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Elaborado por: Josemar Força.

Disciplina: Soteriologia.
Professor: Josemar Força.

Soteriologia.

A soteriologia é o estudo da salvação (humana). A palavra é formada a partir de


dois termos gregos σωτήριος [Soterios], que significa "salvação" e λόγος [logos],
que significa "palavra", "princípio", ou "ensino". Vários termos são utilizados na
Bíblia para se referir à salvação, desde o hebraico no Antigo Testamento até o
grego no Novo Testamento. No hebraico, a raiz mais importante para salvação é
“yasha” que significa “liberdade” ou “libertar daquilo que prende”. Existem vários
substantivos derivados desta raiz, e todos trazem a ideia de “libertar”, “resgatar”.

No grego, o verbo “sozo” e seus cognatos “soteria” (salvação) e “soter” (salvador)


traduzem o hebraico “yâsha“. Nos livros do Novo Testamento o termo “soteria”
aparece apenas em conexão com Cristo como Salvador. Biblicamente a salvação é
obra completamente de Deus (em todos os aspectos), e traz a justiça de Deus para
o homem, ou seja, resgata o homem do estado de pecado para o estado de glória
por meio de Jesus, isto é, na morte de Cristo para a remissão dos pecados.

Faz-se mister afirmar que a etimologia em si do termo, quer no grego como


hebraico, já que têm ambas a mesma substância dão-nos informações suficiente
sobre, mormente quando o verbo atribuído a pessoa de Jesus, o Cristo.

No hebraico; yâshaʻ - que significa, Salvar, Socorrer, Victória “liberdade”, libertar


ou resgatar daquilo que prende. há pelo menos 197 ocorrências no VT. Dos quais
estaremos a destacar algumas como:

Ex. 14:30 - Assim, o SENHOR livrou Israel , naquele dia , da mão dos egípcios ; e
Israel viu os egípcios mortos na praia do mar.

pois o SENHOR , vosso Deus , é quem vai convosco a pelejar por vós contra os
vossos inimigos , para vos salvar .

Contudo, vós me deixastes a mim e servistes a outros deuses , pelo que não vos
livrarei mais .

Então, na sua angústia , clamaram ao SENHOR , e ele os livrou das suas


tribulações .

Aqui é usado o mesmo termo hebraico yâshaʻ (‫ ) י ַָשׁע‬para o livramento ou resgate


do Povo de Israel para com os seus opressores. Os versículos acima facilmente
dão-nos informação que, a libertação ou salvação só é possível quando há
presença de um inimigo ou opressor (1 Sam. 7:8). O que certamente não foge do
nosso tópico, aliás, antes estabelece o facto de que somos libertos ou Salvo do
Pecado, como prática de vida, como são as mentes segadas pelo pecado. Portanto,
no NT sōtḗr é o termo grego com 24 ocorrências que apresenta Jesus como
Salvador, resgatador, libertador e/ou preservador.
Lc. 2:11 - é que hoje vos nasceu , na cidade de Davi , o Salvador , que é Cristo , o
Senhor.
At. 13:23 - Da descendência deste , conforme a promessa , trouxe Deus a Israel o
Salvador , que é Jesus,
1 Tm 1:1 - Isto é bom e aceitável diante de Deus , nosso Salvador.

TIPOS DE SOTERIOLOGIA.
Não obstante as variadíssimas cosmovisões no mundo, na qual pintaremos aqui
algumas, todas elas são logicamente resumidas em duas, a saber: Monergismo e
Sinergismo.

E, se formos honesto devemos assumir que diante desta dicotomia soteriológica,


encontramos todas as linhas teológicas, onde o Calvinismo é a única posição
Monergista e, todas as outras, incluindo qualquer uma que se possa achar nas
religiões pagãs, são Sinergistas. Caro leitor, imagine qualquer uma posição
soteriológica que não seja a Calvinista, é Sinergista. Justamente pelo simples facto
de que, nelas, Deus não é o único agente da salvação do homem. Porquanto, o
homem tem algum grau de cooperação na sua salvação.

SINERGISMO.

Sinergismo : O termo Sinergismo deriva do grego koiné synergéō, que significa


cooperar, no sentido de trabalhar junto ou ajudar no trabalho, usado 5 vezes no NT
(Rm 8:28/Mc. 16:20/ 1 Cor 16:16/ II cor. 6:1). Logo, esta doutrina defende que, o
homem coopera juntamente com Deus na sua salvação, ou seja, o homem tem
algum grau de participação na sua salvação, que sem o qual a salvação não é
possível. E, que só assim o homem, então, torna-se responsável pela sua crença ou
descrença, por intermédio do uso de seu próprio livre-arbítrio (inato ou provido pela
graça).

Nesta prisma, o homem, pelas suas próprias forças ou arbíttrio (influênciado pelo
Espírito Santo) tem de primeiro crer e, só depois, ser Salvo. Note que, O
Sinergismo, no geral, apregoa um tipo de salvação (que Deus fez) possível para
todos. Onde cada homem por meio do seu arbítrio poderá, caso queira, ser salvo.
em última instância, o crer, neste prisma, é fruto do arbítrio do homem, que decide
crer ou não. E não da obra soberana de Deus no coração do Homen (Morto
espiritual) tornando-o vivo para crer e viver a fé.

Dentre várias ramificações, no Sinergimos, dos que propõem-se crentes e


defensores do Cristianismo, dos quais passo a citar alguns:

1 - Pelagianismo: O foi um conceito teológico que negava o pecado original, a


corrupção da natureza humana, o servo arbítrio (arbítrio escravizado, cativo) e a
necessidade da graça divina para a salvação. O termo é derivado do nome
de Pelágio da Bretanha. ensina que o homem não herdou o pecado original e, que a
queda de Adão, afetara apenas a Adão. Seu ensinamento afirmava que os homens
não nascem contaminados pelo pecado, ou seja, são inocentes e aprendem a pecar
no decorrer da vida. Esse é o ensino mais focado na defesa do livre-arbítrio do
homem, já que este possui sua alma livre do pecado, ou seja, pode ser imparcial.
Essa ideia contradiz totalmente a Bíblia que afirma que todos os homens são
afetados pelo pecado original de Adão (Rm 5:12) e ninguém consegue escapar de
nascer com inclinação ao mal (Rm 3:10), já que somos pecadores no momento da
concepção (Sl 51:5) e como resultado disso todos os homens morrem em Adão (Rm
6:23).

2 - Semipelagianismo: é uma adaptação do Pelagianismo e ensina que a


humanidade é contaminada pelo pecado, mas não de tal forma que impeça do
homem se decidir por Deus. Em outras palavras, o homem seria então capaz de
cooperar com Deus devido aos seus esforços e escolhas. O que daria num tipo de
“depravação parcial” e não a “depravação total”. Fim ao cabo, a salvação partiria
somente da inciativa da boa vontade no coração do homem para com Deus. Isto é,
o homem precisa dar o primeiro passo em direção a Deus e, então, Deus irá
completar o processo da salvação do homem. Esta teoria foi considerada herética
no Concílio de Orange. O semipelagianismo deriva da primeira teoria teológica
conhecida como pelagianismo, também considerada herética.

3 – Arminianismo: Embora o Arminianismo baseada nas ideias do holandês Jacó


Arminio (1560-1609) e seus seguidores históricos, os remonstrantes. de alguma
forma dá as mãos aos dois supracitados por, de igual modo, advogar o sinergismo
soteriológico, porém, o sinergimso Arminiano difere substancialmente dos dois tipo
de sinergismo supracitados, mormente quanto a depravação do homem, sendo que,
este assume ser o homem caído por causa do pecado adámico e,
consequentmente, Depravado Totalmente. Embora este sinergismo assume o
primeiro ponto do Calvinismo (Depração Total). Afinal, seu percursor foi um seguidor
e admirador de João Calvino.

Na intenção de encontrar uma teoria soteriológica que fizesse justiça tanto à


soberania da graça, quanto à suposta livre decisão e atuação do homem, com
relação a Salvação, assume que o Espírito Santo influencia o Homem, por meio da
Graça Preveniente, para crer ou não (Graça rresistível), cooperando assim na sua
salvação. Tornando, assim, a justificação ou Expiação (não certa para os eleitos)
possível para todos os homens, dependendo do arbítrio e volição do homem
(Expiação/Justificação Ilimitada). E, que, do mesmo Jeito que este operou o seu
arbítrio, por meio da influência do Espírito que o dá capacidade para crer ou não, ele
tem igualmente arbítrio para amenter-se ou abandonar a fé (Preservação
Incondicional). Nete prisma, A eleição é condicional baseando-se na fé ou
incredulidade prevista (Eleição condicional), embora advoga a Depravação Total.

Resumidamente, Esta teoria assume que o sacrifício de Jesus tornou possível a


salvação, e não certa e, que o Espírito de Deus capacitada apenas restaura o
arbítrio do homem, perdido na depravção total, para exerce-lo de formas a poder
aceitar a salvação ou não.
É mister frizar que, há duas perspectivas principais sobre como o sistema pode ser
aplicado: arminianismo clássico, que vê em Armínio o seu representante;
e arminianismo wesleyano, que vê em John Wesley o seu representante
(metodismo). Por uma questão de honestidade teológica, é sobre o primeiro que
estamos a abordar,.

O oposto do sinergismo é o monergismo, que corresponde à teoria de que o homem


não tem parte nenhuma em sua própria salvação. Isto é, não coopera na sua
salvação, pelo facto de que, até mesmo a ação de crer, por meio da fé em Jesus, é
somente por meio da Obra irresistível do Espírito Santo, como veremos.

MONERGISMO.

Monergismo: A palavra consiste de duas partes principais. O prefixo grego “mono”


significa “um”, “único”, ou “sozinho”, enquanto o sufixo “ergon” significa “trabalhar”. A
grosso modo podemos traduzir como, trabalhar sozinho. Logo, a doutrina defende
que o Espírito Santo trabalha sozinho na salvação do homem, sem a cooperação
deste. Ou seja, o Espírito é o único agente eficaz na regeneração [o novo
nascimento] e, que o homem é morto espiritualmente, não sendo capaz de fazer
nada para cooperar na sua salvação, de formas que, até mesmo o ato de responder
positivamente o evangelho, é fruto do ato soberano do Espírito Santo, no coração
deste.

E, neste sistema de pensamento, apenas encontramos o CALVINISTMO. Paul


Whasher diz: Todas as religiões são sobre o homem fazer alguma obra para ser
salvo, o Cristianismo é a única cujo o homem nada precisa fazer para ser salvo (Ef.
2:8-10).

É justamente isto que o Cristianismo apregoa, Uma salvação que Deus opera inteira
e completamente, segundo o seu intento atemporal, seu decreto eterno que
deliberou escolher os eleitos. Certa vez Sproul debatia com um homem que dizia
que a salvação é como a experiência de um homem se afogando num lago e para
quem Cristo lança uma corda. O que o homem tem que fazer é agarrar-se à corda.
A parte de Deus é jogar a corda e a parte do homem é agarrar a corda (Sinergismo).

Pelo que, R. C. Sproul retrucou: Não, não, não... a salvação não se compara a um
homem que está se a afogar-se, mas sim, a um homem que já está afogado e
morto, no fundo do lago. A parte de Cristo é mergulhar, trazer o pecador à tona,
levá-lo para terra firme, fazer respiração boca a boca e, dar-lhe vida! Qual é a parte
do homem? Apenas voltar a viver (Monergismo).
Você diria que tal pessoa contribuiu para seu próprio resgate? Claro que não! O
mesmo é verdade para a salvação. É Cristo sozinho quem salva, por isso a
salvação é pela graça soberana de Deus, em Cristo!

O monergismo é commumente representado pelas doutrinas da graça, o


que de outras formas é conhecida com o calvinismo, ou os cincos pontos do
calvinismo, conhecidos como: 1. Depravação total 2. Eleição incondicional 3.
Expiação limitada 4. Graça irresistível 5. Perseverança dos santos.
Em inglês, as iniciais dessa lista formam o acróstico “TULIP”, o nome de uma flor
(em português, tulipa). Por isso, a figura da tulipa ficou associada à fé calvinista e,
de vez em quando, a gente vê imagens dessa flor em sites, artigos e livros que
defendem a doutrina reformada.

A sistematização da doutrina da graça (no que tange à salvação).

Depravação total (corrupção total): Estabelece o facto de que, o homem já nasce


morto em seus delitos e pecados (Sl. 51:5, Ef. 2:1-2), sendo inimigo de Deus (Rm.
5:10/ Ef. 2:3); é um ser caído moral e espiritualmente. A Depravação do coração do
homem faz com que o mesmo seja incapaz de escolher a Deus ou querer servi-lo
por meio de suas próprias forças (Rm. 8:7-8/ 3:9-12,18-19) . Devido ao estado de
depravação do homem, se Deus não tornasse certa e eficaz a salvação do homem,
ele continuaria morto eternamente. O homem natural sem o conhecimento de Deus
jamais chegará a este conhecimento, se Deus não ressuscitá-lo espiritualmente por
meio de Jesus Cristo (Ef. 2:4-7). (Jo 5:42; Jo 8:43,44 / Rm 3:10-11; Rm 5:12; Rm
7:18, 23; Rm 8:7 /1Co 2:14 / 2Co 4:4 / Ef 2:3 / Ef 4:18 / 2Tm 2:25-26 / 2Tm 3:2-4 / Tt
1:15).

Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais


costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe
do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência.
Ef. 2:1,2
A mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus,
nem pode fazê-lo. Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus.Rm
8:7,8.

O que devemos enteder é que nosso representante federal, Adão, quando peca,
afectou-nos a todos como sua prole: Romanos 5:12 - Portanto, como por um
homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte
passou a todos os homens por isso que todos pecaram... Pecamos não porque
somos influênciados pela sociedade, ainda que isto ocorre também, antes,
porque nascemos em pecado e somos, por natureza, depravados (Sl. 51:5,
Jer. Jer. 17:9). Romanos 3:23 - Porque todos pecaram e destituídos estão da
glória de Deus;

Neste estado, o Homem bem algum faz, espiritualmente, digo espiritualmente


dicontomizando o assunto por uma questão de comunição, neste estado o homem é
inápto para fazer algum bem, de tal formas que, até o ``bem´´ (àspas) moral que ele
faz socilamente são como trapo de imundícia ante a Deus. Deixa dar uma ilustração
sobre: Imangina no teu prato pedileto, sim, aquele prato X ou Y que tipicamente não
resistias (chama-la-ei comida X). Então, suponhamos, por um momento, que o
covide seja exatamente como as mídias dizem ser, Altamente contagiante. E, neste
momento o pior dos doentes infectado pelo COVID-19, e pela lepra é o melhor
cozinheiro do mundo e, o mesmo, faz o teu melhor prato, a comida X, que não
resistes. Mas não apenas isto, ele também o fez na melhor cozinha, da melhor
forma e com os melhores e mais saudáveis ingridientes, de formas tal que, o prato
tenha o melhor sabor e, consequentemente, a melhor imagem chamativa. Comerias
a comida X? Certamente que não!!! Mas por que não, se o prato foi feito pelo
melhor cozinheiro do mundo com boa aparência, na melhor cozinha, com os
melhores ingridiente e da melhor forma?
Ambos sabemos que, tal prato, apesar de boa imagem externa, não passa de trapo
de imundícia, porquanto seu estado original estaria contaminado com o Mal/ vírus e
altamente contagiante, tal que, comer seria deixar-se contaminar. A não ser que
este cozinheiro fosse antes porificado de sua doênça. Doutro jeito tal cozinheiro
torna-se inábil para qualquer obra culinária, por mais boa que pareça. É disto que
estou a trata, embora a analogia não é perfeitamente perfeita para a realidade do
Homem, porém, dá-nos luzes suficiente para ver a realidade deste ante Deus. Deus
é três vezes santos e o Homem depravado, ao ponto que tal não conseguiria fazer
bem algum diante de Deus, porque seu âmago é corrompido pelo pecado, quanto
mais as suas (aparente) boas obras, ou ato de justiça?

Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei
de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não
podem agradar a Deus. Romanos 8:7,8

Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da
imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como
um vento nos arrebatam.
Isaías 64:6

Salvação Somente pela fé, sem obras: Esta doutrina estabelece o facto de que, a
salvação é somente por meio da fé em cristo Jesus (nega que o homem possa ser
salvo por qualquer obra que venha a fazer) e, até mesmo a fé é dom/favor de Deus
imputado no coração do homem e não vem das obras do homem, para não gloriar-
se (Ef. 2:8-10), pela exigência da lei de Deus, na semelhança de Adão e Eva, o
homem precisa pecar apenas uma vez, para ser condenado e, ao mentando o facto
de que o homem nasce pecador isto torna impossível qualquer obra, da parte deste
que satisfaça a justiça de Deus (Rm 3:10-12,19-20). Mas agora se manifestou uma
justiça que provém de Deus, sem obra, da qual testemunham a Lei e os Profetas,
justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem. sendo
justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo
Jesus. Rm 1:17, 3:21-26, 30, 5:15-16, 6:23, 11:6/ Gl 3:18, I Cor. 2:12,

Concluímos, pois, que o homem é justificado (Salvo) pela fé sem as obras da lei.
Rm 3:28

O homem [eleito] não é salvo "por causa" das boas obras, mas salvo "para" as boas
obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas. Somente após ser
salvo, o homem estará apto pelo Espírito Santo para as boas obras (por meio de
Cristo em quem o Pai se compraz), não praticamos boas obras para ser salvo, não,
antes somos gratuitamente salvos por deus para viver as boas obras.

Eleição incondicional: é o ato de Deus eleger ou escolher alguns antes da


fundação do mundo, por misericórdia, sem alguma condição qualquer para à
salvação, Deus poderia ter escolhido salvar todos os homens (pois Ele tem o poder
e a autoridade para fazer isso), ou Ele poderia ter escolhido não salvar ninguém
(pois Ele não tem a obrigação de mostrar misericórdia a quem quer que seja),
porém, não fez uma coisa nem outra. Ao invés disso, Ele escolheu salvar alguns e
excluir (preterir) outros. Sua eterna escolha de determinados pecadores para a
salvação não foi baseada em qualquer ato ou resposta prevista da parte daqueles
escolhidos, mas foi baseada tão somente no Seu beneplácito e na Sua soberana
vontade. Desta forma, a eleição não foi condicionada nem determinada por qualquer
coisa que os homens iriam fazer, mas resultou inteiramente do propósito
determinado pelo próprio Deus (Rm 2:4; Rm 8:29-30; Rm 9:11-12; Rm 9:22-23; Rm
11:5; Rm 11:8-10 /Ef 1:4-5; Ef 2:9-10 / 1Ts 1:4; 1Ts 5:9 / 2Ts 2:11-12; 2Ts 3:2/ 2Tm
2:10,19/1 Pe 2:8 / 2 Pe 2:12 / Tt 1:1 / 1Jo 4:19 / Jd 1:3-4 / Ap 13:8; Ap 17:17).

Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos
santos e irrepreensíveis diante dele em amor;
E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo
o beneplácito de sua vontade, Efésios 1:4,5

Rom. 8:29-30.Porque os que dantes conheceu também os predestinou para


serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito
entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que
chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.

Rom. 9:15- Pois diz a Moisés (Êx 33.19): Compadecer-me-ei de quem me


compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.

Reprovação incondicional (preterição incondicional): É o ato de Deus, no seu


decreto, deixar outros (homens) no seu estado original do pecado, por justiça, para
acondenação por causa dos seus corações obstinados. A Confissão de Fé de
Westminster ensina a reprovação juntamente com a eleição no capítulo III, artigos III
e VII:"Pelo decreto de Deus e para manifestação da Sua glória, alguns homens e
alguns anjos são predestinados para a vida eterna e outros preordenados para a
morte eterna.Segundo o inescrutável conselho da Sua própria vontade, pela qual
Ele concede ou recusa misericórdia como Lhe apraz, para a glória do Seu soberano
poder sobre as Suas criaturas, o resto dos homens, para louvor da Sua gloriosa
justiça, foi Deus servido não contemplar e ordená-los para a desonra e ira por causa
dos seus pecados"
Primeiro, ela é livre e incondicional. Assim como a eleição salvífica não se baseia
em uma previsão da crença. Assim também a preterição/reprovação não se baseia
em uma previsão da incredulidade (Ler Rm 9 11-20).

Segundo: a reprovação é um decreto sobre pessoas específicas: Esaú, Faraó (Rm


9:13, 17); Judas (Jo 13:18, At 1:25); Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli (1Sm 2:25 )
etc. A reprovação não é apenas um decreto geral para condenar quem quer que no
momento não creia. Nesse aspecto, ela também é como a eleição, é pessoal.
Rm 9:21,22- Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer
um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar
a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da
ira, preparados para a perdição.

Por fim, é mister realçar que toda escolha pressupões necessariamente uma
negação, se alguém diante de um cesto de bana pode, por sua livre escolha,
escolher todas elas para si, no tanto, decide escolher apenas uma, isto pressupõe
uma negação por todas outras restantes. Assim, do mesmo Jeito, se Deus tem o
poder de salvar todos, até porque ninguém resiste a sua vontade, e salvou apenas
àqueles que deu ao seu filho (Jo 17:9, 6:44). Segue-se que Deus não apenas fez
uma escolha, bem como uma negação ou reprovação dos demais. E para que
sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos. 2 Tessal
3:2.

E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; 2
Tessal 2:11
Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de
Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do
erro. 1 Jo. 4:6.

O Senhor fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio
para o dia do mal. Prov. 16:4.

E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos
que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas, Para que, vendo,
vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se
convertam, e lhes sejam perdoados os pecados. Marcos 4:11,12

Expiação Limitada ou particular: Esta doutrina estabelece o facto de que, Cristo


morreu somente por algumas (milhares de) pessoas particular, de todas as tribos
línguas e nações sem distinção, e não pot todos sem exceção. Assim sendo, Cristo
não morreu por todos sem exceção, antes, como diz as escrituras por muitos (Is.
53:8, Mt. 1:21), Pelas suas ovelhas (Jo 10:14-15/ 26:28), ou em outros termos, por
sua Igreja (At 20:28). Não é o caso de cristo ter morrido por todos para salvá-los, o
seu sacrifício ter falhado, já que nem todos serão salvos da ira vindoura, o
sacrisfício de Cristo não falhou, antes é eficaz e, eficazmente salvou todos aquele
por quem cristo de antemão escolheu. A ideia de que Cristo morreu por todo, mas
que muitos não serão salvo denigre a obra salvífica de Cristo. Não cremos
erroniamente que Cristo morreu por todos sem exceção, conforme dizem os que
fazem o mal uso dos textos a seguir, isto não apenas faria do sacrifício de Cristo um
dado incerto, tendo como elemento determinante a volição humana, pelo arbítrio
deste, bem como faria dela uma mera possibilidade que mancharia todas as
escrituras e, consequentemente o ser de Deus.

Antes cremos que Cristo morreu por todo tipo de homens, pelos Reis e pelos
pequenos (1 Tm 2:1-6), por todos que estiveram, estão e estarão em Cristo (1 Cor
15:22), Por todo o seu povo, isto é, os eleitos de todas as tribos, povos e nações
(João 3:16, 17:9). A expiação limitada diz que a Cristo nõ torna a salvação
simplesmente possível, mas certa e eficaz. (1Sm 3:14 / Is 53:11-12 / Mt 1:21; Mt
20:28; Mt 26:28 / Jo 10:14-15 /Jo 11:50-53; Jo 15:13; Jo 17:6,9,10 / At 20:28 / Rm
5:15 / Ef 5:25 / Tt 3:5 /Hb 9:28 / Ap 5:9)

Eu rogo por eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me
deste, pois são teus. Jo. 17:9
Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho
dito.
As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; Jo.
10:26,27.

Graça Irresistivel: Esta doutrina ensina que Deus é soberano e que pode
sobrepujar toda resistência quando quiser, segundo a sua vontade ele opera com o
exército dos Céus e os moradores da terra, não há quem lhe possa deter as mãos
(Dn 4:35), tudo faz como lhe agrada (Sl 115:3), assim, quando Deus empreende seu
propósito soberano na salvação ninguém pode resisti-lo com sucesso (Rm 9:19).
Assumimos que, se o Espírito Santo não (quiser) agir eficazmente e salvíficamente
no homem, este pode resistir o chamado geral, operado pelo Espírito através dos
santos, como é natural do homem caído, aliás, eles não pode fazer o contrário ao
menos que o Espírito Santos os restaure (At. 7:51/ Jo 6:44, 64-65). Pois é Deus
quem, através do Espírito Santo, opera irresistivelmente o arrependimento (II Tm
2:24-25) . O Espírito Santo cria no pecador eleito um novo coração e uma nova
natureza. Isto é realizado através da regeneração (novo nascimento), pela qual o
pecador é feito filho de Deus e recebe a vida espiritual. Sua vontade é renovada
através desse processo, de forma que o pecador vem espontaneamente a Cristo
por sua própria e livre escolha. Ez 11:19-20; Ez 36:26-27 / Mt 16:17 / Jo 1:12-13; Jo
5:21; Jo 6:37; Jo 6:44-45 / At 16:14; At 18:27 / 1Co 4:7 / 2Co 5:17 / Gl 1:15 / Rm
8:30 / Ef 1:19-20 / Cl 2:13 / 2Tm 1:9 / 1Pe 2:9; 1Pe 5:10 / Hb 9:15.

Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de


vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito
em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem
fielmente às minhas leis. Ez. 36:26-27 NVI.

Pois, da mesma forma que o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, o Filho
também dá vida a quem ele quer dá-la. Jo. 5:21.

Perseverança dos Santos: é a doutrina que afirma que os eleitos continuarão no


caminho da salvação (por serem eles o objeto do eterno decreto da eleição e por
serem eles o objeto da expiação realizada por Cristo), visto que o mesmo poder de
Deus que os salvou os preservará e os santificará até o final (Filp. 1:6, Rm 8:28-39).
Além do mais, todo o crente verdadeiramente eleito e chamado é santificado no
curso da sua vida diária até o final (Jo 17:19, Heb. 10:14-17), Ainda que o salvo
venha a cair, por um determinado tempo, assim como o filho pródigo. Porque sete
vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal. Prov. 24:16. Is
54:10 / Jr 32:40 / Mt 18:14 / Jo 6:39; Jo 6:51; Jo 10:27-29 / Rm 5:8-10; Rm 8:28-32,
Rm 8:34-39; Rm 11:29 / Gl 2:20 / Ef 4:30 / Fp 1:6 / Cl 2:14 /2Ts 3:3 / 2Tm 2:13,19 /
Hb 7:25; Hb 10:14 / 1Pe 1:5 / 1Jo 5:18 / Ap 17:14.

E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da


minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode
arrebatá-las da mão de meu Pai. Jo. 10:28-29.

Todo o que o Pai me dá virá a mim (Graça irresistível); e o que vem a mim de
maneira nenhuma o lançarei fora (Preserverança dos Santos). Jo. 6:37

Um breve tratado aos textos usados pelo Sinergismo.


Enquanto que, no sinergismo, a salvação é definida como sendo o resultado da
vontade de Deus em cooperação (sinergia) com a escolha humana. No
Monergismo, porém, a salvação é uma obra absoluta e completamente de Deus,
sem influência ou ação alguma do homem. Em outras palavras, o que esta
realmente a discutir-se é o tão famoso debate entre livre-arbítrio e predestinação. A
palavra grega para Sinergismo é, συνεργέω (synergéō ) que significa: trabalhar
juntos, ajudar no trabalho, ser parceiro no labor, juntar as forças com e, com isso,
ajudar. Com cinco concordâncias no NT, a saber:

Mc 16:20 ... cooperando com eles o Senhor e confirmando...


Rm 8:28 Sabemos que todas as coisas cooperam ...
1 Cor. 16:16 como também a todo aquele que é cooperador e obreiro...
II Cor. 6:1 E nós , na qualidade de cooperadores com ele...
Tg. 2:22 Bem vês que a fé cooperou com as suas obras (a fé como as suas obras
estavam atuando juntas ).

Estes texto dão-nos uma luz perfeita sobre o sinergismo, cooperação ou o ato de
participar da salvação. É o tipo de argumento que tenta validar um tipo de
salvação, onde o homem valendo-se do suposto livre-arbítrio, pelas suas obras ou
intelecto humano atua juntamente com a ação salvadora de Deus para a sua
salvação. É como se Deus dependesse do homem para fazer a sua parte, para
então salva-lo, e pior, fazendo passar a ideia que o homem tem a capacidade de
buscar à Deus e, participar em sua salvação espiritual.

Normalmente os sinergistas, mormente os arminianos, usam versos como: 1- João


5:40- E não quereis vir a mim para terdes vida. 2- Jos 24:15- Porém, se vos parece
mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos
deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos
amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao
Senhor.3- Tg 4:8- Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. 4- Fil. 2:12 –assim
também operai a vossa salvação com temor e tremor;

Note que existem outros textos, fiz apenas menção de alguns textos predileto dos
sinergistas, não é difícil saber que todos estes textos que ``aparentam´´ ser
sinergistas, são tirado fora do contexto, para legitimar uma interpretação
esforçada.

Note que em nosso assunto devemos a todo custo dividir as questões sobre a
Salvação de Deus no Homem, a responsabilidade do homem, chamado geral e etc,
Logo, não se deve violar as ordens das coisas. Assim, quando os proponentes
sinergistas apresentam a sua defesa, não difícil saber que eles defendem o assunto
X com versículos que falam de Y ou Z, ou seja, o assunto é sobre a soberania de
Deus na salvação do homem, eles defendem tal assunto com textos que falam de
responsabilidade humana ou chamado geral. Tornam sua teologia muito vulnerável
a heresias e erros crassos. Alias, sua teologia é em si mesma herética!

É justamente isto que eles fazem com os textos supracitados de suas defesa
sobre. Ora, permita-me resolver os caso de forma decrescente para culminarmos
no ponto 1 onde gastaremos mais tempo em função do barulho que se faz com
ele. O ponto 4 - Paulo ao dizer: De sorte que, meus amados, assim como sempre
obedecestes, não só na minha presença... dirige-se aos Cristão e não aos
incrédulos, logo, isto seria o suficiente para abandonarmos este ponto, porque
nada fala sobre um ímpio operar salvação. Até porque texto a seguir diz: Porque
Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar. Portanto, usar este
texto para o sinergismo é esforçar o texto.

Ponto 3- Este texto de igual modo é dirigido aos cristãos que estavam a viver em
pecado, logo, é, novamente um mal uso do texto. Ponto 2- Este famoso texto de
Josué é sobre chamado geral, Josué está a chamar a nação Israelita a escolherem
se serviam a Deus ou aos ídolos dos amorreus. Chamado geral é quando estamos
diante de uma multidão e chamamos a eles (todos) a arrependerem-se dos seus
pecado (At. 17:30/Mat. 4:17), ou estarmos ante uma multidão onde todos dizem-se
crentes, e sabemos que alguns mostram frutos diferentes, trataremos de forma
geral, do tipo: deixem de viver como hipícritas com um pé no mundo e outro na
igreja, decidem-se, se Baal é deus sigam-no, se porém, Jeová é Deus, sigam-no.
1 Reis 18:21 Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis
entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém
o povo nada lhe respondeu. (O texto é sobre chamado geral, e nada sobre a
capacidade humana).

O ponto 1 não pressupõe capacidade, antes a responsabilidade que eles tinham,


embora incapazes de irem eles, por si mesmo à Cristo Jesus, afinal estamos ante a
um chamado geral, chamado geral tem em si mesmo esta natureza, senão
vejamos:

A- João 5:40- E não quereis vir a mim para terdes vida.


B - João 6:44- Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer.

Analise A & B, se a interpretação sinergista que usa tal texto A para dizer que os
homens podem ir a cristo se, e quando quiserem estiver certa, ou seja, se o texto
A é sobre capacidade humana e não sobre responsabilidade humana, segue-se
logicamente que A e B são contraditório e, portanto, a Bíblia não pode ser
verdadeira, já que ela não pode se contradizer. Nesta linha de raciocínio A é sobre
capacidade humana, ou seja, diz que os homens têm capacidade de salvarem-se
a si mesmo basta querer, logo, B está errado.

Claramente que este raciocínio é o resultado de uma olhar leviano sobre um texto
que aparenta capacidade humana na salvação, ou seja, o texto num olhar
superficial parece ensinar que o homem tem capacidade de salvar-se, basta que
queira, mas não é esta a ideia do texto, até porque se assim fosse, estaríamos
ante uma contradição lógica diante de A e B. Na verdade o texto sobre
responsabilidade e não sobre capacidade.

Ou seja, o texto não está a dizer que eles tinham capacidade de salvar-se e que
batava apenas que cressem. Jesus sabia que Judeus, mormente esta gente não
creriam nele (Jo. 1:11) como disse Isaías 53:1, Paulo quando falava sobre isto dos
Judeus em Rm. 9 e 10 faz menção deste factor (Rm. 10:16), então, ao usar A está
com isto a lançar sobre eles a responsabilidade sobre eles, o texto é sobre a
responsabilidade deles, que pela inclinação da natureza desobediente neles,
conforme foram originalmente posto ou cerrados (Rm. 11:32), logo, por natureza
ninguém pode querer ou buscar à Deus (Rm 3:10-12), ao menos que o Pai o
trouxesse à Cristo. João 6:44.

Portanto, Neste sentido, ninguém pode vir a Cristo se o Pai não o enviar, e esta
pessoa pela inclinação de sua natureza não pode querer vir a cristo, ao menos que
o Pai o traga para Cristo, e claro, esta pessoa é responsável por não querer ir a
Cristo ainda que por sua natureza não possam, por si mesmo, vir sem que Deus o
traga a Cristo, porque a base de responsabilização não é a capacidade do homem,
mas a existência da Lei.

RESPONSABILIDADE.

Tem se dito que, se o homem não pode ir a Cristo por seu lívre arbítrio, não pode
ser responsável. Que pai há que puna seu filho por da-lo uma tarefa que ele, por
inabilidade, não consegue cumprir, e ainda assim o punir?

Ou seja, ser responsável pressupõe capacidade de cumprir um dever, voto ou


compromisso. X

A proposição X pode ser verdadeira ou falsa, dependendo do tipo de


responsabilidade, ou seja, se por responsabilidade quer se olhar no dever do
homem para com homem, então, a proposição X está certa. Mas, se X
quer olhar para a responsabilidade do homem diante de Deus, mormente no que
cerne a salvação, então, a proposição X é falsa. Mas sendo que, o nosso assunto é
de natureza soteriológica, Segue-se logicamente que estamos diante da
responsabilidade do homem ante Deus.

Isto posto, suponhamos que X estivesse certo, estaríamos com isto a dizer que, a
responsabilidade do homem pressupõe capacidade de cumprir a lei de Deus, ou
seja, o homem natural tem capacidade de cumprir a lei de Deus, sem transgredi-la
e, por este motivo ele é responsabilidade. Se perguntamos a qualquer homem,
desde os mais entediado aos mais neófito, todos, unanimemente concordariam
com X, podem juntar todos os melhores filósofos não cristão que já pisaram esta
terra, eles, sem hesitar concordaria com X.

Mas este raciocínio falacioso (sem Bíblia), sugere contra as escrituras de que os
bebés e criancinhas não podem herdar o pecado de Adão, a culpa de Adão, a
natureza de Adão, afinal, neste sentido, que bebê é capaz de cumpriri alguma
coisa? Que capacidade tem um bebê sobre a lei de Deus, para nascer em
iniquidade, herdando o pecado de Adão?.

Mas este é justamente o defeito do sinergismo, mas qualquer Cristão escrituralista


sabe que, responsabilidade não pressupõe capacidade, primeiro, o homem não
tem capacidade nenhuma para fazer a vontade/Lei de Deus, mas é
responsabilizado com base a existência da Lei, como mostraremos abaixo.
Segundo, mostrarei a inabilidade do homem e, em seguida a sua
responsabilidade : em Rm. 8:7 nos diz que a natureza humana (o homem) é
inimiga da lei de Deus, nunca obedeceu a lei de Deus, e nem pode fazê-lo (o livro),
não se submete a lei de Deus, e nem consegue fazê-lo=INABILIDADE DO
HOMEM (KJA).

Este testemunho banha o AT todo. A inabilidade do homem para


com à lei, dá-se porque a lei é santa, mas o homem não, o homem é morto e
escravo do pecado Rom. 7:12,14. Logo, espiritualmente não pode fazer nada de
bom diante de Deus, porque até às suas melhores obras o condenam diante
daquele que é justo e santo. Rom 3:9,12. 1 Reis 8:46.

Sl 14:3: "Todos se desviaram, juntamente se contaminaram; não há quem faça o


bem, nem um sequer." Is 64:5-6: "Vens, pois, socorrer aqueles que praticam a
justiça com alegria, que se lembram de ti e de tuas orientações. Todavia,
prosseguindo nós em nossos erros e pecados, tu te indignaste. E agora? Como
então seremos salvos? Ora, todos nós estamos na mesma condição do impuro!
Todos os nossos atos de justiça se tornaram como trapos de imundícia . Perdemos
o viço e murchamos como folhas que morrem, e como o vento as nossas próprias
iniquidades nos empurram para longe." Claramente, estes textos deixam claro que
os homens são, por natureza, escravo do pecado e incapaz de cumprir as
exigências da lei, pois que, a lei é santa e perfeita, mas o homem não, e diante da
lei de Deus esta natureza (homem) não faz bem nenhum, não consegue e, ainda
que queira, não pode, como já vimos em Rm 8. Porque ele está morto
espiritualmente e escravizado pela sua natureza EF. 2:1-2.

Que fique claro, esta natureza não se auto criou e, muito menos esforça-se a ser
ela, antes, " Deus colocou todos debaixo da desobediência... " Rm 11:30-32. Até
porque segundo salmos 51 todo homem nasce pecador (incapaz de cumprir a lei),
e segundo Genesis 6:5 a inclinação do coração do homem, é apenas para o mal, e
a seguir nos diz, que isto acontece desde a sua meninice/infância, afinal,
nascemos em iniquidade. Portanto, não há aqui capacidade nenhuma da parte do
homem em cumprir a vontade/leis de Deus, para que, em função disto ele venha
ser responsabilizado, antes, uma inabilidade total deste.

E, depois? Deus os isenta de responsabilidade porque não há capacidade? É claro


que não, não, não, e não! Deus os responsabiliza justamente porque, a inabilidade
de cumprir a lei não anula a sua obrigação para com ela, sendo que
responsabilidade não pressupõe capacidade, como já mostrei.
Já mostrei que X é insustentável, agora mostrai o que pressupõe
responsabilidade.

Responsabilidade pressupõe a existência da lei, e ponto! [Y].

Segundo Rm 5:3, 7:8 sem lei não existe pecado. Já que o pecado é a
transgressão da lei. Logo, sem lei não há transgressão e, consequentemente
responsabilidade, o contrário é a nossa proposição Y. Sendo assim, o homem é
responsável porque há uma lei acima dele que demanda obediência, sem que ele
questione. E não porque ele tem o suposto livre-arbítrio.

Gl 3:10: "... Porquanto está escrito: “Maldito todo aquele que não persiste em
praticar todos os mandamentos escritos no Livro da Lei”."
Alguém pode cumprir toda a lei de Deus, sem quebra-la e, com isto satisfazer a
justiça do Deus três vezes Santo para saer salvo? Claro que não! Só facto do
homem ser formado em iniquidade e nascer em pecado, já pressupões que, além
de que o mesmo nasce pecador. Portanto, condenado ao inferno através do
pecado original, ele é totalmente depravado odeiando as coisas de Deus, e inábil
para cumprir a lei e, ser salvo. Ou seja, Deus serrou toda humanidade debaixo da
maldição, e como? Dando a eles uma lei que ela não pode cumprir, através da sua
natureza. Ainda que ela queira, não consegue. Mas até mesmo o querer já é
impossível.

Logicamente, a maldição, segundo Deut. 28:15, mormente todo 28 e 29, maldição


é consequência da transgressão da lei de Deus. Daí que o homem é maldito
porque não satisfaz a lei, lei esta que ele é incapaz de cumpri-la.
Conclusão.

Portanto, Y é a proposição correta e X não, X é mais fruto de um julgamento


empirista (sinergista) e não ecrituralista (calvinista). Ou seja, X sabe que ninguém
pode ser responsabilizado pelas autoridades humana, sem que tenha a
capacidade de para fazer Z. Daí que, conclui, de igual modo que, o homem não
pode ser responsabilizado por Deus sem que tenha a capacidade de cumprir as
leis de Deus, ou salvar-se a si mesmo. Mas Y, não se vale das suas sensações, se
não das escrituras somente. E a lógica escritural nisto é profunda, consistente e
verdadeira.

P1- Existe lei.


P2- Lei demanda responsabilidade.
C3- Logo, todos que estiveram debaixo dela, são responsáveis, tenha eles
capacidade de cumprir ou não.

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