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04/09/2015

Centro de Material e Esterilização - CME


Profa. MsC. Valéria Aguiar

CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO -


CME

Legislação RDC nº 307, de 14 de novembro de 2002.

Unidade de apoio técnico que tem como finalidade o


fornecimento de produtos para a saúde adequadamente
Conceito processados, proporcionando, assim, condições para o
atendimento direto e a assistência à saúde dos
indivíduos enfermos e sadios.

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RDC 307 (2002)


Receber as roupas vindas
da lavanderia
1

Processamen
to 2
6 Distri Limpe
buição za

CME
3
Prepa
Estoca
ro
gem

5
Esteri 4
lização
Controle microbiológico e de
validade dos produtos
esterilizados

FLUXO UNIDIRECIONAL COM BARREIRAS FÍSICAS ENTRE AS ÁREAS

Centros fornecedores: almoxarifado e lavanderia;


Localização da CME Próxima Fácil acesso às unidades consumidoras: CC, CO,
UTI e PS

Evitar cruzamento de material Evitar que o trabalhador cruze áreas


sujo com limpo e/ou esterilizado limpas e contaminadas

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Recursos Humanos no CME


De acordo com artigo nº 11 da Lei nº 7.498/1986, que dispõe sobre a
regulamentação do exercício da Enfermagem:

• Enfermeiro;

• Técnico de enfermagem;

• Auxiliar de enfermagem;

• Pessoal Administrativo.

Coordenador Atribuições do Enfermeiro Assistencial


no CME

- Prever os produtos necessários p/ as


unidades consumidoras;
- Relatório mensal estatístico; - Planejar, coordenar e desenvolver rotinas p/ os
- Elaborar e atualizar o manual de processos de limpeza, esterilização, armazenagem e
normas, rotinas e procedimentos do distribuição;
CME; - Rotinas para manutenção preventiva e limpeza dos
equip.;
- Pesquisa e trab. científico para boas
- Avaliar novas tecnologias dos insumos utilizados no
práticas de Enfermagem; CME;
- Atualizar-se quanto a infecção - Controlar o recebimento, o uso e a devolução dos
hospitalar; produtos;
- Realizar programa de treinamento e - Elaborar e acompanhar indicadores definidos no CME;
educação continuada; - Participar da compra de produtos e instrumental
cirúrgico.
- Gerenciar o serviço de Enfermagem
do CME.

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Atribuições dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem no CME

Realizar limpeza, preparo, Realizar cuidados com artigos


esterilização, guarda e endoscópicos e motores
distribuição de artigos; (elétricos, pneumáticos);
Revisar a lista de caixa de
Receber, conferir e preparar
instrumental cgico, bem como
os materiais;
a reposição;
Leitura dos indicadores
Monitorar continua/e cada carga
biológicos de acordo com
nos processos de esterilização;
rotinas;
Preparar os carros Participar de cursos de
cirúrgicos e repor caixas treinamento e educação
cirúrgicas; continuada;

Receber e preparar
roupas limpas;

Anti-sepsia: é a eliminação das formas vegetativas de bactérias patogênicas e grande


parte da flora residente da pele ou mucosa, pela ação de substâncias químicas (anti-
sépticos).
Anti-séptico: substância ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de
microrganismos patogênicos, à temperatura ambiente, em tecidos vivos.
D
C
e Assepsia – conjunto de práticas e técnicas através das quais se evita a penetração de
o
f germes em locais ou objetos isentos dos mesmos.
n
i
c
n Biofilme: organização bacteriana onde a bactéria se adere rapidamente às superfícies
e
i úmidas e formam colônias organizadas de células envoltas por uma matriz que
i
ç facilitam a adesão à superfície e a tornam impermeáveis.
t
õ
o Bacteriostático – substância utilizada para neutralizar o desenvolvimento das
e
s bactérias.
s
Bactericida – Substância utilizada para matar as bactérias.
Carga Microbiana (bioburden): quantidade e tipo de microorganismos presentes no
artigo, antes da esterilização.

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Desinfecção – processo físico ou químico para reduzir o nº de microrganismos viáveis


para um nível menos prejudicial. Este processo pode não destruir esporos.

Desinfecção de alto nível – destrói todas as bactérias vegetativas, Mycobacteriun


tuberculosis, enterovírus, fungos, vírus e parte dos esporos. O enxágue deverá ser
D feito preferencialmente com água estéril e manipulação asséptica;
C
e
o
f Desinfecção de nível intermediário – viruscida, bactericida. Neutraliza formas
n
i vegetativas, micobactérias. Não destrói esporos.
c
n
e Desinfecção de baixo nível – elimina todas as bactérias na forma vegetativa, não tem
i
i ação contra esporos, vírus não lipídicos nem contra o bacilo da tuberculose. Tem ação
ç
t relativa contra fungos.
õ
o
e Desinfetante – substância ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de
s
s microrganismos patogênicos em ambientes e superfícies, à temperatura ambiente.

Degermação: remoção de impurezas, sujeira e microrganismos da flora transitória e


alguns da flora residente depositados sobre a pele do pacte ou nas mãos da equipe
pela ação mecânica de detergente, sabão ou utilização de substâncias químicas (anti-
sépticos).

Detergente: substância ou preparação química que produz limpeza; possui uma ou


mais propriedades: tensoatividade, solubilização, dispersão, emulsificação e
umectação.
Esporos: forma mais resistente dos microrganismos, sendo mais difícil de serem
eliminados.
D Esterilização – processo físico ou químico que destrói todos os tipos de
C
e microrganismos, inclusive esporos.
o
f
n Infecção endógena: processo infeccioso decorrente da ação de microrganismos já
i
c existentes no sítio cirúrgico ou sistêmico.
n
e
i Infecção exógena: causada por microrganismos estranhos ao paciente. Importante
i
ç que barreiras sejam colocadas para impedir que instrumentos estéreis sejam
t
õ contaminados. Significa um rompimento da cadeia asséptica, sendo muito grave
o
e podendo ser fatal. Ex: AIDS, Hepatite B e C.
s
s

Matéria Orgânica: soro, sangue, pus, fezes ou lubrificantes. Sua presença no material
pode interferir na ação do desinfetante, agir como barreira física protegendo os
microrganismos contra o ataque do agente esterilizante ou desinfetante e pode
proteger os esporos durante o processo de calor.

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Reprocessamento: processo aplicado em artigos médico-hospitalares já usados à fim


de permitir sua reutilização. Inclui limpeza, desinfecção, preparo, embalagem,
rotulagem, esterilização, testes biológicos e químicos.

D
C
e
o
f
n
i
c
n
e
i
i
ç
t
õ
o
e
s
s

Reesterilização: é o processo de esterilização de artigos já esterilizados, mas não


utilizados, em razão de eventos ocorridos dentro do prazo de validade do produto
ou da própria esterilização.
Ex. rompimento da embalagem.

Critérios mínimos recomendados para a esterilização de artigos

Classificação de Spaulding

ARTIGOS CRÍTICOS

ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS

ARTIGOS NÃO CRÍTICOS

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Artigos críticos – são artigos ou produtos utilizados em procedimentos invasivos com penetração em pele e mucosas
adjacentes, tecidos epiteliais e sistema vascular, incluindo também todos os artigos e produtos conectados a estes
sistemas. A esterilização é o processo obrigatório para o uso de tais materiais. Ex: Agulhas, catéteres intravenosos,
implantes, instrumental cirúrgico, campos, gazes.

Artigos semi-críticos – São artigos ou produtos que entram em contato com a pele não íntegra, restritos às suas camadas
ou aqueles que entram em contato com mucosas íntegras. Requerem desinfecção de alto nível ou esterilização para ter
garantida a qualidade do seu uso. Ex: sonda nasogástrica, equipamentos respiratórios, endoscópios, espéculo vaginal,
circuitos respiratórios.

Artigos não críticos – São artigos ou produtos destinados ao contato com a pele íntegra e também aqueles que não
entram em contato direto com o paciente. Requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível, dependendo do
uso a que se destinam ou do último uso realizado. Exemplos: termômetros, comadres, sensor do oxímetro de pulso,
garrote pneumático, manguito do esfigmomanômetro;

Limpeza de Produtos

Definição Remoção de sujidade visível orgânica e inorgânica de um artigo e, por conseguinte, a


retirada de sua carga microbiana. Etapa indispensável para o processamento de todos
os artigos críticos, semi-críticos e não críticos.

Recomendação Deve preceder obrigatoriamente a desinfecção e a esterilização. A presença de matéria


orgânica (bioburden) protege os microrganismos, tornando as etapas subsequentes
ineficientes por impedir que o agente esterilizante ou desinfetante entre em contato
com o instrumental.

Interferências Bioburden, tipo de matéria (orgânica ou inorgânica), diversidade e tipo de material


(borracha, plástico, alumínio, aço), e qualidade da água.

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Tipos de Limpeza
Manual

Remoção de sujidades por meio de fricção aplicada sobre uma superfície utilizando detergente, escova e
água.
Automatizada

Remoção de sujidades por meio de ação física (jato d’água) e química (detergente).

Lavadora Ultra-Sônica Lavadora Lavadora de Lavadora de


Termodesinfetadora Descarga Endoscópios

Mecânica Jatos de água e Limpeza e Circular fluído por


(vibração sonora) turbilhonamento com ação desinfecção de todo o canal com
de detergentes. A comadres, pressão igual sem
Térmica (50 a 55ºC) desinfecção se dá por meio papagaio e reter ar. Não
de ação térmica ou vidro c/ permanecer H²O
Química (detergente) termoquímica. nos canais.
secreção.

O controle pode ser feito a olho nu ou com uso


de lupa, observando-se principalmente as
cremalheiras, as ranhuras, as articulações, os
encaixes de dentes e o sistema de trava de
artigos

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Soluções utilizadas:
SOLUÇÃO VANTAGEM DESVANTAGEM

MANTÉM O SANGUE E A SUJIDADE NÃO REMOVE SUJEIRA


ÁGUA POTÁVEL ÚMIDA ENCROSTADA;

FACILITA A RETIRADA DE SUJIDADE AÇÃO MECÂNICA É NECESSÁRIA


DETERGENTE NEUTRO SECA PARA REMOÇÃO DE SUJIDADE

EFETIVO NA REMOÇAO DE A EFETIVIDADE DA LIMPEZA


SUJIDADE, SEM A NECESSIDADE DE DEPENDE DA CONCENTRAÇÃO DE
LIMPADOR ENZIMÁTICO AÇÃO MECANICA. ENZIMAS, TEMPERATURA DA
SOLUÇÃO E TEMPO DE CONTATO;

Recomendações para Limpeza Automatizada

Tratamento da água antes da instalação da máquina de limpeza automatizada.


A dureza da água é um fator que pode alterar a vida útil dos equipamentos;

Uso de detergentes sob recomendação dos fabricantes;

Carregar corretamente a lavadora automatizada: materiais de inox (cuba, comadres) não


podem ser lavados em conjunto com instrumentais porque dificultam o contato da solução
de detergente com os instrumentos;

O enxague deve ser abundante para remover a sujidade e os resíduos de detergente;

Realizar o último enxague com água deionizada ou osmose reversa.

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Eficácia da Limpeza
Controle
Microbiológico Químico Visual
a) Analisar por meio
Colocação de de produto químico
Após a limpeza,
bioindicadores em a permanência de
inspecionar todos os
pontos estratégicos e resíduos de sangue
artigos. O controle
expostos ao processo nos instrumentais;
pode ser feito a olho
de lavagem e b) Uso de tiras
nu ou com o uso de
desinfecção térmica. plásticas com
lupas, observando:
Após a exposição são reativo químico que
cremalheiras,
retirados, semeados simula o sangue,
ranhuras,
em meio de cultura e colocadas em 4
articulações,
incubados a 36ºC, por pontos da lavadora;
encaixes de dentes e
7 dias. Espera-se que c) Indicador químico
sistema de trava das
não haja crescimento para
peças.
de microrganismos. termolavadoras que
altera a cor.

Agrupar os itens por


tipos de artigos

Secar os
instrumentos e
artigos Imergir os artigos
LIMPEZA totalmente em
5 PASSOS solução

Enxaguar as peças
em água deionizada Enxaguar as peças
ou desmineralizada em água potável

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Métodos de Desinfecção

FÍSICO QUÍMICO

Utiliza-se agentes químico-


Feita pelo calor. O
desinfetantes. Necessário
calor úmido entre
características que incluem
70ºC e 100º por mais
ampla faixa antimicrobiana,
de 5 min. É um
atividade rápida, falta de
método indicado para
toxicidade ao ser humano e
inativação de
ao meio ambiente, ser
microrganismos
econômico, solúvel em água
incluindo hepatite B,
com efeito residual em
HIV e micobactéria.
superfície e anti-corrosivo.

Características dos Desinfetantes

Alta eficácia: virucida,


bactericida, tuberculicida, Inodoro e fácil de usar;
fungicida e esporicida;

Atividade rápida: capaz de Reutilização prolongada: uso


desinfecção de alto nível repetido por tempo
rápido; prolongado;
Atóxico: sem risco à saúde do
profissional, paciente e meio Tempo longo de armazenamento;
ambiente;
Não causar mancha: Não deve
Resistente ao material
causar manchas na pele, roupas
orgânico;
ou superfícies dos ambientes;
Compatibilidade do material: deve
produzir alterações insignificantes na
aparência ou função (clareza ótica).

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Desinfetantes Hospitalares – Princípios Ativos

Aldeídos Biguanidas

Fenólicos Álcoois e glicóis

Compostos orgânicos
Quaternários de liberadores de cloro
Amônio ativo
Compostos
inorgânicos
de cloro ativo

Resistência Nível de
Microbiana PRIONS Desinfecção
(Creutzefeld Jacob)

ESPOROS BACTERIANOS ALTA


ALTA (Clostridium sporogenes)

MICOBACTÉRIAS
(Mycobacterium Tuberculosis)

VIRÚS NÃO LIPÍDICOS OU PEQUENOS


(Polivírus)
INTERMEDI
FUNGOS ÁRIO
(Candida ssp)

BACTÉRIAS VEGETATIVAS
(S. aureus, P. aeruginosa)

VÍRUS LIPÍDICOS OU MEDIOS


(Virus herpes simples, HVB, HVC) BÁSICO
BAIXA

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Preparo e Empacotamento de Produto


Preparação e acondicionamento dos produtos de
Definição acordo com o processamento escolhido em invólucro
compatível com o processo e com o próprio material.

Manter a esterilidade do produto no que se refere ao


Objetivo uso pretendido, à vida útil, às condições de
funcionalidade, à proteção apropriada para transporte
e armazenagem até a sua utilização e favorecer a
transferência asséptica, sem risco de contaminação.

Possibilitar a identificação e a abertura asséptica pelo


usuário;
C
d Funciona como barreira microbiológica;
a
a
r
s Ser atóxica, flexível e resistente a tração e ao rasgo e proteger
a
o conteúdo do pacote de danos físicos;
c
e Permitir termosselagem para garantir o fechamento
t
m hermético;
e
b
r Possibilitar que o agente esterilizante entre em contato com
a o produto, permitir secagem do conteúdo e permitir
í
l adequada remoção do ar;
s
a
t
g Ter relação custo-benefício positiva e ser de fácil obtenção no
i
e mercado;
c
n
a
s Permitir identificação do produto esterilizado e possuir data
s
de validade do produto.

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Sistema de Embalagem
• Incluem: algodão, papel grau cirúrgico e
filme laminado, papel crepado, papel kraft,
filme transparente, tyvek, caixas metálicas e
sistema de containers, vidros refratários,
não-tecido.

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Embalagens Características

Indicado para vapor úmido. A textura recomendada é de


Algodão cru aproximadamente 40 fios por cm². Deve ser confeccionado com tecido
100% algodão. Desvantagens: baixa vida útil, baixo grau de eficiência
como barreira microbiana, ausência de resistência a umidade,
sobrecarga de trabalho na costuraria e na lavanderia.

Não recomendado por conter amido, microfuros, corantes e produtos


Papel Kraft tóxicos. Não resiste a umidade e é frágil na resistência física e
vulnerável como barreira microbiana após a esterilização.
É a principal alternativa ao tecido de algodão. Composto de celulose
Papel crepado tratada.
Eficiente à esterilização pelo vapor úmido; barreira efetiva contra a
penetração de microorganismos (prazo de validade de esterilização
em torno de 60 dias); atóxico, flexível; indicado também para
confecção de aventais cirúrgicos.

Embalagens Características
100% de polipropileno. Ótima barreira microbiana. É esterilizável
Não Tecido em autoclave a vapor úmido, óxido de etileno e plasma de
peróxido de hidrogênio; alta resistência mecânica a tração.

Sistema de Caixa de metal termorresistente, plástico termorresistente ou


Conteineres recipiente de alumínio. A tampa contém filtro microbiano de alta
eficiência, permeável ao agente esterilizante. Indicado para
esterilização por vapor saturado sob pressão, autoclaves com
bomba de vácuo.
Devem ser resistentes a altas temperaturas. São indicados para
Vidros refratários esterilização de líquidos em estufas e autoclave de vapor úmido.
Caixas metálicas Liga de alumínio ou aço inox. Indicado para calor seco (estufa).

Tyvek Suporta altas temperaturas e alta resistência à tração e


perfuração. Longa duração e excelente barreira microbiana.
Compatível com óxido de etileno, plasma de peróxido de
hidrogênio e radiação gama.

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ESTERILIZAÇÃO

Métodos de esterilização
•Vapor saturado sob pressão (autoclave)
FÍSICOS • Calor seco (estufa)
• Radiação (raios gama - cobalto 60)

• Grupo dos aldeídos (glutaraldeído e


QUÍMICOS formaldeído)
• Ácido peracético
•Óxido de etileno (ETO)
•Plasma de peróxido de hidrogênio
FÍSICOS-QUÍMICOS (PPH)
• Paraformaldeído (pastilhas)
• Vapor de baixa temperatura e
Formaldeído gasoso (VBTF)

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ESTERILIZAÇÃO POR CALOR SECO


• ESTUFA – ABANDONAR USO!
• O calor seco tem baixo poder de penetração, é irregular e vagaroso;
• Recomendado APENAS para óleos e pós;
• Elimina o microrganismo por oxidação e dissecação celular;
• Evitar superposição de materiais;
• Utilizar até 80% da carga;
• Marcar o tempo de exposição a partir do momento que o termômetro 121º - 12 horas;
atingir a temperatura desejada; 140º - 180 min;
150º - 150 min;
Não abrir a estufa durante a esterilização, se acontecer, o processo 160º - 120 min;
deve ser reiniciado; 170º - 60 min;

Não colocar materiais quentes sobre superfície fria, porque se houver


condensação, o material ficará úmido e contaminado por capilaridade;

ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO


• Calor saturado sob pressão – AUTOCLAVE - é o processo de esterilização mais
utilizado;
• O vapor saturado é o vapor contendo somente água no estado gasoso, agregando
tanta água quanto possível para sua temperatura e pressão;
• Tipos de autoclaves: gravitacional e pré-vácuo;
• Vapor – destrói bactérias, porém os esporos bacterianos necessitam do calor e
pressão;
• Temperatura – 121º a 132º;
• P: 1 a 1,80 atm;
• Tempo de exposição: 3 minutos à 30 minutos;
• 15 min: para materiais mais sensíveis ao calor como luvas, extensões de borracha,
entre outros;
• 30 min: para materiais mais resistentes ao calor como instrumentais, vidros, roupas,
entre outros.

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Cuidados na autoclave
• Não apertar muitos os pacotes, para facilitar a penetração do
vapor;
• Não encostar os pacotes nas laterais da máquina;
• Montar a carga da autoclave com materiais que tenham o mesmo
tempo de esterilização;
• Pacotes maiores na parte de baixo da autoclave e menores em
cima;
• Utilizar somente 80 % da capacidade do aparelho;
• Nunca colocar os pacotes sobre superfícies frias, estes devem
estar frios para a manipulação;

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Esterilização por COBALTO 60


• O cobalto 60 é utilizado como fonte de radiação gama para
esterilização de artigos críticos.

• Raios Gama – ondas eletromagnéticas de alta energia e grande


penetração, devido a ausência de matéria – age produzindo radicais
livres em partículas biológicas dos microorganismos – RISCO
OCUPACIONAL;

PROCESSO QUIMICO
– Glutaraldeido a 2%
• Deve ser utilizado na desinfecção de alto nível para artigos termo
sensíveis, ou seja, que não possam ser esterilizados pelos métodos
físicos tradicionais ou físico-químicos. Os artigos reprocessados em
glutaraldeído não podem ser armazenados, mesmo em recipiente
estéril, pois possui o risco de recontaminação (uso imediato).
• O glutaraldeído não é mais esterilizante químico, só desinfetante de
alto nível
- seu uso está restrito para endoscopia, conforme a RESOLUÇÃO -
RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012 , artigo 13

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GLUTARALDEÍDO
• Mecanismo de ação: tem atividade bactericida, fungicida, esporicida e virucida.
Destrói o microorganismo alterando o RNA, DNA e a síntese protética.

• Toxicidade: pode causar irritação na garganta, olhos e nariz, sintomas que podem
ser minimizados com ambiente ventilado e com EPI.

• Parâmetros do processo: temperatura ambiente; tempo de exposição de 8 a 10


horas de imersão do artigo na solução ou conforme orientação do fabricante.

• Testes: com indicadores químicos, devem ser realizados a cada uso da solução.
Validação da solução: após a ativação tem validade de 14 e/ou 21 dias.

OUTROS MÉTODOS QUÍMICOS


• FORMALDEÍDO: Usados em materiais termossensíveis e imersíveis;
encontrado a 4% em temperatura ambiente e o tempo de
exposição no mínimo 24h, após deve ser submetido à lavagem com
soro fisiológico e realizado teste para detectar se existem resíduos
do formol antes do uso;

• ÁCIDO PERACÉTICO: É um componente de uma equilibrada mistura


entre ácido acético, peróxido de hidrogênio e água. Mecanismo de
ação: similar ao peróxido de hidrogênio (age por interação com a
membrana celular do microorganismo, desestruturando-a);

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MEDIDAS ADOTADAS:
RDC 08 – 27/02/2009 - Dispõe sobre as medidas para redução da ocorrência
de infecções por Micobactérias de Crescimento Rápido - MCR em serviços
de saúde.
Art. 1º Esta Resolução aplica-se aos serviços de saúde que realizam
procedimentos cirúrgicos e diagnósticos por videoscopias com penetração
de pele, mucosas adjacentes, tecidos sub-epiteliais e sistema vascular,
cirurgias abdominais e pélvicas convencionais, cirurgias plásticas com auxílio
de óticas, mamoplastias e lipoaspiração.

• Art. 2º Fica suspensa a esterilização química por imersão, utilizando agentes


esterilizantes líquidos, para o instrumental cirúrgico e produtos para saúde
utilizados nos procedimentos citados no art 1.

• Método físico –1ª opção !!!


Autoclave a vapor

Métodos físico-químico
1. Plasma de peróxido de hidrogênio (PPH)
2. Vapor a baixa temperatura e formaldeído (VBTF)
3. Ácido peracético a 56°C (Steris)
4. Óxido de etileno (ETO)

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PROCESSO FÍSICO QUÍMICO- Óxido de etileno (ETO)


• É utilizado o gás óxido de etileno, sendo realizado em autoclaves à temperatura entre 50 a
60° C. Associam o gás, temperatura, umidade e pressão.

Mecanismo de ação: inibe a síntese protéica da célula do microorganismo.

Indicação de uso: materiais termo sensíveis

Embalagens: papel grau cirúrgico e não tecido.

Toxicidade: alta. É carcinogênico (serviço geralmente terceirizado).

Tempo de exposição do material: de 3 às 5h após mais 48 à 72h de aeração.

OUTROS
• Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído
gasoso - materiais termo sensíveis (endoscópios rígidos,
plásticos e aparelhos elétricos).

• Plasma de peróxido de hidrogênio -

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MANUSEIO DE MATERIAL ESTERILIZADO

• Ao manusear o material esterilizado com técnica asséptica, deve-se


obedecer a algumas normas a fim de mantê-lo estéril: é fundamental
lavar as mãos com água e sabão antes de manusear o material
esterilizado;
• Utilizar material com embalagem integra, seca, sem manchas, com
identificação (tipo de material e data da esterilização);
• Trabalhar de frente para o material;
• Manipular o material ao nível da cintura para cima; evitar tossir,
espirrar, falar sobre o material exposto;
• Não fazer movimentos sobre a área esterilizada;
• Certificar-se da validade e adequação da embalagem;
• Trabalhar em ambiente limpo, calmo, seco e sem corrente de ar;
• Manter certa distancia entre o corpo e o material a ser manipulado;

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Centro de Material e Esterilização - CME


Profa. MsC. Valéria Aguiar

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