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SATUBA- AL
2021
Instituto Teológico Hebrom - ITHEB
Curso de Teologia Básica
Jalison Monteiro Nogueira
SATUBA /AL
2021
Tipos de teologia por seus pontos de vista
Teologia Arminiana
A teologia Arminiana tem por seu principal defensor Jacó Armínio (1560-1609) nasceu em Oudewater
na Holanda, estudou em Leyden, em Basileia e logo após na academia de Genebra na suíça, onde
recebeu aulas do próprio reformador Theodoro Beza, sucessor de João Calvino. Foi um teólogo na
época da reforma protestante, Holandês reformado, deu criação de um estudo teológico dentro do
pensamento protestante. Jacó foi professor de teologia e escreveu muitos livros concernentes a teologia,
que se tornou a base do arminianismo.
O arminianismo por sua vez foi totalmente formalizado após a morte de Jacó, e mesmo que alguns
teólogos tentaram condenar suas ideias e declararem seus escritos anátemas alguns pastores na Holanda
seguiam seus escritos.
John Wesley (1703-1791) um dos maiores avivacionistas por sua vez abraçou a teologia arminiana e se
tornou um grande defensor. Aplicada principalmente pelos metodistas e alguns batistas.
Na teologia arminiana vemos que cada um tem o livre-arbítrio, nos dá a liberdade de escolha do nosso
destino, mas nos torna responsáveis por nossas ações. O Arminianismo em cinco pontos que fora
explicado no artigo da Remonstrância:
1. Salvação pela fé
Deus decide enviar Jesus para nos salvar do pecado e castigo eterno, não podemos fazer nada para
merecer, essa salvação é dada através da fé. A salvação é um presente de Deus, dado de graça a quem
crê (João 3.16-18).
2. Expiação total
A morte de Jesus foi suficiente para salvar toda humanidade!
Todos podem ter seus pecados perdoados, graças a Ele (1João 2.1-2)aqueles que creem em Jesus
recebem perdão dos pecados e a salvação.
3. Depravação total
A mancha do pecado está em nós, sem Deus estamos todos condenados. A fe é um dom de Deus e
quando Ele nos dá fé, pela ação do Espirito Santo, é que podemos ser salvos ( efésios 2.8-9). A salvação
vem toda de Deus.
4. Graça resistível
Precisamos da graça de Deus para ter fé, mas Deus nos dá o livre-arbítrio, se quisermos, podemos
resistir ao Espirito Santo rejeitar seu chamado (Hebreus 3.12-15).
5. Garantia da Salvação questionável
Alguns arminianos afirmam que e possível perder a salvação, algumas passagens na Bíblia nos afirma
que e preciso perseverar na fé ate o fim (Mateus 10.22).
O perigo do Arminianismo é focar de mais no livre-arbítrio e achar que tudo depende de nós. Na
verdade, somos completamente dependentes de Deus!
Teologia Calvinista
O Calvinismo é uma teologia reformada que tem seu início na Suíça, sob a liderança principal do
francês João Calvino. O calvinismo (também chamado de Tradição Reformada, Fé
Reformada ou Teologia Reformada) se caracterizando tanto como movimento religioso protestante,
quanto como ideologia sociocultural com raízes na Reforma Protestante iniciada por João Calvino, em
Genebra.
João Calvino (1509 -1564) que foi um teólogo, líder religioso e escritor Cristão francês. Considerado
como um dos principais líderes da Reforma Protestante.
Do século 16 ate hoje tem se espalhado por toda terra o cristianismo de orientação calvinista, a Igreja
Presbiteriana é a maior representante da Teologia Calvinista.
Karl Barth (1886- 1968) foi um teólogo reformado suíço que é muitas vezes considerado o maior
teólogo protestante do século XX. Sua influência expandiu-se muito além do domínio acadêmico,
chegando a incorporar a cultura, o que levou a Barth ser apresentado na capa da revista Time em 20 de
abril de 1962.
Barth havia aprendido teologia aos pés de dois grandes teólogos liberais, à saber: Harnack e Herrmann.
O Jesus do mentor de Barth, Harnack, não era o filho de Deus único e sobrenatural, mas a encarnação do
amor e dos ideais humanistas. A Bíblia do mentor de Barth, Herrman, não era a Palavra infalível de
Deus, e sim um livro extraordinário, ainda que ordinário cheio de erros e que exigia uma crítica radical
para encontrar a verdade.
O liberalismo fazia de Deus algo imanente ao mundo. Barth se opôs a isso e apresentou Deus como
“Totalmente Outro”. O subjetivismo do liberalismo do século 19 havia colocado o homem no lugar de
Deus, Barth exclamou: “Seja Deus, e não o homem!”. O liberalismo havia exaltado o uso aculturado da
religião, Bart condenou a religião como o pecado máximo. O liberalismo edificou a teologia sobre a
base da ética, Barth quis edificar a ética sobre a base da teologia.
Segundo Barth, pode-se ler a Bíblia sem ouvir a Palavra de Deus. A Bíblia é simplesmente um livro,
mas, pelo menos, um livro através do qual nos pode chegar a Palavra de Deus. A relação entre Deus e a
Bíblia é real, porém indireta. A Bíblia, diz Barth, “é a Palavra de Deus enquanto Deus fala por meio dela
[…] a Bíblia se transforma em palavra de Deus nesse momento”. Para ele, até que a Bíblia se torne real
para nós, até que ela nos fale da nossa situação existencial, ela não é Palavra de Deus. Esse é o conceito
barthiano de revelação.
Barth afirma que a Escritura é parte da Revelação. Não é a Revelação, e é aqui que se dá o choque com
os cristãos reformados conservadores. Estes, em sua forma mais ilustrada, reconheceram o valor da
teologia de Barth, mas não concordaram efetivamente com suas afirmações. Ao considerar a Escritura
como um testemunho da Revelação, afirma que é um testemunho escrito que não coincide com a
Revelação em si. Ela atesta a Revelação, mas tem em si mesmo um limite. Este transparece no fato dela
ser uma palavra humana acerca da Revelação. A construção do argumento é humana. Por isso o tema da
dogmática é o problema da palavra de Deus na proclamação da Igreja Cristã ser confundida com a
Escritura, ou seja, concretamente é o problema da concordância dessa proclamação com a Escritura
como Palavra de Deus. Barth responde a esta questão afirmando que a Palavra de Deus precede tanto a
Escritura como a Proclamação. A diferença estabelecida entre testemunho bíblico e revelação é
considerada contrária ao ensino da própria Escritura sendo contrária também às confissões de fé
reformadas.
Teologia de Libertação
A Teologia da libertação nasceu da influência de três frentes de pensamento, o Evangelho social das
igrejas norte-americanas, trazido ao Brasil pelo missionário e teólogo presbiteriano Richard Shaull;
a Teologia da Esperança, do teólogo reformado Jürgen Moltmann; e a teologia antropo-política que
tinha como seus grandes expoentes o teólogo católico Johann Baptist Metz, na Europa, e o teólogo
batista Harvey Cox, nos Estados Unidos.
Ela rompe com conceitos tradicionais da Igreja institucional introduzindo na história da Igreja ideias de
igualdade social e direitos humanos, reivindicando para si como herança os lemas: liberdade, igualdade
e fraternidade advindas da Revolução Francesa.
Alguns dos protagonistas de sua história. São eles: Hugo Assman, Frei Betto, Maria Clara Luucchetti
Bingemer, Clodovis Boff, Leonardo Boff, Jose Mígez Bonino, Pedro Casaldáliga, Enrique Dussel,
Ignacio Ellacuría, Ivone Gebara, Gustavo Gutiérrez, Franz Hinkelammert, María Pilar Aquino, Pablo
Richard, Oscar Arnulfo Romero, Samuel Ruiz García, Juan Luis Segundo, Jon Sobrino, Paulo Suess,
Elsa Tamez, Ana Maria Tepedino e Aiban Wagua.
A Teologia da Libertação nasceu na Igreja Católica como resposta à contradição existente na América
Latina entre a pobreza extrema e à fé cristã de maioria de sua população. Para a T.d.L esta situação de
pobreza fere o espírito do Evangelho, ofendendo a Deus. “A Teologia da Libertação encontrou seu
nascedouro na fé confrontada com a injustiça feita aos pobres.”
Acusa-se tal movimento de ser condescendente com a culpabilidade da Igreja, que segundo estudiosos,
são bem menores do que julgam os promotores, e de deturpar o caminho divino, colocando-o em
segundo plano diante da missão terrena de ajudar os pobres.
A Teologia da Libertação tem como base o próprio evangelho, ela é fruto do confronto existente entre a
fé e a realidade de milhões de pessoas que vivem em uma situação de miséria profunda. Ela é uma
teologia popular, realizada a partir do povo e de sua realidade e suas necessidades.