morte na cruz, sem pecar. Por causa de sua perseverança, todos nós podemos ter acesso a
Deus e à salvação! E Deus Pai exaltou Jesus sobre todas as coisas.
Quando você está desanimado e parece que a bênção está demorando muito, não desista.
Persevere até ao fim e você terá a vitória em Jesus.
Luto: Como o cristão deve lidar com a morte de acordo com a Bíblia?
Ocristão deve passar pela fase do luto com esperança e firme confiança no consolo de
Deus e da Sua Palavra. A perda de um ente querido é, certamente, uma das fases mais difíceis
na vida de qualquer pessoa. Isso não é diferente para o cristão. No entanto, para o cristão fiel, que
tem a Bíblia como sua regra de fé e prática, haverá da parte de Deus o conforto e consolo que os
seu coração necessita, nos momentos mais tristes que enfrentar.

Perder alguém que se ama traz sempre muita dor e sofrimento. A diferença é que o crente em
Jesus Cristo tem a esperança que esse não é o fim de tudo...
Enfrentando o luto de acordo com a Bíblia
Em primeiro lugar é preciso lembrar que o Senhor não está alheio ao nosso sofrimento. Ele
concede ajuda e a consolação que você precisar para enfrentar a dor da perda.
Em segundo, entendemos por meio da Bíblia que o cristão deve enfrentar o luto com esperança e
confiança em Cristo. A Palavra de Deus nos mostra que a nossa esperança não se resume
apenas a essa vida (1º Coríntios 15:19). O cristão confia no Rei Jesus, que prometeu levar a
todos que Nele crê para Seu reino eterno, no lar celestial.
Contudo, enquanto ainda estivermos aqui, estaremos sujeito a aflições e à morte. E, é natural
manifestar tristeza, durante algum tempo, pela perda e saudade de alguém que morreu. Deus
conhece a dor e sofrimento que essa separação nos causa. Ele mesmo sofreu quando Seu Filho
Jesus morreu em nosso lugar.
Mas graças a Deus, Cristo venceu a morte e nós não precisamos mais estar desesperados
quando somos afetados por ela:
Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se
entristeçam como os outros que não têm esperança.
1 Tessalonicenses 4:13
Fases do luto
Não há um período exato para se estar enlutado pela morte de alguém. Isso varia de pessoa para
pessoa. Além disso, considerando-se que o luto é um processo, este poderá ser mais ou menos
intenso consoante o estado emocional, o grau de proximidade e a fé que a pessoa tem.
Num primeiro momento, quem enfrenta o luto recebe um forte impacto com a notícia da perda. As
lágrimas, a dor, a fragilidade emocional e a tristeza abatem e se potencializam dando início ao
processo do luto. Para muitos, parece que falta o chão debaixo dos pés... é realmente muito difícil
ter que se separar de quem se ama por causa da morte.
Quase sempre acontece a fase da negação, em que normalmente, não aceitamos que a
realidade seja real. Alguns tentam fugir da verdade revoltando-se, outros tentam encontrar uma
explicação (ou culpado) para o que aconteceu. São passos difíceis de dar... Na sequência, será
preciso passar pelo doloroso processo da despedida: preparação do funeral e sepultamento...
O estágio seguinte é aquele em que se nota mais a ausência e a falta do ente querido. Nesta
etapa, é preciso encontrar total amparo em Deus. Este é o momento em que o vazio da falta e as
lembranças vão fazer a dor sobressair. Para muitos, esse pode se tornar um momento de
grande tristeza e depressão. Precisamos ter a esperança firmada em Jesus para ultrapassarmos
essa fase.
Com a ajuda de Deus e com o passar do tempo, começa-se o período de aceitação da perda. Os
que conhecem ao Senhor podem experimentar uma total consolação do Espírito Santo, segundo
a qual a dor se transforma em saudade. O conforto de Jesus lhe fará sentir o retorno da
serenidade e paz ao seu coração.
Veja aqui: o que Deus diz sobre a tristeza?
Como o cristão deve expressar o seu luto?
O cristão não deve ser indiferente nem desesperar-se, antes deve agir com amor, sinceridade,
equilíbrio e fé. Cada pessoa tem liberdade para manifestar as suas emoções com lágrimas,
orações, silêncio, palavras ou lembranças... Mesmo abatido, o cristão mostra-se sempre confiante
na Palavra de Deus e no consolo do Espírito Santo (2 Coríntios 4:8-9).
Nas diferentes culturas, o luto, interna e externamente é expressado de maneiras diferentes. O
choro, lamento e o pesar são bastante comuns em quase todas etnias. Em nossa cultura, há
aqueles que costumam resguardar alguns dias para o luto, outros que usam algum padrão ou cor
específico de roupa, alguns ficam em silêncio, etc.. No contexto judaico, por exemplo, era comum
rasgarem as vestes e colocarem pó de cinzas sobre a cabeça (Gênesis 37:34-35), como sinal do
sofrimento e tristeza pela perda de alguém.
A Bíblia não condena as formas ou expressões de luto, apenas orienta que o cristão não deve se
desesperar pelos que partem. Jesus também chorou pelo seu amigo Lázaro que tinha morrido.
Mas consolou aos que creem, com a promessa da ressurreição e vida em Si mesmo:
Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra,
viverá;
João 11:25
Essa esperança futura pode consolar os corações dos cristãos com a certeza de que a morte é
apenas uma separação momentânea. Pela fé, todos os que creem receberão, em Cristo, a vida
eterna.
Leia mais sobre: O que a Bíblia fala sobre luto?
Como o cristão deve lidar com a morte?
Apesar da morte ser um fato comum e natural, ninguém está totalmente preparado para enfrentá-
la. Fatalmente, todos morreremos algum dia, exceto os que serão arrebatados na 2ª vinda de
Jesus (1 Tessalonicenses 4:17). A Bíblia diz-nos que a morte é o pagamento correto por causa
dos nossos pecados. Mas para solucionar esse problema mortal, Deus nos dá, graciosamente, a
vida eterna em Jesus:
Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus, nosso Senhor.
Romanos 6:23
Por mais assustadora que seja, com Jesus o cristão não precisa mais temer, nem sofrer
constantemente por causa da morte. Esta, exerce um dano momentâneo sobre o corpo material e
corruptível das pessoas, desconectando-as desse mundo. Mas aquele que crê no Senhor Jesus,
receberá a vida eterna e um corpo glorificado.
Por isso, quem confia no Senhor já não precisa ficar assombrado nem deprimido por causa da
morte. Jesus venceu o poder da morte e do inferno! Já não há condenação para aqueles que
estão em Cristo (Romanos 8:1)...
Apesar da dor e da saudade causadas pela separação dos que partiram, não precisamos
permanecer tristes, porque Jesus ressuscitou! Ele foi o primeiro e, como Ele ressurgiu, todos os
que creem Nele também viverão. Portanto, o crente deve lidar com confiança perante a morte:
Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade e o que é mortal de
imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi destruída pela vitória".
"Onde está, ó morte,
a sua vitória?
Onde está, ó morte,
o seu aguilhão?"
O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei.
Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
1ª Coríntios 15:54-57
Como agir em caso de perder alguém que não conhecia ao Senhor?
A melhor forma do cristão agir em situações desse tipo é confiar na soberania de Deus. Ele
sabe de todas as coisas... Pode amparar você e consolá-lo da tristeza que sente pela morte da
pessoa descrente.
A dor nestas situações parece ser ainda maior porque a pessoa que partiu morreu sem conhecer
a Cristo. Sabemos que aqueles que morreram e que, de uma forma ou outra, tiveram a
oportunidade de crer em Jesus mas o rejeitaram, não estarão na eternidade com Deus. Isso é
doloroso, mas é o que a Palavra de Deus diz (Marcos 16:16).
Por outro lado, podemos também ter a esperança de que aquela pessoa tenha crido nos seus
últimos momentos de vida. Na verdade, somente Deus sabe quem se salva ou não. Um dos
ladrões ao lado de Jesus na cruz é um bom exemplo de que, até o último fôlego de vida, há
oportunidade de receber a Cristo. Talvez, muitas pessoas que viveram longe de Deus, possam
aproveitar a última oportunidade de crer em Jesus em sua vida.
Como lidar com a perda de alguém que era cristão?
É natural ficarmos comovidos perante a morte de alguém. Até Deus sente pesar pela morte de
seus filhos (Salmos 116:15). Mas, para os que confiam na graça de Jesus Cristo, há promessas
de ressurreição e vida eterna com Ele. Por isso, apesar do abalo causado pela morte, podemos
ter a esperança de um reencontro futuro.
Creia: trata-se de uma despedida temporária, até aquele dia em que estaremos todos juntos
na eternidade com Deus.
Você pode:
Ser grato a Deus pelo tempo em que pôde viver e desfrutar da companhia daquele(a) que partiu
para o Senhor
Sentir-se triste, mas sem medo, desespero ou culpa
Sentir paz em seu coração, pois quem partiu está agora com o Senhor
Ter esperança de que haverá um reencontro futuro
Saber que a dor vai passar, pois Jesus Cristo consola e cura a dor da alma
Seguir a vida com amor, perseverança e fé em Deus
Consolar aqueles que estiverem passando pelas mesmas tribulações
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda
consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que
recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações.
2ª Coríntios 1:3-4
Para quem conhece o amor de Deus, sabe que os que morrem em Cristo têm uma esperança
certa: a vida eterna com o Senhor (1 João 2:25). Infelizmente, precisamos nos separar das
pessoas que amamos nesta vida. Mas pela fé, cremos que estaremos na eternidade juntos para
sempre com Deus. Creia em Deus e receba forças renovadas, consolo e amparo Dele. Se a sua
fé está firmada nele poderá dizer como o apóstolo Paulo, com Cristo "morrer é lucro" (Filipenses
1:21).
O seu luto terá fim, acredite!
Ainda que pareça que o seu sofrimento não vai ter fim, que a dor que tem sentido nunca mais o
deixará, confia no Senhor! Essa dor vai passar... Todo sofrimento terá fim! Jesus Cristo venceu a
morte! Ele foi preparar-nos lugar e depois voltará para nos buscar, para estarmos para sempre
com Ele (João 14:2-3).
Não desista! Vale a pena seguir em frente com fé em Jesus Cristo, pois a Sua promessa em breve
se cumprirá. Jesus voltará e estaremos na eternidade com Ele, juntos com aqueles que partiram
no Senhor (1 Tessalonicenses 4:14). Deus estará presente para sempre e o mal não prevalecerá
jamais!
Essa é a esperança gloriosa que você pode ter: haverá um tempo em que não existirá mais
sofrimento, nem morte ou dor, nem choro... Será um novo tempo (Isaías 60:20)! Deus prometeu e
cumprirá!
Caso você esteja passando pelo luto, sofrendo a perda de alguém, lembre-se que Deus está
presente neste momento. Nele você pode encontrar o amparo e consolo necessário para esse
tempo tão difícil...
Existe vida após a morte? (o que diz a Bíblia)
Há vida após a morte, de acordo com o que lemos na Bíblia. Na realidade, todos ansiamos pela
eternidade (Eclesiastes 3:11). Mas não conseguimos alcançar a eternidade nessa vida, porque
nossos corpos se degradam. Somente na vida após a morte podemos viver para sempre.
Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela
eternidade; mesmo assim ele não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.
- Eclesiastes 3:11
Para quem ama Jesus, a morte não é o fim. Na verdade, a Bíblia diz que essa é nossa maior
esperança! Se não há vida após a morte, não temos razão para seguir Jesus (1 Coríntios 15:19-
21).
Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os
mais dignos de compaixão.
Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias entre aqueles que
dormiram.
Visto que a morte veio por meio de um só homem, também a ressurreição dos mortos veio por
meio de um só homem.
- 1 Coríntios 15:19-21
Jesus, o caminho para a vida eterna
Segundo a Bíblia há duas definições de vida: a vida física e a vida espiritual. A vida física é a vida
do nosso corpo. A Bíblia nos ensina que vida espiritual é ter um relacionamento com Deus
e morte espiritual é estar separado de Deus.
Em Isaías 59:2 e Efésios 2:1 vemos que o pecado separa o homem de Deus e isso significa que o
homem fica morto espiritualmente.
No entanto, Deus veio como pessoa - Jesus - para nos dar a vida eterna. Isto significa conhecer e
ter um relacionamento com Deus para toda a eternidade. Ele morreu fisicamente na cruz e ficou
separado de Deus Pai porque Ele levou o castigo do nosso pecado para nós podermos ter vida
eterna (Isaías 53:5).
Três dias após morrer, Jesus ressuscitou já que a morte não foi capaz de O prender, sendo Ele
santo. Ele ressuscitou para sermos justificados (feitos justos perante Deus): Romanos 4:25.
Jesus também ressuscitou fisicamente para a vida como o primeiro de muitos que também irão
ressuscitar fisicamente para a vida e um relacionamento eterno com Deus.
Aliás, todos irão ressuscitar fisicamente, mas nem todos irão passar a eternidade com Deus. A
Bíblia ensina claramente que existe o Inferno, um lago de fogo e aqueles que rejeitaram a dádiva
de salvação de Jesus irão passar a eternidade nesse lugar de tormento longe de Deus
(Apocalipse 20:15).
Será que Deus quer que alguém seja atirado para o Inferno?
A resposta é não. Deus ama todos e quer que fiquem com Ele para sempre (Ezequiel 33:11). No
entanto, Deus não pode forçar aqueles que o rejeitaram ou não creram na sua Palavra a estar
com Ele durante toda a Eternidade. Para ter a vida eterna ao lado de Deus é necessário crer
naquele que Ele enviou, Jesus.
O que acontece depois da morte?
Embora os detalhes não sejam muitos, na Bíblia encontramos a informação sobre o que
realmente acontece depois da morte. Quem estiver em Cristo vai estar com o Senhor, mas os
que morrem em seus pecados vão para um lugar de sofrimento, separados de Deus, enquanto
aguardam o Juízo Final.
A Bíblia nos diz que a nossa existência não consiste apenas em nossos corpos físicos mas
também em nossas almas. A morte é a separação entre corpo e alma, e não o fim da nossa
existência.
Veja também: será que há vida após a morte?
Para os que acreditam em Jesus
Para os salvos, estas quatro coisas acontecem após a morte.
1) Vão estar na presença de Cristo
Sabemos que Jesus está agora assentado à direita de Deus no céu. O apóstolo Paulo afirmou
que partir significava estar com o Senhor (Filipenses 1:23-24) e que era melhor estar ausente do
corpo e presente com o Senhor (2 Coríntios 5:6-9). Jesus também deu a entender que depois da
morte quem crê nele vai estar imediatamente com ele (Lucas 23:43).
Leia aqui: como posso ter a certeza da vida eterna?
2) Vão estar num lugar de glória
Jesus chamou de "Paraíso" o lugar onde vamos habitar com ele (2 Coríntios 5:8) e Paulo, como
vimos acima, disse que será "muito melhor" estar com Jesus do que aqui (Filipenses 1:23).
3) Vão continuar aguardando a ressurreição
Mesmo depois da morte, vamos continuar aguardando a ressurreição, quando receberemos
corpos gloriosos (Romanos 8:23, Filipenses 3:21).
Descubra aqui quais os sinais do fim dos tempos.
4) Serão aperfeiçoados
Após a morte, os cristãos estão finalmente limpos de todo pecado e não mais vão pecar,
passando a ser então perfeitos, nesse sentido (Romanos 8:29; 1 Tessalonicenses 5:23; Efésios
5:27).
Para os que não acreditam em Jesus
Quem morre sem ter colocado fé em Jesus para perdão de seus pecados fica completa e
eternamente separado de Deus e da sua graça e bênção. Segundo a Bíblia, o descrente entra em
uma realidade dolorosa e cheia de sofrimento (hades), enquanto aguarda o juízo final. Jesus fala
sobre essa situação na parábola do homem rico e Lázaro, em Lucas 16:22-26.
Veja aqui mais sobre as parábolas de Jesus.
Depois da segunda vinda de Jesus e após o juízo final, o descrente (todo aquele cujo nome não
se encontrar no Livro da Vida) será lançado no inferno, juntamente com a besta, o falso profeta, o
diabo, a morte e o hades (Apocalipse 19:20, Apocalipse 20:10, Apocalipse 20:14-15).
O que significa lago de fogo na Bíblia
Olago de fogo é o destino final de todos que rejeitaram a Deus. No Juízo Final, o diabo, seus
anjos e todas as pessoas que não vão para o Céu vão ser lançados no lago de fogo. Deus enviou
Jesus para nos salvar do lago de fogo.
O lago de fogo é um lugar espiritual. A Bíblia diz que no Juízo Final todos os mortos
ressuscitarão e Deus irá julgar a todos. Todos aqueles que rejeitaram a Deus serão condenados e
expulsos de Sua presença para sempre. O lugar para onde serão expulsos é chamado o lago de
fogo (Apocalipse 20:14-15).
A Bíblia usa a imagem de um lago de fogo com enxofre para mostrar que esse lugar longe de
Deus é terrível, cheio de sofrimento (Apocalipse 20:10). Outras imagens que a Bíblia usa para
descrever o horror desse lugar são:
Vermes que não morrem – Marcos 9:47-48
Um lugar de choro e ranger de dentes – Lucas 13:28
Trevas – Mateus 25:30
Isso não significa que é mesmo um lago de fogo e trevas e vermes. O lago de fogo é
uma realidade espiritual, impossível de descrever. Essas imagens servem para nos ajudar a
entender o que as pessoas vão sentir lá: dor, desespero, terror. O lago de fogo é um lugar de
destruição.
Veja aqui: segundo a Bíblia para onde vão os mortos?
Por que Deus criou o lago de fogo?
O lago de fogo foi criado para punir o diabo e os seus anjos, que se rebelaram contra
Deus (Mateus 25:41). Mas quando nós pecamos, esse também se torna o nosso destino. O
pecado nos separa de Deus e o lago de fogo é a separação total por toda a eternidade. Como
tudo de bom vem de Deus, a separação total com Deus só traz dor e sofrimento.
Veja também: o que a Bíblia ensina sobre o inferno?
Deus não quer que ninguém vá para o lago de fogo. Ele nos ama e criou cada pessoa de
forma especial. Mas Deus não obriga ninguém a amá-lo. Se quisermos, podemos pecar. Mas o
castigo do pecado é nossa separação de Deus (Romanos 3:23).
Todos pecamos e não conseguimos pagar o preço do pecado. Mas Deus nos ama tanto que Ele
enviou Jesus para pagar o preço por nós (
João 3:16
João 3:16
16
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer
não pereça, mas tenha a vida eterna.
Bíblia NVI
). Agora quem aceita Jesus como seu salvador não está mais condenado! Os salvos vão
morar com Jesus no Céu por toda a eternidade. Mas se alguém não quer mesmo estar com Deus,
Deus lhe dá o que quer – uma eternidade sem Deus.
O que a Bíblia ensina sobre o inferno?
ABíblia ensina que o inferno é real e foi criado para punir o diabo e seus anjos. Quem morre
em seus pecados também irá para o inferno (Mateus 25:41). Deus não quer que ninguém vá para
o inferno, por isso enviou Jesus para pagar o preço de nossos pecados.
Por que o inferno existe?
O inferno existe para punir e destruir o pecado. Deus é justo, Ele recompensa a bondade mas
pune o pecado. A punição do pecado é a separação de Deus, que leva à morte (Romanos 3:23).
Deus é santo e perfeito; nada imperfeito pode entrar em Sua presença. Como toda a vida e tudo
de bom vem de Deus, o inferno é um lugar terrível de destruição, porque é uma separação total de
Deus.
Quer saber mais? Leia aqui: o que é o inferno?
Deus é justo mas Ele também é bom e carinhoso. Ele não se alegra com a destruição de um
pecador, porque Ele ama cada pessoa (Ezequiel 18:32). Mas o preço do pecado tem de ser pago,
para haver justiça. Por isso, Ele enviou Jesus para nos dar uma segunda chance. Jesus pagou o
preço pelos nossos pecados, para que quem acredite nele vá para o Céu e não para o
inferno (João 3:16).
Sabe por que Deus enviou Jesus à terra?
A palavra “inferno” aparece na Bíblia?
A palavra “inferno” aparece em várias traduções da Bíblia como sinônimo de outras palavras
usadas para descrever o “mundo dos mortos”:
Sheol – é o nome hebraico para o lugar onde os mortos vão. Também pode ser traduzido como
sepultura ou profundezas. O Sheol era visto como um lugar onde as almas dos mortos têm uma
existência silenciosa sem fazer nada, um pouco como dormir. É usado principalmente no Velho
Testamento.
Hades – essa palavra é emprestada da mitologia grega pagã mas quando é usado na Bíblia não
significa o mesmo, é apenas a palavra mais próxima na língua grega para traduzir “Sheol”.
Geena – é o nome usado para o lugar de eterno tormento dos ímpios, que hoje chamamos de
inferno. Geena era o nome de uma lixeira fora de Jerusalém, onde se queimava lixo e os corpos
de criminosos. Como era um lugar horrível, Geena se tornou figurativo do destino dos ímpios na
eternidade.
Tártaro – outra palavra emprestada da mitologia grega, com o mesmo significado que Geena.
Tártaro só aparece em 2 Pedro 2:4.
Abismo e Lago de Fogo – essas figuras, e outras que aparecem na Bíblia, servem para
entendermos que o inferno é um lugar terrível, de destruição, tormento e tristeza. Veja aqui: o que
é o lago de fogo?
O que é o Sheol (Seol), segundo a Bíblia?
Apalavra Sheol ou Seol apresenta significados variáveis na Bíblia. Em alguns contextos
aparece como: morte; sepultura, profundezas, pó, poço, cova, buraco, mundo dos mortos ou
inferno. Algumas traduções bíblicas mantém a sua forma no original hebraico, o que torna pouco
preciso o seu significado literal na tradução para outras línguas.
Ocorrências de Sheol na Bíblia
No Antigo Testamento o termo Sheol aparece 65 vezes e é traduzida de formas diferentes, como
por exemplo:
Inferno: (Deuteronômio 32:22)
Sepultura: (Gênesis 37:35)
Pó: (Salmos 9:17)
Ao estudar as ocorrências de Sheol na Bíblia, precisamos estar atentos ao contexto em que a
passagem está inserida já que são muitas as possibilidades de interpretação dessa palavra.
Considerando o texto e seu contexto, será mais fácil compreender qual o sentido da palavra em
conexão com outros trechos da Bíblia.
A partir de alguns versículos notamos que Sheol pode ser compreendido a partir de alguns grupos
de ideias, tais como:
Morte como condição destinada a todos seres humanos
Seu sentido muitas vezes remete à morte natural, física (Salmos 86:13), noutros casos parece
expressar a ideia da morte como afastamento espiritual de Deus (Oséias 13:14).
A sepultura, buraco, poço, como lugar físico onde os mortos são sepultados
Muitas vezes a sepultura/cova aparece como o lugar específico onde os corpos sem vida são
depositados. Em alguns casos aparece como figura para morte. (Salmos 16:10), (Isaias 28:15).
O mundo dos mortos, lugar ocupado pelas almas, espaço dos mortos
Parece ser um espaço destinado a todos que morrem, onde aguardam o julgamento de Deus.
Mesmo os justificados pela fé, como Jacó, consideravam ir para este lugar. (Gênesis 37:35)
Terra de sombras e escuridão, lugar de inatividade e tristeza, sem vida
Em alguns textos Sheol é apresentado como o lugar de trevas (Salmos 143:3), onde não há
atividade proveitosa (Eclesiastes 9:10). Jó o descreve como "o lugar do qual não se tem mais
retorno, terra das sombras e densas trevas, a terra tenebrosa como a noite, terra de trevas e de
caos onde até mesmo a luz é escuridão" (Jó 10:21-22).
Lugar de silêncio, ausência de comunicação
O ser humano tem em vida a oportunidade para expressar a Deus o seu amor, louvor, ações,
arrependimento e fidelidade. Depois da morte, no Sheol, parece não haver mais esta
possibilidade. (Salmos 143:3), (Salmos 115:17)
Lugar de estadia não permanente para os justos
No imaginário judaico parece haver uma esperança (compreensão) que o Sheol não seria
permanente para os fiéis, mas uma condição passageira ou intermediária, até estarem
eternamente com o Seu Deus. (Salmos 49:14-15)
Lugar de punição ou sofrimento para os ímpios, inferno
Em alguns textos, parece haver a ideia de que a justiça será aplicada através do Sheol (Jó 24:19),
que os maus receberão as consequências dos seus atos com a sua morte e no pós morte.
(Deuteronômio 32:22)
Deus mantém o Seu total controle e domínio sobre o Sheol
Deus é soberano sobre tudo e todos, no Céu, na terra, no Sheol e em todo o universo. É Ele quem
controla a vida e a morte. Tem todo o domínio, inclusive no Sheol. Diferentemente do que muitos
acreditam, que seria satanás o dominador da morte e do inferno, é Deus o Senhor de todo o
universo que domina sobre tudo. (Jó 26:6), (Salmos 139:8)
É importante reconhecer todas essas possibilidades de interpretação e usá-las em benefício da
compreensão e da aplicação desse ensino para as nossas vidas.
Na tradução grega do Antigo Testamento, a Septuaginta, a palavra Sheol foi traduzida como
“Hades”, que também aparece no Novo Testamento como inferno.
Veja aqui o que é o inferno
O Sheol aparece no Novo Testamento?
Sendo Sheol uma palavra hebraica, ela não ocorre no Novo Testamento que foi escrito em grego
e aramaico. No entanto, a sua correspondente no grego é a palavra “Hades”. Aqui aparecem
também outras palavras como Gehenna e Tártaro com significado aproximados.
Então qual a diferença entre Hades, e Gehenna e Tártaro?
Hades (grego): é o lugar onde não se vê, considerado o mundo invisível. Apresenta significado
semelhante a Sheol: sepultura, terra das sombras, das trevas, a morada dos mortos, mundo dos
mortos, inferno. Pode ser considerado como o lugar onde os mortos aguardam o Juízo final.
Hades aparece 10 vezes no NT em: Mateus 11:23; 16:18; Lucas 16:23; Atos 2: 27,31; Apocalipse
1:18; 6:8; 20:13,14 (I Cor. 15:55).
Gehenna (grego): Origina-se do hebraico Ge' Ben-Hinnom, vale dos filhos de Hinom, ou vale de
Hinom somente, localizado nas imediações de Jerusalém. Era um lugar conhecido onde se faziam
sacrifícios abomináveis de crianças recém-nascidas no fogo ao ídolo pagão Moloque.
Posteriormente, este local tornou-se um grande depósito de lixo da cidade de Jerusalém, onde
eram jogados cadáveres de pessoas (criminosas, malfeitores) e de animais, além de todo tipo de
imundície para ser queimado em fogo. As chamas eram mantidas constantemente acesas com
adição de enxofre. Este termo foi usado por Jesus como alegoria para o lugar de castigo, de
tormento e punição eterna. Ocorre 12 vezes no Novo Testamento (Mateus 5:22,29,30; 10:28;
18:9; 23:15,33; Marcos 9:43,45,47; Lucas 12:5; Tiago 3:6).
Tártaro (grego)- Palavra originada do grego, significava o lugar mais baixo do Hades. Para os
gregos era considerado o pior lugar, no abismo do inferno onde os piores inimigos e maus
recebiam o castigo e punição eterna pelos seus delitos. Ocorre uma única vez no Novo
Testamento: II Pedro 2:4
Jesus conta uma história sobre o inferno:

O rico e Lázaro é a parábola mais conhecida sobre o inferno no Novo Testamento. Nesta história
Jesus ilustra ensinamentos importantes sobre o problema da avareza, da realidade da morte, da
existência do inferno e de um lugar de descanso depois da morte. De acordo com o que lemos, a
morte física acontece a todos os tipos de pessoas, boas, más, ricas ou pobres.
Mas a situação após a morte é diferente, de acordo com o modo de vida daquele que morreu.
Segundo o texto (Lucas 16:19-31), o rico vivia esbanjando riquezas e desprezava aquele que
sofria bem perto de si. Enquanto Lázaro, mendigo, faminto e doente padecia à porta daquele
homem rico.
Na sequência, ambos morrem, o rico vai para o inferno onde é atormentado e, Lázaro vai para o
seio de Abraão, onde é consolado. No fim, há um diálogo entre o homem rico e Abraão. Através
desta conversa podemos compreender alguns ensinamentos:
A vida não termina com a morte aqui nesta terra. Há uma existência consciente depois da
morte física.
Não há possibilidade de contato ou comunicação dos vivos com os que já morreram. O rico
desejava voltar para avisar aos seus irmãos sobre o inferno mas, é impossível.
Haverá consolo e conforto para alguns após a morte, assim como haverá tormento e castigo
para outros.
O inferno é real. Toda a Bíblia (Antigo e Novo Testamento) alerta para esta realidade de tormento
e punição. Abraão diz que os irmãos tinham que ouvir "Moisés e os profetas", i.e., as Escrituras do
AT.
A riqueza, poder, status, religião ou influência nesta vida não poderão garantir benefícios
depois da morte.
Embora ainda possam haver muitos pormenores ou outras abordagens específicas sobre o
inferno e sobre a vida após da morte, vemos que a Bíblia relata o suficiente para estarmos
conscientes desta realidade.
Há muita especulação e muitos mitos sobre o inferno em que não há sustentação bíblica.
Devemos compreender que a Bíblia não apresenta um tratado específico sobre o Sheol, Hades,
Gehenna ou Tártaro. O objetivo central das Escrituras não é esgotar este assunto mas sim,
apresentar a Cristo o Salvador, alertando para o perigo da condenação.
A Palavra de Deus traz a todos boas notícias de salvação e a possibilidade de fuga da ira
vindoura. Temos então em Jesus Cristo, o tema central da Bíblia, a resposta e o caminho que
conduz a Deus e livra do inferno e da condenação eterna.
Mas a decisão, como já sabemos, é pessoal. E tem que ser feita nesta vida, antes que seja tarde
demais.
O que acontece quando morremos, segundo a Bíblia
ABíblia diz que, quando morremos, nosso corpo se decompõe, mas nossa alma aguarda o
julgamento de Deus. No fim dos tempos, todos os mortos ressuscitarão e cada um será julgado de
acordo com o que fez. Quem foi salvo por Jesus irá para o Céu, mas quem for condenado por
seus pecados será lançado no lago de fogo.
A Bíblia não nos conta muitos detalhes sobre o que acontece quando morremos, mas nos dá
algumas ideias gerais. Nosso corpo físico para de funcionar e se decompõe e o espírito de vida
que Deus nos deu volta para Ele (Eclesiastes 12:6-7). Mas o que acontece à nossa alma, a quem
nós somos?
O destino dos mortos segundo a Bíblia
A Bíblia fala sobre um lugar chamado Sheol, que é um bocado parecido com a ideia grega do
Hades. Além de “mundo dos mortos”, Sheol também pode ser traduzido como sepultura, pó ou
profundezas. Basicamente, Sheol representa o destino dos mortos em relação ao nosso mundo
dos vivos.
O conceito de Sheol serve para nos mostrar que os mortos não têm mais parte nos
acontecimentos do nosso mundo. Eles estão em um lugar aparte. Em relação ao nosso mundo, os
mortos:
Não podem interagir conosco
Não sabem nada do que acontece - Eclesiastes 9:5-6
Estão como que a dormir, sem consciência da nossa realidade
Quando morremos, ficamos separados deste mundo, sem mais participação. Mas a Bíblia
também faz uma distinção entre quem morre com Cristo e quem morre no pecado. Os salvos
encontram paz na morte e ficam junto de Jesus, aguardando sua recompensa final (Isaías 57:2; 2
Coríntios 5:8). Mas a morte é um castigo para quem escolheu uma vida de pecado.
Veja aqui: por que morremos?
Céu ou inferno, nosso destino final depois da morte
Um dia, todos teremos de nos apresentar diante de Deus para prestar contas a Ele (Hebreus 9:27-
28). No fim dos tempos, Deus vai reunir todas as pessoas que já viveram e vai nos julgar a todos.
Esse acontecimento é normalmente chamado de o Juízo Final.
Descubra aqui mais sobre o Juízo Final.
Nesse dia, todos que estão mortos irão ressuscitar e Deus vai avaliar o que cada pessoa fez.
Quem for condenado por seus pecados será lançado no lago de fogo, que arde para sempre
(Apocalipse 20:15). Esse lugar é o que normalmente chamamos de inferno, onde o diabo e todos
os seus seguidores também serão castigados.
No entanto, para quem crê em Jesus e entregou sua vida a ele, esse dia será muito especial,
porque receberemos a vida eterna. Deus nos dará um corpo novo, que não envelhece nem fica
doente, e viveremos para sempre com Jesus, livres de toda tristeza e todo sofrimento (Apocalipse
21:3-4). A vida eterna no Céu será maravilhosa!
Porque Deus enviou seu filho ao mundo (o que diz a Bíblia)
Deus enviou Jesus à terra porque nos ama muito. Essa é a resposta mais simples que
podemos dar, e que a Bíblia resume bem em um dos versículos mais conhecidos no mundo todo,
João 3:16:
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer
não pereça, mas tenha a vida eterna.
- João 3:16
Essas são palavras do próprio Jesus, explicando um pouco da sua missão. Olhando para esse
versículo nós podemos entender um pouco melhor por quê Deus mandou enviou Seu Filho ao
mundo para nos salvar.
O problema do ser humano é o pecado. E o pecado leva à morte (Romanos 6:23), tanto física
como espiritual. A morte espiritual significa separação completa da Fonte da vida, Deus.
Como Deus nos ama tanto e não quer que nós pereçamos (morramos), passando uma
eternidade longe dele, Ele decidiu enviar o Seu próprio Filho para morrer no nosso lugar e pagar o
preço pelo nosso pecado (1 João 4:10). Todo aquele que acredita naquilo que Jesus disse,
acredita na Sua morte e ressurreição, e isso é suficiente para restaurar o seu relacionamento com
Deus, o preço já foi pago. Para essas pessoas, a morte espiritual não vai acontecer.
Assim nós podemos ter uma vida eterna com Deus.
Resumindo:
Deus nos ama muito.
Nós estávamos separados de Deus por causa do nosso pecado, e condenados a passar uma
eternidade longe dele.
Deus enviou Jesus para pagar o preço (sofrer a consequência) do nosso pecado, isto é, a morte.
Quem crê em Jesus como seu Senhor e Salvador não vai morrer eternamente, mas viver
eternamente com Deus.
Por que Jesus é chamado o Cordeiro de Deus?
Jesus é chamado o Cordeiro de Deus porque ele se ofereceu como sacrifício pelos nossos
pecados. No Antigo Testamento, um cordeiro era oferecido por quem se arrependia de seus
pecados. O cordeiro tomava o lugar dessa pessoa. Quando morreu na cruz, Jesus tomou nosso
lugar, como o cordeiro sacrificado.
O cordeiro no Antigo Testamento
A consequência do pecado é a morte e a separação de Deus (Romanos 3:23; Romanos 6:23).
Essa é a punição justa. Todos pecamos mas Deus nos ama e quer nos dar outra chance de ficar
com Ele. Sendo justo, Ele ainda tinha de exigir pagamento. Por isso, Ele permitiu que quem se
arrependesse usasse um cordeiro sem defeito como seu substituto. O cordeiro morria em seu
lugar para que voltasse a ter comunhão com Deus.
Veja aqui: o que é holocausto na Bíblia?
Essa substituição está presente na primeira Páscoa, no Egito. O anjo da morte ia passar pelo
Egito e matar o primeiro filho de cada família, por causa dos pecados desse povo. Mas Deus
mandou o povo de Israel sacrificar um cordeiro por cada família, em substituição do primeiro filho.
Os israelitas passaram o sangue dos cordeiros nos umbrais das portas de suas casas. Assim,
quando o anjo da morte passou por suas casas, viu que já tinha havido morte lá e não tocou neles
(Êxodo 12:21-23).
Mas a morte de um cordeiro era um sacrifício imperfeito. Afinal, era só um cordeiro, não podia
mudar a natureza pecaminosa da pessoa. Sempre que a pessoa pecava, ficava novamente em
dívida. Por isso, cordeiros tinham de ser sacrificados regularmente. O sacrifício do cordeiro era um
sinal de fé de um sacrifício maior que um dia iria ser feito (Hebreus 10:1-4).
Veja também: o que é a propiciação e expiação dos pecados.
Jesus, o Cordeiro
Todo sacrifício que podíamos fazer seria sempre imperfeito. Por isso, Deus preparou o sacrifício
perfeito: Ele mesmo. Ele se tornou um homem e passou por tudo que nós passamos, mas sem
pecar (Hebreus 2:14-15). Ele se tornou o sacrifício perfeito pelos nossos pecados.
João Batista chamou Jesus de “o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
Jesus se ofereceu para morrer em nosso lugar. Ele foi como um cordeiro: sem defeito.
Como Jesus nunca pecou e era Deus, seu sacrifício foi muito maior que um cordeiro. Ele pagou
um preço tão alto que pode cobrir os pecados de todos que o aceitam como seu salvador. Jesus
foi o grande sacrifício que Deus fez por nós, o Cordeiro de Deus.
O que é a propiciação e expiação dos pecados?
Apropiciação e expiação dos pecados é o pagamento pelos pecados para fazer justiça e
obter o perdão de Deus. No Antigo Testamento a propiciação era feita pelo sacrifício de animais.
No Novo Testamento, Jesus veio e se tornou no sacrifício perfeito pelos pecados de todo o
mundo.
Deus é justo e perfeito, por isso não pode deixar o pecado sem punição. Todos pecamos e a
consequência do pecado é a morte e a separação de Deus (Romanos 3:23; Romanos 6:23). O
pecado tem de ser castigado para haver justiça.
Veja aqui: Deus é justo?
Mas Deus nos ama e quer nos dar outra chance para estar com Ele. Por isso Deus nos deu outra
forma de pagar pelos pecados: com um substituto. O substituto inocente morreria no lugar do
transgressor, pagando o preço por seus pecados e desviando a ira de Deus. Assim, o pecado
seria punido mas sem destruir o pecador. Isso é propiciação, ou expiação.
No Antigo Testamento o substituto era um animal sem defeito. A pessoa arrependida de seus
pecados sacrificava o animal a Deus, como propiciação pelos seus pecados. Mas um animal era
um pobre substituto para expiar o pecado de um ser humano. Era preciso fazer sacrifícios
regulares porque a pessoa continuava pecando e o animal não podia pagar todos os pecados
(Hebreus 10:1-4). O sacrifício de animais era apenas um símbolo do sacrifício perfeito:
Jesus.
No Novo Testamento, Deus veio à terra na forma de um homem para pagar o preço por nossos
pecados (João 1:29). Deus foi o nosso substituto. Só Deus podia pagar o preço total porque só
Ele é perfeito, sem pecado.
Veja mais: porque Jesus é chamado o Cordeiro de Deus?
Jesus foi o sacrifício perfeito. Ele morreu por todos. Sua morte serviu de propiciação, porque
desviou de nós o castigo pelo pecado. Quem aceita Jesus como seu salvador tem seus
pecados expiados pelo seu sacrifício; está limpo do pecado. Já não é preciso oferecer
sacrifícios repetidamente, porque Jesus pagou por todos os pecados (Hebreus 9:27-28; 1 João
2:1-2). Basta se arrepender e pedir perdão.
O que é holocausto na Bíblia?
Um holocausto era um sacrifício totalmente queimado para Deus. O animal era morto e seu
sangue era derramado sobre o altar onde a carcassa era queimada (Êxodo 29:16-18). O
holocausto servia como pagamento pelo pecado.
Muito antes de Moisés receber a Lei de Deus, já era prática oferecer holocaustos a Deus. O
holocausto era um animal sem defeito (boi, carneiro, bode ou pomba), que servia como
substituto, levando o pecado da pessoa que o oferecia (Levítico 1:3-4).
Os israelitas deveriam oferecer holocaustos individualmente e como nação. Todos os dias
holocaustos eram oferecidos a Deus pelo pecado do povo. Havia também datas e situações
especiais em que as pessoas deveriam dar um holocausto a Deus. Era necessário oferecer
holocaustos regularmente porque as pessoas voltavam a pecar e precisavam de novo do perdão
de Deus.
Veja aqui: o que é a propiciação e expiação dos pecados?
Qual era o significado do holocausto?
O holocausto era uma forma receber perdão de Deus pelos pecados. Deus é justo, por isso o
pecado precisa ser punido. O castigo pelo pecado é a morte e a separação eterna de Deus. Mas
Deus nos ama e quer ter um relacionamento conosco. Por isso, Ele permitiu o sacrifício da morte
de um substituto inocente e sem defeito, em lugar do pecador (Levítico 17:11).
O holocausto apenas tinha valor se a pessoa se arrependesse do pecado. O holocausto
mostrava que a pessoa entendia as consequências do pecado mas queria mudar de vida. O fogo
consumia completamente o holocausto, assim como o castigo de Deus consome o pecado. O
sangue derramado do animal representava a morte da pessoa que tinha cometido pecado.
O holocausto não servia para “alimentar” Deus. Ele não precisa de sacrifícios para comer (Salmos
50:12-15). O holocausto servia para salvar as pessoas do pecado, não para o benefício de
Deus.
O holocausto e Jesus
O sacrifício de animais não podia apagar completamente o pecado. Sempre que a pessoa cometia
outro pecado, precisava fazer novo holocausto. Mas quando Jesus morreu na cruz em nosso
lugar, ele fez o sacrifício perfeito e definitivo (Hebreus 10:10-12). Jesus substituiu todos os
holocaustos.
Veja também: por que Jesus é chamado o Cordeiro de Deus?
O holocausto apontava para Jesus, que iria levar todos os nossos pecados, derramando seu
sangue na cruz. O sacrifício de Jesus faz o que os holocaustos não podiam fazer: ele muda
nossos corações.
O que é a propiciação e expiação dos pecados?
Apropiciação e expiação dos pecados é o pagamento pelos pecados para fazer justiça e
obter o perdão de Deus. No Antigo Testamento a propiciação era feita pelo sacrifício de animais.
No Novo Testamento, Jesus veio e se tornou no sacrifício perfeito pelos pecados de todo o
mundo.
Deus é justo e perfeito, por isso não pode deixar o pecado sem punição. Todos pecamos e a
consequência do pecado é a morte e a separação de Deus (Romanos 3:23; Romanos 6:23). O
pecado tem de ser castigado para haver justiça.
Veja aqui: Deus é justo?
Mas Deus nos ama e quer nos dar outra chance para estar com Ele. Por isso Deus nos deu outra
forma de pagar pelos pecados: com um substituto. O substituto inocente morreria no lugar do
transgressor, pagando o preço por seus pecados e desviando a ira de Deus. Assim, o pecado
seria punido mas sem destruir o pecador. Isso é propiciação, ou expiação.
No Antigo Testamento o substituto era um animal sem defeito. A pessoa arrependida de seus
pecados sacrificava o animal a Deus, como propiciação pelos seus pecados. Mas um animal era
um pobre substituto para expiar o pecado de um ser humano. Era preciso fazer sacrifícios
regulares porque a pessoa continuava pecando e o animal não podia pagar todos os pecados
(Hebreus 10:1-4). O sacrifício de animais era apenas um símbolo do sacrifício perfeito:
Jesus.
No Novo Testamento, Deus veio à terra na forma de um homem para pagar o preço por nossos
pecados (João 1:29). Deus foi o nosso substituto. Só Deus podia pagar o preço total porque só
Ele é perfeito, sem pecado.
Veja mais: porque Jesus é chamado o Cordeiro de Deus?
Jesus foi o sacrifício perfeito. Ele morreu por todos. Sua morte serviu de propiciação, porque
desviou de nós o castigo pelo pecado. Quem aceita Jesus como seu salvador tem seus
pecados expiados pelo seu sacrifício; está limpo do pecado. Já não é preciso oferecer
sacrifícios repetidamente, porque Jesus pagou por todos os pecados (Hebreus 9:27-28; 1 João
2:1-2). Basta se arrepender e pedir perdão.
Por que Jesus é chamado de Filho do Homem?
Jesus se chamava de Filho do Homem como forma de revelar sua identidade. Ele era ao
mesmo tempo Deus e homem. Ao se chamar Filho do Homem, Jesus se identificava com toda a
humanidade.
No Velho Testamento, chamar alguém de “filho do homem” é o mesmo que chamá-lo de “homem”.
É como dizer “descendente de seres humanos” (Salmos 8:4). Esse é o uso mais comum dessa
expressão. Mas em Daniel 7:13-14, a pessoa “semelhante a um filho do homem” é uma referência
ao Messias, o Salvador do mundo. Os judeus do tempo de Jesus esperavam a vinda do Filho do
Homem.
Veja aqui outros títulos e nome de Jesus na Bíblia.
Jesus usava o título “Filho do Homem” quando falava sobre sua missão e sua autoridade divina.
Ele provavelmente se chamava de Filho do Homem por dois motivos:
Para dizer que era humano – mesmo sendo Deus e tendo muito poder, Jesus era tão humano
como nós; ele nos entende e pode nos ajudar a vencer o pecado
Para se identificar como o Messias – Jesus citava o profeta Daniel; ele podia estar se
identificando com a pessoa da visão de Daniel, indicando que ele era o Messias tão aguardado
Jesus é Filho de Deus e Filho do Homem. Aqui na terra, ele foi o Homem perfeito. Ele passou por
tudo que nós passamos na vida mas não cometeu pecado (Hebreus 2:16-18). Jesus foi o
exemplo de verdadeira humanidade, segundo o plano original de Deus. Jesus é a ligação
entre o homem e Deus. Só ele pode nos unir a Deus, porque só ele é totalmente Deus e
totalmente homem ao mesmo tempo.
Por que Deus se fez homem?
Deus se fez homem para cumprir o Seu plano de salvar a humanidade. É certo que, sendo Ele
Deus, poderia salvar o homem sem precisar vir à terra, se encarnar. Mas sem derramamento de
sangue não poderia haver remissão de pecados - Hebreus 9:22.
Deus também se tornou homem para mostrar que nos entende e tem um caminho melhor
para nós. Ele viveu e sofreu como todos nós mas não pecou. Jesus venceu o pecado e pode nos
ajudar a vencer também (Hebreus 2:17-18).
Qual a importância do derramamento de sangue?
O preço do pecado é a morte e a separação de Deus. A única forma de pagar pelos pecados é
pela morte. Mas como Deus nos ama, Ele permitiu que quem estava arrependido usasse um
substituto. Um animal inocente morreria em seu lugar, como sacrifício.
No Antigo Testamento há várias passagens que nos mostram a importância de oferecer
um sacrifico de sangue, que simbolizava o perdão de pecados. Para isso, eram oferecidos
animais sem manchas ou defeitos, que eram sacrificados, pagando assim os pecados dos
homens. Mas o sangue de animais era um sacrifício imperfeito, que não podia tirar todos os
pecados permanentemente (Hebreus 10:1-4). Por isso, Deus se tornou um homem para fazer o
sacrifício perfeito.
Veja aqui: o que é a propiciação e expiação dos pecados?
Alguns sacrifícios importantes mencionados na Bíblia
Quando Deus vestiu Adão e Eva, precisou matar um animal - Gênesis 3:21.
Quando Abel e Caim ofereceram seus sacrifícios, Abel, além de ter dado da sua primazia,
ofereceu um animal, uma oferta de sangue - Gênesis 4.
Os sacerdotes ofereciam sacrifícios de animais pelos seus pecados e os do povo.
Quando Cristo veio à terra, veio substituir esses sacrifícios. Ele é o sacrifício único e vivo, Ele
veio para apaziguar a ira de Deus. Nada que o homem fizesse satisfaria a Sua ira, por isso
sangue inocente foi derramado, em troca da "liberdade" de outra vida.
Ele também veio à terra, na pessoa de Jesus Cristo, por amor ao homem, pois o homem, por si
só, nunca poderia ter acesso a Ele. O pecado criou uma barreira entre Deus e o homem e só
Deus poderia quebrar essa barreira. Deus se fez homem para pagar o preço pelos nossos
pecados.
O que significa Jesus? Qual significado deste nome?
Jesus é a forma grega do nome hebraico Yeshua, ou Josué, e significa “o Senhor salva”. O
seu nome aponta para aquilo que Ele veio fazer: salvar o mundo dos seus pecados.
Quando Maria ficou grávida, um anjo apareceu a José em sonho e lhe disse para chamar a
criança Jesus, porque ele ia salvar o povo dos seus pecados (Mateus 1:20-21). Seu nome era
mais um sinal que Jesus era o Messias, o Salvador prometido.
Jesus tinha sobrenome?
Não, Jesus não tinha sobrenome. No tempo de Jesus, era normal só ter um nome próprio, sem
sobrenome. Para diferenciar pessoas com o mesmo nome, identificavam com:
Seu título – como “rei” ou “sacerdote”
Sua profissão – como “carpinteiro” ou “coletor de impostos”
Sua terra natal – como “gadareno” ou “de Nazaré”
Sua família – como “filho de Zebedeu” ou “filho do carpinteiro”
Suas caraterísticas físicas – como “o cego”
Jesus era um nome muito popular entre os judeus. Por isso, Jesus é identificado nos evangelhos
como “o carpinteiro”, “o nazareno”, “filho do carpinteiro”, “filho de Maria” e “o Mestre” . Isso
ajudava a distinguir Jesus de todos os outros homens com o mesmo nome.
Para diferenciar de todos os outros nomes, Jesus é intitulado "o Cristo". Porque Nele cumpriu-se a
promessa de Deus da chegada do Reino eterno, do Seu Ungido e Salvador da humanidade, o
Senhor Jesus Cristo. Por isso, Ele recebeu um nome que está acima de todo nome, no céu e na
terra (Filipenses 2:9).
Veja também: segundo a Bíblia, o que significa Rabôni?
Outros títulos de Jesus
Alguns títulos dados a Jesus na Bíblia são:
Emanuel – significa “Deus conosco” e revela que Jesus é Deus que veio à terra para estabelecer
contato direto conosco.
Cristo/Messias – ambos significam “ungido”, em grego e hebraico, respetivamente. Descubra
aqui: por que Jesus é chamado Cristo?
Filho do Homem – Jesus é completamente humano e serve como representante da humanidade
perante Deus. Leia aqui mais sobre por que Jesus é chamado de Filho do Homem.
Filho de Deus – Jesus também é completamente Deus, unido a Deus Pai e representante de
Deus na terra.
Outros nomes de Jesus (Isaías 9:6, (Apocalipse 19:16):
Maravilhoso
Conselheiro
Deus forte
Pai da Eternidade
Príncipe da Paz
Rei dos Reis
Senhor dos Senhores
Por que Jesus é chamado Cristo?
Jesus é chamado Cristo na Bíblia porque ele é o salvador prometido por Deus. Cristo não
era o nome próprio de Jesus; era uma indicação de sua função, sua missão. Cristo significa
“ungido”.
Cristo é a versão grega da palavra hebraica “Messias” (João 1:41). O Messias no Antigo
Testamento era o salvador do mundo, ungido por Deus. Os judeus aguardavam com esperança a
vinda do Messias. Quando Jesus veio ao mundo, ele foi reconhecido como o Cristo.
Na Bíblia, a unção era um sinal que alguém tinha sido escolhido por Deus para uma missão
especial. O ungido era dedicado ao trabalho de Deus. Várias pessoas foram ungidas no Antigo
Testamento:
Davi – como rei de Israel, dedicado a liderar o povo de Deus de maneira correta e temente a Deus
– 1 Samuel 16:13
Eliseu e Jeú – Jeú foi ungido como rei de Israel, para fazer a vontade de Deus, e Elizeu foi ungido
como profeta de Deus – 1 Reis 19:16
Arão e seus filhos – ungidos como sacerdotes, para servir no tabernáculo de Deus – Êxodo
40:13-15
Objetos também podiam ser ungidos, indicando que seriam usados exclusivamente para a obra
de Deus, normalmente no templo. A unção indicava uma vida consagrada a Deus.
Veja aqui: o que é a unção de Deus?
O Cristo nas profecias
O Antigo Testamento também profetizou sobre a vinda do Cristo, uma pessoa com uma unção
especial para salvar o mundo. O Cristo traria restauração e salvação a todos que estão tristes,
cansados e em sofrimento (Isaías 61:1-3). O Cristo seria um grande príncipe mas também deveria
morrer, para a salvação de nossos pecados (Daniel 9:25-26).
Veja também: o que significa Jesus?
Quando Jesus veio ao mundo, ele cumpriu todas as profecias sobre o Cristo. Os discípulos
reconheceram-no como o Cristo prometido e ele ficou conhecido como Jesus Cristo (Mateus
16:15-17). Ele não era apenas mais um profeta ou rei ungido por Deus; ele era o Salvador. Quem
confessa que Jesus é o Cristo está dizendo que acredita que Jesus é o salvador do
mundo (1 João 5:1).
O que é a unção de Deus?
Aunção de Deus é a capacitação que Deus dá a todo crente para O servir. A unção de Deus
nos santifica, purificando-nos do pecado. A unção é sinal de dedicação a Deus.
O que significa unção?
Unção significa que algo ou alguém foi ungido – literalmente significa que óleo foi
derramado sobre ele.
Antigamente, as pessoas se untavam com óleo por motivos de higiene e beleza. O óleo faz bem à
pele e óleos aromáticos faziam as pessoas cheirar bem. Alguns tratamentos médicos também
usavam óleo como pomada.
Ungir com óleo também tinha outros significados:
Dar honra a um convidado
Mostrar felicidade
Indicar o fim do luto
Veja também: o que a Bíblia fala sobre luto?
Unção no Antigo Testamento
No Antigo Testamento, a unção também tinha motivos religiosos. A coisa ou a pessoa ungida era
abençoada e escolhida por Deus para cumprir um propósito especial. A Bíblia fala sobre a unção
de:
Objetos – todos os objetos do templo eram ungidos para indicar que eram sagrados. Os objetos
ungidos eram usados exclusivamente no serviço do templo, não podiam ter qualquer outra função
– Êxodo 40:9-11
Sacerdotes – para indicar o início de seu ministério sagrado no templo, com a aprovação de Deus
– Êxodo 40:13-15
Profetas – alguns profetas eram ungidos para começar seu ministério profético, sendo
reconhecidos oficialmente como mensageiros de Deus – 1 Reis 19:16
Reis – o rei era ungido para mostrar que tinha sido escolhido para governar o povo de Israel,
obedecendo a Deus – 1 Samuel 16:13
Unção de Deus no Novo Testamento
Cristo e Messias significam “ungido”. Jesus foi ungido por Deus, com o Espírito Santo, para
realizar seu ministério e salvar o mundo (Lucas 4:18-19).
Veja aqui: porque Jesus é chamado Cristo?
Todo que aceita Jesus como seu salvador é ungido por Deus, escolhido como Seu
filho. Quando uma pessoa se converte, ela recebe a unção do Espírito Santo (2 Coríntios 1:21-
22). Essa pessoa se torna sacerdote de Deus, consagrado e equipado para O servir e proclamar o
evangelho (1 Pedro 2:9-10). Essa é a unção de Deus.
A unção de Deus não é um dom reservado apenas a alguns crentes especiais, é para todos.
Pessoas diferentes têm ministérios e dons diferentes mas a unção de Deus é a mesma para todo
crente. Unção e dom são duas coisas diferentes. A unção indica nossa eleição como povo de
Deus; o dom é uma bênção individual, dando uma capacidade específica.
Jesus, o leão da tribo de Judá: o que isso significa?
Jesus é o Leão de Judá, mas por quê? Ele é chamado o leão da tribo de Judá porque ele é o rei e
sua família era da tribo de Judá. Deus tinha prometido que o salvador viria de Judá. O leão
representa a força e o poder.
Em Apocalipse 5:5, Jesus é descrito como o leão da tribo de Judá. Essa é uma referência a uma
profecia de Jacó sobre a descendência de seu filho Judá. Cada um dos filhos de Jacó deu seu
nome a uma tribo de Israel. No seu leito de morte, Jacó profetizou que Judá seria como um leão,
que reina e tem poder (Gênesis 49:9-10).
O leão é o rei dos animais. Por causa de sua força, o leão domina sobre seu território e todos os
animais o temem. Por isso, o leão se tornou símbolo da realeza. Jacó profetizou que de Judá
sairia um reinado eterno.
Pelos seus pais terrenos, Jesus era descendente do rei Davi, que era da tribo de Judá. O reino de
Davi terminou mas o reino de Jesus é para sempre! Ele é o verdadeiro leão de Judá, porque
todo poder e toda a força pertencem a ele (Filipenses 2:9-11).
Jesus venceu todos os inimigos, até mesmo a morte! Ele é o rei sobre todas as coisas.
Leia aqui mais sobre como é o Reino de Deus.
O simbolismo do leão na Bíblia
Na Bíblia, o leão é usado muitas vezes para representar força e poder. O leão não tem medo e
enfrenta seus inimigos com coragem (Provérbios 28:1). Ele impõe respeito. O leão é
considerado o rei dos animais e o mais imponente da selva.
Mas a figura do leão nem sempre está associada à nobreza e a coisas boas. Também pode
representar a ferocidade e a violência. O leão persegue sua presa com astúcia e ataca sem
misericórdia. Sua mordida é fatal. É por isso que a Bíblia diz que o diabo é como um leão que
quer nos devorar (1 Pedro 5:8). Em algumas passagens, o ataque do leão também representa o
castigo de Deus.
O que é o Reino de Deus?
OReino de Deus é onde Jesus é rei. Na Bíblia, o Reino de Deus é um reino espiritual que um dia
dominará tudo. Esse reino começou agora, dentro do coração de cada pessoa que aceitou Jesus
como seu senhor e salvador.
Deus reina sobre tudo, nada acontece sem sua permissão. O mundo todo pertence a Deus,
porque Ele o criou. Mas quando o pecado entrou no mundo, nós nos rebelamos contra a
soberania de Deus. Deus continua sendo o rei sobre tudo mas enquanto nós estamos no pecado
rejeitamos Sua autoridade sobre nós. Tornamo-nos escravos do diabo.
Por isso, Deus enviou Jesus para restabelecer o Reino, através de Sua morte e ressurreição.
Quem aceita Jesus como seu salvador deixa de pertencer ao reino das trevas e se torna cidadão
do Reino de Deus (Colossenses 1:13-14).
Leia aqui: por que Deus enviou Jesus à terra?
O futuro Reino de Deus
No fim dos tempos, quando Jesus voltar, o Reino de Deus será restabelecido como no início. O
diabo e o pecado serão destruídos e Deus será rei sobre todos novamente. Não haverá mais
tristeza nem sofrimento e a justiça e a paz reinarão (Romanos 14:17). Quem aceitar Jesus como
seu salvador e não desistir herdará a vida eterna no Reino de Deus.
Veja também: segundo a Bíblia quem não entrará no Reino dos Céus?
O Reino de Deus agora
O Reino de Deus ainda não foi completamente estabelecido mas já começou. Jesus explicou
isso na parábola do grão de mostarda: a semente do Reino foi lançada e continua crescendo
(Lucas 13:18-19). Cada pessoa que aceita Jesus faz crescer o Reino. Um dia o Reino encherá
toda a terra mas até lá ele cresce dentro de nossos corações.
Segundo a Bíblia quem não entrará no Reino dos Céus?
ABíblia diz que só os salvos entrarão no Reino dos Céus. Deus nos ama e quer que todos
sejam salvos mas o pecado nos separa d'Ele. Por isso, Ele enviou Jesus para pagar por nossos
pecados. Quem rejeita Jesus e morre em seus pecados não irá para o Céu.
Em 1 Coríntios 6:9-11 e Apocalipse 22:14-15 encontramos uma lista de pessoas que não entrarão
no Reino do Céus. Não há lugar para o pecado no Céu, todos os pecadores estão condenados.
Mas Jesus pode nos purificar de todo o pecado, quando O aceitamos como salvador.
Sempre que a Bíblia fala sobre quem não entrará no Reino dos Céus, ela contrasta com quem foi
salvo por Jesus. Em Jesus temos uma nova identidade purificada, livre do pecado. O pecado
já não nos define e podemos vencê-lo. Não pertencemos mais às trevas mas à luz.
Leia aqui: como posso ter a certeza da vida eterna?
As listas de quem não entrará no Reino dos Céus se referem principalmente a descrentes mas
também servem de aviso aos crentes. Jesus morreu e ressuscitou para podermos viver uma vida
livre do pecado. Agora podemos rejeitar o pecado e viver de maneira que agrada a Deus. Com a
ajuda de Jesus, cada crente deve lutar contra o pecado em sua vida, não vivendo mais
como quem está longe de Deus.
“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.” - Gálatas 5:22-23
As 12 tribos de Israel na Bíblia (seus significados)

Pr. Marcelo Teixeira Mallet


 
Pastor Batista
As doze tribos de Israel têm os nomes dos doze filhos de Jacó: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã,
Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim. Os dois filhos de José, Manassés e
Efraim, também se tornaram tribos de Israel. A tribo de Levi não recebeu herança como as outras.
Depois de um encontro com Deus, Jacó teve seu nome mudado para Israel. Assim como seus
descendentes ficaram conhecidos como o povo de Israel, os descendentes de cada um de seus
filhos se tornaram tribos com seus nomes. Quando conquistaram a região, cada tribo recebeu
uma porção da terra de Israel.
As doze tribos foram:
1. Rúben
Rúben foi o primeiro filho de Jacó, que ele teve com Lia. Apesar de ser o filho mais velho,
Rúben não recebeu o direito de filho mais velho de ser o próximo chefe da família e de receber
uma herança maior. Ele perdeu esse direito devido a seu pecado. Rúben teve relações com uma
das concubinas de Jacó, desonrando seu pai (Gênesis 49:3-4).
Nos 40 anos no deserto, alguns homens da tribo de Rúben se rebelaram contra Moisés e Arão
sendo punidos por Deus. Mais tarde, a tribo de Rúben decidiu ficar do lado leste do rio Jordão,
mas ajudou os outros israelitas a conquistarem o resto de Israel debaixo de Josué.
Descubra aqui a história do povo de Israel.
2. Simeão
Simeão foi o segundo filho de Lia. Com Levi, ele matou todos os homens da cidade onde sua irmã
fora estuprada. A tribo de Simeão não teve grandes homens notáveis.
3. Levi
Outro filho de Lia, Levi era um homem violento. No entanto, a tribo de Levi foi escolhida por Deus
para ser uma tribo consagrada a servir a Deus. Somente a tribo de Levi poderia trabalhar no
cuidado do templo (Números 3:6-8).
Moisés, Arão e Miriam eram da tribo de Levi. Os descendentes de Arão se tornaram os
sacerdotes de Israel. Devido a sua consagração a Deus, a tribo de Levi não recebeu terra própria,
ficando espalhada pelo país.
Veja a história de Moisés.
4. Judá
Judá era o quarto filho de Lia. Foi ele que teve a ideia de vender José como escravo e, em outra
ocasião, ele foi enganado e dormiu com sua nora.
Judá se tornou a maior tribo de Israel e, mais tarde, um reino separado. O rei Davi e seus
descendentes eram da tribo de Judá e Deus prometeu que o Salvador viria dessa tribo (Gênesis
49:10). Como descendente de Davi, Jesus era da tribo de Judá.
Veja também: Jesus, o leão da tribo de Judá (o que isso significa)
5. Dã
Dã foi primeiro filho de Jacó com sua concubina Bila, serva de Raquel. A tribo de Dã era pequena
e ficou conhecida por sua violência e idolatria.
6. Naftali
Naftali foi o segundo filho de Bila. Baraque, o líder militar no tempo da juíza Débora,
provavlemente veio de Naftali.
7. Gade
Gade foi o filho da outra concubina de Jacó, chamada Zilpa, serva de Lia. A tribo de Gade
também se instalou a leste do rio Jordão, com a tribo de Rúben. Alguns guerreiros valentes de
Gade se aliaram a Davi quando ele ainda andava foragido, antes de ser rei.
8. Aser
Aser foi o segundo filho de Zilpa. A tribo de Aser recebeu uma porção da terra de Israel, mas não
conseguiu expulsar vários dos outros povos que moravam em seu território.
9. Issacar
Issacar foi o quinto filho de Lia, que ela teve depois de um tempo sem conseguir ter filhos. A tribo
de Issacar produziu um juiz de Israel, chamado Tolá, que liderou o país durante 23 anos.
Depois que Israel ficou dividido em dois países (Israel e Judá), um homem de Issacar, chamado
Baasa conspirou contra o rei de Israel e o matou (1 Reis 15:27-28). Baasa se tornou rei, mas não
obedeceu a Deus. Seu filho e sucessor durou pouco tempo como rei e também foi assassinado.
10. Zebulom
Zebulom foi o último filho homem de Lia. Depois que teve Zebulom, Lia teve uma filha chamada
Diná e parou de ter filhos. Elom, que liderou Israel durante dez anos, veio da tribo de Zebulom.
11. José
Primeiro filho de sua mãe Raquel, José era o favorito de seu pai, porque nascera quando Jacó
já era idoso. Por causa disso, seus irmãos o odiavam e um dia o venderam como escravo. José
passou vários anos como escravo no Egito, mas depois foi usado por Deus para salvar todo o
povo da fome!
Veja a história de José do Egito.
José ficou muito poderoso e se tornou o chefe de sua família, depois que Jacó morreu. Jacó
adotou os dois filhos de José, concedendo-lhes direito igual na herança com os irmãos de José
(Gênesis 48:5). Assim, José deu origem a duas tribos, com o nome de seus
filhos: Manassés e Efraim. Vários líderes vieram dessas duas tribos, como Josué, Gideão e
Samuel.
12. Benjamim
Benjamim foi o último filho de Jacó. Sua mãe Raquel morreu no parto e ele se tornou o
protegido de seu pai e seus irmãos (Gênesis 35:16-18). Seu encontro com José no Egito foi muito
emocional, porque era seu único irmão inteiro.
A tribo de Benjamim teve uma história conturbada. Na época quando não havia rei, os homens de
uma cidade de Benjamim estupraram e mataram a concubina de um levita. Por causa disso, o
resto de Israel se juntou contra eles e quase exterminaram a tribo de Benjamim.
Um homem de Benjamim foi escolhido para ser o primeiro rei de Israel – Saul. Mas, Saul foi um
mau rei e ele e sua família foram mortos. Mais tarde, a tribo de Benjamim ficou unida a Judá
quando o resto de Israel se separou para formar um reino independente. Outras pessoas famosas
de Benjamim foram Mardoqueu, Ester e o apóstolo Paulo.
Doze ou treze tribos?
Na Bíblia, as tribos de Israel são sempre referidas como sendo doze. Apesar de José se ter
tornado duas tribos, a tribo de Levi era considerada uma tribo à parte, devido a sua consagração a
Deus (Números 1:47-49). A tribo de Levi representava todo o povo diante de Deus e não recebeu
herança como as outras tribos.
Quem foram os reis de Israel e Judá?
Três reis reinaram sobre todo o povo unido de Israel: Saul, Davi e Salomão. Depois os
israelitas se dividiram em "dois países": Judá, a sul, e Israel, a norte. Os reis de Judá eram
descendentes de Davi mas os reis de Israel vieram de várias famílias e tribos diferentes.
História dos reis de Israel
Antes da monarquia, o povo de Israel era liderado por Juízes, líderes nomeados por Deus que
uniam o povo contra seus inimigos. Mas quando Samuel, o último juiz, estava idoso, os israelitas
exigiram um rei, para serem como outros povos. Então Deus escolheu Saul como primeiro rei de
Israel. Mas Saul desobedeceu a Deus e outro homem foi escolhido como seu sucessor: Davi.
Este foi o rei mais conhecido na história de Israel. Salomão seu filho, foi o seu sucessor, sendo
conhecido como o homem mais sábio de toda a história.
Monarquia dividida
Deus prometeu que a casa de Davi sempre teria um rei no trono (2 Samuel 7:16-17). Mas seus
descendentes desobedeceram a Deus e perderam o apoio de dez das tribos de Israel. Assim, o
reino ficou dividido: as tribos de Judá e Benjamim formaram o reino de Judá e se mantiveram
leais à família de Davi, enquanto que as outras tribos se juntaram e formaram o reino de Israel.
Quantos reis teve Judá e Israel?
O reino de Judá teve 20 - 19 reis e uma rainha - ao longo de 340 anos, enquanto que o reino de
Israel teve 20 reis ao longo de 200 anos (contando com Isbosete). Como os reis de Israel sofriam
golpes e eram depostos com alguma frequência, tinham, em média, reinados mais curtos que os
reis de Judá.
Reis do reino unido de Israel:
Saul - primeiro rei de Israel, desobedeceu a Deus e foi rejeitado por Ele como rei. Segundo Atos
dos Apóstolos 13:21 Saul reinou 40 anos sobre Israel.
Is-Bosete* - filho de Saul, esteve a cargo das tribos de Israel desde a morte de seu pai (enquanto
Davi foi ungido rei sobre Judá), mas foi proclamado rei 2 anos antes de sua morte*. Ele foi o chefe
de 10 tribos durante o mesmo período que Davi reinou sobre Judá, até que foi assassinado por
antigos aliados. Depois disso Davi foi proclamado rei sobre todas as tribos de Israel.
Davi - nomeado por Deus como sucessor de Saul, reinou 7 anos sobre Judá e 33 sobre todo o
Israel; Deus prometeu que sempre teria um descendente seu no trono.
Salomão - filho de Davi, foi o rei mais rico e sábio de sempre; ele construiu o templo de
Jerusalém. Depois de sua morte houve uma grande cisão entre o povo de Israel. Os reinos foram
divididos em Reino do Norte - Israel e Reino do Sul - Judá.
*Nota: Depois da morte de Saul houve um intervalo de 7 anos e meio, até que Davi reinasse
sobre todo o Israel. Como entender os 2 anos de reinado de Isbosete em Israel e os 7 anos
que Davi reinou em Judá? Nesse meio tempo, é provável que a casa de Saul - por meio de
Isbosete, e sob a forte liderança de Abner, estivesse se recuperando da derrota para os filisteus e
buscando o apoio de aliados em todas as tribos para a casa de Saul.
O texto não é explícito, mas provavelmente, após estarem numa situação mais estável, Abner,
comandante do exército de Israel, tenha proclamado Is-bosete "oficialmente" rei. Isso teria
acontecido 2 anos antes de sua morte (2 Samuel 2:8-11). A partir daí, iniciou-se outro período
turbulento, com a guerra entre as famílias de Davi e Saul - capítulos 2 a 4 de 2 Samuel.
Por isso, entendemos que o sucessor de Saul, Isbosete, liderou (inativa e oficialmente) Israel 7
anos, simultâneos ao tempo que Davi reinou sobre Judá (2 Samuel 5:4-5). Apesar de haver
alguma controvérsia na interpretação cronológica desse período, esta linha interpretativa parece
ser a mais aceitável entre os estudiosos.
Reis de Israel (Reino do Norte):
Jeroboão I - da tribo de Efraim, se rebelou contra Salomão, depois liderou a revolta contra
Roboão, tornando-se rei de dez das tribos de Israel; não seguiu a Deus e promoveu a idolatria em
Israel, por isso Deus prometeu destruir sua descendência
Nadabe - filho de Jeroboão, durou apenas dois anos, depois foi assassinado
Baasa - da tribo da Issacar, matou toda a família de Jeroboão e tomou o trono; cometeu os
mesmos pecados que Jeroboão
Elá - filho de Baasa, também foi ruim e foi assassinado depois de dois anos
Zinri - assassinou Elá e toda a família de Baasa; teve o reinado mais curto, de apenas sete dias
Onri - comandante do exército, foi proclamado rei depois que Elá foi morto e venceu todos os
rivais; ele estabeleceu Samaria como a capital do reino de Israel
Acabe - filho de Onri, ficou famoso por ser ruim e idólatra e se casar com Jezabel, que perseguia
os profetas de Deus; um profeta previu sua morte e a destruição de sua família; Acabe morreu em
batalha contra o rei da Síria
Acazias - filho de Acabe, foi ruim como seus pais e morreu depois de uma queda
Jorão - filho de Acazias, foi ruim mas não tão ruim quanto seu pai; morreu junto com seu primo
Acazias, rei de Judá, assassinados por Jeú
Jeú - comandante do exército, foi escolhido por Deus para destruir a família de Acabe; matou
Jezabel, os descendentes de Acabe e os profetas de Baal, mas continuou na idolatria
Jeoacaz - filho de Jeú, somente procurou a ajuda de Deus quando o país estava debaixo da
opressão do rei da Síria; Deus o livrou mas o exército ficou muito reduzido
Jeoás - filho de Jeoacaz, foi idólatra e teve muitos problemas com o rei da Síria
Jeroboão II - filho de Jeoás, foi idólatra mas foi usado por Deus para acabar com a opressão que
os israelitas estavam sofrendo
Zacarias - filho de Jeroboão, foi ruim e durou apenas seis meses, depois foi assassinado por
Salum
Salum - conspirou contra Zacarias e tomou o trono durante um mês; depois foi assassinado
Menaém - assassinou Salum e se tornou rei; continuou na tradição da idolatria
Pecaías - filho de Menaém, foi ruim e durou pouco tempo; foi assassinado por Peca
Peca - oficial do exército, conspirou contra Peca e se tornou rei; no seu reinado o rei da Assíria
conquistou várias partes do reino de Israel; Peca também morreu assassinado
Oséias - último rei de Israel, foi ruim mas não tão ruim como seus predecessores; se tornou
vassalo do rei da Assíria mas depois se rebelou e os assírios conquistaram Israel, deportando os
israelitas
Veja também: a História de Israel - de Abraão aos dias atuais.
Reis de Judá (Reino do Sul):
Roboão - filho de Salomão, foi tolo e se recusou a baixar os impostos pesados; por causa disso
dez tribos o rejeitaram e o país ficou dividido
Abias - filho de Roboão, foi um rei ruim, que não obedecia a Deus
Asa - filho de Abias, tinha o coração voltado para Deus; seu reinado foi marcado por guerras com
o reino de Israel
Josafá - filho de Asa, também obedeceu a Deus e procurou reduzir a idolatria em Judá
Jeorão - filho de Josafá, casou com Atalia, filha de Acabe, e foi influenciado pelos reis ruins de
Israel, se desviando de Deus
Acazias - filho de Josafá, também foi um rei ruim; ele e Jorão, rei de Israel, foram assassinados
por um israelita chamado Jeú
Atalia - mãe de Acazias, quando soube que seu filho estava morto, matou todos os netos (menos
um, que escapou) e tomou o trono; depois de sete anos foi deposta e assassinada
Joás - o único filho de Acazias que sobreviveu à chacina de sua avó, Joás foi proclamado rei aos
sete anos, quando Atalia foi deposta; ele obedeceu a Deus enquanto o sacerdote Joiada estava
vivo mas depois se desviou
Amazias - filho de Joás, obedeceu a Deus mas entrou em guerra contra Israel e perdeu; morreu
assassinado por conspiradores
Azarias/Uzias - filho de Amazias, obedeceu a Deus mas depois ficou orgulhoso e entrou numa
parte do templo que era proibido, por isso ficou com lepra
Jotão - filho de Uzias, obedeceu a Deus e fez algumas reparações no templo de Jerusalém
Acaz - filho de Jotão, colocou um altar idólatra no templo de Deus e até queimou um de seus
filhos como sacrifício a um ídolo
Ezequias - filho de Acaz, foi obediente a Deus e purificou o templo; durante seu reinado os
assírios conquistaram Israel mas Deus livrou o reino de Judá
Manassés - filho de Ezequias, teve o reinado mais longo de todos; ele foi tão ruim que Deus
prometeu destruir Judá, mas depois de uma grande derrota ele se arrependeu e se voltou para
Deus; mesmo assim, não acabou com a idolatria no país
Amom - filho de Manassés, continuou nos pecados de seu pai e morreu assassinado
Josias - filho de Amom, começou a reinar com oito anos; na idade adulta restaurou o templo e
promoveu a adoração a Deus, renovando a aliança entre Deus e os israelitas; foi o último rei de
Judá fiel a Deus
Jeoacaz - filho de Josias, foi ruim e reinou apenas três meses; foi deposto pelo faraó do Egito,
que colocou seu irmão no trono
Jeoaquim - filho de Josias, não seguiu a Deus e se tornou vassalo do rei da Babilônia; depois se
rebelou e morreu enquanto o exército babilônico sitiava Jerusalém
Joaquim - filho de Jeoaquim, desobedeceu a Deus e durou apenas três meses; foi levado cativo
para a Babilônia, onde passou o resto da vida
Zedequias - filho de Josias, foi colocado no trono pelo rei da Babilônia no lugar de seu sobrinho
Joaquim; quando se rebelou, os babilônios atacaram e destruíram Jerusalém, deportando os
judeus; Zedequias foi capturado e levado para a Babilônia; seus filhos foram assassinados
Os reis de Israel e Judá, por ordem cronológica
Governo em Israel depois do exílio na Babilônia
Depois que os judeus foram deportados para a Babilônia, a região de Israel foi dominada por
vários reinos e impérios diferentes. 70 anos depois do exílio, os judeus voltaram para sua terra
mas não como povo independente e não tinham um rei.
Durante um curto período entre o fim do Antigo Testamento e o início do Novo Testamento, uma
família conhecida como os Macabeus reinou sobre Israel, declarando independência. Eles eram
de uma família de sacerdotes, não da descendência de Davi, e seu reino não durou muito tempo.
Na época em que Jesus nasceu, havia um rei chamado Herodes que governava a região. Mas ele
não era judeu. Seu poder vinha do imperador de Roma e seus descendentes no trono foram todos
vassalos dos imperadores romanos.
Mas Deus não se esqueceu de sua promessa a Davi. Ele enviou Jesus como descendente de
Davi para ser o salvador do mundo (Lucas 1:32-33). Assim, a descendência de Davi ficou com um
rei no trono para sempre, no trono celestial.
Quem foram os juízes de Israel: a história segundo a Bíblia
Antes de existirem reis sobre Israel, o povo era governado por líderes escolhidos por Deus,
conhecidos como juízes. O primeiro grande juiz foi Moisés, que tirou os israelitas do Egito, que foi
sucedido por Josué, que liderou a conquista de Canaã. Depois de Josué, houve 14 juízes:
Otoniel
Eúde
Sangar
Débora
Gideão
Tolá
Jair
Jefté
Ibsã
Elom
Abdom
Sansão
Eli
Samuel
Samuel foi último juiz de Israel. Ele ungiu os dois primeiros reis de Israel: Saul e Davi. Depois
disso, Israel passou a ser uma monarquia.
Os juízes serviam como líderes políticos, militares e espirituais do povo de Israel. Na época dos
juízes, os israelitas estavam organizados por tribos e não havia um governo central organizado.
Os juízes eram apenas líderes temporários, que uniam as tribos contra inimigos em comum.
Moisés e Josué, os primeiros juízes
Deus levantou Moisés como juiz para libertar os israelitas da escravidão no Egito. Ele confrontou o
faraó e anunciou a libertação do povo de Deus com pragas sobre o Egito. Debaixo da liderança de
Moisés, o povo de Israel saiu do Egito, atravessou o Mar Vermelho a pé e viveu 40 anos no
deserto.
Quando Moisés morreu, seu segundo no comando, Josué, assumiu a liderança dos israelitas, com
a bênção de Deus (Deuteronômio 34:9). Josué liderou a conquista de Canaã, a terra prometida,
derrotando vários povos que moravam na região, como os habitantes da cidade de Jericó. Depois
da conquista, Josué repartiu a terra, que ficou conhecida como Israel, entre as tribos e houve paz
até sua morte.
Os juízes do livro de Juízes
Após sua instalação na terra prometida, os israelitas viveram alguns séculos de instabilidade. Por
várias vezes eles se desviaram de Deus e se entregaram à idolatria e a outros pecados. Sempre
que isso acontecia, outros povos vinham e oprimiam os israelitas. Mas, quando eles se voltavam
para Deus e se arrependiam, Deus levantava um juiz, que os levava à vitória contra seus inimigos.
A vitória era seguida por um tempo de paz, até os israelitas se desviarem outra vez. Essa época é
o tema do livro de Juízes (Juízes 2:18-19).
Os juízes escolhidos por Deus foram:
Otoniel
Tribo: Judá
Inimigo: Cuchã-Risataim, rei da Mesopotâmia
Anos de opressão: 8
Anos de paz: 40
Otoniel era sobrinho de Calebe, um dos líderes dos israelitas durante a conquista de Canaã. Ele
era um grande guerreiro e, quando o rei da Mesopotâmia oprimiu seu povo, Otoniel liderou a luta
contra ele. Debaixo de Otoniel, o povo de Israel venceu esse inimigo e viveu em paz até sua
morte, 40 anos depois.
Eúde
Tribo: Benjamim
Inimigos: Eglom, rei de Moabe, com os amalequitas e amonitas
Anos de opressão: 18
Anos de paz: 80
Eúde era um homem canhoto que usou essa diferença para derrotar o rei de Moabe. Ele
escondeu uma pequena espada debaixo de sua roupa, do lado direito (os guardas ficariam mais
de olho do outro lado, porque destros colocavam suas espadas do lado esquerdo), depois foi
entregar o tributo de seu povo ao rei. Eúde fingiu ter uma mensagem para o rei Eglom e
conseguiu uma audiência privada com ele. Então ele pegou na espada e matou o rei.
Quando descobriram que o rei estava morto, Eúde já tinha fugido. Ele chamou as tropas de Israel
e atacou os inimigos de surpresa. O povo de Moabe sofreu uma grande derrota e esse evento
levou a um longo período de paz.
Sangar
Inimigos: filisteus
Pouco se sabe sobre Sangar. A Bíblia apenas diz que ele era filho de Anate e que matou 600
filisteus com uma aguilhada de bois. Sua liderança poderá não ter durado muito tempo.
Débora
Inimigo: Jabim, rei de Canaã
Anos de opressão: 20
Anos de paz: 40
Débora era uma profetisa que era procurada pelo povo de Israel para resolver questões difíceis.
Quando o rei de Canaã oprimiu os israelitas, ela convocou Baraque, um líder militar da tribo de
Naftali e lhe deu uma palavra de Deus para atacar os inimigos. Débora acompanhou Baraque na
campanha de guerra e os israelitas tiveram uma grande vitória, apesar de os inimigos terem
armas de guerra muito mais avançadas.
Descubra mais sobre a vida de Débora.
Gideão
Tribo: Manassés
Inimigos: midianitas
Anos de opressão: 7
Anos de paz: 40
Gideão foi escolhido por Deus para libertar seu povo da opressão dos midianitas, que vinham
todos os anos para devastar sua terra. De início, Gideão teve muito medo, mas Deus lhe deu
coragem e sabedoria para vencer seus inimigos. Com apenas 300 homens, Gideão derrotou um
exército de vários milhares! Depois ele se tornou o líder de Israel, mas se desviou para a idolatria.
Gideão teve muitos filhos e, depois que morreu, um deles chamado Abimeleque decidiu se tornar
o líder de Israel. Ele maquinou o assassinato de todos os seus irmãos, menos um que conseguiu
fugir, e se tornou o governante da cidade de Siquém. Mas Deus colocou inimizade entre os
apoiantes de Abimeleque e os outros habitantes da cidade. Houve uma grande batalha e
Abimeleque foi morto, como castigo de seu pecado.
Veja mais sobre a história de Gideão.
Depois de Gideão, não há mais referências a épocas de paz no livro de Juízes.
Tolá
Tribo: Issacar
Anos de liderança: 23
A história de Tolá não tem muitos detalhes. Ele liderou os israelitas por 23 anos e foi um libertador
para seu povo.
Jair
Anos de liderança: 22
Jair era um homem da cidade de Gileade, no território da tribo de Manassés, que se tornou juiz de
Israel. Ele teve 30 filhos, que se tornaram líderes de 30 cidades da região. Essas cidades ficaram
conhecidas como os “povoados de Jair”.
Jefté
Tribo: Manassés
Inimigos: amonitas
Anos de opressão: 18
Anos de liderança: 6
Jefté era o filho ilegítimo de um homem de Gileade com uma prostituta e seus irmãos expulsaram-
no de casa. Mas, quando os amonitas vieram para atacar Gileade, sua família o chamou de volta
para liderar a luta contra os inimigos, prometendo que ele seria o chefe da região. Jefté tentou
negociar uma retirada pacífica dos amonitas, mas eles se recusaram. Por isso, foram para guerra.
Antes de começar a luta, Jefté prometeu a Deus que, se vencesse a batalha, a primeira coisa que
saísse ao seu encontro de sua casa seria oferecida em sacrifício. A guerra resultou em uma
grande vitória para os israelitas, mas, quando Jefté voltou para casa, sua única filha foi a primeira
pessoa a sair em seu encontro. Jefté ficou muito triste, mas cumpriu seu voto. Depois disso, ele se
desentendeu com a tribo de Efraim, entrando em guerra com seus compatriotas e matando muitos
deles.
Ibsã
Anos de liderança: 7
Ibsã era de Belém e foi um líder de Israel durante 7 anos. Ele teve 30 filhos e 30 filhas.
Elom
Tribo: Zebulom
Anos de liderança: 10
Elom foi juiz de Israel por 10 anos. Quando morreu, foi sepultado em Aijalom, na região de
Zebulom.
Abdom
Anos de liderança: 8
Abdom era de um lugar chamado Piratom, na região de Efraim, e foi juiz por 8 anos. Ele teve 40
filhos e 30 netos.
Sansão
Tribo: Dã
Inimigos: filisteus
Anos de opressão: 40
Anos de liderança: 20
Sansão ficou conhecido por sua força sobrenatural. Como parte de sua consagração a Deus, seu
cabelo nunca foi cortado e ele conseguia matar um leão com suas próprias mãos, roubar os
portões de uma cidade e até partir cordas que o amarravam. Sansão teve muitas lutas com os
filisteus, que oprimiam os israelitas, e matou muitos deles.
Mas Sansão também era impulsivo e tinha pouco domínio próprio. Ele se envolveu com uma
mulher chamada Dalila, que o convenceu a conter-lhe o segredo de sua força. Dalila cortou seu
cabelo e Sansão ficou fraco e foi entregue aos filisteus, que furaram seus olhos. Mesmo assim,
Deus devolveu a Sansão sua força e ele usou seu poder uma última vez para destruir um templo
pagão, com muitos inimigos lá dentro.
Veja mais sobre a vida de Sansão.
Eli e Samuel, os últimos juízes de Israel
Ao longo da época dos juízes, a degradação moral se tornou cada vez pior e faltava uma
liderança firme (Juízes 21:25). O sacerdote Eli liderou o povo por 40 anos, mas ele deixou seus
filhos cometerem muitos pecados, que desagradaram a Deus. Por isso, a família de Eli ficou
debaixo de maldição e seus filhos morreram em batalha. Quando ouviu a notícia da morte de seus
filhos, Eli caiu de sua cadeira e morreu também.
Eli tinha criado um menino consagrado a Deus, chamado Samuel, no templo. Quando cresceu,
Samuel se tornou o novo juiz de Israel e liderou o povo em grandes vitórias contra os filisteus.
Quando envelheceu, ele tentou passar a liderança para seus filhos, mas eles eram ruins e o povo
não os aceitou.
Descubra mais sobre a história de Samuel.
Diante da instabilidade política e social, os israelitas exigiram um rei. Eles estavam rejeitando a
Deus como seu verdadeiro rei e agora queriam ser como os outros povos. Deus permitiu que
tivessem um rei, mas avisou que isso não seria a solução para o país (1 Samuel 8:7-9). Guiado
por Deus, o profeta Samuel ungiu Saul como o primeiro rei de Israel.
Samuel continuou como líder influente até sua morte, mas a liderança política passou para os reis.
Depois que Saul foi rejeitado como rei, por desobedecer a Deus, Samuel ungiu o próximo rei de
Israel, Davi, que teria uma longa dinastia. Assim terminou a época dos juízes.
Qual é a história de Israel?
Ahistória de Israel é muito longa e turbulenta. A Bíblia conta sobre as origens do povo e do país
de Israel, desde a época de Abraão. Ao longo da História, Deus usou Israel para revelar Sua
vontade e trazer salvação ao mundo.
O povo de Israel tem uma história violenta e cheia de sofrimento, mas também com muitos
milagres de Deus.
A terra prometida
Há cerca de 4000 anos, Deus chamou um homem chamado Abraão e prometeu dar uma terra
aos seus descendentes, que seriam o povo especial de Deus (Gênesis 12:1-3). Essa terra seria
Canaã, onde Abraão viveu como estrangeiro pelo resto da vida.
Abraão teve um neto chamado Jacó, que teve seu nome mudado por Deus para Israel, que
significa “ele luta com Deus”. Israel teve 12 filhos que deram origem às 12 tribos de Israel. Muito
tempo depois, a terra de Canaã também teve seu nome mudado para Israel.
A família de Jacó passou 400 anos no Egito e se tornou um grande povo, apesar de ser
escravizado. Pela mão de Moisés, Deus tirou os israelitas do Egito e os levou através do deserto
para a terra prometida. Nesse tempo, Deus deu sua Lei aos israelitas, ensinando-os a viver de
maneira diferente de outros povos.
40 anos depois, liderados por Josué, eles conquistaram Canaã e se estabeleceram no território.
Vários outros povos moravam no território de Israel e houve muito conflito. Mas, após alguns
séculos, os israelitas se tornaram o povo dominante da região. Nessa época, os israelitas estavam
muito divididos entre tribos e nem sempre tinham um líder para os unir.
Veja aqui: quais são as doze tribos de Israel?
A monarquia
Chegou uma hora em que os israelitas quiseram um rei para os unir (1 Samuel 8:6-7). Deus
escolheu Saul, mas ele fez muitas coisas erradas e seus descendentes não herdaram o trono. Por
isso, escolheu outro rei, Davi, a quem prometeu que sua descendência reinaria para sempre!
Salomão, o filho de Davi, foi um rei muito sábio, que construiu um templo para Deus. Mas em sua
velhice Salomão abandonou a Deus. Depois de seu reinado, o povo de Israel se dividiu em dois
reinos: Israel, a norte, governado por vários reis diferentes, e Judá (uma das tribos), a sul,
governado pelos descendentes de Davi.
Todos os reis de Israel foram ruins e rejeitaram a Deus. Por fim, o reino de Israel foi conquistado
pelo império Assírio e o povo foi exilado. Mas o reino de Judá teve alguns reis bons e tementes a
Deus. Por isso, esse reino durou mais tempo.
Veja também a história do rei Salomão.
O exílio
Apesar de ter alguns reis tementes a Deus, o povo de Judá não seguiu Sua Lei e cometeu muitos
pecados (2 Crônicas 36:15-17). Uma série de reis ruins levaram à conquista de Judá pelo império
Babilônico. O templo foi destruído e o povo foi exilado durante 70 anos.
Depois desse tempo, os israelitas tiveram permissão para voltar para sua terra e construíram um
novo templo. Mas nem todos voltaram para Israel. Daquela época em diante, muitos judeus têm
morado fora de Israel.
Foi nessa época que a primeira grande tentativa de exterminar todos os judeus aconteceu. Mas
Deus salvou seu povo através de uma mulher chamada Ester. Desde então muitas pessoas
tentaram destruir o povo de Israel.
Israel não voltou mais a ser um país independente (exceto durante um breve período debaixo do
Macabeus). Até à chegada de Jesus, a região foi dominada pelos babilônios, os persas, os
gregos, os egípcios, os assírios e os romanos.
Descubra aqui: 3 virtudas importantes de Ester.
Israel no Novo Testamento
No tempo do Novo Testamento, o território de Israel estava debaixo do domínio romano, dividido
em províncias. As liberdades e os direitos dos judeus eram limitados e os romanos
frequentemente interferiam nas tradições religiosas judaicas. Tudo isso deixou o povo muito
descontente com a opressão romana.
Desde o exílio, o povo de Israel não tinha tido um rei da linhagem de Davi. Mas Jesus era
descendente de Davi e ele fundou um reino muito maior: o Reino de Deus (Daniel 2:44). Nos
seus primeiros dias, a igreja primitiva foi tolerada, mas depois alguns judeus passaram a perseguir
os cristãos. Mais tarde, os romanos também perseguiram a igreja.
Séculos de dispersão
Jesus tinha avisado que Jerusalém seria arrasada e o segundo templo destruído (Lucas
19:43-44). Isso aconteceu em 70 d.C., quando os romanos conquistaram a cidade, depois de uma
grande revolta judaica. As relações entre judeus e romanos pioraram cada vez mais, até que os
judeus foram completamente expulsos de Jerusalém e impedidos de morar na região de Israel.
Durante séculos, os judeus não tiveram uma terra própria. Eles se espalharam pelo mundo
inteiro, enquanto que a terra de Israel (teve o nome mudado para Palestina) foi dominada por
vários povos diferentes. Ao longo desse tempo, grupos de judeus se instalavam na região, mas
muitas vezes eram perseguidos.
A região de Israel caiu nas mãos dos otomanos e esteve debaixo de domínio islâmico por muito
tempo. Esse domínio somente iria chegar ao fim depois da Segunda Guerra Mundial...
Leia aqui mais: o que é o Judaísmo?
O estado moderno de Israel
Como povo estrangeiro, que não se integrava completamente na cultura dos países onde se
instalava, os judeus foram muitas vezes vistos com desconfiança. Eles foram alvo de
muitas perseguições étnicas e religiosas no mundo inteiro!
As tentativas regulares para exterminar os judeus, sua incapacidade de se defenderem e sua falta
de direitos levou ao surgimento de um movimento para formar um novo país de Israel. Esse
movimento, que ganhou força a partir do século XIX, ficou conhecido como o movimento
sionista, por causa do monte Sião, que fica junto de Jerusalém.
O regime nazi realizou o maior massacre de judeus da História. No fim da Segunda Guerra
Mundial, a compreensão do que tinha acontecido trouxe grande apoio à ideia de criar um estado
para os judeus. Em 1948, a região da Palestina (que tinha ficado debaixo do domínio britânico) foi
dividida e nasceu o estado de Israel.
No entanto, os povos árabes à volta não ficaram felizes e várias vezes tentaram conquistar o novo
país. Desde sua fundação, o estado moderno de Israel tem enfrentado muitos conflitos.
Atualmente, israelitas e palestinos ainda não conseguem viver em paz e os dois lados têm
cometido atrocidades.
Israel hoje é uma mistura de influências judaicas, cristãs e islâmicas. Cada vez mais judeus
estão voltando para Israel mas o país ainda enfrenta muitos desafios. A história de Israel tem sido
muito violenta, mas Deus cumpriu Sua promessa de abençoar todos os povos da terra a partir de
Abraão, por meio de Jesus!
O que é Hermenêutica? Como interpretar a Bíblia?
Hermenêutica é a interpretação coerente de textos, como a Bíblia. O objetivo da Hermenêutica
é fazer uma boa interpretação do texto, chegando ao seu verdadeiro significado e aplicando-o
corretamente. Todo cristão deve procurar entender o que as palavras da Bíblia realmente
significam, para não cair no erro.
Os ensinamentos da Bíblia não são apenas uma questão de interpretação pessoal (2 Pedro 1:20-
21). Isso significa que não devemos forçar nossas próprias ideias sobre o texto mas sim procurar
descobrir o que a Bíblia realmente ensina. Deus fala conosco através da Bíblia e, quando lemos a
Bíblia, nosso objetivo deve ser descobrir qual é a mensagem de Deus.
Todos usamos um pouco de Hermenêutica quando lemos um texto e procuramos entender o que
diz. Hermenêutica bíblica é uma forma organizada de compreender e interpretar o que lemos na
Bíblia. Geralmente, a Hermenêutica envolve três passos:
1. Entender o texto
O primeiro passo de ler um texto é entender as palavras que estão escritas. Isso significa
entender o que a passagem da Bíblia está dizendo, sem interpretações nem aplicações.
Por exemplo, se lermos a parábola da casa construída sobre a rocha, em Lucas 6:47-49, a
primeira coisa que devemos fazer é tentar entender a história. Neste caso, conta sobre um
homem que construiu uma casa com alicerces fundos, na rocha. Sua casa ficou bem construída,
por isso conseguiu resistir a uma inundação. Outro homem fez uma casa sem alicerces. Essa
construção era fraca, por isso foi destruída na inundação.
Nessa primeira fase, é importante procurar o significado de palavras que você não entende e
tentar entender frases complicadas. Você também pode ver como os elementos do texto da
história estão relacionados. Por exemplo, por que a casa na rocha resistiu à inundação? (Porque
estava bem construída e tinha bons alicerces.) Quem é comparado ao homem que não constrói
alicerces para sua casa? (Aquele que ouve as palavras de Jesus e não as põe em prática.)
Veja aqui mais: como entender a Bíblia?
2. Entender o contexto
Nenhuma passagem bíblica existe sem contexto. Muitas vezes, se não entendemos o contexto,
vamos fazer uma interpretação errada (ou não vamos entender nada). Cada versículo e cada
passagem bíblica faz parte de uma história maior. Ignorar o contexto é como abrir um livro em
uma página qualquer e ler uma frase ao acaso. Não faz sentido!
Usando novamente o exemplo da parábola da casa construída sobre a rocha, quando olhamos
para o contexto, vemos que foi uma história contada por Jesus para as pessoas que o seguiam.
Ele estava avisando que não bastava chamá-lo de “Senhor” (Lucas 6:46). Seus seguidores
precisavam colocar seus ensinamentos em prática em suas vidas. Ele contou a parábola para
mostrar por que era importante ser praticante da palavra.
Quando se olha o contexto, pode ser útil analisar algumas coisas:
Os textos que vêm antes e depois da passagem
O tipo de livro da Bíblia em que a passagem se insere
Quem foi o autor da passagem, ou quem disse as palavras
Quem era o público-alvo original
Qual era a mensagem para o público-alvo original
Qual era o contexto histórico e cultural da passagem
Descubra aqui a História de Israel.
3. Entender a aplicação atual
A interpretação pessoal deve ser a última parte de uma boa interpretação de uma passagem
bíblica. Somente quando entendemos a mensagem original do texto é que podemos aplicá-la a
nossas vidas atuais. Apesar de ter sido escrita há muito tempo atrás, originalmente para pessoas
muito diferentes de nós, a Bíblia continua relevante hoje em dia.
Por exemplo, a parábola da casa construída sobre a rocha tem uma aplicação clara para todo
cristão. Não podemos ser apenas cristãos da boca para fora. Precisamos ser praticantes da
palavra de Deus. Assim como a casa construída sobre a rocha ficou firme, uma vida alicerçada e
guiada pelos ensinamentos de Jesus fica firme nas tempestades da vida. Por outro lado, quem
não põe a palavra em prática é como o homem que construiu a casa sem alicerce. Mesmo se
reconhecer Jesus como Senhor, sua vida não será firme.
Essa parábola ajuda a entender a importância da Hermenêutica. Uma leitura pouco cuidadosa e
fora do contexto poderá levar a uma interpretação errada. Ignorando o contexto poderíamos
pensar que a parábola ensina sobre a importância de acreditar em Jesus. Mas uma análise mais
profunda mostra que é sobre pôr a fé em prática.
Veja também: como ler a Bíblia? Planos de leitura e dicas.
Regras importantes para interpretar bem a Bíblia:
A Bíblia interpreta a si mesma - muitas partes da Bíblia explicam outras partes, como por
exemplo o sinal de Jonas mencionado em Mateus 16:4 é explicado em Mateus 12:39-41
A Bíblia é consistente - se sua interpretação de uma passagem contradiz o que o resto da Bíblia
diz sobre o tema, a interpretação provavelmente está errada; os ensinamentos da Bíblia não se
contradizem
O Espírito Santo ajuda a entender - se você está com dificuldade em entender o que você lê na
Bíblia, peça ajuda a Deus e o Espírito Santo lhe ajudará - 1 Coríntios 2:12
3 lições sobre liderança que aprendemos com Débora
Débora foi um grande exemplo de liderança na Bíblia! Ela inspirou o povo a lutar e vencer
seus inimigos e ajudou a trazer 40 anos de paz sobre Israel. Os israelitas respeitavam Débora
como líder (Juízes 4:4-5).
A vida de Débora nos ensina três coisas muito importantes sobre boa liderança:
1. A verdadeira autoridade vem de Deus
A Bíblia não diz que Débora era rica, nem de família influente. Ela não se tornou líder pela força
nem pelo estatuto. Ela se tornou líder porque era sábia e ouvia a voz de Deus. Débora recebeu
sua autoridade de Deus.
A verdadeira liderança não vem da força física nem da intimidação. O bom líder recebe
sabedoria de Deus para liderar. O líder procura conhecer e obedecer à vontade de Deus e
motiva outras pessoas a fazerem o mesmo. Débora inspirou os israelitas a se voltarem para Deus
(Juízes 5:7-9). Por causa de Débora, os israelitas obedeceram às ordens de Deus e tiveram uma
grande vitória!
Veja aqui a história de Débora na Bíblia.
2. Um líder sabe delegar
Débora conhecia suas limitações e não tentou fazer tudo sozinha. Ela não era guerreira, por
isso Deus lhe mandou chamar Baraque para liderar a guerra contra o exército de Jabim. Débora
não se sentiu ameaçada por Baraque. Pelo contrário, ela o motivou a fazer seu melhor (Juízes
4:14).
Um bom líder não tenta ser o melhor em tudo, impedindo outros de exercer seus dons. A
verdadeira liderança é reconhecer os talentos de cada um na equipa e motivar a fazer um bom
trabalho, delegando responsabilidades de maneira sábia. O líder não se sente ameaçado pelos
talentos dos outros porque sabe que liderar não “mandar”, não é uma questão de poder. Liderar
é servir.
Veja também: o que a Bíblia ensina sobre liderança?
3. É preciso liderar por exemplo
Quando Baraque ouviu que devia sair para a guerra, ele exigiu que Débora fosse com ele (Juízes
4:8-10). A Bíblia não diz que Débora era guerreira. Ela não precisava ir para matar gente. Ela
precisava ir para inspirar confiança nos israelitas. Se Débora não tivesse coragem para lutar
contra os inimigos, os israelitas também não teriam coragem.
Liderar não é apenas dar ordens. É preciso dar o exemplo. Débora não se limitou a dizer que
Deus iria ajudar os israelitas a vencer. Ela mostrou com suas ações que acreditava, arriscando
sua vida. Ninguém gosta de seguir um hipócrita. O bom líder vive aquilo que prega.
Quem foi Débora na Bíblia?
Débora foi uma juíza e profetisa de Israel, que liderou o povo na guerra contra o rei de
Canaã. Ela convocou o povo para a batalha e profetizou sua vitória sobre um exército muito
grande.
No tempo de Débora não havia rei sobre Israel. O povo era liderado por juízes – pessoas
influentes, usadas por Deus, que se tornavam líderes políticos, espirituais e militares. Quando
Deus levantou Débora, os israelitas tinham se desviado de Deus e estavam sendo oprimidos por
Jabim, rei de Canaã (Juízes 4:1-2).
Débora era profetisa e uma mulher sábia. Ela se sentava debaixo de uma tamareira e o povo
vinha até ela para resolver suas questões (Juízes 4:4-5).
Veja aqui: 3 lições sobre liderança que aprendemos com Débora.
A batalha de Débora
Um dia Débora chamou um guerreiro chamado Baraque e lhe disse que Deus lhe iria dar vitória
sobre o exército de Jabim. Baraque insistiu que Débora fosse com ela para a batalha e ela aceitou
mas avisou que seria uma mulher que iria matar o chefe do exército inimigo. Juntaram dez mil
homens de Israel e foram para a batalha (Juízes 4:6-7).
O exército de Jabim era mais poderoso e tinha muitos carros de guerra, que era uma grande
vantagem. Mas Débora abençoou Baraque e Deus derrotou esse grande exército. Os
israelitas mataram todos os soldados inimigos (Juízes 4:14-15).
O comandante do exército de Jabim, chamado Sísera, fugiu da batalha e pediu abrigo a uma
mulher chamada Jael. Mas enquanto ele dormia na sua tenda, Jael lhe encravou uma estaca na
testa com um martelo. Quando Baraque chegou, Jael lhe mostrou seu inimigo,
morto! - Juízes 4:21-22
O rei Jabim nunca mais recuperou dessa derrota e acabou sendo destruído. Depois da grande
vitória, Débora e Baraque cantaram, agradecendo a Deus e lembrando os momentos mais
importantes da batalha. Depois houve paz durante quarenta anos.
O que a vida de Débora nos ensina?
A vida de Débora nos ensina que Deus vê mais do que as aparências. No tempo de Débora,
não era normal uma mulher ser líder. Mas Deus não rejeitou Débora por ser mulher. Ele a
tornou no líder político e espiritual do país inteiro! Não importa quem você é, Deus pode usar você
para fazer grandes coisas (1 Coríntios 1:27-29).
Veja também: o que Deus diz sobre as mulheres?
Normalmente, quem tinha o poder militar era quem mandava. Mas Baraque obedeceu a Débora,
porque reconhecia que ela era mensageira de Deus. Débora tinha autoridade dada por
Deus. Débora seguia a Deus e, por causa disso, Deus a usou para inspirar o povo para alcançar
vitória.
Débora também era casada (Juízes 4:4). Isso nos prova que ter uma família e trabalhar
ativamente para Deus não são duas coisas incompatíveis. Tanto homens como mulheres são
chamados por Deus para formar família e contribuir para o ministério público.
O que Deus diz sobre as mulheres?
Deus ama as mulheres. Homens e mulheres têm a mesma importância e dignidade para Deus. A
mulher foi criada por Deus para ser a parceira do homem, trabalhando os dois em conjunto com
amor e respeito.
Deus criou tanto o homem como a mulher à Sua imagem e deu aos dois domínio sobre a terra
(Gênesis 1:27-28). Quando Deus criou a mulher, Ele usou uma costela do homem, um osso que
fica perto do coração e que protege órgãos vitais. Isso representa a união que deve existir entre o
homem e a mulher, para amar e cuidar um do outro, como se de seu próprio corpo se tratasse
(Gênesis 2:21-24).
Fisicamente a mulher é diferente do homem mas Deus a dotou das mesmas capacidades
intelectuais e espirituais que o homem. Deus não criou Eva para ser inferior a Adão nem
dominada por ele, mas para corresponder e cooperar com ele (Gênesis 2:18).
Mulheres no Antigo Testamento
No tempo do Antigo Testamento a mulher não tinha estatuto social igual ao homem. Outros povos
consideravam a mulher como propriedade do homem, com o mesmo valor que o gado. Mas a
Bíblia dá muito mais valor à mulher, reconhecendo-a como uma pessoa digna de respeito.
As leis de Israel reconheciam que as mulheres eram vulneráveis em sua sociedade e
estabeleceram regras para as proteger. Um homem não podia abusar de uma mulher nem deixar
de cuidar de sua esposa. Os filhos deviam respeitar a mãe tanto como o pai e a mulher podia gerir
negócios (Provérbios 31:10-31)
Os cargos políticos e a liderança espiritual pertenciam principalmente a homens mas há exemplos
de mulheres na liderança também:
Débora – juíza e líder de Israel, ela era profetisa e ajudou a liderar o exército – veja sua história
aqui
Miriã – irmã de Moisés e Arão, ela era profetisa e líder de louvor – Êxodo 15:20-21
Ester – escolhida para ser a rainha da Pérsia, ela teve grande influência política – veja sua
história aqui
Mulheres no Novo Testamento
Jesus foi revolucionário na sua forma de tratar as mulheres:
Permitiu que mulheres fossem suas discípulas – no seu tempo, mulheres não podiam estudar
a fundo as escrituras; Jesus permitiu que aprendessem junto com os homens – Lucas 10:39
Tinha compaixão de mulheres – Jesus não ignorava as mulheres mas atendia seus pedidos e
as ajudava – Lucas 7:12-15
Apareceu primeiro a uma mulher – quando ressuscitou, Jesus apareceu primeiro a Maria
Madalena e lhe deu a tarefa de anunciar sua ressurreição aos discípulos – João 20:16-18
Na igreja primitiva, as mulheres também tinham um papel muito importante. Junto com os
homens, mulheres sábias ensinavam o evangelho, profetizavam na igreja, serviam os
necessitados e cooperavam com os apóstolos.
Aprenda mais sobre as mulheres da Bíblia. Divirta-se no Quiz bíblico: Mulheres da Bíblia
Quem foi Manassés na Bíblia
Duas pessoas famosas tiveram o nome Manassés na Bíblia: o primeiro filho de José do Egito e
um dos reis de Judá. Uma das 12 tribos de Israel também se chamava Manassés, porque o filho
de José era seu patriarca.
Depois que se tornou primeiro-ministro do Egito, José casou e teve dois filhos: Manassés e
Efraim (Gênesis 41:50-52). Manassés era o filho mais velho mas seu avô Jacó deu a bênção de
filho mais velho a Efraim. Jacó profetizou que os descendentes de Efraim seriam mais poderosos
que os descendentes de Manassés (Gênesis 48:19-20).
Cada um dos filhos de Jacó se tornou uma tribo de Israel. Manassés e Efraim foram adotados por
Jacó, cada um se tornando uma tribo, em vez de serem apenas uma (José). Apesar da bênção
maior ir para Efraim, os descendentes de Manassés também se tornaram uma tribo muito
grande.
Depois que Israel saiu do Egito e chegou à terra prometida, a tribo de Manassés recebeu uma
grande porção da terra, porque tinha muitas famílias. Metade de Manassés ficou no território a
Este do rio Jordão e outra metade ficou do lado Oeste.
A tribo de Efraim teve mais líderes e pessoas poderosas. No entanto, a tribo de Manassés
também produziu um grande líder: Gideão.
Manassés, rei de Judá
Outro Manassés famoso foi um dos rei de Judá. Depois do reinado de Salomão, Israel se
dividiu em dois reinos: Judá, a sul, governado pelos descendentes de Davi, e Israel, a norte,
governado por quem fosse mais forte. No tempo de Manassés, o reino de Israel já tinha sido
destruído pelos assírios e restava apenas o reino de Judá.
Manassés foi o rei de reinou mais tempo em Judá – 55 anos. Ele era filho de Ezequias, um rei
temente a Deus, que lutou contra a idolatria. Mas Manassés não era como seu pai. Ele
abandonou a Deus e cometeu muitos pecados.
Manassés construiu muitos altares idólatras, até mesmo dentro do templo de Deus! Ele se
envolveu em feitiçaria e queimou seu próprio filho em sacrifício (2 Reis 21:5-6). Manassés também
matou muitas pessoas inocentes e levou o povo de Judá a fazer muitas coisas terríveis.
Por causa de tudo que Manassés fez, Deus prometeu destruir Jerusalém e trazer desgraça
sobre todo o país. Deus enviou profetas para avisar Manassés do castigo, mas ele não prestou
atenção (2 Reis 21:10-12). Então Deus permitiu que Manassés fosse capturado pelos assírios.
Os assírios levaram Manassés preso para a Babilônia (2 Crônicas 33:10-11). Lá, ele teve uma
mudança de coração, se humilhou e buscou a Deus. Será que havia solução para um homem tão
ruim? Sim!
Deus ouviu Manassés e o trouxe de volta a Jerusalém (2 Crônicas 33:12-13). Então Manassés
começou a desfazer tudo que tinha feito antes. Ele tirou os ídolos do templo e restaurou o altar de
Deus. Manassés passou a adorar somente a Deus.
No entanto, o mal já estava feito. O povo continuou na idolatria e Manassés não conseguiu
reverter todo o mal que tinha causado. Depois que Manassés faleceu, seu filho Amom se tornou
rei e continuou na prática de idolatria e outros pecados, que acabaram por levar à destruição de
Jerusalém.
Veja também:
Quem foi Efraim na Bíblia
Efraim foi o segundo filho de José do Egito, que deu seu nome a uma das 12 tribos de Israel. A
tribo de Efraim se tornou muito poderosa e várias figuras importantes vieram dessa tribo. Depois
que o país foi dividido em dois reinos, Judá e Israel, o nome Efraim passou a representar o povo
de Israel.
Depois que foi promovido pelo faraó, José se casou com uma egípcia e teve dois
filhos: Manassés e Efraim (Gênesis 41:50-52). Anos mais tarde, quando seu pai Jacó estava
cego e idoso, José levou seus dois filhos para visitá-lo. José colocou Manassés à direita de Jacó e
Efraim à esquerda, para recebem sua bênção. Jacó, porém, cruzou os braços e colocou a mão
direita sobre a cabeça de Efraim!
José achou errado, porque Efraim era o mais novo e a mão direita representava a bênção do filho
mais velho, o futuro chefe da família. Mas Jacó profetizou que Efraim se tornaria mais
poderoso que Manassés (Gênesis 48:19-20). Jacó também adotou Efraim e Manassés como se
fossem seus filhos. Assim, eles foram contados como duas tribos, não apenas como uma.
Veja aqui a história de José do Egito.
A Bíblia não fala sobre a vida de Efraim. Apenas diz que ele teve alguns filhos. Dois de seus
filhos foram mortos quando tentaram roubar os rebanhos do povo da cidade de Gate. Isso deixou
Efraim muito triste.
Algum tempo depois Efraim ganhou outro filho, chamado Berias, que seria o antepassado de
Josué, que conquistou a terra prometida. Efraim também teve uma filha, Seerá, que fundou três
cidades (1 Crônicas 7:23-24).
Veja também a história de Manassés.
A tribo de Efraim
Com o tempo, a tribo de Efraim cresceu e se tornou muito numerosa. Além de Josué, algumas
outras pessoas famosas na Bíblia também vieram da tribo de Efraim:
A juíza Débora
Jeroboão, o primeiro rei de Israel depois que se separou de Judá
Descubra aqui: quem foi Débora na Bíblia?
A tribo de Efraim também foi muito influente porque estava sediada no centro do país e tinha
muitos guerreiros. A participação das tropas de Efraim podia mudar o rumo de uma batalha. Antes
da construção do templo em Jerusalém, o tabernáculo ficou montado durante bastante tempo no
território da tribo de Efraim.
Quando o resto de Israel se separou de Judá e dos reis que eram descendentes de Davi,
Jeroboão, que era de Efraim, se tornou o rei de Israel. Ele estabeleceu um altar idólatra em Betel,
que ficava no território de Efraim (1 Reis 12:28-29). Esse altar se tornou um grande centro
religioso do país, levando Israel a pecar.
Mais tarde, Samaria, uma cidade em Efraim, se tornou a capital do reino de Israel. Por causa de
todas essas ligações da tribo de Efraim com aspetos importantes do reino de Israel, o nome
Efraim se tornou uma metáfora para falar de todo povo de Israel. Várias referências a “Efraim”
na Bíblia na verdade significam o reino de Israel, separado de Judá.
A lição de Efraim
Efraim recebeu uma bênção especial de Deus mas depois sofreu grande castigo, porque a tribo
abandonou a Deus (Oséias 13:1). Apesar do amor de Deus, Efraim (e todo o povo de Israel)
escolheu o pecado e a idolatria. Por isso, Deus o castigou mas não deixou de amar seu povo e o
chamar ao arrependimento, para receber Seu perdão (Jeremias 31:9).
O que Deus diz sobre idolatria?
Aidolatria ofende a Deus. Tudo que toma o lugar de Deus em nossa vida é idolatria. Só Deus
merece adoração. O segundo mandamento proíbe a idolatria (Deuteronômio 5:8-10).
Idolatria na Bíblia
Os povos vizinhos de Israel adoravam ídolos, que são imagens de deuses. Eles acreditavam que
os deuses moravam dentro das imagens e que podiam ser manipulados com rituais e sacrifícios.
Muitos israelitas adotaram os ídolos e os rituais idólatras desses povos (Juízes 2:11-12).
Mas a Bíblia diz que só há um Deus, que é espírito e não pode ser representado por
imagens nem objetos criados por homens (João 4:24). Deus não mora dentro de estátuas nem
pode ser manipulado. Não existem outros deuses; quem acredita neles acredita em uma mentira.
A Bíblia mostra que adorar uma imagem é um ato ridículo. Um ídolo é só um objeto formado por
uma pessoa. Não pode ver, ouvir nem falar, muito menos ajudar quem ora para ele! Adorar um
ídolo é como adorar um pedaço de lenha – inútil (Isaías 44:16-17).
Veja aqui também: é bíblico adorar Maria e os santos?
Idolatria é só adorar imagens?
Não, idolatria não é só adorar imagens. Idolatria é adorar qualquer coisa que não é
Deus. Quando alguma coisa ganha mais importância em sua vida que Deus, essa coisa se torna
seu ídolo. Tudo pode se tornar um ídolo:
Uma pessoa
Um emprego
Um passatempo
Dinheiro
Comida
Bens materiais
Como evitar a idolatria?
Para evitar a idolatria, basta focar em Deus. Ponha sempre Deus em primeiro lugar
(Deuteronômio 6:4-5). Ponha sua vida toda nas mãos de Deus. Um ídolo é uma coisa que controla
sua vida mas Jesus veio para libertar. Você não precisa mais ficar escravizado pela idolatria. Ore
pedindo a ajuda de Deus para ficar livre dos ídolos.
Quem foi Gideão?
Gideão foi um juiz de Israel, que venceu um exército muito grande com apenas 300
homens. Gideão liderou Israel durante 40 anos.
Durante sete anos, os midianitas e amalequitas e outros povos vizinhos tinham atacado Israel,
destruindo plantações e roubando gado. Por causa disso, os israelitas ficaram muito pobres.
Então os israelitas clamaram a Deus por socorro. Deus enviou um profeta para explicar que a
opressão era castigo pela idolatria (Juízes 6:7-10).
Veja aqui: o que Deus diz sobre idolatria?
Deus chama Gideão
O Anjo do Senhor apareceu a Gideão quando ele estava tentando esconder seu trigo dos
invasores. O anjo lhe disse que ele iria derrotar os invasores, porque Deus estava com ele. Mas
Gideão achou que ele não era a pessoa certa (Juízes 6:14-16). O Anjo de Deus lhe confirmou a
mensagem, fazendo fogo aparecer e consumir a oferta que Gideão tinha oferecido a Deus.
Nessa noite, Deus mandou Gideão destruir os altares idólatras de seu pai. Gideão obedeceu
mas, quando os homens da cidade descobriram, ficaram irados com ele. O pai de Gideão o
defendeu, explicando que se Baal fosse um deus de verdade, teria impedido Gideão de destruir
seu altar. Por isso, Gideão ficou conhecido como Jerubaal, que significa “que Baal dispute com
ele” (Juízes 6:31-32).
A vitória de Gideão
Quando Gideão foi lutar contra os midianitas, a desvantagem era grande: 135 mil inimigos
contra 32 mil israelitas. Gideão pediu um sinal para ter a certeza que Deus iria libertar Israel.
Uma noite ele colocou um bocado de lã no chão e pediu que apenas a lã ficasse molhada com
orvalho, não o chão. De manhã, apenas a lã estava molhada. Na noite seguinte ele pediu para a
lã ficar seca e o chão molhado e aconteceu!
Deus disse a Gideão que seu exército era grande demais (Juízes 7:2-3). Então Gideão mandou
embora todos que estavam cheios de medo mas Deus disse que ainda eram muitos. A vitória
viria de Deus, não da força do exército. Então Gideão separou 300 homens que beberam água
lambendo-a como cachorro, sem se ajoelhar. Com apenas esses homens ele atacou os
midianitas.
Divididos em três grupos, os israelitas surpreenderam o exército inimigo, fazendo grande ruído no
meio da noite (Juízes 7:19-21). Os inimigos ficaram confusos e se viraram uns contra os outros.
Gideão perseguiu os inimigos em fuga e, com a ajuda de mais israelitas, ele derrotou todos e
matou seus líderes. Pelo caminho, algumas cidades israelitas não ajudaram Gideão e seus
homens cansados. Por isso, quando terminou a batalha, Gideão castigou essas cidades.
Os israelitas quiseram proclamar Gideão como seu rei mas ele recusou (Juízes 8:22-23).
Gideão apenas aceitou receber uma parte dos despojos da guerra. Com o ouro que recebeu,
Gideão fez um manto sacerdotal, que colocou em sua cidade. Infelizmente, esse manto se tornou
um ídolo para a família de Gideão.
Veja também: o que a Bíblia ensina sobre liderança?
Durante todo o resto da vida de Gideão Israel teve paz (Juízes 8:28-29). Gideão voltou para
casa, se casou com muitas mulheres e teve 70 filhos. Mas depois que morreu, os israelitas
voltaram outra vez para a idolatria e se esqueceram de Deus e de tudo que Ele fez através de
Gideão.
O que a Bíblia ensina sobre liderança?
ABíblia ensina que liderança é servir, não ser servido. Há muitos diferentes tipos de líderes bons
na Bíblia mas todos obedeciam a Deus. Deus é o grande líder e deixou o melhor exemplo de
liderança na pessoa de Jesus.
O que Jesus disse sobre liderança?
Jesus disse que verdadeira liderança não é “mandar” nos outros, nem ter um título especial
(Mateus 23:10-11). O bom líder serve os outros. Boa liderança exige humildade e respeito pelas
pessoas. O verdadeiro líder não é egoísta, procura o melhor para todos no seu grupo e guia o
grupo para atingir os objetivos. Liderança é responsabilidade e sacrifício.
Todo líder está sujeito a um líder maior. Até Jesus estava sujeito a Deus e O obedecia (João
14:31). Liderança não é ter todo o poder para fazer tudo que a gente quer. Todos somos
responsáveis perante alguém e teremos de prestar contas um dia.
Jesus também liderou por exemplo. Ele vivia aquilo que ensinava, não era hipócrita. Ele não
esperava que seus discípulos fizessem melhor do que Ele. Sua vida era um exemplo de como pôr
em prática seus ensinos (João 13:14-15). Isso dava credibilidade à sua liderança.
Veja também: por que Jesus lavou os pés dos discípulos?
Que tipos de líderes tem na Bíblia?
Líderes políticos – reis, como Davi, Salomão; Juízes, como Moisés e Josué; governadores, como
Hamã e Pilatos – tratavam do país, das leis e da justiça.
Líderes de guerra – guerreiros, como Gideão, Sansão, Sísera e Joabe – organizavam os
exércitos para a guerra e traçavam os planos para vencer.
Líderes administrativos – como José, Esdras e Neemias – sabiam organizar as funções de
diferentes trabalhadores e gerir finanças e recursos.
Líderes espirituais – como Jesus, Samuel, Isaías os levitas – ensinavam e guiavam o povo para
o arrependimento e a reconciliação com Deus; ajudavam as pessoas a crescer espiritualmente.
Líderes de família – como Abraão, Jacó e Jó – tomavam conta de suas famílias e protegiam-nas;
tinham um papel importante na educação dos filhos.
Muitas das pessoas na Bíblia eram líderes em mais que uma área. Por exemplo, Davi foi um líder
político, espiritual, de guerra e de família. Nem todos foram bons exemplos em tudo mas podemos
aprender muito sobre liderança estudando suas vidas e as consequências de suas ações.
O que é o amor de Deus por você (o que diz a Bíblia)
Deus não nos ama pelo que fazemos! Não há absolutamente nada que possamos fazer para
que o Senhor nos ame mais e nada que deixemos de fazer faça com que o Senhor nos ame
menos. Este é o amor incondicional, um amor único! Deus é amor (1 João 4:8)! Antes que o
mundo existisse, Deus já nos amava (Efésios 1:4).
Como já vimos, Deus ama a todos. Se preocupa conosco e tem uma imensa bondade (Salmos
68:5; Salmos 146:9). Isso se aplica a todas as pessoas e também quer dizer que o Senhor é bom
para todos, por isso que o sol se levanta sobre os maus e sobre os bons, e a chuva cai
sobre justos e injustos (Mateus 5:45; Salmos 145:9,Salmos 145:15-16).
Mas a revelação suprema e manifestação total do amor de Deus por nós é Jesus, o Cristo (João
3:16; Romanos 5:8; Romanos 8:31-39). Portanto, o sacrifício de Jesus é o efeito do amor de Deus
por todos, porque essa é a maior prova do imenso amor de Deus.
Não foi a partir da crucificação de Jesus que Deus começou a nos amar. Ele nos ama desde o
início, desde a eternidade. Seu amor é infinito, incondicional. Algo interessante também
percebermos é que, o amor de Deus, fazendo parte da sua essência, não está acima dos seus
outros atributos. Por exemplo, o Senhor não é mais bondoso, amoroso que justo.

Versão Bíblia para Todos Edição Comum


O amor de Deus por nós tem um propósito
O propósito e desejo que o Senhor tem pela humanidade é que, ninguém se perca, ninguém
pereça, mas recebam a vida eterna, vivam uma vida de comunhão com Ele, se arrependam,
reconheçam seus erros e confessem que, Jesus é o Cristo, seu Filho amado.
O amor de Deus não muda
Em um mundo que está em constantes mudanças, sejam elas quais forem, Deus não muda, Seu
amor por nós não muda (Malaquias 3:6; Tiago 1:17)!
O apóstolo Paulo escreveu em Romanos 8:35: “Quem nos separará do amor de Cristo?”. Pois é
exatamente isso. Nada pode nos separar do amor de Deus!
Veja também: o que significa Deus é amor
O problema é que existe uma barreira entre o pecado, nós e o Senhor, e é por isso que Ele odeia
o pecado. Podemos verificar em Ezequiel 18:22-23 “Acaso, tenho Eu prazer na morte do
perverso? diz o Senhor Deus; não desejo Eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e
viva?”
O amor de Deus permanece para sempre
O zelo, cuidado, proteção, sempre foi considerado promessas do Senhor para com seu povo. Ao
lermos o livro do profeta Isaías, podemos perceber que Isaías quase sempre está lembrando o
povo que o Senhor não esqueceu das Suas promessas, nem mesmo rejeitou ou esqueceu Seu
povo. A aliança e o amor do Senhor permanecem eternamente!
Isaías, quando enfatiza desta maneira, quer dar uma palavra de ânimo para o povo que está
cativo na Babilônia, pois parece existir um sentimento que Deus abandonou o povo. Mas vamos
lembrar que, tudo pode passar aos nossos olhos, à nossa volta, durante esta geração ou futuras,
mas o amor de Deus por nós não acabará e a aliança por meio de Jesus é eterna.
Veja também:
Amor Ágape (significado bíblico)
Ágape significa amor, mas um tipo específico de amor. O amor ágape é muito importante na
Bíblia. Só no Novo Testamento aparece 158 vezes. O amor ágape não trata apenas de sentir ou
de fazer isso, ou aquilo, é um ato de obediência, altruísta, com propósito de fazer o bem àquela
determinada pessoa. Um amor que age e que pode ser evidenciado pela relação que Jesus tem
com o Pai e conosco (João 3:16; João 13:34-35).
Amor Ágape = amor incondicional
Podemos dizer que a origem desse amor é no próprio Senhor. Um amor incondicional, perfeito,
sacrificial! Como nós somos seres imperfeitos, não se pode originar esse tipo de amor em
nós. Mas pode ser gerado em nós pelo Espírito Santo. Só desta maneira que conseguimos amar
como o Senhor ama (Romanos 5:5; 1 João 3:16; Gálatas 5:22).
Na cruz do Calvário é onde podemos evidenciar o amor incondicional de Deus por nós, onde
podemos constatar o amor ágape de Deus por nós com o sacrífico de Jesus, pois o amor ágape
sempre é visível (João 3:16-18).
Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou,
deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões, pela
graça vocês são salvos.
- Efésios 2:4-5
Nós não somos dignos de tal amor por parte do Senhor, “mas Deus demonstra seu amor por nós:
Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5:8).
Um exemplo de Jesus e outro do apóstolo Paulo mostram a importância da palavra ágape. O
primeiro, Jesus usa para orientar os discípulos sobre os inimigos:
“Amem, (ágape), os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber
nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo,
porque ele é bondoso para com os ingratos e maus” (Lucas 6:35).
O segundo exemplo, Paulo usou para dar uma descrição do motivo que Deus enviou Seu
Filho: “mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda
éramos pecadores” (Romanos 5:8).
O amor ágape não faz acepção de pessoas, isto é, por um lado, o desafio de amar os “irmãos da
fé”, por outro, o desafio de amar as pessoas que nos perseguem, que querem nos fazer mal.
Jesus, ao contar a parábola do bom samaritano, enfatiza o exemplo desse amor sacrificial pelo
outro, mesmo que o outro não se importe conosco.
Tipos de amor humano
Um detalhe interessante é que, nós seres humanos, temos em nossa natureza, outros tipos de
amor (eros; filos; storge), mas o amor ágape, como já vimos, não temos.
1. Amor Filos
Este tipo de amor é o mais abrangente, mais geral da Bíblia. Trata-se de um amor com uma maior
ênfase para uma amizade profunda, carinho, respeito, compaixão.
No Novo Testamento, esta palavra, filos, em sua origem no grego, aparece cerca de 26 vezes.
Veja alguns exemplos:
“Quanto ao amor fraternal, não precisamos escrever-lhes, pois vocês mesmos já foram ensinados
por Deus a se amarem uns aos outros” (1 Tessalonicenses 4:9)
“Seja constante o amor fraternal” (Hebreus 13:1)
”... à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor” (2 Pedro 1:7)
“Quanto ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se
fraternalmente, sejam misericordiosos e humildes” (1 Pedro 3:8)
2. Amor Eros
Este tipo de amor é voltado para o amor romântico, entre um homem e uma mulher. Eros é
uma palavra grega. Um amor com mais paixão, mais forte, com maior desejo. Por isso que este
tipo de amor não aparece no Novo Testamento. Também pelo fato que naquela época um tipo de
amor assim era tido como algo sujo, imoral e julgado pelas pessoas. Podemos encontrar,
praticamente por todo o livro de Cânticos, menções desse tipo de amor.
3. Amor Storge
Outro tipo de amor, storge, uma palavra grega também, que demonstra um amor para descrever
amor familiar, ter afeição, carinho, em particular, amor entre pais e filhos.
Uma coisa curiosa é que, assim como o amor eros, o amor storge não aparece exatamente assim
na Bíblia. O que aparece, no entanto, é o oposto da palavra storge, em particular usada duas
vezes no Novo Testamento. A palavra é astorgos, que tem a definição de “não ter afeição, ser
insensível à família” e podemos verificar isso em Romanos 1:31 e 2 Timóteo 3:3.
Por outro lado, em Romanos 12:10 encontramos, na origem grega, a palavra filostorgos, que nada
mais é do que a soma das palavras filos e storge. Podemos traduzir como: amar com carinho,
amar de maneira familiar, mãe, filhos.
Temos alguns exemplos na Bíblia desse tipo de amor storge, amor de família, como Marta e Maria
que tinham pelo seu irmão Lázaro, o amor de Jacó por seus filhos, Noé por sua esposa.
Que tipos de amor existem na Bíblia?
Na Bíblia o amor pode tomar várias formas: amor entre amigos, entre família, entre casais, entre
reis e súditos... Mas todos os tipos de amor vêm da mesma fonte: o amor de Deus.
O amor é a força mais poderosa deste mundo (1 Coríntios 13:8). A Bíblia diz que Deus é amor, o
amor é uma característica fundamental de Deus. Nada é mais valioso que o amor.
Existem vários tipos de amor. Essas são diferentes maneiras como o amor se expressa entre as
pessoas. No grego antigo (a língua em que o Novo Testamento foi escrito originalmente), existem
quatro palavras para descrever quatro tipos de amor:
Ágape
Ágape significa o amor perfeito e incondicional. 1 Coríntios 13:4-7 descreve esse tipo de amor:
altruísta, justo, verdadeiro e paciente. O amor perfeito (ágape) nunca acaba. Esse é o tipo de
amor que está acima de todos os outros.
O amor ágape diz mais sobre a pessoa que ama do que a pessoa que é amada. É uma decisão,
uma escolha incondicional de amar e fazer o bem ao outro. Deus demonstra esse amor perfeito
por nós ao nos oferecer a salvação, sem merecermos, e nos ensina a oferecer o mesmo tipo de
amor a todas as pessoas à nossa volta.
Veja também: o que é o amor?
Filos
Filos é o amor que existe entre amigos, o amor de afinidade. Esse tipo de amor vem da partilha
entre pessoas com algo em comum. Em algumas traduções da Bíblia, o amor filos é traduzido
como amor fraternal (Romanos 12:10).
O amor filos não é incondicional; surge apenas entre pessoas que têm algo em comum, formando
assim a amizade. O amor ágape é maior que o amor fraternal. No entanto, o amor fraternal é
muito importante. A Bíblia diz que os membros da igreja devem ter amor fraternal uns pelos
outros. Todos os salvos têm uma coisa em comum: Jesus!
Jesus chamou seus discípulos de seus amigos (João 15:14-15). Quando nos aproximamos de
Jesus, desenvolvemos esse amor de amizade com ele.
Leia aqui: o que a Bíblia fala sobre amar o próximo?
Eros
Eros descreve o amor entre um homem e uma mulher, em uma relação íntima. Esse amor é
mais que apenas o desejo do outro para satisfazer impulsos sexuais. No relacionamento sexual
cria-se uma intimidade especial entre duas pessoas (Cânticos 8:6-7). Essa intimidade é o amor
eros.
O amor eros é muito exclusivo. Surge apenas através da dedicação especial a outra pessoa.
Não basta ter união física, é preciso também união espiritual. O casamento é o ambiente especial
que foi criado para cultivar esse amor eros. A intimidade especial que podemos ter com Deus se
assemelha a esse amor exclusivo do casamento.
Leia também: o que Deus fala sobre o amor entre um casal?
Storge
Storge é o amor entre família. Os laços de sangue são muito fortes e a afinidade que muitos de
nós sentimos com a família é um tipo de amor especial. Esse amor surge porque partilhamos
muitas características físicas e mentais, muitas experiências e muitas ideias. Ninguém nos
influencia mais que a família!
A relação entre pais, filhos irmãos e outros familiares próximos é muito especial. Esse tipo de
amor nos afeta de maneiras que nem entendemos. Deus criou a família para ser um lugar
cheio de amor. Quando nos convertemos, tornamo-nos filhos de Deus e podemos participar do
amor reservado para a grande família de nosso Pai celestial (1 João 3:1).
Descubra aqui: o que significa "Deus é amor"?
Outros tipos de amor na Bíblia
A Bíblia nos mostra os quatro tipos de amor da língua grega mas também nos dá exemplos de
outros tipos de amor, ou outras expressões do amor:
O amor patriótico – o amor pelo país, seu povo e sua terra, querendo seu bem – Salmos 137:4-6
O amor a coisas boas – como a justiça e a verdade, sendo dedicado a essas coisas – Salmos
119:159-160
O amor ao dinheiro – um amor de dedicação dado à coisa errada, que causa muitos problemas
– 1 Timóteo 6:10
O amor ao mundo – assim como podemos amar coisas boas, podemos amar coisas ruins, como
o pecado – 1 João 2:15-16
O amor a Deus – o amor que sentimos quando entendemos o amor de Deus por nós – 1 João
4:19
Por que Deus me ama?
Deus nos ama porque Ele é amor. Quando Deus criou o universo viu que tudo era bom, mas ao
criar o homem disse, que era muito bom. Ele se satisfez em nos criar e ter um relacionamento
connosco.
O Seu amor vai além da nossa compreensão. Em João 3:16 diz que Seu amor foi de tal maneira,
tão acima da nossa compreensão, que deu o que Ele tinha de mais precioso, Jesus, Seu único
filho.
Como Deus demonstra o Seu amor?
A Bíblia nos mostra diversos textos em que é visto claramente o amor de Deus, quando fala de
Sua bondade e misericórdia, por exemplo, no Antigo Testamento, principalmente no livro de
Salmos fala muito, como: Salmos 23, Salmos 86. Ele nos ama quando trata dos nossos pecados
(Salmos 103). Amou a humanidade na pessoa de Adão e Eva (Génesis 1).
O que nos pode separa do amor de Deus?
Nada. Romanos 8:38-39 nos traz uma lista de coisas que humanamente falando, podem nos fazer
pensar que nos separarão do amor dele. O Seu amor é incondicional, Ele nos ama por o que Ele
é, pela Sua natureza e não pelo que somos, Salmos 8. Seu amor é genuíno, verdadeiro.
Por que duvidamos do Seu amor?
Talvez por que comparamos o amor genuíno (ágape) Dele, com o nosso amor manchado. Nós O
amamos porque Ele nos amou primeiro e amamo-Lo condicionalmente por causa da nossa
natureza pecaminosa.
Também duvidamos, porque pensamos nas coisas más que acontecem no mundo e nos
perguntamos: "onde está o amor de Deus nos acidentes, violação, aborto, morte, catástrofes?".
Ele sempre está ali, nós é que nos afastamos Dele. Os nossos atos julgam o amor de Deus. Só
vemos o Seu amor quando estamos bem, e quando estamos mal só vemos o Seu “ódio”, que é
irreal.

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