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A origem do debate
Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados!
Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa e em quem não há hipocrisia.
Salmos 32:1-2
Quando pensamos em justiça, logo nos vem à mente o castigo e a punição merecidos por algo
que se fez de errado. Essas ideias não estão erradas, mas, graças a Deus que a Sua justiça é
diferente da nossa. A justiça humana é falha, parcial, corrompível e muitas vezes oportunista. Isto
é, segundo a nossa "justiça", o outro merece sempre ser punido e pagar as consequências dos
seus erros. Mas, se somos nós os culpados, buscamos parcialidade ou uma brecha para nos
inocentar.
A justiça de Deus, por outro lado, é leal, reta e infalível. Além disso, a justiça divina é
misericordiosa e não oprime ninguém no seu juízo (Jó 37:23).
A justiça de Deus caminha de mãos dadas com a Sua misericórdia. Ele não inocenta o culpado,
mas perdoa aqueles que se arrependem de todo o coração.
A compaixão de Deus é a Sua disposição graciosa de se compadecer da humanidade desde o
início até o final dos tempos. Nesta oferta amorosa, Ele considera o nosso estado miserável e
oferece perdão total ao pecador arrependido, quando este crê na Sua bondade e aceita o Seu
favor.
Contudo, para satisfazer a justiça, o culpado deve ser punido. Na Bíblia, porém vemos que o
próprio Deus decidiu pagar a pena. Ele atribuiu a Si mesmo a culpa daqueles que se
arrependem. Pelo Seu amor, Jesus Cristo assumiu o nosso lugar, sofrendo a punição por nossas
injustiças, pelos nossos pecados. Através da fé, fomos substituídos graciosamente por Jesus.
Jesus e a Justiça de Deus
"Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da Lei, da qual
testemunham a lei e os profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que
creem..."
Romanos 3:21-22a
Jesus cumpriu toda a justiça. Ele foi justo e misericordioso em toda a sua vida, sem nunca ter
pecado. Através Dele Deus revelou a Sua vontade para os seres humanos. Jesus Cristo, o Justo,
dividiu a história da humanidade, sendo Ele o maior exemplo da Justiça perfeita que os homens
almejam. Graças a Ele todos podem ter acesso à justiça e misericórdia de Deus, pela fé na sua
Palavra.
O pecado presente na humanidade torna a nossa justiça falha e limitada (Isaías 64:6). Mesmo os
sistemas de justiça mais corretos são passíveis de falhar. É como se fechássemos os olhos para a
causa do outro e favorecêssemos a balança sempre para o nosso lado, por conveniência.
Estamos todos impuros por causa de nosso pecado; quando mostramos nossos atos de justiça,
não passam de trapos imundos
Isaías 64:6 - NVT
Por isso todas as pessoas precisam de um recurso fora de si mesmos para alcançarem a justiça
verdadeira. Só quando nos aproximamos de Deus, alcançamos pela fé, o padrão de Justiça
infalível e misericordiosa.
Para resolver o problema do pecado, que precisa ser punido (Romanos 6:23), Jesus se entregou
para cumprir a exigência da Sua perfeição. A justiça foi feita. Foi plenamente cumprida em Cristo,
sendo punido pelo pecado da humanidade. Com a morte de Jesus, o preço da dívida da culpa e
condenação foi pago. Todos que creem Nele podem desfrutar do perdão de pecados. Pelos
méritos de Jesus, todo que busca a Sua justiça é considerado justificado e aceito por Deus.
Pois Deus fez de Cristo, aquele que nunca pecou, a oferta por nosso pecado, para que por meio
dele fôssemos declarados justos diante de Deus.
2 Coríntios 5:21
A Justiça de Deus não tarda e nem falha
Apesar de, aos nossos olhos, a justiça divina não ser aplicada como deveria, Deus é justo. Ele é
o reto Juiz do universo e age perfeitamente apesar da nossa opinião contrária. Ele não tarda em
fazer justiça, aguardando o Seu perfeito tempo, veremos que todos receberão o que merecem.
Deus "retribuirá a cada um conforme o seu procedimento".
Romanos 2:6
Se você sofreu injustiça, não busque a vingança, nem tente fazer justiça com as próprias mãos.
Entregue a sua causa nas mãos Daquele que pode lhe ajudar (Lamentações 3:58). Deus continua
no controle de tudo.
Mas se você falhou e teme agora a justiça de Deus, arrependa-se genuinamente e busque o
perdão de Deus. Cristo é nosso advogado (1 João 2:1). Lembre-se que quando alguém crê no
Senhor Jesus, e se arrepende dos seus pecados, logo torna-se justificado pela fé. Porém, quando
descumpre a Sua vontade, rejeitando a graça de Deus, essa pessoa age como injusto e
permanece como um rebelde diante de Deus. A sua injustiça (falha, transgressão, corrupção,
pecado - 1 João 5:17) lhe será atribuída e terá que ser punido por ela.
Jesus é Deus?
Sim, Jesus é Deus. A Bíblia deixa isso bem claro, Deus é uma Trindade: 3 em 1. Pode parecer
estranho, mas Deus é maior do que a nossa capacidade de compreendê-lo. Somos criatura, obra
do Criador.
O que os homens sabem de Deus foi revelado pelo próprio Deus, através do Filho por meio do
Espirito Santo (Lucas 10:21-24).
Nós somos corpo, alma e espírito, Deus é Pai, Filho e Espírito Santo. Jesus é o Filho de Deus,
está com Deus e é Deus (João 1:1). O Pai, o Filho e o Espírito Santo estavam juntos desde o
princípio (João 1:2). Ao vir para a terra, o Filho tomou a forma humana: Jesus (Isaías 9:6, Mateus
1:20-23 e Mateus 3:16-17), "o Verbo que se fez carne e habitou entre nós" (João 1:14).
Algumas pessoas argumentam o fato de Jesus estar junto a Deus de que Ele não seria Deus. Na
verdade, só a essência de Deus poderia estar com Deus desde a eternidade, pois antes de tudo,
só Deus existia (lembre-se: Deus é 3 em 1). Outras passagens são muito claras ao afirmar que
Jesus é Deus (João 10:30, Tito 2:13 e Colossenses 1:15-17).
Leia aqui: o que é a Trindade?
1 João 5:4 diz: Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence
o mundo, a nossa fé. Portanto, fé em Cristo e na Palavra de Deus.
Vivemos num mundo com situações diárias que nos afligem assim como afligiram também
homens e mulheres no passado. Mas Deus sabe por onde vamos. E, às vezes, vamos ter mesmo
que passar pelo “vale da sombra e da morte”. Entretanto, não vamos sozinhos, Ele vai com a
gente. (Salmos 23:4).
Você também pode querer saber sobre: Vale da sombra da morte
Ele não nos deixa, pois, ao passarmos por algum tipo de tribulação, nosso modo de encarar seja
diferente e, também possamos lembrar das palavras do salmista:
"Exultarei com grande alegria por teu amor, pois viste a minha aflição e conheceste a angústia da
minha alma”.
Salmos 31:7
Se olharmos para o Salmo 31, temos uma prova que Deus conhece nossa aflição. Davi estava
rodeado de conspirações malignas e tudo, aparentemente, estava indo mal para ele. Pessoas
mais próximas dele queriam se afastar para não serem vistas com ele (Salmos 31:13).
Davi sabia no seu coração que Deus conhecia a sua aflição, por isso ele se alegrava na bondade
do Senhor e o destaque aqui é a confiança de Davi em Deus, por mais difícil que a situação
estava.
Os justos clamam, o Senhor os ouve e os livra de todas as suas tribulações.
Salmos 34:17
Por que o cristão passa por aflições?
A causa das tribulações e aflições na vida é devido ao pecado original cometido por Adão e Eva,
que separou a humanidade de Deus. Todos nós sofremos e somos pecadores por causa desse
primeiro pecado, mas Jesus nos libertou e restaurou nosso relacionamento com o Senhor.
Na Bíblia temos algumas ilustrações a respeito de pessoas justas que passaram por
aflições. Salmos 34:19 diz “muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas”. O
salmista compartilha as aflições da vida, em diversas áreas, mas ele tem a confiança e convicção
que o Senhor livra o justo de todas elas.
As aflições são temporárias
Jesus venceu o mundo, venceu a morte, pagou o preço por nós cancelando assim a dívida do
pecado e abrindo o caminho para nós da salvação e vida eterna. As aflições que passamos neste
mundo são passageiras e não há nada que vai nos separar do amor de Deus (Romanos 8:39).
Você sente-se desanimado? Com aquela "vontade de fazer nada" constantemente? Confira agora
algumas atitudes importantes para vencer esse problema:
1. Reconheça o seu estado “desanimado”
Ganhe consciência de que o desânimo pode tornar-se um mau hábito. Para mudar esse status
negativo, você precisa, antes de mais nada, reconhecer a sua condição. A sensação de apatia,
preguiça ou tédio constantes podem agravar e lhe tornar infrutífero espiritualmente e nos seus
afazeres diários. Num nível emocional, você poderá sentir esgotamento, ansiedade, tristeza,
procrastinação ou depressão. Fisicamente, você pode estar com algum problema orgânico
(alteração hormonal, deficiência de alguma vitamina, etc) ou apenas com preguiça, que te deixa
desmotivado para qualquer tipo de tarefa, trabalho ou atividade. Considere se alguma dessas
opções é o seu caso e decida sair dessa condição!
2. Avalie quais são as causas do seu desânimo
Esse é um importante passo de auto análise. Reconheça a origem dos sinais e decida pôr fim no
desânimo urgentemente! Quando desconhecemos as razões, fica difícil atacar a raiz do problema.
Procure descobrir o que o tem deixado desanimado ultimamente. O seu abatimento pode ser
advindo de diversos fatores: problemas financeiros, familiares/relacionamentos, profissionais,
doenças, sedentarismo, estresse, ou por causa de esfriamento espiritual. Analise se você tem
desenvolvido maus hábitos de alimentação, excesso de trabalho ou falta de descanso, por
exemplo.
3. Identificadas as causas, ataque-as com as armas que Deus te deu
A Bíblia provê resposta para cada uma das possíveis causas do desânimo. Por exemplo, para o
problema de:
Falta de motivação - Faça tudo como se fosse para Deus Colossenses 3:23-24
Problemas financeiros - Seja sábio ao administrar seu dinheiro e confie na provisão de Deus
(Filipenses 4:19)
Falta de descanso - Não se esqueça que descansar é bíblico, o próprio Deus deu-nos exemplo
(Êxodo 34:21)
Falta de fé - A fé vem pelo ouvir (ler, meditar, estudar) e conhecer a Palavra de Deus (Romanos
10:17)
Preguiça - A Bíblia adverte-nos sobre esse mal (Provérbio 6:6-11)
Insegurança - A confiança em Deus traz firme segurança ao coração Naum 1:7
Pouca produtividade - Deixe a inatividade e faça tudo o que Deus lhe permite (Eclesiastes 9:10)
Desperdiçar o tempo - Precisamos aproveitar o tempo de forma diligente (Efésios 5:16)
Falta de Oração e gratidão - Desenvolva comunhão diária com Deus 1 Tessalonicenses 5:17-18
Ainda não encontrou uma causa para a sua situação? Veja abaixo mais algumas possibilidades:
Problemas sentimentais - A área emocional é quase sempre a mais afetada, e quase sempre
tem a ver com expectativas frustradas. Ore e peça para Deus cuidar das suas emoções.
Desajustes emocionais podem colocar em desiquilíbrio todas as outras áreas da vida. Se tem ou
já teve problemas amorosos, relacionamentos rompidos, carência afetiva ou sofreu decepções
nessa área, talvez seja tempo de fazer uma pausa. A dor pode parecer incurável, mas Deus é
especialista em curar todas as dores humanas. Busque Nele a cura, Ele sabe reparar corações
partidos. Você tem valor e Jesus se importa com você... Entregue seu coração para o Senhor
cuidar. Encontre suficiência Nele para ser totalmente feliz. Se dê um tempo, para restaurar a sua
paz interior. Depois, deixe Deus lhe surpreender com o que virá...
Maus hábitos quanto ao cuidado do corpo - Você é muito precioso, por isso precisa de se
cuidar e estar atento aos sinais que o seu corpo lhe dá. Ele simplesmente pode estar lhe avisando
que você está chegando ao seu limite e que precisa de descansar e revitalizar. Precisamos
desenvolver bons hábitos diariamente para evitar que os maus hábitos se instalem e dominem.
Procure ajuda de um especialista - Caso não encontre nenhum razão "aparente" para o seu
desânimo, considere a possibilidade de buscar ajuda médica. Faça um check-up geral. Pode
haver alguma relação entre o seu estado de prostração e alguma alteração no seu estado de
saúde.
4. Reconheça a sua identidade em Cristo
Todo cristão sabe que a sua força não vem de si mesmo nem deve ser condicionada pelas
circunstâncias. Por isso, sempre que começar a se sentir desanimado ou sem forças diante de
algo, lembre-se que você é um filho Deus. A sua nova natureza, a partir de Jesus Cristo o torna
capacitado a vencer os obstáculos que se levantem à sua frente. Além disso, há outro fato
maravilhoso: O Espírito de Deus habita no seu coração, por causa dele você pode suportar todas
as dificuldades com bom ânimo. Veja algumas realidades importantes:
Você é amado por Deus! (1 João 3:1)
Deus te deu vida hoje e isso deve valer a pena.
Você foi salvo por Cristo para viver em novidade de vida.
A sua alegria e força vêm do Senhor! (Salmos 28:7)
Deixe o passado para trás! Você é uma nova criatura, as coisas velhas já passaram!
Enquanto você viver, Deus tem um propósito para sua vida.
Aproveite o tempo! Depois da morte já não haverá oportunidade de trabalhar, realizar, sorrir,
construir, amar... (Eclesiastes 9:10)
5. Revitalize a sua mente
Para uma mente saudável é preciso colocá-la em atividade:
Elabore bons pensamentos - Já dizia o velho ditado "mente vazia é oficina do Diabo". Encha
suas ideias com a Palavra de Deus (Colossenses 3:2)
Estude mais - "Há beleza em ser um eterno aprendiz!" Aprenda coisas novas. Pense mais
profundamente acerca das coisas - Deus, vida, morte, universo, ciência, cultura, arte etc.
Raciocine! Não seja um "Maria vai com as outras!" - tire suas próprias conclusões, pesquise,
avalie, elabore conceitos, descubra coisas novas.
Preste a Deus um culto racional - Ofereça a Deus a sua vida todos os dias. Mesmo que para
isso seja preciso esforçar-se mais, para seguir em frente (Romanos 12:1).
Renove a sua mente - Em (Romanos 12:2) a Bíblia ensina que devemos renovar o nosso
entendimento e não tomar a forma dos padrões do mundo. Torne a sua mente renovada na
Palavra de Deus.
6. Cuide do seu corpo!
Quem está desanimado tende a descuidar do corpo e praticar uma má alimentação, saltando
refeições ou compensando, comendo demais. Além disso, a preguiça também interfere no nosso
desempenho físico e nos cuidadas básicos com a higiene e estética.
Alimente-se bem - A má alimentação interfere diretamente no nosso desempenho diário, devido
a ausência ou pelo excesso de determinados nutrientes. Alguns alimentos podem afetar
diretamente o nosso organismo, inclusive nosso estado de humor. Por isso, escolha alimentos
mais saudáveis, coma moderadamente e beba mais água! Tome cuidado com os extremos:
comer de menos (dietas extravagantes!) ou "devorar" comidas que trazem conforto. Esse
desajuste pode colaborar para o seu desequilíbrio físico, emocional e espiritual.
Tenha um corpo saudável - Mexa-se e se esforce mais! Caminhe mais vezes, opte por subir e
descer escadas em vez de ir sempre de elevador. Busque ter uma vida ativa: se alongue pelas
manhãs, limpe a casa, dance, brinque com as crianças, pratique algum esporte ou faça exercícios
físicos regularmente.
Cuidado com o excesso de trabalho - O desgaste devido trabalho demasiado é outra causa de
problemas físicos, emocionais e familiares. O estresse, a pressão e cobranças exageradas no
emprego também causam desânimo, fadiga e tensão nas relações sociais. Um dos problemas
aqui envolvidos, pode estar relacionado com as muitas distrações a que estamos sujeitos
atualmente. A consulta frequente ao celular, notificações constantes das redes sociais e a
facilidade de acesso à informação, faz com que você perca facilmente o foco de atenção nas
tarefas que esteja desenvolvendo. Cuidado para que essa tendência não se torne um vício,
porque retornar à tarefa interrompida várias vezes demanda um gasto muito maior de energia e
concentração. O seu cansaço excessivo e baixa produtividade podem se originar exatamente do
excesso de distrações.
Cuide-se bem - A aparência não é tudo mas é importante! Mantenha cuidados pessoais diários
de higiene e beleza, mas sem excessos. Vista-se adequadamente para cada ocasião. Cause um
bom impacto com a sua presença nos ambientes, pela discrição, simpatia e bom ânimo. Procure
dormir bem diariamente e desenvolva o bom humor (Provérbios 15:13). Aprenda a gostar de si
mesmo.
Seja ativo - Há pessoas que só reagem ao que lhes acontece e isso não é bom. Faça a diferença:
procure estar disponível, assuma tarefas difíceis, pague o preço, trabalhe no anonimato, supere
expectativas, seja o primeiro a oferecer ajuda, doe-se a quem necessita.
Leia aqui o que a Bíblia diz sobre alimentação
7. Desenvolva emoções equilibradas
O cristão precisa ter as suas emoções tratadas por Deus. A falta de equilíbrio emocional também
pode gerar desânimo e tristeza. As perturbações emotivas começam a gerar sentimentos de
apatia, medo, inveja, ressentimentos e sofrimento... Todas essas emoções negativas causam
danos à sua saúde emocional e precisam ser removidas da sua vida:
Reconheça que Deus é a sua fonte de ânimo e contentamento!
Ouça a Palavra de Deus e obedeça! (Lucas 11:28)
Não se isole! A companhia das pessoas que amamos é importante! (Provérbios 17:17)
Deixe de estar apático ou ansioso. Deus cuida de de você!
Alegre-se! (Filipenses 4:4)
Pratique o perdão!
Saiba gerir sua ira e insatisfação! (Efésios 4:26)
Encontre o seu propósito como pessoa e dedique-se a isso para a Glória de Deus!
A instabilidade do coração é um grave problema (Tiago 1:7-8) e é capaz de desajustar todas as
outras áreas da vida. Caso se aperceba que as suas emoções estejam muito desequilibradas,
busque ajuda em Deus mas também de um especialista. Há tratamentos e terapias importantes
para ajudar casos de crises psicológicas e estados emocionais mais extremos.
Leia também: O cristão pode ir no psicólogo?
Exclua a falta de ânimo e coloque o seu coração aos cuidados de Deus. Viva com Cristo uma vida
que traz satisfação, confiança, serenidade, alegria, esperança e amor.
Deus: 10 coisas que você precisa saber sobre Deus, seu Criador
Denise Alves
Mestre em Literatura, licenciada em Pedagogia e Letras-Português e formanda em Teologia
Deus não cabe numa definição simplista. Precisaríamos de muitas palavras para tentar descreve-
Lo e ainda assim estaríamos sempre incompletos. Mas a Bíblia fala-nos de várias características e
qualidades do Senhor que nos ajudam a conhecê-lo melhor. Por isso destacamos 10 pontos
acerca de Deus, que lhe ajudarão a compreender melhor como a Bíblia descreve o nosso Deus:
Deus é Amor
Deus, o Criador
Deus se revela - permite ser conhecido
Deus é Todo-Poderoso (onipotente, onisciente e onipresente)
Deus é Triuno
Deus é o Senhor
Deus é Espírito
Deus é o Salvador
Deus é Santo
Deus é Justiça - o Justo Juiz
1. Deus é Amor
Na incontável lista de atributos de Deus, o AMOR mereceria estar no topo. Todo o propósito de
Deus relacionado à Sua ação e interação no universo, conjuga-se perfeitamente com o verbo
amar. A Bíblia nos diz que Ele não somente tem amor (incondicional e verdadeiro) por todos,
como Ele é o próprio amor:
Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo
aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.
- 1 João 4:16
Deus doa a si mesmo eternamente em benefício de todos. Esta autodoação se manifesta na
trindade e na sua relação de entrega, auto-sacrifício e misericórdia pela humanidade:
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer
não pereça, mas tenha a vida eterna.
- João 3:16
Também:
Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o
que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.
- 1 João 3:1
Portanto, se você deseja conhecer a Deus um pouco mais profundamente, comece por
desenvolver um relacionamento mais próximo Dele, aceitando o profundo amor que Ele lhe
oferece gratuitamente, por meio de Jesus Cristo. Este Amor de Deus tem muito pouco a ver com
as formas de amor que conhecemos atualmente. É o Amor incondicional e sem limites, que se
entrega, doa e perdoa. É incomparável, o Amor de Deus.
Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou,
- Efésios 2:4
2. Deus, o Criador do universo
Deus é o supremo Criador e sustentador de todas as coisas. Sendo assim, não há nada na
criação que se compare a Ele (incomparável - infinito, eterno, imutável e invisível, perfeito, santo).
Segundo a Bíblia, Deus criou todas as coisas, dando início a nossa história:
Será que você não sabe? Nunca ouviu falar? O Senhor é o Deus eterno, o Criador de toda a terra.
Ele não se cansa nem fica exausto, sua sabedoria é insondável.
Isaías 40:28
A existência do universo pressupõe a existência de "Alguém" superior com inteligência e poder
incomparáveis. Ao observarmos o universo, com todas as descobertas científicas dos últimos
tempos, é razoável de se presumir a existência de um Criador de soberana Inteligência e
poder, que arquitetou e gerou tudo pela Sua Excelência e vontade.
Se considerarmos honestamente a diversidade biológica encontrada no mundo natural, temos
também que considerar um Desenhador Inteligente por trás de tudo.
Este tem um propósito definido, revelando a Sua grandeza e glória. Toda a complexidade de
engenhos do mundo físico, como toda informação encontrada no código genético humano, por
exemplo, pressupõe um programador com poder criativo sem precedentes.
No livro 'Deus em questão', C.S.Lewis respondendo sobre se: "Haverá Alguém além do universo
que o tenha criado?" Lewis respondeu com um ressonante "sim". Lewis afirma que:
... o universo está cheio de "placas de sinalização", como o céu estrelado acima e a lei moral
dentro de nós" tudo apontando com clareza inconfundível para aquela Inteligência.
Os que discordam disso, firmam-se numa teoria ainda mais improvável como a hipótese do Big
Bang. Considerar que uma grande explosão tenha dado origem a tudo que conhecemos é como
acreditar que um catastrófico incêndio seria capaz de produzir uma gigantesca biblioteca com
bilhões de obras no seu acervo. Simplesmente impossível!
Deus Criador, sobre o qual a Bíblia descreve, fez todas as coisas visíveis e invisíveis, criou o
mundo material e espiritual. Por isso, nenhuma criatura, nem mesmo os anjos merecem
devoção. Somente o Deus Criador é digno de ser honrado e adorado. Todo o resto são
criaturas.
Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em
lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.
Romanos 1:25
Quem criou Deus?
Essa é uma pergunta que considera já de início que Deus foi criado. Que é um grande equívoco,
considerando toda a complexidade do Universo criado. Daí a distinção fundamental que a Bíblia
faz de todos os deuses das demais religiões e mitos. Deus é o Supremo Criador. Ele sempre
existiu, nunca foi criado:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (...)
Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
- João 1:1, 3
Ao considerar o Deus da Bíblia, precisamos ter consciência dessa distinção: criado X não criado.
Deus era Deus antes do início. Lennox no livro "Por que a ciência não consegue enterrar
Deus" considera que "Deus pertence à categoria de não criado":
Pois o Deus que criou e sustenta o Universo não foi criado - Ele é eterno. Ele não foi "feito" e,
portanto, não está sujeito às leis que a ciência descobriu; foi Ele quem criou o Universo com suas
leis. Na verdade esse fato constitui a distinção fundamental entre Deus e o Universo. O Universo
passou a existir, Deus não.
- Lennox, p. 257
Entendemos assim que o Deus Trino é superior a todas as coisas criadas, seres espirituais ou
materiais (astros, elementos da natureza, animais e seres humanos) e que não há nada nem
ninguém superior a Ele (Hebreus 6:13). O Verdadeiro Deus é supremo em absoluto, por isso
muito superior a todas as outras coisas em todo o universo.
3. Deus que se revela
Apesar de não ser totalmente compreensível na Sua essência pela mente humana, Deus,
transmitiu algum conhecimento de Si mesmo ao mundo. Através do que Ele criou e do que falou
(nos Escritos Sagrados), o Senhor se revela ao seu povo.
Essa "revelação" (do latim 'revelare') significa descobrir, desvelar, tirar o véu. Isto quer dizer que,
Deus trouxe luz àquilo que estava longe do nosso campo de visão natural e limitado.
Tentar compreender e explicar Deus é como tentar enxergar a olho nu e descrever, toda a
grandeza das galáxias do universo. Impossível! Deus é imensurável! Mas se tornou conhecível, na
medida em que nos é possível saber.
Ao longo da história da humanidade Deus se revelou aos homens através da Criação (história e
consciência moral universal) e através da Sua Palavra registrada e encarnada em Jesus Cristo
(revelação especial) - Salmos 19.
Revelação Geral
Há um entendimento geral, dado a todos, em todos os lugares e em todas as épocas acerca de
Deus. Essa revelação geral encontra-se impressa na:
Criação
História
Lei moral / consciência humana Romanos 2:14-15
Deus é o soberano Criador, como vimos acima. Ele é o Senhor da História e do tempo Isaías
45:6-7. Somente Ele pode intervir na história porque não está limitado ao tempo (1 Timóteo 6:15-
16). Deus se tornou conhecido progressivamente ao longo das gerações.
As pessoas intuitivamente sabem que Deus existe e que cometem o mal, distorcendo essa
revelação. Os corações humanos trazem princípios (morais) gravados na consciência e
programados pelo Criador. Mas são incapazes de viver de acordo com esses valores divinos. O
apóstolo Paulo realça que os seres humanos são indesculpáveis quando distorcem a clara
revelação de Deus, porque Ele manifestou-se claramente desde a Criação:
A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e injustiça dos seres humanos que, por
meio da sua injustiça, suprimem a verdade.
Pois o que se pode conhecer a respeito de Deus é manifesto entre eles, porque Deus lhes
manifestou.
Porque os atributos invisíveis de Deus, isto é, o seu eterno poder e a sua divindade, claramente
se reconhecem, desde a criação do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que Deus fez.
Por isso, os seres humanos são indesculpáveis.
Porque, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças. Pelo
contrário, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, e o coração insensato deles se
obscureceu.
Dizendo que eram sábios, se tornaram tolos e trocaram a glória do Deus incorruptível por imagens
semelhantes ao ser humano corruptível, às aves, aos quadrúpedes e aos répteis.
- Romanos 1:18-23
Revelação Especial
Deus mantém contato com a sua criação, e pela sua graça, vai se revelando progressivamente ao
mundo. O Senhor deixou que a humanidade conhecesse a:
Si mesmo,
Seu Reino,
Sua Aliança,
Suas Leis e a
Sua Salvação.
Toda palavra de Deus revelada à humanidade, acerca da sua redenção universal, foi registrada
na Bíblia pelos seus profetas, para que todos possam conhecer:
Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, mas,
nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual
também fez o universo.
- Hebreus 1:1-2
Jesus Cristo é a culminação da revelação especial de Deus. Ele próprio veio ao mundo para se
dar a conhecer ao Seu povo. Sem intermediários, o Filho do Deus Altíssimo veio em pessoa para
nos mostrar Deus plenamente. Portanto, Deus pode ser conhecível por aqueles que O buscam de
todo coração. O conhecimento verdadeiro de Deus só pode ser adquirido através da auto-
revelação divina em Jesus Cristo.
Hoje podemos conhecer a Deus através de um relacionamento pessoal com Ele baseado no
que a Sua Palavra ensina.
4. O Deus Todo poderoso
Deus é o Deus onipotente. Isto quer dizer que ele tem todo o poder. A palavra onipotente vem
de dois termos latinos que significam "omni" - todo e "potens" - poderoso. Isso quer dizer que
Deus tem poder sobre a terra, céu, natureza, tempo, espaço e todo universo.
Ele pode fazer tudo que for da sua santa vontade. Para além do seu poder criador, Deus também
revela seu poder ao sustentar e cuidar de todas as coisas. Em sua providência, o Senhor garante
que cada coisa no universo cumpra o seu devido propósito. Nas Escrituras, vemos muitas mostras
do grande poder e atuação de Deus na história humana. De fato, nada lhe é impossível:
Jesus, olhando para eles, disse: — Para os seres humanos isto é impossível, mas para Deus tudo é possível.
- Mateus 19:26
Do mesmo modo, Deus é onisciente, tem todo conhecimento, e é onipresente, está presente em
todo lugar. Ele não tem limitações espaciais e, nenhum lugar no espaço O poderia conter (1 Reis
8:27). Ele está presente de maneira diferente em lugares distintos para abençoar, sustentar ou
punir. Grudem, p.123, diz que "Deus age diferentemente em locais distintos da sua criação."
Esses atributos mostram algumas das diferenças marcantes entre Deus e as suas criaturas: o seu
poder, sabedoria e presença ilimitados. Ele tem o potencial para agir sempre no que Lhe
aprouver. Ele é "poderoso para fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos" (Ef. 3:20).
Tudo que foge ao controle humano, o poder da vida e da morte, as forças da natureza e as leis
que a regem, tudo está sob o controle de Deus. Por isso Ele é digno de toda a confiança:
Confiem para sempre no Senhor, pois o Senhor, somente o Senhor, é a Rocha eterna.
- Isaías 26:4
A onipotência, onisciência e onipresença de Deus envolvem também a ideia de
soberania. Como soberano Rei e Governador, Deus rege e faz o que lhe apraz em todo universo.
Sobre esse poder, o teólogo Grudem diz que:
a onipotência divina refere-se ao ao seu próprio poder de fazer o que decidir fazer... o poder de
Deus é infinito, e, portanto ele não está limitado a fazer somente o que já fez. De fato, Deus é
capaz de fazer mais do que faz"
- Grudem - Teologia Sistemática, p.159.
Deus é único com todo o poder. Muitos temem a ação de Satanás, outros espíritos, e até
mesmo forças humanas, mas Deus é infinitamente superior (1 João 4:4).
Embora existam diferentes concepções de divindades nas várias religiões do mundo, o Deus da
Bíblia é superior em absoluto a tudo e todos. Os deuses mitológicos e outros ídolos criados
(santos, orixás, guias, etc) não podem ser confundidos com o Deus verdadeiro. Esses diferentes
deuses foram criados, para responder às demandas do homem em diferentes áreas: deus do sol,
deus dos mares, deusa da fertilidade, etc...
Deus, distintamente, tem poder sobre todo o universo. Ele não só sabe como tudo funciona e
existe, porque criou tudo, como também é supremo em inteligência (onisciência) e facilmente
estabelece o Seu alcance em todo lugar. As outras supostas "entidades", seguindo a sua limitação
conceitual, somente agem ou exercem influência restrita sobre áreas específicas (como os super-
heróis fictícios, têm poder nalguma área, mas são limitados noutras). Deus é Deus porque é
maior que toda força natural ou sobrenatural que possa existir.
Pois o Senhor é o grande Deus, o grande Rei acima de todos os deuses.
- Salmos 95:3
5. Deus Triuno
Há um só Deus em três pessoas. Essa verdade é testemunhada nas Sagradas Escrituras, bem
como refletida nas obras das três Pessoas Divinas - João 15:26, Atos dos Apóstolos 2:32-
33, Gálatas 4:6, Tito 3:4-6 e outros.
A doutrina da trindade é uma das mais importantes do Cristianismo. Ela ajuda-nos
a compreender a essência eterna, única e diversa do Ser de Deus. Apesar da
palavra "trindade" não aparecer na Bíblia, seu conceito é ensinado nela. Trindade significa tri-
unidade, ou "três em unidade".
Assim podemos entender que Deus é um Ser único, consistindo em três “pessoas”, Pai, Filho e
Espírito Santo, que se relacionam entre si desde a eternidade, mas são distintas.
Sobre o vocábulo "trindade", J.I. Packer fez a seguinte formulação:
Jesus...
a) endossava o monoteísmo do Antigo Testamento (Marcos 12:29), e, no entanto,
b) considerava-se "o Filho" em um sentido singular (Mateus 11:27, Marcos 12:1-12, Marcos
13:32), tendo prescrito e aceito a adoração como correta expressão de fé (João 5:23, João 9:35-
38, João 20:28);
c) prometeu o Espírito Santo como o "outro Consolador", que viria substituí-Lo para desempenhar
seu próprio multifacetado ministério (João 14:16); e
d) agrupou o Pai, o Filho e o Espírito Santo no "nome" trino (usando-o no singular, não no plural,
como notamos), no qual - isto é, em relação ao qual - os futuros discípulos deveriam ser batizados
(Mateus 28:19).
- J.I. Packer - Vocábulos de Deus. pp. 61 e 62.
Para entender o que Deus é em si mesmo, precisamos considerar o que a Bíblia mostra
progressivamente acerca Dele. Há indícios em todo o texto sagrado de que Deus existe como
mais de uma “pessoa”.
No Antigo Testamento encontramos uma revelação parcial, revelada sobretudo em registros
plurais da fala de Deus:
“Façamos o homem à nossa imagem…” (Gên. 1:26),
“Agora o homem se tornou como um de nós” (Gên. 3:22);
“Venham, desçamos e confundamos a língua que falam (Gên. 11:7);
“Quem enviarei e quem há de ir por nós?” (Isaías 6:8)
outras passagens que deixam claro a indicação da pluralidade de pessoas no próprio Deus (Salm.
45:6-7, Salm. 110:1)
No Novo Testamento há uma revelação mais completa da trindade. Quando Jesus foi batizado
(Mateus 3:16-17), vemos os 3 membros da trindade realizando atividades distintas e coordenadas:
Deus Pai fala do céu;
Deus Filho é batizado e ouve o que o Pai fala;
Deus Espírito Santo desce do céu, pousando sobre Jesus.
A mesma especificação das pessoas divinas aparece no mandado da grande comissão feito por
Jesus:
Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo,
- Mateus 28:19
Além dessa, outras tantas passagens fazem menção às três pessoas da Trindade juntas: (2
Coríntios 13:14); (1 Pedro 1:2) e (Judas 1:20-21).
Compreensão limitada da Trindade
Apesar de todas as evidências bíblicas e as afirmações anteriores, precisamos chegar ao ponto
de reconhecer humildemente a complexidade do Ser de Deus. Ele é diferente de qualquer outra
coisa no universo e não temos mais nenhuma outra realidade semelhante. Em si mesmo Deus
contém tanto unidade como diversidade.
Somos incapazes de compreender completamente a existência tripessoal de
Deus. Ultrapassados os pontos que a Bíblia revela, temos de nos reservar às nossas
limitações humanas e CRER no que as Escrituras afirmam. Muitos detalhes e curiosidades
ainda não estão ao nosso alcance.
Infelizmente, por não compreenderem a grandeza do Deus Trino, que a Bíblia apresenta, muitas
heresias surgiram na história na tentativa de deturpar essa verdade bíblica (modalismo, arianismo,
subordinacionismo, p.ex). Ainda hoje, há falsos cristãos, hereges, mulçumanos e judeus que
refutam a divindade de uma ou mais Pessoas da trindade.
Contudo, a Bíblia (nossa regra de fé e prática) afirma isso com clareza. Ainda que a nossa
capacidade de compreensão seja limitada, precisamos aceitar, crendo somente no que a Palavra
de Deus diz.
Deus é único e seu verdadeiro ser existe nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O
teólogo Wayne Grudem fez a seguinte colocação:
Deus existe eternamente como três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo; cada pessoa é
plenamente Deus e há um só Deus.
- Manual de Doutrinas Cristãs, p. 109
Todas essas afirmações são ensinadas na Bíblia. Cada membro da Trindade é plenamente Deus
e cada pessoa compartilha todos os atributos de Deus com funções diferentes desde a
eternidade.
6. Deus, o SENHOR
Na Bíblia, a palavra SENHOR é aplicada ao Deus Pai, a Jesus Cristo, Filho e ao Espírito Santo. O
senhorio de Deus implica em ser Ele o chefe máximo do universo e governador absoluto de seu
povo.
O Senhor Deus
É o Criador, o Deus de Israel, o governador, juíz, salvador e protetor. No Antigo Testamento, a
palavra "Adonai" (originada do termo hebraico "Adon" - significa senhor, governador, ou dono de
escravos) era usada como um título, se referindo ao Deus de Israel.
O nome "Yahweh" - Jeová, surgiu quando Deus apareceu a Moisés no episódio da sarça ardente.
Ali, Moisés lhe perguntou o Seu nome e Deus se apresentou como o grande "EU SOU" (ou Eu
SOU o que Sou), comissionando Moisés para libertar os israelitas do Egito. Como o passar do
tempo, o tetragrama "Yahweh", passou a ser substituído pela palavra Adonai, por reverência ao
nome revelado por Deus.
O AT grego traduziu a palavra Adonai - SENHOR no hebraico, por "Kurios" - Senhor em
grego. Para diferenciar de outros senhores, ou deuses pagãos, as expressões (Adonai e Kurios)
sempre apareciam com maiúscula, para se referir ao Deus de Israel.
Deus falou a Moisés e lhe disse: — Eu sou o Senhor.
Portanto, diga aos filhos de Israel: "Eu sou o Senhor. Vou tirá-los dos trabalhos pesados no
Egito, vou livrá-los da escravidão, vou resgatar vocês com braço estendido e com grandes
manifestações de juízo.
Eu os tomarei por meu povo e serei o seu Deus; e vocês saberão que eu sou o Senhor, seu
Deus, que os tiro dos trabalhos pesados no Egito.
Eu os levarei para a terra que jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; darei essa terra a vocês como
herança. Eu sou o Senhor."
- Êxodo 6:2, 6-8
O Senhor Jesus Cristo
No Novo Testamento, o Deus encarnado, o Filho de Deus e Messias, o Senhor Jesus Cristo é
apresentado como o Senhor. Este título implica que Ele é mais que um líder, professor, rabino ou
mestre, mas é o Deus vivo, Salvador do mundo que haveria de vir. Jesus se identificou com Deus
(Jeová - "Eu Sou") em diferentes episódios. E por isso, foi tão perseguido e odiado pelos líderes
judeus que não compreenderam que Ele era o SENHOR.
Jesus cumpriu as profecias do AT relativas ao Senhor (Jeová). Por exemplo, Joel 2:32 citado
em Atos dos apóstolos 2:21 e Romanos 10:13 - "E aquele que invocar o nome do SENHOR será
salvo" é tomado como cumprimento da promessa para aqueles que invocam o nome de
Jesus: Atos dos apóstolos 2:38 e Romanos 10:9-13.
para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda
língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
- Filipenses 2:10-11
Ele viveu, morreu e ressuscitou para ser Senhor de todos (Romanos 14:9), ontem, hoje e sempre.
O Senhor, Espírito Santo
No Antigo Testamento, por vezes, o Espírito Santo aparece como figura indistinguível de Deus Pai
(Salmos 51:11). Já no Novo Testamento essa distinção fica mais clara, uma vez que o Espírito
Santo (Pneuma no grego) aparece identificado com a pessoa do Pai e do Filho, mas com
atribuições diferentes.
O título pessoal usado por Jesus em João 15:26, "Parakletos" - consolador, conselheiro,
advogado, ajudador , traduz exatamente a característica fundamental do Outro agente pessoal da
trindade. O Espírito Santo é o Deus Consolador, presente e ajudando o Seu povo, em total
unidade divina com Jesus Cristo e com o Pai, eternamente.
Em muitas passagens do NT, as funções exercidas pelo Espírito do Senhor aparecem ajustadas
às outras pessoas da trindade. Isto revela a divindade do Espírito Santo e portanto, a co-igualdade
no senhorio com Cristo e com o Pai.
Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade.
E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua
imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é
o Espírito.
- 2 Coríntios 3:17-18
7. Deus é Espírito
Já alguma vez se perguntou: de que matéria Deus será feito? Seria algum corpo, fluído ou energia
volátil? Maciço e robusto? Ou algo parecido com o nosso corpo? Não. A Bíblia nos afirma
que Deus é Espírito (João 4:24). Seja o que for que isso signifique, parece querer dizer que:
Ele não está limitado a nenhum lugar no universo.
Deus não é comparável a nenhuma outra existência criada (não é um vapor, fumaça, energia,
nem uma força, etc).
Deus sequer se compara ao nosso espírito, que também foi criado e está limitado no tempo e
espaço.
A existência do Senhor é algo infinitamente superior a qualquer outra coisa criada (astros, anjos,
demônios, etc).
Deus é a essência do Ser. É excelente, é incomparável e indescritível.
A aparência de Deus
As Escrituras também não fazem nenhuma descrição expressa sobre a aparência "física" de
Deus. Como Espírito Divino, não podemos associar a Deus uma fisionomia ou características
físicas humanas, ou de qualquer outra criatura no universo. Somos expressamente proibidos de
assemelhar Deus a qualquer outra criatura ou coisa da criação (Êxodo 20:4-6).
Apesar disso, a Bíblia nos diz que:
A humanidade foi feita a Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26)
Jesus Cristo é o resplendor de Sua Glória e a expressão exata da pessoa de Deus (Hebreus 1:1-
3)
Além dessa identificação direta conosco e, principalmente, com o Filho, as Escrituras também dão
muitos outros indícios das características do ser de Deus. Por meio desses atributos, podemos ver
com clareza muitas referências acerca da natureza de Deus (2 Pedro 1:4), Seu caráter e de Seus
valores.
8. Deus é O Salvador
Pode-se dizer que o tema da Salvação é central em toda a Bíblia. Do início ao fim, as Escrituras
registram a mensagem do Deus Criador que, graciosamente, oferece salvação. Mas salvar do
quê? Pensar em salvar alguém faz-nos lembrar de transtornos e perigos como de um terrível
naufrágio, tsunami, uma doença incurável, um sequestro ou qualquer outro risco de morrer.
A salvação de Deus pressupõe que todos estamos condenados à morte. Desde a queda no
princípio, todos afundamos num terrível lamaçal, estamos em linha de colisão com uma avalanche
que virá nos destruir a qualquer momento. Isto mesmo! Sem Deus, você e eu estamos
irremediavelmente condenados. Destinados à morte e destruição para sempre. Realmente, toda a
humanidade está sujeita a uma condição de juízo e condenação por causa dos seus pecados.
O ensino bíblico sobre o pecado revela uma realidade que nem todos gostam de enfrentar, mas é
absolutamente necessário para que haja salvação. "Todos pecaram e precisam da graça de
Deus" (Romanos 3:23). Por isso, todas as pessoas precisam de entender:
a natureza da maldade e da sujeira que corrompem o seu corações;
e reconhecer a incapacidade de salvarem a si mesmas;
e confiar totalmente na graça infinita de Deus;
a necessidade de arrependimento e conversão (mudança de vida) para Jesus Cristo;
Todos estão cativos, i.é, são escravos dessa inclinação para a maldade (João 8:34), que
condiciona a vida e o destino final da humanidade. Nossos valores, emoções, intelecto e vontade
foram danificados pela ação maligna das ofensas que cometemos contra vontade soberana de
Deus. Consequentemente todos estão destinados à punição e morte.
O pecado corrompeu a natureza espiritual e física das pessoas, tornando-nos todos destinados à
ira e Juízo de Deus, Por isso todos, pessoalmente, merecem ser castigados pelos seus vícios e
transgressões. Mas o Deus Salvador nos aponta uma porta de escape. Ele mesmo propõe-nos
um futuro diferente daquele ao qual estávamos destinados. Essa é a salvação (redenção,
libertação, vida eterna) que encontramos pela graça de Jesus Cristo.
... segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação,
não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi
dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada agora pelo aparecimento de
nosso Salvador Cristo Jesus.
Ele não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho.
- 2 Timóteo 1:9-10
A graça de Deus
Graça significa o favor imerecido de Deus. Isto é, não fizemos nada para merecer o amor de
Deus. A palavra "graça" - chen no hebraico e charis no grego, aparece como: favor, bondade,
amor, generosidade extrema e gratuita. Outros termos aparecem relacionados a ideia de graça,
como por exemplo: "achar graça aos olhos", amor constante e incondicional (ágape), misericórdia,
compaixão e bondade.
A palavra graça expressa a generosidade de Deus que age prontamente para salvar os
pecadores. Deus é o Deus de TODA GRAÇA (Êxodo 34:6, 1 Pedro 5:10). Ele ama aqueles que
não merecem ser amados, de forma gratuita e espontânea, dependendo unicamente da sua
própria vontade para fazer isso.
Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus
- Efésios 2:8
Através de Jesus, a graça de Deus tomou corpo e forma, tornou-se uma pessoa (João 1:14-17).
Jesus Cristo é o supremo presente do amor bondoso de Deus que se entregou por nós para
cumprir a justiça em nosso lugar. Ele veio por pessoas indignas, sem status ou valor comparável.
Somente por essa graça podemos ser salvos.
9. Deus é Santo
A santidade de Deus é um atributo incomparável, segundo o qual entendemos que Ele é
totalmente separado do pecado e do mal, dedicando-se à sua própria Glória e Honra. Neste
sentido, a santidade de Deus tem um aspecto relacional (separação do mal) e um aspecto moral
(dedicação à sua própria Honra).
Deus é Santíssimo e isso é expresso em inúmeras passagens bíblicas, revelando que Ele está
apartado da maldade em todos os sentidos. Daí o convite para que seu povo seja mais parecido
com Ele (Levítico 20:7). Deus é incomparável em santidade, retidão, justiça, poder e excelência:
Ó Senhor , quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade,
terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?
- Êxodo 15:11
Essa santidade é poderosa e magnífica, mas pode causar danos a pessoas impuras que se
aproximem demasiadamente, sem a devida atenção. Podemos comparar a santidade de Deus ao
sol. Entenda, este astro criado, ilumina-nos, aquece-nos, dá energia e promove outros inúmeros
benefícios aos seres vivos. E, embora seja benigno e radiante, trazendo condições favoráveis de
vida à terra, quem se aproximar muito dele é fulminado em instantes.
Da mesma maneira, entender a grandeza da santidade de Deus. Uma aproximação irrefletida
pode ser fatal. Sem a sua permissão, não poderíamos nos aproximar sequer, porque Ele é
excelentemente santo e glorioso. Nenhuma pessoa suportaria tamanha perfeição e santidade na
Sua presença.
É por isso que vemos no Antigo Testamento inúmeras leis e orientações ao povo para que se
consagrassem, se afastando de coisas ou pessoas impuras (Levítico 20:7). A aproximação de
Deus, pressupõe a reverência e o cuidado com tudo que Ele exige.
Santidade ao Senhor
A palavra "santo" é usada também no AT para descrever lugares específicos no Tabernáculo.
Neste lugar preparado para que o povo se dedicasse ao Senhor, havia dois espaços interiores
totalmente consagrados, separados do restante do Templo. O Santo lugar era separado através
de um véu do Santíssimo lugar ou Santo dos Santos, onde ficava a Arca da Aliança. Este era o
espaço que representava a presença do Senhor. Era o lugar mais separado do mal e do pecado
no meio do Arraial do povo de Deus.
Para entrar ali havia regras de consagração e purificação, de pessoas separadas (representantes
do povo)- os sacerdotes - para terem acesso à presença de Deus.
O profeta Isaías descreve em Isaías 6, uma experiência impactante da visão que teve de Deus
assentado num alto e sublime trono no Templo. Por cima Dele, ele viu serafins que voavam
adorando:
E clamavam uns para os outros, dizendo: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda
a terra está cheia da sua glória."
- Isaías 6:3
Esta visão deixou o profeta totalmente alarmado porque reconhecia-se como um pecador, tal
como o povo a quem representava. Mas um dos serafins foi ao seu encontro, não para castigá-lo
mas para purificá-lo, para estar apto para permanecer na presença do Senhor (Isaías 6:6-7).
Esta cena nos mostra algo interessante: é na comunhão com Deus, que se pode reconhecer os
próprios pecados, tendo condição para confessá-los e deixá-los. Foi assim também com Davi
(Salmos 51:5), Jó (Jó 42:5-6), Pedro (Lucas 5:8) e outros. Somente à luz do Senhor é que
conseguimos enxergar a escuridão que há nos nossos corações. Quem está longe de Deus não
consegue reconhecer falhas em si mesmo.
Comunhão através de Jesus Cristo
Jesus é o caminho e a porta que nos dá acesso direto a Deus. Agora já não há necessidade
de outros representantes ou mediadores. Ele é Aquele que tira o pecado do mundo e nos santifica
através do Espírito Santo.
Na Antiga Aliança, quem quer que tocasse em algo impuro se tornaria também impuro. O acesso
a Deus era restrito, mediante ao cumprimento exclusivo das leis e prescrições. Mesmo assim, o
povo andava distante pois o seu pecado os impedia de se aproximar efetivamente do Senhor. Era
preciso que viesse o Messias e os conduzisse até a presença de Deus.
Na Nova Aliança, Jesus surge como a resolução definitiva do problema de acesso ao Deus Santo.
Cristo é a luz mais radiante que o sol, que veio ao nosso encontro. Não para nos destruir, mas
para nos transformar em seres santificados que glorificam ao Senhor.
Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus".
- João 6:69
Pedro reconhecendo a divindade e santidade do Senhor, pediu que Ele se afastasse dele:
Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: — Senhor, afaste-se de mim,
porque sou pecador.
- Lucas 5:8
Mas o seu poder e amor transformador mudou as nossas vidas e histórias. Jesus decidiu se
aproximar, perdoar e apagar os nossos pecados. Não somente de Pedro e dos discípulos mas de
todos que O confessam e creem que é Ele o Senhor de toda Glória. Todo pecador que crê e se
arrepende da sua vida imoral e independente de Deus, pode receber o Seu perdão e ter o
seu pecado apagado.
Santidade ao Senhor
Jesus não só tocou impuros e os purificou, como tornou arrependidos em justificados e perdoados
perante Deus. Não colocou uma brasa do altar como fez com Isaías, mas acendeu a chama do
Seu Espírito dentro de nós. Essa é a ação gloriosa e ainda incompreensível para nós: o amor
grandioso do Santo Deus! Jesus sofreu a distância do Pai na cruz, para que hoje, os que creem,
possam ser santificados e achegados a Deus:
Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos
misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.
- Hebreus 4:16
Na vida do cristão, a busca pela santidade deve ser constante e fervorosa. Somente seguindo a
santificação é que veremos o Senhor (Hebreus 12:14). À medida que caminhamos com Deus,
"tabernaculamos" com Cristo, por meio da comunhão com Seu Espírito Santo. E assim, Ele torna-
nos limpos e aceitáveis na presença de Deus.
10. Deus é Justo Juiz
Deus é o padrão de Retidão e Justiça. Essas qualidades traduzem os termos "Tsedek" do
hebraico e "Dikaios" do grego, do Antigo e Novo Testamento. Esse atributo nos mostra que Deus
age sempre conforme o que é justo, e Ele mesmo é o parâmetro para a Justiça.
Ele é a Rocha, as suas obras são perfeitas, e todos os seus caminhos são justos. É Deus fiel, que
não comete erros; justo e reto ele é.
- Deuteronômio 32:4
Não existe nenhum outro padrão fora de Deus, que nos defina bem a justiça e retidão. Todos nós
somos dotados de um senso de justiça interior, também temos instâncias de justiça em nossa
sociedade que nos ajuda a reconhecer as injustiças que sofremos e que causamos. Mas, Deus é
o padrão absoluto para justiça (também da verdade e excelência).
A (in)justiça humana
Todas as pessoas têm, em maior ou menor medida, algum senso de justiça. Essa noção, ainda
que muito distorcida, é a moralidade herdada e incutida pelo nosso Criador. Esta Moral revela as
reais intenções que motivam as atitudes humanas. Ela nos diz o que é certo e errado, nos
dirigindo nas nossas decisões e práticas diárias. Porém, sem um parâmetro realmente honesto
(Deus), estamos sempre fadados à desonestidade e corrupção. Por isso, muitas vezes, atitudes
que deveriam ser comuns, como devolver o que não lhe pertence, ainda sejam tão raras em
nossa sociedade.
Os atos de justiça humana são falhos e corrompíveis. Segundo a Bíblia, a nossa justiça perante
Deus é impura, comparada a "trapos imundos" (Isaías 64:6). Por isso, sentimos muito quando
vemos atitudes perversas contra pessoas inocentes (quase sempre nós mesmos) mas
naturalmente, não sofremos pelas injustiças que causamos a outros. Por essa causa, não nos
podemos guiar somente pelo senso de justiça que cada um tem. Precisamos da Justiça absoluta,
que é Jesus Cristo.
Como criaturas de Deus, nós não temos o direito de dizer que Deus não é justo ou reto. Nem de
tentar "fazer justiça com as próprias mãos". Se assim fizermos, o nosso padrão de justiça começa
ser nós mesmos (ou outros) e aí não há verdadeira justiça. O Criador é sempre Justo e fiel, sem
Ele não podemos medir justamente. Paulo diria: "quem é você, ó homem, para discutir com
Deus?" (Romanos 9:20-21). Fato é que a justiça humana é tendênciosa, vingativa e egoísta.
Por isso, precisamos nos conformar ao padrão moral e ao caráter imparcial de Deus, buscando a
justiça verdadeira, que é Cristo. Devemos viver para ser mais semelhantes a Jesus. Por isso nos
ensina: "busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sum justiça" (Mateus 6:33), só
assim as outras coisas serão acrescentadas.
Justiça Divina
O termo 'justiça' traduz a ideia de dar às pessoas segundo o que elas merecem. Deus, sendo
Justo e perfeito, trata as pessoas de forma apropriada. Infelizmente, toda a humanidade é
transgressora e injusta. Por isso, merece ser julgada pelos seus atos. Como Deus é Justo, é
necessário que Ele puna o pecado, pois este é errado, causa danos e merece punição. Se não
punir, ainda que perdoe, é como se Deus fosse conivente com o erro, aceitando o mal. Mas
sabemos que:
Na verdade, Deus não pratica o mal; o Todo-Poderoso não perverte o direito.
- Jó 34:12
Então, para cumprir a Justiça plena (a consequência do pecado é a morte Romanos 6:23, Jesus
Cristo morreu na cruz em nosso lugar. Deus executou a punição adequada ao pecado, quando
Cristo assumiu a nossa culpa na cruz, isto é, no lugar daqueles que creem no seu ato remidor e
confiam no seu perdão. Ali Deus Filho se fez réu, por amor, nos dando perdão e nos fazendo
justos como Ele é (sem nenhum pecado). Deus é "justo e justificador daquele que tem fé em
Jesus" (Romanos 3:24-26.
O Juízo Final
Haverá um dia em Deus julgará a todos, vivos e mortos (Atos 10:42). Neste Grande Juízo, os
atos de todos serão investigados:
Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom,
seja mal.
- Eclesiastes 12:14
Cabe a cada pessoa decidir se irá enfrentar esse julgamento sozinho ou com a ajuda do
Advogado, Jesus Cristo (1 João 2:1). Se cremos que Ele assumiu a nossa culpa, levando o
castigo na cruz, temos a graça de não sermos condenados neste julgamento. Mas, quem O rejeita
e não crê na justiça proveniente de Jesus Cristo, já tem a sua causa perdida no grande
Julgamento de Deus.
Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do
Filho Unigênito de Deus.
Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque
as suas obras eram más.
- João 3:18-19
Quem crê no Deus Todo-poderoso que se revela nas páginas das Sagradas Escrituras não será
sentenciado. Todo pecado será perdoado e a sua culpa será apagada para sempre (Hebreus
8:12).
Que maravilha! Os que creem em Jesus, tornam-se justificados por Deus, totalmente
perdoados e considerados inocentes perante o Tribunal do Senhor. Não por nada que tenhamos
feito, mas absolutamente pelos méritos de Cristo (pela Graça somos salvos).
Por isso, temos inúmeras razões para agradecer e louvar a Deus por Sua Justiça e Retidão. Ele é
perfeito e misericordioso, assim também nos ensina a ser mais justos e honestos no dia-a-dia.
Prossiga conhecendo a Deus
Conhecer a Deus é o alvo principal na vida do cristão. Jesus afirmou que conhecer a Deus é a
própria Vida eterna:
Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste.
- João 17:3
Como vimos até aqui, Deus é imenso! Há muito mais para conhecer e se surpreender sobre o
nosso Deus Soberano. É sempre uma grande aventura ir descobrindo mais e mais sobre o
Senhor. Continue com esse objetivo diariamente e consagre-o como um objetivo para toda a vida.
7 exemplos de perseverança na Bíblia
Perseverança é não desistir. A Bíblia não promete uma vida de sucessos instantâneos. Muitas
vezes, o caminho para alcançar a vitória é longo e difícil, mas Jesus nos ajuda a continuar
fielmente. E temos esta promessa: quem persevera receberá a recompensa que Deus tem
preparado. Veja como essas sete pessoas na Bíblia perseveraram e venceram:
1. Josué
Josué nasceu como escravo no Egito, junto com o resto dos israelitas. Ele somente viu a
libertação de seu povo, debaixo da liderança de Moisés, quando tinha 40 anos! Depois disso,
Josué ainda teve de esperar outros 40 anos até entrar na terra prometida, por causa do pecado
dos outros israelitas. Mas, durante todo o tempo que esteve no Egito, e depois no deserto, Josué
não desistiu de seguir a Deus.
Diante dos desafios que enfrentaram, muitos outros israelitas perderam a esperança e se voltaram
para a idolatria. Eles tinham visto o poder e as maravilhas de Deus mas não tinham perseverança.
Por isso, não receberam sua herança. Josué foi diferente. Ele viu tudo e decidiu pôr toda sua
confiança em Deus (Josué 1:6-7). A espera foi longa e difícil mas, no fim, ele liderou Israel na
conquista da terra prometida. Josué perseverou e recebeu sua herança prometida.
Leia aqui a história completa de Josué.
2. Ana
Ana era estéril mas queria muito ter um filho. Ano após ano ela orava por um filho, com grande
tristeza, mas sem nenhuma resposta. Mesmo assim, Ana não abandonou sua fé nem rejeitou a
Deus. Ela continuou pedindo, pondo toda sua confiança em Deus.
Um dia Ana estava orando no templo e prometeu que, se tivesse um filho, iria ser dedicado a
Deus (1 Samuel 1:9-11). O sacerdote lhe disse que ela iria receber o que tinha pedido e ela voltou
para casa e engravidou. Seu filho Samuel cresceu no templo e se tornou um grande profeta em
Israel. Deus abençoou Ana por sua perseverança e fidelidade e lhe deu ainda outros cinco filhos!
Quem persevera pode receber muito mais do que espera.
Veja aqui: qual é o significado de perseverança? Por que é importante?
3. Jó
O próprio Deus chamou Jó de irrepreensível! Ele servia a Deus de coração, nos bons e nos maus
momentos. Jó foi muito abençoado por sua fidelidade e tinha tudo de bom: riquezas, família e
saúde. Mas um dia ele perdeu tudo. Seus filhos morreram, seus bens foram roubados e Jó ficou
muito doente. Mesmo assim, Jó perseverou.
No seu sofrimento, Jó questionou muitas coisas, como a razão de viver e as ações de Deus, mas
ele não parou de crer em Deus e de pôr sua confiança nele. Por isso, Jó é mencionado como um
grande exemplo de perseverança no sofrimento na Bíblia (Tiago 5:10-11). Jó perseverou em sua
fé e Deus restaurou sua saúde, lhe deu ainda mais riqueza e o abençoou com muitos
descendentes.
Veja também: por que Deus permitiu que Jó sofresse?
4. Jeremias
Poucos profetas sofreram tanto como Jeremias. Por pregar fielmente a mensagem de Deus, ele
foi considerado um traidor, desprezado, espancado, preso… Tudo pelo seu próprio povo! E, por
fim, ele viu a destruição que tinha profetizado, quando Nabucodonosor destruiu Jerusalém. Mas,
em meio a tudo isso, Jeremias não parou de obedecer a Deus.
Perseverança não significa estar sempre feliz. Jeremias passou por uma depressão e até quis
morrer! Mas, por causa da perseverança, ele aguentou e superou todas as dificuldades (Jeremias
1:17-19). Jeremias não desistiu e seu legado foi um livro inteiro da Bíblia.
5. Neemias
Neemias aceitou um grande desafio: reconstruir os muros de Jerusalém. A cidade tinha sido
destruída anos antes por Nabucodonosor, sua terra agora estava subjugada a um império, seu
povo estava desanimado e sem dinheiro e seus inimigos não queriam ver a construção acontecer.
Mas Deus tinha colocado esse propósito no coração de Neemias e ele não desistiu.
Durante a construção, Neemias recebeu ameaças de morte e ainda teve de resolver conflitos e
injustiças entre os judeus que estavam restaurando os muros. Ele até foi aconselhado a fugir, para
se salvar! Mas, diante de toda a pressão, Neemias perseverou. Graças à sua liderança, os muros
da cidade foram reconstruídos e os judeus começaram a restaurar Jerusalém com novo ânimo
(Neemias 6:15-16).
Leia aqui a história incrível de Neemias e a reconstrução do muro de Jerusalém.
6. Paulo
Paulo teve muito sucesso enquanto missionário, mas também passou por muito sofrimento. Em
todo lugar onde pregava, Paulo fazia inimigos. Ele foi corrido para fora de muitas cidades,
atacado, preso, acusado de ser falso e até sofreu tentativas de assassinato! Além disso, suas
viagens eram perigosas e ele naufragou três vezes (2 Coríntios 11:24-27).
Muitas pessoas acham que a pregação do evangelho não vale tanto sofrimento. Mas Paulo amava
Jesus e amava seu próximo tanto que não desanimava diante dos problemas. Seu amor o
ajudava a perseverar. E os resultados foram incríveis! Paulo fundou muitas igrejas entre vários
povos e escreveu metade dos livros do Novo Testamento. Ainda hoje a perseverança de Paulo
abençoa muitas pessoas.
7. Jesus
Jesus é nosso maior exemplo de perseverança. A Bíblia diz que ele foi tentado de todas as
maneiras e passou por muitos sofrimentos enquanto esteve aqui na terra (Hebreus 2:17-18). Ele
foi rejeitado por aqueles a quem veio salvar e enfrentou muita oposição, apesar de ser o filho de
Deus. Mas Jesus não desistiu de nós.
Por amor ao Pai e a nós, Jesus perseverou até ao fim. Ele passou pela pior humilhação e tortura,
a morte na cruz, sem pecar. Por causa de sua perseverança, todos nós podemos ter acesso a
Deus e à salvação! E Deus Pai exaltou Jesus sobre todas as coisas.
Quando você está desanimado e parece que a bênção está demorando muito, não desista.
Persevere até ao fim e você terá a vitória em Jesus.
Luto: Como o cristão deve lidar com a morte de acordo com a Bíblia?
Ocristão deve passar pela fase do luto com esperança e firme confiança no consolo de
Deus e da Sua Palavra. A perda de um ente querido é, certamente, uma das fases mais difíceis
na vida de qualquer pessoa. Isso não é diferente para o cristão. No entanto, para o cristão fiel, que
tem a Bíblia como sua regra de fé e prática, haverá da parte de Deus o conforto e consolo que os
seu coração necessita, nos momentos mais tristes que enfrentar.
Perder alguém que se ama traz sempre muita dor e sofrimento. A diferença é que o crente em
Jesus Cristo tem a esperança que esse não é o fim de tudo...
Enfrentando o luto de acordo com a Bíblia
Em primeiro lugar é preciso lembrar que o Senhor não está alheio ao nosso sofrimento. Ele
concede ajuda e a consolação que você precisar para enfrentar a dor da perda.
Em segundo, entendemos por meio da Bíblia que o cristão deve enfrentar o luto com esperança e
confiança em Cristo. A Palavra de Deus nos mostra que a nossa esperança não se resume
apenas a essa vida (1º Coríntios 15:19). O cristão confia no Rei Jesus, que prometeu levar a
todos que Nele crê para Seu reino eterno, no lar celestial.
Contudo, enquanto ainda estivermos aqui, estaremos sujeito a aflições e à morte. E, é natural
manifestar tristeza, durante algum tempo, pela perda e saudade de alguém que morreu. Deus
conhece a dor e sofrimento que essa separação nos causa. Ele mesmo sofreu quando Seu Filho
Jesus morreu em nosso lugar.
Mas graças a Deus, Cristo venceu a morte e nós não precisamos mais estar desesperados
quando somos afetados por ela:
Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se
entristeçam como os outros que não têm esperança.
1 Tessalonicenses 4:13
Fases do luto
Não há um período exato para se estar enlutado pela morte de alguém. Isso varia de pessoa para
pessoa. Além disso, considerando-se que o luto é um processo, este poderá ser mais ou menos
intenso consoante o estado emocional, o grau de proximidade e a fé que a pessoa tem.
Num primeiro momento, quem enfrenta o luto recebe um forte impacto com a notícia da perda. As
lágrimas, a dor, a fragilidade emocional e a tristeza abatem e se potencializam dando início ao
processo do luto. Para muitos, parece que falta o chão debaixo dos pés... é realmente muito difícil
ter que se separar de quem se ama por causa da morte.
Quase sempre acontece a fase da negação, em que normalmente, não aceitamos que a
realidade seja real. Alguns tentam fugir da verdade revoltando-se, outros tentam encontrar uma
explicação (ou culpado) para o que aconteceu. São passos difíceis de dar... Na sequência, será
preciso passar pelo doloroso processo da despedida: preparação do funeral e sepultamento...
O estágio seguinte é aquele em que se nota mais a ausência e a falta do ente querido. Nesta
etapa, é preciso encontrar total amparo em Deus. Este é o momento em que o vazio da falta e as
lembranças vão fazer a dor sobressair. Para muitos, esse pode se tornar um momento de
grande tristeza e depressão. Precisamos ter a esperança firmada em Jesus para ultrapassarmos
essa fase.
Com a ajuda de Deus e com o passar do tempo, começa-se o período de aceitação da perda. Os
que conhecem ao Senhor podem experimentar uma total consolação do Espírito Santo, segundo
a qual a dor se transforma em saudade. O conforto de Jesus lhe fará sentir o retorno da
serenidade e paz ao seu coração.
Veja aqui: o que Deus diz sobre a tristeza?
Como o cristão deve expressar o seu luto?
O cristão não deve ser indiferente nem desesperar-se, antes deve agir com amor, sinceridade,
equilíbrio e fé. Cada pessoa tem liberdade para manifestar as suas emoções com lágrimas,
orações, silêncio, palavras ou lembranças... Mesmo abatido, o cristão mostra-se sempre confiante
na Palavra de Deus e no consolo do Espírito Santo (2 Coríntios 4:8-9).
Nas diferentes culturas, o luto, interna e externamente é expressado de maneiras diferentes. O
choro, lamento e o pesar são bastante comuns em quase todas etnias. Em nossa cultura, há
aqueles que costumam resguardar alguns dias para o luto, outros que usam algum padrão ou cor
específico de roupa, alguns ficam em silêncio, etc.. No contexto judaico, por exemplo, era comum
rasgarem as vestes e colocarem pó de cinzas sobre a cabeça (Gênesis 37:34-35), como sinal do
sofrimento e tristeza pela perda de alguém.
A Bíblia não condena as formas ou expressões de luto, apenas orienta que o cristão não deve se
desesperar pelos que partem. Jesus também chorou pelo seu amigo Lázaro que tinha morrido.
Mas consolou aos que creem, com a promessa da ressurreição e vida em Si mesmo:
Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra,
viverá;
João 11:25
Essa esperança futura pode consolar os corações dos cristãos com a certeza de que a morte é
apenas uma separação momentânea. Pela fé, todos os que creem receberão, em Cristo, a vida
eterna.
Leia mais sobre: O que a Bíblia fala sobre luto?
Como o cristão deve lidar com a morte?
Apesar da morte ser um fato comum e natural, ninguém está totalmente preparado para enfrentá-
la. Fatalmente, todos morreremos algum dia, exceto os que serão arrebatados na 2ª vinda de
Jesus (1 Tessalonicenses 4:17). A Bíblia diz-nos que a morte é o pagamento correto por causa
dos nossos pecados. Mas para solucionar esse problema mortal, Deus nos dá, graciosamente, a
vida eterna em Jesus:
Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus, nosso Senhor.
Romanos 6:23
Por mais assustadora que seja, com Jesus o cristão não precisa mais temer, nem sofrer
constantemente por causa da morte. Esta, exerce um dano momentâneo sobre o corpo material e
corruptível das pessoas, desconectando-as desse mundo. Mas aquele que crê no Senhor Jesus,
receberá a vida eterna e um corpo glorificado.
Por isso, quem confia no Senhor já não precisa ficar assombrado nem deprimido por causa da
morte. Jesus venceu o poder da morte e do inferno! Já não há condenação para aqueles que
estão em Cristo (Romanos 8:1)...
Apesar da dor e da saudade causadas pela separação dos que partiram, não precisamos
permanecer tristes, porque Jesus ressuscitou! Ele foi o primeiro e, como Ele ressurgiu, todos os
que creem Nele também viverão. Portanto, o crente deve lidar com confiança perante a morte:
Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade e o que é mortal de
imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi destruída pela vitória".
"Onde está, ó morte,
a sua vitória?
Onde está, ó morte,
o seu aguilhão?"
O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei.
Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
1ª Coríntios 15:54-57
Como agir em caso de perder alguém que não conhecia ao Senhor?
A melhor forma do cristão agir em situações desse tipo é confiar na soberania de Deus. Ele
sabe de todas as coisas... Pode amparar você e consolá-lo da tristeza que sente pela morte da
pessoa descrente.
A dor nestas situações parece ser ainda maior porque a pessoa que partiu morreu sem conhecer
a Cristo. Sabemos que aqueles que morreram e que, de uma forma ou outra, tiveram a
oportunidade de crer em Jesus mas o rejeitaram, não estarão na eternidade com Deus. Isso é
doloroso, mas é o que a Palavra de Deus diz (Marcos 16:16).
Por outro lado, podemos também ter a esperança de que aquela pessoa tenha crido nos seus
últimos momentos de vida. Na verdade, somente Deus sabe quem se salva ou não. Um dos
ladrões ao lado de Jesus na cruz é um bom exemplo de que, até o último fôlego de vida, há
oportunidade de receber a Cristo. Talvez, muitas pessoas que viveram longe de Deus, possam
aproveitar a última oportunidade de crer em Jesus em sua vida.
Como lidar com a perda de alguém que era cristão?
É natural ficarmos comovidos perante a morte de alguém. Até Deus sente pesar pela morte de
seus filhos (Salmos 116:15). Mas, para os que confiam na graça de Jesus Cristo, há promessas
de ressurreição e vida eterna com Ele. Por isso, apesar do abalo causado pela morte, podemos
ter a esperança de um reencontro futuro.
Creia: trata-se de uma despedida temporária, até aquele dia em que estaremos todos juntos
na eternidade com Deus.
Você pode:
Ser grato a Deus pelo tempo em que pôde viver e desfrutar da companhia daquele(a) que partiu
para o Senhor
Sentir-se triste, mas sem medo, desespero ou culpa
Sentir paz em seu coração, pois quem partiu está agora com o Senhor
Ter esperança de que haverá um reencontro futuro
Saber que a dor vai passar, pois Jesus Cristo consola e cura a dor da alma
Seguir a vida com amor, perseverança e fé em Deus
Consolar aqueles que estiverem passando pelas mesmas tribulações
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda
consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que
recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações.
2ª Coríntios 1:3-4
Para quem conhece o amor de Deus, sabe que os que morrem em Cristo têm uma esperança
certa: a vida eterna com o Senhor (1 João 2:25). Infelizmente, precisamos nos separar das
pessoas que amamos nesta vida. Mas pela fé, cremos que estaremos na eternidade juntos para
sempre com Deus. Creia em Deus e receba forças renovadas, consolo e amparo Dele. Se a sua
fé está firmada nele poderá dizer como o apóstolo Paulo, com Cristo "morrer é lucro" (Filipenses
1:21).
O seu luto terá fim, acredite!
Ainda que pareça que o seu sofrimento não vai ter fim, que a dor que tem sentido nunca mais o
deixará, confia no Senhor! Essa dor vai passar... Todo sofrimento terá fim! Jesus Cristo venceu a
morte! Ele foi preparar-nos lugar e depois voltará para nos buscar, para estarmos para sempre
com Ele (João 14:2-3).
Não desista! Vale a pena seguir em frente com fé em Jesus Cristo, pois a Sua promessa em breve
se cumprirá. Jesus voltará e estaremos na eternidade com Ele, juntos com aqueles que partiram
no Senhor (1 Tessalonicenses 4:14). Deus estará presente para sempre e o mal não prevalecerá
jamais!
Essa é a esperança gloriosa que você pode ter: haverá um tempo em que não existirá mais
sofrimento, nem morte ou dor, nem choro... Será um novo tempo (Isaías 60:20)! Deus prometeu e
cumprirá!
Caso você esteja passando pelo luto, sofrendo a perda de alguém, lembre-se que Deus está
presente neste momento. Nele você pode encontrar o amparo e consolo necessário para esse
tempo tão difícil...
Existe vida após a morte? (o que diz a Bíblia)
Há vida após a morte, de acordo com o que lemos na Bíblia. Na realidade, todos ansiamos pela
eternidade (Eclesiastes 3:11). Mas não conseguimos alcançar a eternidade nessa vida, porque
nossos corpos se degradam. Somente na vida após a morte podemos viver para sempre.
Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela
eternidade; mesmo assim ele não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.
- Eclesiastes 3:11
Para quem ama Jesus, a morte não é o fim. Na verdade, a Bíblia diz que essa é nossa maior
esperança! Se não há vida após a morte, não temos razão para seguir Jesus (1 Coríntios 15:19-
21).
Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os
mais dignos de compaixão.
Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias entre aqueles que
dormiram.
Visto que a morte veio por meio de um só homem, também a ressurreição dos mortos veio por
meio de um só homem.
- 1 Coríntios 15:19-21
Jesus, o caminho para a vida eterna
Segundo a Bíblia há duas definições de vida: a vida física e a vida espiritual. A vida física é a vida
do nosso corpo. A Bíblia nos ensina que vida espiritual é ter um relacionamento com Deus
e morte espiritual é estar separado de Deus.
Em Isaías 59:2 e Efésios 2:1 vemos que o pecado separa o homem de Deus e isso significa que o
homem fica morto espiritualmente.
No entanto, Deus veio como pessoa - Jesus - para nos dar a vida eterna. Isto significa conhecer e
ter um relacionamento com Deus para toda a eternidade. Ele morreu fisicamente na cruz e ficou
separado de Deus Pai porque Ele levou o castigo do nosso pecado para nós podermos ter vida
eterna (Isaías 53:5).
Três dias após morrer, Jesus ressuscitou já que a morte não foi capaz de O prender, sendo Ele
santo. Ele ressuscitou para sermos justificados (feitos justos perante Deus): Romanos 4:25.
Jesus também ressuscitou fisicamente para a vida como o primeiro de muitos que também irão
ressuscitar fisicamente para a vida e um relacionamento eterno com Deus.
Aliás, todos irão ressuscitar fisicamente, mas nem todos irão passar a eternidade com Deus. A
Bíblia ensina claramente que existe o Inferno, um lago de fogo e aqueles que rejeitaram a dádiva
de salvação de Jesus irão passar a eternidade nesse lugar de tormento longe de Deus
(Apocalipse 20:15).
Será que Deus quer que alguém seja atirado para o Inferno?
A resposta é não. Deus ama todos e quer que fiquem com Ele para sempre (Ezequiel 33:11). No
entanto, Deus não pode forçar aqueles que o rejeitaram ou não creram na sua Palavra a estar
com Ele durante toda a Eternidade. Para ter a vida eterna ao lado de Deus é necessário crer
naquele que Ele enviou, Jesus.
O que acontece depois da morte?
Embora os detalhes não sejam muitos, na Bíblia encontramos a informação sobre o que
realmente acontece depois da morte. Quem estiver em Cristo vai estar com o Senhor, mas os
que morrem em seus pecados vão para um lugar de sofrimento, separados de Deus, enquanto
aguardam o Juízo Final.
A Bíblia nos diz que a nossa existência não consiste apenas em nossos corpos físicos mas
também em nossas almas. A morte é a separação entre corpo e alma, e não o fim da nossa
existência.
Veja também: será que há vida após a morte?
Para os que acreditam em Jesus
Para os salvos, estas quatro coisas acontecem após a morte.
1) Vão estar na presença de Cristo
Sabemos que Jesus está agora assentado à direita de Deus no céu. O apóstolo Paulo afirmou
que partir significava estar com o Senhor (Filipenses 1:23-24) e que era melhor estar ausente do
corpo e presente com o Senhor (2 Coríntios 5:6-9). Jesus também deu a entender que depois da
morte quem crê nele vai estar imediatamente com ele (Lucas 23:43).
Leia aqui: como posso ter a certeza da vida eterna?
2) Vão estar num lugar de glória
Jesus chamou de "Paraíso" o lugar onde vamos habitar com ele (2 Coríntios 5:8) e Paulo, como
vimos acima, disse que será "muito melhor" estar com Jesus do que aqui (Filipenses 1:23).
3) Vão continuar aguardando a ressurreição
Mesmo depois da morte, vamos continuar aguardando a ressurreição, quando receberemos
corpos gloriosos (Romanos 8:23, Filipenses 3:21).
Descubra aqui quais os sinais do fim dos tempos.
4) Serão aperfeiçoados
Após a morte, os cristãos estão finalmente limpos de todo pecado e não mais vão pecar,
passando a ser então perfeitos, nesse sentido (Romanos 8:29; 1 Tessalonicenses 5:23; Efésios
5:27).
Para os que não acreditam em Jesus
Quem morre sem ter colocado fé em Jesus para perdão de seus pecados fica completa e
eternamente separado de Deus e da sua graça e bênção. Segundo a Bíblia, o descrente entra em
uma realidade dolorosa e cheia de sofrimento (hades), enquanto aguarda o juízo final. Jesus fala
sobre essa situação na parábola do homem rico e Lázaro, em Lucas 16:22-26.
Veja aqui mais sobre as parábolas de Jesus.
Depois da segunda vinda de Jesus e após o juízo final, o descrente (todo aquele cujo nome não
se encontrar no Livro da Vida) será lançado no inferno, juntamente com a besta, o falso profeta, o
diabo, a morte e o hades (Apocalipse 19:20, Apocalipse 20:10, Apocalipse 20:14-15).
O que significa lago de fogo na Bíblia
Olago de fogo é o destino final de todos que rejeitaram a Deus. No Juízo Final, o diabo, seus
anjos e todas as pessoas que não vão para o Céu vão ser lançados no lago de fogo. Deus enviou
Jesus para nos salvar do lago de fogo.
O lago de fogo é um lugar espiritual. A Bíblia diz que no Juízo Final todos os mortos
ressuscitarão e Deus irá julgar a todos. Todos aqueles que rejeitaram a Deus serão condenados e
expulsos de Sua presença para sempre. O lugar para onde serão expulsos é chamado o lago de
fogo (Apocalipse 20:14-15).
A Bíblia usa a imagem de um lago de fogo com enxofre para mostrar que esse lugar longe de
Deus é terrível, cheio de sofrimento (Apocalipse 20:10). Outras imagens que a Bíblia usa para
descrever o horror desse lugar são:
Vermes que não morrem – Marcos 9:47-48
Um lugar de choro e ranger de dentes – Lucas 13:28
Trevas – Mateus 25:30
Isso não significa que é mesmo um lago de fogo e trevas e vermes. O lago de fogo é
uma realidade espiritual, impossível de descrever. Essas imagens servem para nos ajudar a
entender o que as pessoas vão sentir lá: dor, desespero, terror. O lago de fogo é um lugar de
destruição.
Veja aqui: segundo a Bíblia para onde vão os mortos?
Por que Deus criou o lago de fogo?
O lago de fogo foi criado para punir o diabo e os seus anjos, que se rebelaram contra
Deus (Mateus 25:41). Mas quando nós pecamos, esse também se torna o nosso destino. O
pecado nos separa de Deus e o lago de fogo é a separação total por toda a eternidade. Como
tudo de bom vem de Deus, a separação total com Deus só traz dor e sofrimento.
Veja também: o que a Bíblia ensina sobre o inferno?
Deus não quer que ninguém vá para o lago de fogo. Ele nos ama e criou cada pessoa de
forma especial. Mas Deus não obriga ninguém a amá-lo. Se quisermos, podemos pecar. Mas o
castigo do pecado é nossa separação de Deus (Romanos 3:23).
Todos pecamos e não conseguimos pagar o preço do pecado. Mas Deus nos ama tanto que Ele
enviou Jesus para pagar o preço por nós (
João 3:16
João 3:16
16
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer
não pereça, mas tenha a vida eterna.
Bíblia NVI
). Agora quem aceita Jesus como seu salvador não está mais condenado! Os salvos vão
morar com Jesus no Céu por toda a eternidade. Mas se alguém não quer mesmo estar com Deus,
Deus lhe dá o que quer – uma eternidade sem Deus.
O que a Bíblia ensina sobre o inferno?
ABíblia ensina que o inferno é real e foi criado para punir o diabo e seus anjos. Quem morre
em seus pecados também irá para o inferno (Mateus 25:41). Deus não quer que ninguém vá para
o inferno, por isso enviou Jesus para pagar o preço de nossos pecados.
Por que o inferno existe?
O inferno existe para punir e destruir o pecado. Deus é justo, Ele recompensa a bondade mas
pune o pecado. A punição do pecado é a separação de Deus, que leva à morte (Romanos 3:23).
Deus é santo e perfeito; nada imperfeito pode entrar em Sua presença. Como toda a vida e tudo
de bom vem de Deus, o inferno é um lugar terrível de destruição, porque é uma separação total de
Deus.
Quer saber mais? Leia aqui: o que é o inferno?
Deus é justo mas Ele também é bom e carinhoso. Ele não se alegra com a destruição de um
pecador, porque Ele ama cada pessoa (Ezequiel 18:32). Mas o preço do pecado tem de ser pago,
para haver justiça. Por isso, Ele enviou Jesus para nos dar uma segunda chance. Jesus pagou o
preço pelos nossos pecados, para que quem acredite nele vá para o Céu e não para o
inferno (João 3:16).
Sabe por que Deus enviou Jesus à terra?
A palavra “inferno” aparece na Bíblia?
A palavra “inferno” aparece em várias traduções da Bíblia como sinônimo de outras palavras
usadas para descrever o “mundo dos mortos”:
Sheol – é o nome hebraico para o lugar onde os mortos vão. Também pode ser traduzido como
sepultura ou profundezas. O Sheol era visto como um lugar onde as almas dos mortos têm uma
existência silenciosa sem fazer nada, um pouco como dormir. É usado principalmente no Velho
Testamento.
Hades – essa palavra é emprestada da mitologia grega pagã mas quando é usado na Bíblia não
significa o mesmo, é apenas a palavra mais próxima na língua grega para traduzir “Sheol”.
Geena – é o nome usado para o lugar de eterno tormento dos ímpios, que hoje chamamos de
inferno. Geena era o nome de uma lixeira fora de Jerusalém, onde se queimava lixo e os corpos
de criminosos. Como era um lugar horrível, Geena se tornou figurativo do destino dos ímpios na
eternidade.
Tártaro – outra palavra emprestada da mitologia grega, com o mesmo significado que Geena.
Tártaro só aparece em 2 Pedro 2:4.
Abismo e Lago de Fogo – essas figuras, e outras que aparecem na Bíblia, servem para
entendermos que o inferno é um lugar terrível, de destruição, tormento e tristeza. Veja aqui: o que
é o lago de fogo?
O que é o Sheol (Seol), segundo a Bíblia?
Apalavra Sheol ou Seol apresenta significados variáveis na Bíblia. Em alguns contextos
aparece como: morte; sepultura, profundezas, pó, poço, cova, buraco, mundo dos mortos ou
inferno. Algumas traduções bíblicas mantém a sua forma no original hebraico, o que torna pouco
preciso o seu significado literal na tradução para outras línguas.
Ocorrências de Sheol na Bíblia
No Antigo Testamento o termo Sheol aparece 65 vezes e é traduzida de formas diferentes, como
por exemplo:
Inferno: (Deuteronômio 32:22)
Sepultura: (Gênesis 37:35)
Pó: (Salmos 9:17)
Ao estudar as ocorrências de Sheol na Bíblia, precisamos estar atentos ao contexto em que a
passagem está inserida já que são muitas as possibilidades de interpretação dessa palavra.
Considerando o texto e seu contexto, será mais fácil compreender qual o sentido da palavra em
conexão com outros trechos da Bíblia.
A partir de alguns versículos notamos que Sheol pode ser compreendido a partir de alguns grupos
de ideias, tais como:
Morte como condição destinada a todos seres humanos
Seu sentido muitas vezes remete à morte natural, física (Salmos 86:13), noutros casos parece
expressar a ideia da morte como afastamento espiritual de Deus (Oséias 13:14).
A sepultura, buraco, poço, como lugar físico onde os mortos são sepultados
Muitas vezes a sepultura/cova aparece como o lugar específico onde os corpos sem vida são
depositados. Em alguns casos aparece como figura para morte. (Salmos 16:10), (Isaias 28:15).
O mundo dos mortos, lugar ocupado pelas almas, espaço dos mortos
Parece ser um espaço destinado a todos que morrem, onde aguardam o julgamento de Deus.
Mesmo os justificados pela fé, como Jacó, consideravam ir para este lugar. (Gênesis 37:35)
Terra de sombras e escuridão, lugar de inatividade e tristeza, sem vida
Em alguns textos Sheol é apresentado como o lugar de trevas (Salmos 143:3), onde não há
atividade proveitosa (Eclesiastes 9:10). Jó o descreve como "o lugar do qual não se tem mais
retorno, terra das sombras e densas trevas, a terra tenebrosa como a noite, terra de trevas e de
caos onde até mesmo a luz é escuridão" (Jó 10:21-22).
Lugar de silêncio, ausência de comunicação
O ser humano tem em vida a oportunidade para expressar a Deus o seu amor, louvor, ações,
arrependimento e fidelidade. Depois da morte, no Sheol, parece não haver mais esta
possibilidade. (Salmos 143:3), (Salmos 115:17)
Lugar de estadia não permanente para os justos
No imaginário judaico parece haver uma esperança (compreensão) que o Sheol não seria
permanente para os fiéis, mas uma condição passageira ou intermediária, até estarem
eternamente com o Seu Deus. (Salmos 49:14-15)
Lugar de punição ou sofrimento para os ímpios, inferno
Em alguns textos, parece haver a ideia de que a justiça será aplicada através do Sheol (Jó 24:19),
que os maus receberão as consequências dos seus atos com a sua morte e no pós morte.
(Deuteronômio 32:22)
Deus mantém o Seu total controle e domínio sobre o Sheol
Deus é soberano sobre tudo e todos, no Céu, na terra, no Sheol e em todo o universo. É Ele quem
controla a vida e a morte. Tem todo o domínio, inclusive no Sheol. Diferentemente do que muitos
acreditam, que seria satanás o dominador da morte e do inferno, é Deus o Senhor de todo o
universo que domina sobre tudo. (Jó 26:6), (Salmos 139:8)
É importante reconhecer todas essas possibilidades de interpretação e usá-las em benefício da
compreensão e da aplicação desse ensino para as nossas vidas.
Na tradução grega do Antigo Testamento, a Septuaginta, a palavra Sheol foi traduzida como
“Hades”, que também aparece no Novo Testamento como inferno.
Veja aqui o que é o inferno
O Sheol aparece no Novo Testamento?
Sendo Sheol uma palavra hebraica, ela não ocorre no Novo Testamento que foi escrito em grego
e aramaico. No entanto, a sua correspondente no grego é a palavra “Hades”. Aqui aparecem
também outras palavras como Gehenna e Tártaro com significado aproximados.
Então qual a diferença entre Hades, e Gehenna e Tártaro?
Hades (grego): é o lugar onde não se vê, considerado o mundo invisível. Apresenta significado
semelhante a Sheol: sepultura, terra das sombras, das trevas, a morada dos mortos, mundo dos
mortos, inferno. Pode ser considerado como o lugar onde os mortos aguardam o Juízo final.
Hades aparece 10 vezes no NT em: Mateus 11:23; 16:18; Lucas 16:23; Atos 2: 27,31; Apocalipse
1:18; 6:8; 20:13,14 (I Cor. 15:55).
Gehenna (grego): Origina-se do hebraico Ge' Ben-Hinnom, vale dos filhos de Hinom, ou vale de
Hinom somente, localizado nas imediações de Jerusalém. Era um lugar conhecido onde se faziam
sacrifícios abomináveis de crianças recém-nascidas no fogo ao ídolo pagão Moloque.
Posteriormente, este local tornou-se um grande depósito de lixo da cidade de Jerusalém, onde
eram jogados cadáveres de pessoas (criminosas, malfeitores) e de animais, além de todo tipo de
imundície para ser queimado em fogo. As chamas eram mantidas constantemente acesas com
adição de enxofre. Este termo foi usado por Jesus como alegoria para o lugar de castigo, de
tormento e punição eterna. Ocorre 12 vezes no Novo Testamento (Mateus 5:22,29,30; 10:28;
18:9; 23:15,33; Marcos 9:43,45,47; Lucas 12:5; Tiago 3:6).
Tártaro (grego)- Palavra originada do grego, significava o lugar mais baixo do Hades. Para os
gregos era considerado o pior lugar, no abismo do inferno onde os piores inimigos e maus
recebiam o castigo e punição eterna pelos seus delitos. Ocorre uma única vez no Novo
Testamento: II Pedro 2:4
Jesus conta uma história sobre o inferno:
O rico e Lázaro é a parábola mais conhecida sobre o inferno no Novo Testamento. Nesta história
Jesus ilustra ensinamentos importantes sobre o problema da avareza, da realidade da morte, da
existência do inferno e de um lugar de descanso depois da morte. De acordo com o que lemos, a
morte física acontece a todos os tipos de pessoas, boas, más, ricas ou pobres.
Mas a situação após a morte é diferente, de acordo com o modo de vida daquele que morreu.
Segundo o texto (Lucas 16:19-31), o rico vivia esbanjando riquezas e desprezava aquele que
sofria bem perto de si. Enquanto Lázaro, mendigo, faminto e doente padecia à porta daquele
homem rico.
Na sequência, ambos morrem, o rico vai para o inferno onde é atormentado e, Lázaro vai para o
seio de Abraão, onde é consolado. No fim, há um diálogo entre o homem rico e Abraão. Através
desta conversa podemos compreender alguns ensinamentos:
A vida não termina com a morte aqui nesta terra. Há uma existência consciente depois da
morte física.
Não há possibilidade de contato ou comunicação dos vivos com os que já morreram. O rico
desejava voltar para avisar aos seus irmãos sobre o inferno mas, é impossível.
Haverá consolo e conforto para alguns após a morte, assim como haverá tormento e castigo
para outros.
O inferno é real. Toda a Bíblia (Antigo e Novo Testamento) alerta para esta realidade de tormento
e punição. Abraão diz que os irmãos tinham que ouvir "Moisés e os profetas", i.e., as Escrituras do
AT.
A riqueza, poder, status, religião ou influência nesta vida não poderão garantir benefícios
depois da morte.
Embora ainda possam haver muitos pormenores ou outras abordagens específicas sobre o
inferno e sobre a vida após da morte, vemos que a Bíblia relata o suficiente para estarmos
conscientes desta realidade.
Há muita especulação e muitos mitos sobre o inferno em que não há sustentação bíblica.
Devemos compreender que a Bíblia não apresenta um tratado específico sobre o Sheol, Hades,
Gehenna ou Tártaro. O objetivo central das Escrituras não é esgotar este assunto mas sim,
apresentar a Cristo o Salvador, alertando para o perigo da condenação.
A Palavra de Deus traz a todos boas notícias de salvação e a possibilidade de fuga da ira
vindoura. Temos então em Jesus Cristo, o tema central da Bíblia, a resposta e o caminho que
conduz a Deus e livra do inferno e da condenação eterna.
Mas a decisão, como já sabemos, é pessoal. E tem que ser feita nesta vida, antes que seja tarde
demais.
O que acontece quando morremos, segundo a Bíblia
ABíblia diz que, quando morremos, nosso corpo se decompõe, mas nossa alma aguarda o
julgamento de Deus. No fim dos tempos, todos os mortos ressuscitarão e cada um será julgado de
acordo com o que fez. Quem foi salvo por Jesus irá para o Céu, mas quem for condenado por
seus pecados será lançado no lago de fogo.
A Bíblia não nos conta muitos detalhes sobre o que acontece quando morremos, mas nos dá
algumas ideias gerais. Nosso corpo físico para de funcionar e se decompõe e o espírito de vida
que Deus nos deu volta para Ele (Eclesiastes 12:6-7). Mas o que acontece à nossa alma, a quem
nós somos?
O destino dos mortos segundo a Bíblia
A Bíblia fala sobre um lugar chamado Sheol, que é um bocado parecido com a ideia grega do
Hades. Além de “mundo dos mortos”, Sheol também pode ser traduzido como sepultura, pó ou
profundezas. Basicamente, Sheol representa o destino dos mortos em relação ao nosso mundo
dos vivos.
O conceito de Sheol serve para nos mostrar que os mortos não têm mais parte nos
acontecimentos do nosso mundo. Eles estão em um lugar aparte. Em relação ao nosso mundo, os
mortos:
Não podem interagir conosco
Não sabem nada do que acontece - Eclesiastes 9:5-6
Estão como que a dormir, sem consciência da nossa realidade
Quando morremos, ficamos separados deste mundo, sem mais participação. Mas a Bíblia
também faz uma distinção entre quem morre com Cristo e quem morre no pecado. Os salvos
encontram paz na morte e ficam junto de Jesus, aguardando sua recompensa final (Isaías 57:2; 2
Coríntios 5:8). Mas a morte é um castigo para quem escolheu uma vida de pecado.
Veja aqui: por que morremos?
Céu ou inferno, nosso destino final depois da morte
Um dia, todos teremos de nos apresentar diante de Deus para prestar contas a Ele (Hebreus 9:27-
28). No fim dos tempos, Deus vai reunir todas as pessoas que já viveram e vai nos julgar a todos.
Esse acontecimento é normalmente chamado de o Juízo Final.
Descubra aqui mais sobre o Juízo Final.
Nesse dia, todos que estão mortos irão ressuscitar e Deus vai avaliar o que cada pessoa fez.
Quem for condenado por seus pecados será lançado no lago de fogo, que arde para sempre
(Apocalipse 20:15). Esse lugar é o que normalmente chamamos de inferno, onde o diabo e todos
os seus seguidores também serão castigados.
No entanto, para quem crê em Jesus e entregou sua vida a ele, esse dia será muito especial,
porque receberemos a vida eterna. Deus nos dará um corpo novo, que não envelhece nem fica
doente, e viveremos para sempre com Jesus, livres de toda tristeza e todo sofrimento (Apocalipse
21:3-4). A vida eterna no Céu será maravilhosa!
Porque Deus enviou seu filho ao mundo (o que diz a Bíblia)
Deus enviou Jesus à terra porque nos ama muito. Essa é a resposta mais simples que
podemos dar, e que a Bíblia resume bem em um dos versículos mais conhecidos no mundo todo,
João 3:16:
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer
não pereça, mas tenha a vida eterna.
- João 3:16
Essas são palavras do próprio Jesus, explicando um pouco da sua missão. Olhando para esse
versículo nós podemos entender um pouco melhor por quê Deus mandou enviou Seu Filho ao
mundo para nos salvar.
O problema do ser humano é o pecado. E o pecado leva à morte (Romanos 6:23), tanto física
como espiritual. A morte espiritual significa separação completa da Fonte da vida, Deus.
Como Deus nos ama tanto e não quer que nós pereçamos (morramos), passando uma
eternidade longe dele, Ele decidiu enviar o Seu próprio Filho para morrer no nosso lugar e pagar o
preço pelo nosso pecado (1 João 4:10). Todo aquele que acredita naquilo que Jesus disse,
acredita na Sua morte e ressurreição, e isso é suficiente para restaurar o seu relacionamento com
Deus, o preço já foi pago. Para essas pessoas, a morte espiritual não vai acontecer.
Assim nós podemos ter uma vida eterna com Deus.
Resumindo:
Deus nos ama muito.
Nós estávamos separados de Deus por causa do nosso pecado, e condenados a passar uma
eternidade longe dele.
Deus enviou Jesus para pagar o preço (sofrer a consequência) do nosso pecado, isto é, a morte.
Quem crê em Jesus como seu Senhor e Salvador não vai morrer eternamente, mas viver
eternamente com Deus.
Por que Jesus é chamado o Cordeiro de Deus?
Jesus é chamado o Cordeiro de Deus porque ele se ofereceu como sacrifício pelos nossos
pecados. No Antigo Testamento, um cordeiro era oferecido por quem se arrependia de seus
pecados. O cordeiro tomava o lugar dessa pessoa. Quando morreu na cruz, Jesus tomou nosso
lugar, como o cordeiro sacrificado.
O cordeiro no Antigo Testamento
A consequência do pecado é a morte e a separação de Deus (Romanos 3:23; Romanos 6:23).
Essa é a punição justa. Todos pecamos mas Deus nos ama e quer nos dar outra chance de ficar
com Ele. Sendo justo, Ele ainda tinha de exigir pagamento. Por isso, Ele permitiu que quem se
arrependesse usasse um cordeiro sem defeito como seu substituto. O cordeiro morria em seu
lugar para que voltasse a ter comunhão com Deus.
Veja aqui: o que é holocausto na Bíblia?
Essa substituição está presente na primeira Páscoa, no Egito. O anjo da morte ia passar pelo
Egito e matar o primeiro filho de cada família, por causa dos pecados desse povo. Mas Deus
mandou o povo de Israel sacrificar um cordeiro por cada família, em substituição do primeiro filho.
Os israelitas passaram o sangue dos cordeiros nos umbrais das portas de suas casas. Assim,
quando o anjo da morte passou por suas casas, viu que já tinha havido morte lá e não tocou neles
(Êxodo 12:21-23).
Mas a morte de um cordeiro era um sacrifício imperfeito. Afinal, era só um cordeiro, não podia
mudar a natureza pecaminosa da pessoa. Sempre que a pessoa pecava, ficava novamente em
dívida. Por isso, cordeiros tinham de ser sacrificados regularmente. O sacrifício do cordeiro era um
sinal de fé de um sacrifício maior que um dia iria ser feito (Hebreus 10:1-4).
Veja também: o que é a propiciação e expiação dos pecados.
Jesus, o Cordeiro
Todo sacrifício que podíamos fazer seria sempre imperfeito. Por isso, Deus preparou o sacrifício
perfeito: Ele mesmo. Ele se tornou um homem e passou por tudo que nós passamos, mas sem
pecar (Hebreus 2:14-15). Ele se tornou o sacrifício perfeito pelos nossos pecados.
João Batista chamou Jesus de “o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
Jesus se ofereceu para morrer em nosso lugar. Ele foi como um cordeiro: sem defeito.
Como Jesus nunca pecou e era Deus, seu sacrifício foi muito maior que um cordeiro. Ele pagou
um preço tão alto que pode cobrir os pecados de todos que o aceitam como seu salvador. Jesus
foi o grande sacrifício que Deus fez por nós, o Cordeiro de Deus.
O que é a propiciação e expiação dos pecados?
Apropiciação e expiação dos pecados é o pagamento pelos pecados para fazer justiça e
obter o perdão de Deus. No Antigo Testamento a propiciação era feita pelo sacrifício de animais.
No Novo Testamento, Jesus veio e se tornou no sacrifício perfeito pelos pecados de todo o
mundo.
Deus é justo e perfeito, por isso não pode deixar o pecado sem punição. Todos pecamos e a
consequência do pecado é a morte e a separação de Deus (Romanos 3:23; Romanos 6:23). O
pecado tem de ser castigado para haver justiça.
Veja aqui: Deus é justo?
Mas Deus nos ama e quer nos dar outra chance para estar com Ele. Por isso Deus nos deu outra
forma de pagar pelos pecados: com um substituto. O substituto inocente morreria no lugar do
transgressor, pagando o preço por seus pecados e desviando a ira de Deus. Assim, o pecado
seria punido mas sem destruir o pecador. Isso é propiciação, ou expiação.
No Antigo Testamento o substituto era um animal sem defeito. A pessoa arrependida de seus
pecados sacrificava o animal a Deus, como propiciação pelos seus pecados. Mas um animal era
um pobre substituto para expiar o pecado de um ser humano. Era preciso fazer sacrifícios
regulares porque a pessoa continuava pecando e o animal não podia pagar todos os pecados
(Hebreus 10:1-4). O sacrifício de animais era apenas um símbolo do sacrifício perfeito:
Jesus.
No Novo Testamento, Deus veio à terra na forma de um homem para pagar o preço por nossos
pecados (João 1:29). Deus foi o nosso substituto. Só Deus podia pagar o preço total porque só
Ele é perfeito, sem pecado.
Veja mais: porque Jesus é chamado o Cordeiro de Deus?
Jesus foi o sacrifício perfeito. Ele morreu por todos. Sua morte serviu de propiciação, porque
desviou de nós o castigo pelo pecado. Quem aceita Jesus como seu salvador tem seus
pecados expiados pelo seu sacrifício; está limpo do pecado. Já não é preciso oferecer
sacrifícios repetidamente, porque Jesus pagou por todos os pecados (Hebreus 9:27-28; 1 João
2:1-2). Basta se arrepender e pedir perdão.
O que é holocausto na Bíblia?
Um holocausto era um sacrifício totalmente queimado para Deus. O animal era morto e seu
sangue era derramado sobre o altar onde a carcassa era queimada (Êxodo 29:16-18). O
holocausto servia como pagamento pelo pecado.
Muito antes de Moisés receber a Lei de Deus, já era prática oferecer holocaustos a Deus. O
holocausto era um animal sem defeito (boi, carneiro, bode ou pomba), que servia como
substituto, levando o pecado da pessoa que o oferecia (Levítico 1:3-4).
Os israelitas deveriam oferecer holocaustos individualmente e como nação. Todos os dias
holocaustos eram oferecidos a Deus pelo pecado do povo. Havia também datas e situações
especiais em que as pessoas deveriam dar um holocausto a Deus. Era necessário oferecer
holocaustos regularmente porque as pessoas voltavam a pecar e precisavam de novo do perdão
de Deus.
Veja aqui: o que é a propiciação e expiação dos pecados?
Qual era o significado do holocausto?
O holocausto era uma forma receber perdão de Deus pelos pecados. Deus é justo, por isso o
pecado precisa ser punido. O castigo pelo pecado é a morte e a separação eterna de Deus. Mas
Deus nos ama e quer ter um relacionamento conosco. Por isso, Ele permitiu o sacrifício da morte
de um substituto inocente e sem defeito, em lugar do pecador (Levítico 17:11).
O holocausto apenas tinha valor se a pessoa se arrependesse do pecado. O holocausto
mostrava que a pessoa entendia as consequências do pecado mas queria mudar de vida. O fogo
consumia completamente o holocausto, assim como o castigo de Deus consome o pecado. O
sangue derramado do animal representava a morte da pessoa que tinha cometido pecado.
O holocausto não servia para “alimentar” Deus. Ele não precisa de sacrifícios para comer (Salmos
50:12-15). O holocausto servia para salvar as pessoas do pecado, não para o benefício de
Deus.
O holocausto e Jesus
O sacrifício de animais não podia apagar completamente o pecado. Sempre que a pessoa cometia
outro pecado, precisava fazer novo holocausto. Mas quando Jesus morreu na cruz em nosso
lugar, ele fez o sacrifício perfeito e definitivo (Hebreus 10:10-12). Jesus substituiu todos os
holocaustos.
Veja também: por que Jesus é chamado o Cordeiro de Deus?
O holocausto apontava para Jesus, que iria levar todos os nossos pecados, derramando seu
sangue na cruz. O sacrifício de Jesus faz o que os holocaustos não podiam fazer: ele muda
nossos corações.
O que é a propiciação e expiação dos pecados?
Apropiciação e expiação dos pecados é o pagamento pelos pecados para fazer justiça e
obter o perdão de Deus. No Antigo Testamento a propiciação era feita pelo sacrifício de animais.
No Novo Testamento, Jesus veio e se tornou no sacrifício perfeito pelos pecados de todo o
mundo.
Deus é justo e perfeito, por isso não pode deixar o pecado sem punição. Todos pecamos e a
consequência do pecado é a morte e a separação de Deus (Romanos 3:23; Romanos 6:23). O
pecado tem de ser castigado para haver justiça.
Veja aqui: Deus é justo?
Mas Deus nos ama e quer nos dar outra chance para estar com Ele. Por isso Deus nos deu outra
forma de pagar pelos pecados: com um substituto. O substituto inocente morreria no lugar do
transgressor, pagando o preço por seus pecados e desviando a ira de Deus. Assim, o pecado
seria punido mas sem destruir o pecador. Isso é propiciação, ou expiação.
No Antigo Testamento o substituto era um animal sem defeito. A pessoa arrependida de seus
pecados sacrificava o animal a Deus, como propiciação pelos seus pecados. Mas um animal era
um pobre substituto para expiar o pecado de um ser humano. Era preciso fazer sacrifícios
regulares porque a pessoa continuava pecando e o animal não podia pagar todos os pecados
(Hebreus 10:1-4). O sacrifício de animais era apenas um símbolo do sacrifício perfeito:
Jesus.
No Novo Testamento, Deus veio à terra na forma de um homem para pagar o preço por nossos
pecados (João 1:29). Deus foi o nosso substituto. Só Deus podia pagar o preço total porque só
Ele é perfeito, sem pecado.
Veja mais: porque Jesus é chamado o Cordeiro de Deus?
Jesus foi o sacrifício perfeito. Ele morreu por todos. Sua morte serviu de propiciação, porque
desviou de nós o castigo pelo pecado. Quem aceita Jesus como seu salvador tem seus
pecados expiados pelo seu sacrifício; está limpo do pecado. Já não é preciso oferecer
sacrifícios repetidamente, porque Jesus pagou por todos os pecados (Hebreus 9:27-28; 1 João
2:1-2). Basta se arrepender e pedir perdão.
Por que Jesus é chamado de Filho do Homem?
Jesus se chamava de Filho do Homem como forma de revelar sua identidade. Ele era ao
mesmo tempo Deus e homem. Ao se chamar Filho do Homem, Jesus se identificava com toda a
humanidade.
No Velho Testamento, chamar alguém de “filho do homem” é o mesmo que chamá-lo de “homem”.
É como dizer “descendente de seres humanos” (Salmos 8:4). Esse é o uso mais comum dessa
expressão. Mas em Daniel 7:13-14, a pessoa “semelhante a um filho do homem” é uma referência
ao Messias, o Salvador do mundo. Os judeus do tempo de Jesus esperavam a vinda do Filho do
Homem.
Veja aqui outros títulos e nome de Jesus na Bíblia.
Jesus usava o título “Filho do Homem” quando falava sobre sua missão e sua autoridade divina.
Ele provavelmente se chamava de Filho do Homem por dois motivos:
Para dizer que era humano – mesmo sendo Deus e tendo muito poder, Jesus era tão humano
como nós; ele nos entende e pode nos ajudar a vencer o pecado
Para se identificar como o Messias – Jesus citava o profeta Daniel; ele podia estar se
identificando com a pessoa da visão de Daniel, indicando que ele era o Messias tão aguardado
Jesus é Filho de Deus e Filho do Homem. Aqui na terra, ele foi o Homem perfeito. Ele passou por
tudo que nós passamos na vida mas não cometeu pecado (Hebreus 2:16-18). Jesus foi o
exemplo de verdadeira humanidade, segundo o plano original de Deus. Jesus é a ligação
entre o homem e Deus. Só ele pode nos unir a Deus, porque só ele é totalmente Deus e
totalmente homem ao mesmo tempo.
Por que Deus se fez homem?
Deus se fez homem para cumprir o Seu plano de salvar a humanidade. É certo que, sendo Ele
Deus, poderia salvar o homem sem precisar vir à terra, se encarnar. Mas sem derramamento de
sangue não poderia haver remissão de pecados - Hebreus 9:22.
Deus também se tornou homem para mostrar que nos entende e tem um caminho melhor
para nós. Ele viveu e sofreu como todos nós mas não pecou. Jesus venceu o pecado e pode nos
ajudar a vencer também (Hebreus 2:17-18).
Qual a importância do derramamento de sangue?
O preço do pecado é a morte e a separação de Deus. A única forma de pagar pelos pecados é
pela morte. Mas como Deus nos ama, Ele permitiu que quem estava arrependido usasse um
substituto. Um animal inocente morreria em seu lugar, como sacrifício.
No Antigo Testamento há várias passagens que nos mostram a importância de oferecer
um sacrifico de sangue, que simbolizava o perdão de pecados. Para isso, eram oferecidos
animais sem manchas ou defeitos, que eram sacrificados, pagando assim os pecados dos
homens. Mas o sangue de animais era um sacrifício imperfeito, que não podia tirar todos os
pecados permanentemente (Hebreus 10:1-4). Por isso, Deus se tornou um homem para fazer o
sacrifício perfeito.
Veja aqui: o que é a propiciação e expiação dos pecados?
Alguns sacrifícios importantes mencionados na Bíblia
Quando Deus vestiu Adão e Eva, precisou matar um animal - Gênesis 3:21.
Quando Abel e Caim ofereceram seus sacrifícios, Abel, além de ter dado da sua primazia,
ofereceu um animal, uma oferta de sangue - Gênesis 4.
Os sacerdotes ofereciam sacrifícios de animais pelos seus pecados e os do povo.
Quando Cristo veio à terra, veio substituir esses sacrifícios. Ele é o sacrifício único e vivo, Ele
veio para apaziguar a ira de Deus. Nada que o homem fizesse satisfaria a Sua ira, por isso
sangue inocente foi derramado, em troca da "liberdade" de outra vida.
Ele também veio à terra, na pessoa de Jesus Cristo, por amor ao homem, pois o homem, por si
só, nunca poderia ter acesso a Ele. O pecado criou uma barreira entre Deus e o homem e só
Deus poderia quebrar essa barreira. Deus se fez homem para pagar o preço pelos nossos
pecados.
O que significa Jesus? Qual significado deste nome?
Jesus é a forma grega do nome hebraico Yeshua, ou Josué, e significa “o Senhor salva”. O
seu nome aponta para aquilo que Ele veio fazer: salvar o mundo dos seus pecados.
Quando Maria ficou grávida, um anjo apareceu a José em sonho e lhe disse para chamar a
criança Jesus, porque ele ia salvar o povo dos seus pecados (Mateus 1:20-21). Seu nome era
mais um sinal que Jesus era o Messias, o Salvador prometido.
Jesus tinha sobrenome?
Não, Jesus não tinha sobrenome. No tempo de Jesus, era normal só ter um nome próprio, sem
sobrenome. Para diferenciar pessoas com o mesmo nome, identificavam com:
Seu título – como “rei” ou “sacerdote”
Sua profissão – como “carpinteiro” ou “coletor de impostos”
Sua terra natal – como “gadareno” ou “de Nazaré”
Sua família – como “filho de Zebedeu” ou “filho do carpinteiro”
Suas caraterísticas físicas – como “o cego”
Jesus era um nome muito popular entre os judeus. Por isso, Jesus é identificado nos evangelhos
como “o carpinteiro”, “o nazareno”, “filho do carpinteiro”, “filho de Maria” e “o Mestre” . Isso
ajudava a distinguir Jesus de todos os outros homens com o mesmo nome.
Para diferenciar de todos os outros nomes, Jesus é intitulado "o Cristo". Porque Nele cumpriu-se a
promessa de Deus da chegada do Reino eterno, do Seu Ungido e Salvador da humanidade, o
Senhor Jesus Cristo. Por isso, Ele recebeu um nome que está acima de todo nome, no céu e na
terra (Filipenses 2:9).
Veja também: segundo a Bíblia, o que significa Rabôni?
Outros títulos de Jesus
Alguns títulos dados a Jesus na Bíblia são:
Emanuel – significa “Deus conosco” e revela que Jesus é Deus que veio à terra para estabelecer
contato direto conosco.
Cristo/Messias – ambos significam “ungido”, em grego e hebraico, respetivamente. Descubra
aqui: por que Jesus é chamado Cristo?
Filho do Homem – Jesus é completamente humano e serve como representante da humanidade
perante Deus. Leia aqui mais sobre por que Jesus é chamado de Filho do Homem.
Filho de Deus – Jesus também é completamente Deus, unido a Deus Pai e representante de
Deus na terra.
Outros nomes de Jesus (Isaías 9:6, (Apocalipse 19:16):
Maravilhoso
Conselheiro
Deus forte
Pai da Eternidade
Príncipe da Paz
Rei dos Reis
Senhor dos Senhores
Por que Jesus é chamado Cristo?
Jesus é chamado Cristo na Bíblia porque ele é o salvador prometido por Deus. Cristo não
era o nome próprio de Jesus; era uma indicação de sua função, sua missão. Cristo significa
“ungido”.
Cristo é a versão grega da palavra hebraica “Messias” (João 1:41). O Messias no Antigo
Testamento era o salvador do mundo, ungido por Deus. Os judeus aguardavam com esperança a
vinda do Messias. Quando Jesus veio ao mundo, ele foi reconhecido como o Cristo.
Na Bíblia, a unção era um sinal que alguém tinha sido escolhido por Deus para uma missão
especial. O ungido era dedicado ao trabalho de Deus. Várias pessoas foram ungidas no Antigo
Testamento:
Davi – como rei de Israel, dedicado a liderar o povo de Deus de maneira correta e temente a Deus
– 1 Samuel 16:13
Eliseu e Jeú – Jeú foi ungido como rei de Israel, para fazer a vontade de Deus, e Elizeu foi ungido
como profeta de Deus – 1 Reis 19:16
Arão e seus filhos – ungidos como sacerdotes, para servir no tabernáculo de Deus – Êxodo
40:13-15
Objetos também podiam ser ungidos, indicando que seriam usados exclusivamente para a obra
de Deus, normalmente no templo. A unção indicava uma vida consagrada a Deus.
Veja aqui: o que é a unção de Deus?
O Cristo nas profecias
O Antigo Testamento também profetizou sobre a vinda do Cristo, uma pessoa com uma unção
especial para salvar o mundo. O Cristo traria restauração e salvação a todos que estão tristes,
cansados e em sofrimento (Isaías 61:1-3). O Cristo seria um grande príncipe mas também deveria
morrer, para a salvação de nossos pecados (Daniel 9:25-26).
Veja também: o que significa Jesus?
Quando Jesus veio ao mundo, ele cumpriu todas as profecias sobre o Cristo. Os discípulos
reconheceram-no como o Cristo prometido e ele ficou conhecido como Jesus Cristo (Mateus
16:15-17). Ele não era apenas mais um profeta ou rei ungido por Deus; ele era o Salvador. Quem
confessa que Jesus é o Cristo está dizendo que acredita que Jesus é o salvador do
mundo (1 João 5:1).
O que é a unção de Deus?
Aunção de Deus é a capacitação que Deus dá a todo crente para O servir. A unção de Deus
nos santifica, purificando-nos do pecado. A unção é sinal de dedicação a Deus.
O que significa unção?
Unção significa que algo ou alguém foi ungido – literalmente significa que óleo foi
derramado sobre ele.
Antigamente, as pessoas se untavam com óleo por motivos de higiene e beleza. O óleo faz bem à
pele e óleos aromáticos faziam as pessoas cheirar bem. Alguns tratamentos médicos também
usavam óleo como pomada.
Ungir com óleo também tinha outros significados:
Dar honra a um convidado
Mostrar felicidade
Indicar o fim do luto
Veja também: o que a Bíblia fala sobre luto?
Unção no Antigo Testamento
No Antigo Testamento, a unção também tinha motivos religiosos. A coisa ou a pessoa ungida era
abençoada e escolhida por Deus para cumprir um propósito especial. A Bíblia fala sobre a unção
de:
Objetos – todos os objetos do templo eram ungidos para indicar que eram sagrados. Os objetos
ungidos eram usados exclusivamente no serviço do templo, não podiam ter qualquer outra função
– Êxodo 40:9-11
Sacerdotes – para indicar o início de seu ministério sagrado no templo, com a aprovação de Deus
– Êxodo 40:13-15
Profetas – alguns profetas eram ungidos para começar seu ministério profético, sendo
reconhecidos oficialmente como mensageiros de Deus – 1 Reis 19:16
Reis – o rei era ungido para mostrar que tinha sido escolhido para governar o povo de Israel,
obedecendo a Deus – 1 Samuel 16:13
Unção de Deus no Novo Testamento
Cristo e Messias significam “ungido”. Jesus foi ungido por Deus, com o Espírito Santo, para
realizar seu ministério e salvar o mundo (Lucas 4:18-19).
Veja aqui: porque Jesus é chamado Cristo?
Todo que aceita Jesus como seu salvador é ungido por Deus, escolhido como Seu
filho. Quando uma pessoa se converte, ela recebe a unção do Espírito Santo (2 Coríntios 1:21-
22). Essa pessoa se torna sacerdote de Deus, consagrado e equipado para O servir e proclamar o
evangelho (1 Pedro 2:9-10). Essa é a unção de Deus.
A unção de Deus não é um dom reservado apenas a alguns crentes especiais, é para todos.
Pessoas diferentes têm ministérios e dons diferentes mas a unção de Deus é a mesma para todo
crente. Unção e dom são duas coisas diferentes. A unção indica nossa eleição como povo de
Deus; o dom é uma bênção individual, dando uma capacidade específica.
Jesus, o leão da tribo de Judá: o que isso significa?
Jesus é o Leão de Judá, mas por quê? Ele é chamado o leão da tribo de Judá porque ele é o rei e
sua família era da tribo de Judá. Deus tinha prometido que o salvador viria de Judá. O leão
representa a força e o poder.
Em Apocalipse 5:5, Jesus é descrito como o leão da tribo de Judá. Essa é uma referência a uma
profecia de Jacó sobre a descendência de seu filho Judá. Cada um dos filhos de Jacó deu seu
nome a uma tribo de Israel. No seu leito de morte, Jacó profetizou que Judá seria como um leão,
que reina e tem poder (Gênesis 49:9-10).
O leão é o rei dos animais. Por causa de sua força, o leão domina sobre seu território e todos os
animais o temem. Por isso, o leão se tornou símbolo da realeza. Jacó profetizou que de Judá
sairia um reinado eterno.
Pelos seus pais terrenos, Jesus era descendente do rei Davi, que era da tribo de Judá. O reino de
Davi terminou mas o reino de Jesus é para sempre! Ele é o verdadeiro leão de Judá, porque
todo poder e toda a força pertencem a ele (Filipenses 2:9-11).
Jesus venceu todos os inimigos, até mesmo a morte! Ele é o rei sobre todas as coisas.
Leia aqui mais sobre como é o Reino de Deus.
O simbolismo do leão na Bíblia
Na Bíblia, o leão é usado muitas vezes para representar força e poder. O leão não tem medo e
enfrenta seus inimigos com coragem (Provérbios 28:1). Ele impõe respeito. O leão é
considerado o rei dos animais e o mais imponente da selva.
Mas a figura do leão nem sempre está associada à nobreza e a coisas boas. Também pode
representar a ferocidade e a violência. O leão persegue sua presa com astúcia e ataca sem
misericórdia. Sua mordida é fatal. É por isso que a Bíblia diz que o diabo é como um leão que
quer nos devorar (1 Pedro 5:8). Em algumas passagens, o ataque do leão também representa o
castigo de Deus.
O que é o Reino de Deus?
OReino de Deus é onde Jesus é rei. Na Bíblia, o Reino de Deus é um reino espiritual que um dia
dominará tudo. Esse reino começou agora, dentro do coração de cada pessoa que aceitou Jesus
como seu senhor e salvador.
Deus reina sobre tudo, nada acontece sem sua permissão. O mundo todo pertence a Deus,
porque Ele o criou. Mas quando o pecado entrou no mundo, nós nos rebelamos contra a
soberania de Deus. Deus continua sendo o rei sobre tudo mas enquanto nós estamos no pecado
rejeitamos Sua autoridade sobre nós. Tornamo-nos escravos do diabo.
Por isso, Deus enviou Jesus para restabelecer o Reino, através de Sua morte e ressurreição.
Quem aceita Jesus como seu salvador deixa de pertencer ao reino das trevas e se torna cidadão
do Reino de Deus (Colossenses 1:13-14).
Leia aqui: por que Deus enviou Jesus à terra?
O futuro Reino de Deus
No fim dos tempos, quando Jesus voltar, o Reino de Deus será restabelecido como no início. O
diabo e o pecado serão destruídos e Deus será rei sobre todos novamente. Não haverá mais
tristeza nem sofrimento e a justiça e a paz reinarão (Romanos 14:17). Quem aceitar Jesus como
seu salvador e não desistir herdará a vida eterna no Reino de Deus.
Veja também: segundo a Bíblia quem não entrará no Reino dos Céus?
O Reino de Deus agora
O Reino de Deus ainda não foi completamente estabelecido mas já começou. Jesus explicou
isso na parábola do grão de mostarda: a semente do Reino foi lançada e continua crescendo
(Lucas 13:18-19). Cada pessoa que aceita Jesus faz crescer o Reino. Um dia o Reino encherá
toda a terra mas até lá ele cresce dentro de nossos corações.
Segundo a Bíblia quem não entrará no Reino dos Céus?
ABíblia diz que só os salvos entrarão no Reino dos Céus. Deus nos ama e quer que todos
sejam salvos mas o pecado nos separa d'Ele. Por isso, Ele enviou Jesus para pagar por nossos
pecados. Quem rejeita Jesus e morre em seus pecados não irá para o Céu.
Em 1 Coríntios 6:9-11 e Apocalipse 22:14-15 encontramos uma lista de pessoas que não entrarão
no Reino do Céus. Não há lugar para o pecado no Céu, todos os pecadores estão condenados.
Mas Jesus pode nos purificar de todo o pecado, quando O aceitamos como salvador.
Sempre que a Bíblia fala sobre quem não entrará no Reino dos Céus, ela contrasta com quem foi
salvo por Jesus. Em Jesus temos uma nova identidade purificada, livre do pecado. O pecado
já não nos define e podemos vencê-lo. Não pertencemos mais às trevas mas à luz.
Leia aqui: como posso ter a certeza da vida eterna?
As listas de quem não entrará no Reino dos Céus se referem principalmente a descrentes mas
também servem de aviso aos crentes. Jesus morreu e ressuscitou para podermos viver uma vida
livre do pecado. Agora podemos rejeitar o pecado e viver de maneira que agrada a Deus. Com a
ajuda de Jesus, cada crente deve lutar contra o pecado em sua vida, não vivendo mais
como quem está longe de Deus.
“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.” - Gálatas 5:22-23
As 12 tribos de Israel na Bíblia (seus significados)