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Armando Eduardo
Armando Eduardo
Código: 708182687
O Supervisor:
______________________________________
dr. Domingos João de Oliveira
Cuamba, Abril/2022
i
Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................... 11
1.1.Introdução ...................................................................................................................... 11
1.2.Delimitação da pesquisa ................................................................................................ 12
1.3.Justificativa/Relevância ................................................................................................. 12
1.4.Problematização............................................................................................................. 13
1.5.Objectivos ...................................................................................................................... 14
1.5.1. Objectivo geral ......................................................................................................... 14
1.5.2. Objectivos específicos .......................................................................................... 14
1.6.Limitações do Estudo .................................................................................................... 14
1.7.Considerações Éticas do trabalho .................................................................................. 14
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................. 15
2.1. Práticas Pedagógicas no ensino de Biologia................................................................. 15
2.2. A selecção de conteúdos no ensino de Biologia ........................................................... 16
2.3. Dificuldade na percepção dos conteúdos...................................................................... 17
2.4. Botânica ........................................................................................................................ 18
2.5.A raiz e suas funções ..................................................................................................... 19
2.6. Partes da raiz................................................................................................................. 20
2.7. Funções da raiz ............................................................................................................. 20
2.8.Tubérculo ....................................................................................................................... 21
2.9. Raízes tuberculosas....................................................................................................... 21
2.10. Diferenças entre tubérculos e raízes tuberculosas ...................................................... 21
CAPÍTULO III: METODOLOGIA ..................................................................................... 23
3.1.Tipos de pesquisa .......................................................................................................... 23
ii
DECLARAÇÃO
Declaração
Declaro, por minha honra, que este trabalho do fim de curso intitulado “Dificuldades de
compreensão da matéria relacionada aos tubérculos e raízes tuberculosas”, foi feito por mim,
sob a supervisão do dr. Domingos João de Oliveira, excepto as citações que foram
referenciadas. Declaro ainda que o trabalho não foi apresentado em nenhuma instituição de
Ensino Superior para a obtenção de qualquer grau académico.
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Armando Eduardo
iv
Agradecimentos
Agradeço a Deus que permitiu que tudo acontecesse ao longo da minha caminhada estudantil.
Agradeço aos meus familiares, a minha esposa, aos meus filhos, aos meus irmãos, aos meus
amigos e docentes do curso de Biologia, que deram o devido apoio e incentivo nas horas
difíceis de desânimo e cansaço. Ao meu supervisor, Domingos João de Oliveira, pelo
empenho e dedicação na condução deste trabalho. À todos que, directa ou indirectamente,
fizeram parte da minha formação, portanto, endereço o meu “muito obrigado”.
v
Dedicatória
Dedico este trabalho à minha irmã Argentina Eduardo, ao meu cunhado Armando Ajasse, às
minhas filhas Márcia, Ilva, Obércia, aos meus amigos Silva e Gregório. De forma sublime,
dedico à minha esposa Berta Ramos que, directa ou indirectamente, me acompanhou em
momentos difíceis dos estudos com muito carinho e apoio sem medir esforços para que eu
chegasse até a presente etapa da minha vida académica.
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Índice de figuras
Figura 1: Partes da raiz ........................................................................................................ 45
Figura 2: Batata-inglesa ....................................................................................................... 45
Figura 3: A mandioca é uma planta que apresenta raiz tuberculosa ................................... 45
vii
Índice de gráficos
Gráfico 1: Dificuldades encontradas nas aulas com os alunos ............................................ 25
Gráfico 2: Disponibilidade de material Didáctico ............................................................... 26
Gráfico 3: Problemas práticos encontrados na explicação do conteúdo ............................. 26
Gráfico 4: Ponto de vista do método expositivo ................................................................. 27
Gráfico 5: Disponibilidade da Biblioteca ............................................................................ 27
Gráfico 6: Abordagem de matéria sobre tubérculos e raízes tuberculosas .......................... 28
Gráfico 7: Dificuldade dos alunos ....................................................................................... 28
Gráfico 8: Material didáctico na escola ............................................................................... 29
Gráfico 9: Dificuldades de compreensão do conteúdo ........................................................ 29
Gráfico 10: Avaliação do professor na transmissão do conteúdo ....................................... 30
viii
Índice de tabela
Tabela. 1: Diferenças entre tubérculos e raízes tuberculosas .............................................. 22
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Resumo
A presente monografia tem como tema: Dificuldades na compreensão da matéria relacionada aos tubérculos e
raízes tuberculosas: Caso dos alunos da 9ª Classe da Escola Secundária de Entre-Lagos - Mecanhelas (2019 -
2020). Realça-se o modelo tradicional de ensino baseado na exposição oral do conteúdo disciplinar com ênfase
em exercícios e memorização, largamente utilizado por grande parte dos educadores do Ensino Secundário.
Nesse contexto, as dificuldades de percepção dos conteúdos relacionados aos tubérculos e raízes tuberculosas
agrava-se com a falta de contextualização desses conteúdos com assuntos do quotidiano dos alunos. Para obter as
informações do tema, o presente trabalho enquadra-se na pesquisa descritiva com enfoque na abordagem
quantitativa, a partir de uma amostra que foi de 6 professores que corresponde a 33% e 15 alunos, 3%. Ademais,
foi usado o questionário dirigido aos professores e alunos, onde foram previamente preparadas as perguntas
abertas e fechadas. No estudo feito no campo da pesquisa, houve respostas adversas dos participantes, entretanto,
constatou-se que não só se regista a falta de planificação conjunta dos conteúdos a serem abordados na disciplina
de Biologia, como também o mau uso de material didáctico e contextualização da matéria para a compreensão
do conteúdo por parte de alunos.
Abstract
The present monograph had as its theme: Difficulties in Understanding the Matter Related to Tubercles and
Tuberculosis Roots: Case of Students of the 9th Class of the Secondary School of Entre-Lagos Mecanhelas
(2019 -2020), traditional teaching model based on oral exposition of disciplinary content with emphasis on
exercises and memorization is still widely used by most educators in Secondary Education. In this context, the
difficulties in perceiving the contents related to tubers and tuberculous roots are aggravated by the lack of
contextualization of these contents with everyday subjects of the students. To obtain the information on the
subject, the present work was framed in the descriptive research with a focus on the quantitative approach, from
a sample that was of 6 teachers corresponding to 33% and 15 students corresponding to 3%, the study was used
the questionnaire addressed to teachers and students, where open questions were organized and aimed to
facilitate the answers of the individuals contemplated in the research. In the study carried out in the field of
research, there was divergence among the participants, being the lack of joint planning of the contents to be
addressed in the biology discipline, it was also verified the lack of practical classes, use of didactic material and
contextualization of the matter for the understanding of the content by part of students.
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foram trabalhados; Capítulo IV- Apresentação e análise dos dados; Capítulo V- discussão dos
resultados; Capitulo VI- Conclusão e sugestões, finalmente apresentamos as referências
bibliográficas.
1.2.Delimitação da pesquisa
1.3.Justificativa/Relevância
Segundo Gil (2008, s/p), “justificativa é apresentação inicial do projecto, que pode incluir:
factores que determinam a escolha do tema, argumentos relativos à importância da pesquisa e
a referência e a sua possível contribuição para o conhecimento de uma questão teórica ou
prática.”
O motivo que despertou o proponente à realização desta pesquisa foi o facto de, durante a sua
prática pedagógica como docente, ter constatado na Escola Secundária de Entre-lagos, as
dificuldades dos alunos na compreensão dos conteúdos ligados aos tubérculos e raízes
tuberculosas. O proponente consentiu, sim, a necessidade de criar uma pesquisa que
expusesse as principais causas dessas dificuldades, com vista a contribuir no desenvolvimento
do aluno, de seus conceitos, habilidades e atitudes, orientando-o para que ele mesmo consiga
alcançar os seus objectivos.
Discutir a respeito das dificuldades dos alunos em compreender os conteúdos sobre tubérculos
e raízes tuberculosas e relacioná-los a realidade do aluno torna-se relevante para que se
desenvolvam as competências e habilidades apropriadas.
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No âmbito educacional, a pesquisa é relevante para os professores de Biologia, na medida em
que apresenta propostas metodológicas a serem aplicadas no processo de ensino-
aprendizagem para superar as dificuldades de compreensão das matérias relacionadas aos
tubérculos e raízes tuberculosas. No âmbito académico, a pesquisa tem sua relevância, visto
que contribui para a aquisição de conhecimentos inseridos nos debates actuais sobre as
matérias relacionadas aos tubérculos e raízes tuberculosas. A pesquisa servirá de fonte de
pesquisa para futuras pesquisas relacionadas a essa área temática.
1.4.Problematização
Segundo Gil (1999, p.49), “problema é qualquer questão não resolvida e que é objecto de
discussão, em qualquer domínio do conhecimento, ou seja, é algo que pode ser testado
cientificamente, envolvendo variáveis que podem ser manipuladas ou observadas.”
O objectivo significa um fim a atingir, uma meta de pesquisa, propósito de pesquisa, ou seja,
é a finalidade de um trabalho de pesquisa, que indica o que o pesquisador vai desenvolver.
1.5.1. Objectivo geral
Analisar as causas que levam os alunos da 9ª classe da Escola Secundária de Entre-
Lagos a terem dificuldades na compreensão da matéria relacionada aos tubérculos e
raízes tuberculosas.
1.5.2. Objectivos específicos
Propor metodologias adequadas a serem usadas pelos professores de Biologia para que
permitam a compreensão dos alunos na matéria relacionada aos tubérculos e raízes
tubérculos.
1.6.Limitações do Estudo
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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo são apresentadas as mais recentes obras científicas disponíveis que possam dar
legítima importância teórica para o desenvolvimento do tema de pesquisa. Nesta secção são
abordados aspectos bibliográficos através da literatura teórica, empírica e focalizada de modo
a apresentar diversas abordagens discutidas em torno deste tema.
De acordo com Piletti (2006, s/p), “ ao leccionar, o docente vai utilizar dos recursos
didácticos, que são os componentes do ambiente que estimulam os estudantes a aprenderem.”
Quando esses componentes são utilizados de maneira adequada, colaboram para motivar e
despertar o interesse dos estudantes; favorecem o desenvolvimento da capacidade de
observação; aproximam o estudante ao quotidiano.
Para Barbosa et al. (2017, s/p), “salientam que conciliar o conteúdo teórico; a construção do
conhecimento e a aplicação do conhecimento, tem se constituído num dos grandes desafios da
educação”.
Diante desse facto, os autores supracitados afirmam que é necessário a percepção de que não
se pode priorizar o conteúdo em detrimento da aprendizagem. Segundo estes autores, é
necessário que o professor tenha consciência que, com a baixa carga horária de sua disciplina,
torna-se improdutivo, do ponto de vista da aprendizagem, cobrir todo o conteúdo
programático no decorrer do ano lectivo.
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2.2. A selecção de conteúdos no ensino de Biologia
Antes de ser projectada a educação e a preparação dos alunos para estudos posteriores, a
escola está sendo chamada agora para promover a socialização dos estudantes no contexto
cultural de que fazem parte.
Segundo Ferreira (2014, s/p), o currículo vai muito além dos conteúdos a serem estudados,
pois envolve várias realidades vividas pelo docente em seu trabalho diário, inserindo também
valores, resgatando a auto-estima do sujeito enquanto aluno que muitas vezes não encontra
motivos para participar activamente do processo de sua aprendizagem.
Segundo o autor supracitado, o professor ao buscar o saber o quê, o como e o porquê ensinar
determinados conteúdos e ao verbalizar sobre sua compreensão dos processos que
desenvolve, exerce um domínio epistemológico e de ultrapassagem dos saberes sobre o ensino
dos conteúdos disciplinares.
De acordo com Barbosa et al. (2017, s/p), “ um dos objectivos do ensino das ciências é
fomentar a aprendizagem significativa de conteúdos que sejam relevantes para o dia-a-dia dos
cidadãos”.
Uma das formas de contribuir para a consecução deste objectivo consiste em abordar de modo
contextualizado os assuntos a ensinar.
Os conteúdos devem favorecer a construção, pelos estudantes, de uma visão de mundo
como um todo formado por elementos inter-relacionados, dentre os quais o ser
humano, agente de transformação. Devem promover as relações entre diferentes
fenómenos naturais e objectos da tecnologia, entre si e reciprocamente, possibilitando
a percepção de um mundo em transformação e sua explicação científica
permanentemente reelaborada. (Ferreira 2014,p. 21).
Conforme este autor, os conteúdos devem ser relevantes do ponto de vista social, cultural e
científico, permitindo ao estudante compreender, em seu quotidiano, as relações entre o ser
humano e a natureza mediada pela tecnologia, superando interpretações ingénuas sobre a
realidade a sua volta.
De acordo com INDE 2010, citado em Cândido et al., (2017 p. 21), analisando os Programas
de Biologia, da 8ª à 12ª classe, constata-se que todos eles propõem a abordagem de conteúdos
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que têm relação com e relevância para o dia-a-dia das pessoas, embora isso dependa, pelo
menos em parte, de serem abordados, ou não, de um modo contextualizado.
Não basta que o estudante conheça regras ou normas, mas que saiba utilizar o conteúdo de
forma eficiente em seu dia-a-dia.
2.3. Dificuldade na percepção dos conteúdos
Para As dificuldades podem ser fruto de uma variedade de eventos: Despertar nos alunos o
interesse pela Botânica é um desafio em algumas salas de aula, principalmente se a proposta
de ensino for baseada em métodos convencionais, restritos aos livros didácticos e aulas
expositivas que não atendem a real situação à qual o estudante está inserido (MELO et al.
2012 p.2).
Refere que Krasilchick (1996, s/p), “ para que ocorra a aprendizagem do conteúdo de
botânica, se fazem necessárias actividades práticas que permitam aos alunos vivenciar os
conteúdos teóricos que foram aprendidos previamente de forma contextualizada. ”
Discorre sobre o facto de o aluno e as observações da teoria em sala de aula e a aula prática
atribuem para o estudante significados próprios, pois na aula em que há somente a
transmissão de conceitos, o senso crítico e criativo do aluno não é desenvolvido.
A Biologia pode ser uma das disciplinas mais relevantes e merecedoras de atenção dos alunos
ou uma das disciplinas mais insignificantes e pouco atraentes, dependendo do que for
ensinado e de como isso for feito. Portanto, como já comentado, a utilização da
experimentação aliada à contextualização dos conteúdos é uma das maneiras em tornar o
ensino de Ciências estimulantes, dinâmicas e interessantes tanto para os estudantes quanto
para os professores em sua prática educativa.
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Tornar as aulas mais interessantes com ferramentas metodológicas diversificadas,
aproximando o estudante do conteúdo de botânica a partir da sua contextualização e
experimentação, tornará o processo de ensino e aprendizagem mais estimulante e o
aproximará da disciplina. Consequentemente, a construção do seu conhecimento será mais
significativa, visto que, conseguirão entender as abstracções das teorias do conhecimento
científico e assimilá-los com a sua realidade.
De acordo com Vigotsky (2000, s/p), “os conceitos científicos não são assimilados, nem
decorados, nem memorizados, eles surgem e constituem - se por meio de uma imensa tensão
de toda a actividade do próprio pensamento”
Por isso, é possível dizer que os conceitos científicos que se formam no processo de
aprendizagem, distinguem-se dos espontâneos por outro tipo de relação com a experiência do
indivíduo. A formação dos conceitos científicos apenas começa no momento em que se
assimila pela primeira vez um significado novo. Este significado novo age como veículo do
conceito científico.
Pode-se dizer que a assimilação dos conceitos científicos se baseia igualmente nos conceitos
elaborados no processo da própria experiência da criança, como no estudo de uma língua
estrangeira se baseia na semântica da língua materna (...)
A botânica é um campo da ciência que estuda os vegetais e a gama de espécies que possuem
suas mais variadas características e formas: como funciona seu metabolismo, como se
reproduzem e como se dá seu crescimento.
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Segundo Sandre et al. (2008), “o Reino Plantae é extremamente variado, com espécies
simples que não apresentam folhas, caule e raízes verdadeiras até espécies com frutos
carnosos e flores deslumbrantes.”
A Botânica é a área da biologia que estuda o Reino Plantae, onde estão incluídos
todos os vegetais. Nesse grupo encontramos seres auto tróficos, eucariontes e
multicelulares, ou seja, seres que produzem seu próprio alimento, apresentam células
com núcleo delimitado pela carioteca e possuem mais de uma célula. A Botânica está
inserida na vida dos indivíduos, de forma directa ou indirecta, sendo portanto, de suma
importância o seu aprendizado na construção de conhecimentos necessários para a
formação de cidadãos (Viana et al. 2014, p. 12).
De acordo com o autor supracitado, actualmente a Botânica é trabalhada nos diferentes níveis
de educação no intuito de desenvolver habilidades para a compreensão do papel das plantas
na natureza. A Botânica é de suma importância, uma vez que também envolve temas de níveis
globais, como a preservação de biomas e ecossistemas.
Em suma, a Botânica (ciência dos vegetais) é o ramo da Biologia que estuda a vida de plantas
e algas, abrangendo aspectos do crescimento, da reprodução, do desenvolvimento, do
metabolismo, das doenças e evolução dos organismos vegetais.
De acordo com Redivo et al. (2018, s/p),“ a raiz é uma estrutura presente em vegetais do
grupo das pteridófitas, gimnospermas e angiospermas ”.
Está localizada na base do vegetal e tem como função principal promover a absorção de água
e nutrientes presentes no meio externo, geralmente no solo. Algumas raízes acumulam reserva
de água e nutrientes para a planta, sendo por isso utilizadas em nossa alimentação.
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2.6. Partes da raiz
Segundo Redivo et al. (2018, s/p), em cada uma das raízes que compõem os sistemas
radiculares, é possível identificar diferentes regiões (vide anexo 1).
Coifa: Função de proteger a raiz do atrito com o solo e o ataque de micro-organismos.
É caracterizada pela existência de pequenas células com a capacidade de rápida
multiplicação. Esse é o mecanismo de crescimento da raiz;
Zona lisa: Também denominada zona de crescimento, é a parte onde ocorre o
alongamento vertical e crescimento da raiz;
Zona pilífera: Denominada também como zona de absorção. Tem a função de
absorver água e sais minerais do solo que formarão a seiva da planta. É caracterizada
pela presença de pêlos responsáveis pela absorção;
Zona suberosa: É a ramificação da raiz, responsável pelo aumento da área de
absorção. A partir dela são formadas as raízes secundárias, que têm a função de fixar a
planta ao solo;
Colecto ou colo: É a parte de transição da raiz para o caule.
2.7. Funções da raiz
A raiz apresenta uma função principal relacionada à absorção de substâncias, mas também
pode apresentar outras funções, como fixação o armazenamento. Raízes são a parte
responsável pela sustentação e alimentação da planta, ou seja, elas fixam o vegetal ao solo e
absorvem dele a água e os nutrientes necessários para sobrevivência, (Sandre et al. 2008).
Fixação: o vegetal necessita de se fixar no solo, até por segurança para suportar
mudanças climáticas, por exemplo. A raiz possui essa segunda função de fixar a planta
no solo;
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A raiz é um órgão vegetal que apresenta como função principal a sustentação da planta e a
absorção de água e sais minerais, os quais são levados, via xilema, para as partes aéreas da
planta. Além das funções de absorção e fixação, muitas raízes são importantes órgãos de
reserva. Em geral, são subterrâneas e ficam enterradas no solo.
2.8.Tubérculo
O tubérculo é identificado como sendo a parte que cresce debaixo da terra. A grosso modo, é
um caule modificado em forma de raiz. Geralmente as plantas que são identificadas como
tubérculos possuem formato arredondado, hipertrofiado e apresentam saliências denominadas
olhos ou brotos. Elas acumulam substâncias como o amido, que são suas reservas de alimento
(Sandre et al. 2008, s/p).
Segundo o autor supracitado, as raízes do tubérculo apenas fixam o vegetal ao solo, absorvem
e conduzem água e nutrientes, sem acumulá-los. Entre os alimentos que são tubérculos estão a
batata-inglesa, inhame, caládio, tinhorão e dália.
Tubérculos são os vegetais onde o caule é a parte desenvolvida, para acumular nutrientes,
sendo essa parte desenvolvida que nos serve de alimento. Já as raízes do tubérculo são
responsáveis por fixá-lo ao solo, e não acumulam nutrientes, apenas absorvem e conduzem.
Os exemplos mais conhecidos de tubérculos são a batata-inglesa, o inhame (vide anexos).
2.9. Raízes tuberculosas
De acordo com Viana et al. (2014, s/p),“ as raízes tuberculosas armazenam grande
quantidade de substâncias de reserva, especialmente o amido.”
Por essa característica, algumas delas são comestíveis: batata-doce, cenoura, beterraba,
inhame, mandioca (vide anexos).
Os alimentos identificados como raízes tuberculosas são aqueles que crescem debaixo da
terra, ou seja, os nutrientes se acumulam dentro da própria raiz e o caule fica acima da
superfície. Como exemplo de raízes tuberculosas podem ser citados a cenoura, a beterraba, a
batata-doce, a mandioca e o nabo.
2.10. Diferenças entre tubérculos e raízes tuberculosas
Esses dois grupos de vegetais possuem mais semelhanças que diferenças: todos crescem
debaixo da terra e possuem algum órgão de reserva que se desenvolve e dá origem aos
alimentos. A principal distinção é que o tal órgão aumenta de tamanho em lugares diferentes
em cada um desses grupos.
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De acordo com Viana et al. (2014), “ a principal diferença entre tubérculo e raiz tuberculosa
está em qual parte da planta se desenvolve para acumular energia.”
Em suma, tubérculos são os vegetais onde o caule é a parte desenvolvida, para acumular
nutrientes. É esta parte desenvolvida que nos serve de alimento. Por sua vez, as raízes
tuberculosas são aquelas que crescem debaixo da terra. Seus nutrientes se acumulam dentro
da raiz e seu caule fica acima da superfície.
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CAPÍTULO III: METODOLOGIA
3.1.3. Universo
De acordo com Marconi e Lakatos (2002, p. 41), “universo ou população é o conjunto de
seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum.”
O universo desse estudo foi de 231 individuos, dos quais seis professores de Biologia do sexo
masculino, que leccionam na Escola Secundária de Entre-lagos, 225 alunos da 9ª Classe.
3.1.4. Amostra
A amostragem constitui um dos pontos fundamentais de uma pesquisa onde se verifica o
número de indivíduos a serem inquiridos, observados e entrevistados.
Segundo Gil, (2008, p 37) “Quando o pesquisador selecciona uma parte da população,
espera que ela seja representativa dessa população que se pretende estudar”.
Nesse sentido, a amostra foi de 2 professores de Biologia do sexo masculino e 15 alunos, dos
quais 7 homens e 8 mulheres seleccionados aleatoriamente.
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3.1.5. Técnicas de recolha de dados
A técnica usada nesta pesquisa foi o questionário.
O questionário, segundo Marconi e Lakatos (2003, p. 201),“ é um instrumento de colecta de
dados, constituído por uma série de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem
a presença do entrevistador.” Para tal, neste estudo foi usado o questionário dirigido aos
professores e alunos, onde foram organizadas algumas perguntas abertas e fechadas de
maneiras que se facilite o processo de pesquisa.
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CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE
DADOS
Segundo Bogdan & Biklen (2005, p 52), “a análise de dados envolve a organização do
material, divisão em unidades manipuláveis, síntese, procura de padrões, descoberta de
aspectos importantes e decisão sobre o que vai ser transmitido.” Neste trabalho, faz-se a
análise de dados de acordo com os gráficos.
O gráfico 1 representa a satisfação da pergunta que foi dada aos 2 professores respeitante as
dificuldades encontradas ao leccionar as aulas diante da matéria relacionada a tubérculos e
raízes tuberculosas. Conforme as respostas dos dois professores, 50% dos inquiridos
respondeu que no processo das aulas leccionadas não tinha nenhum obstáculo porque os
alunos assimilavam a matéria e o restante afirmou que tem dado conceitos básicos.
Basicamente, o domínio da matéria por parte do aluno depende da forma como o professor a
aborda. Nem todos os professores duma dada disciplina têm a mesma modalidade de
leccionação, isto é, as técnicas, os métodos, os meios usados podem ou não facilitar o
processo de ensino-aprendizagem.
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Gráfico 2: Disponibilidade de material Didáctico
Quanto ao gráfico 2, pelo menos um (1) professor disse que a direcção daquela instituição do
ensino não oferecia o material didáctico e o outro que corresponde a 50% respondeu de forma
contrária ao do colega.
O professor espera que a direcção da escola forneça o material didáctico, ao invés de fabricá-
lo usando os materiais e meios disponíveis. Alguns professores não sabem diferenciar entre os
meios e o material didáctico. O material didáctico é fabricado pelo professor para facilitar a
sua aula, ao passo que os meios de ensino são usados diariamente na escola.
Gráfico 3: Problemas práticos encontrados na explicação do Conteúdo
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responder que não havia problemas durante a mediação das aulas. Entretanto, nem todos os
professores são sucedidos na leccionação desse tema.
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Mesmo que um professor dissesse que havia uma mini - biblioteca, o seu colega lamentou ser
um espaço onde se guardam livros e os professores e alunos podem pedir por emprestado para
curto espaço de tempo. O lugar não se destina a estudos.
Atinente a abordagem da matéria sobre tubérculos e raízes tuberculosas, 67% dos alunos
foram unânimes em afirmar negativamente e os restantes 33% pautaram pela afirmação
positiva. Os alunos não dominam o tema em alusão porque não são envolvidos as aulas
práticas, onde se mostre a diferença existente entre tubérculos e raízes tuberculosas.
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Da pergunta colocada aos alunos em relação as dificuldades que encontram durante as aulas
relacionadas a matéria de tubérculos e raízes tuberculosas, um (1) aluno que corresponde a
7% respondeu que compreendia melhor aula, 27% afirmaram que havia falta de explicação
por parte dos professores , também, quatro (4) alunas que corresponde a 27% confirmaram a
falta de explicação do conteúdo e exemplos práticos, entretanto, 40% responderam que o
professor explicava melhor. Este tema precisa mesmo de demonstração acirrada da diferença
dos dois conceitos-chave. Gráfico 8: Material didáctico na escola
Pelo menos 20% de meninos e cinco alunas afirmaram que os professores tinham dificuldades
na explicação do conteúdo; um (1) aluno que corresponde a 6% referiu-se que havia falta de
aula prática; 27% disse que não havia problemas de percepção do conteúdo; 7% falou de falta
de material, e um aluno (1) que corresponde a 7% não entende a matéria.
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CAPÍTULO V: DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
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Portanto, outro factor que pode ser determinante é a consideração dos conhecimentos prévios
dos alunos como ponto de partida para o desenvolvimento das aulas. Quando falta o
conhecimento contextualizado sobre tubérculos e raízes tuberculosas, aquele que vai além das
figuras e descrições dos livros didácticos, os alunos não conseguem perceber o quanto as
plantas estão inseridas e são importantes em seu quotidiano. Segundo Silva et al. (2015, p.22),
“relatam a importância do trabalho com as informações prévias trazidas pelos alunos a fim de
mudar ou dar outros significados aos conceitos preexistentes.” Neste sentido, vale reforçar a
ideia de mudança no desenvolvimento do ensino de Biologia, para que este seja investigativo,
problematizado e contextualizado, para que ele possa favorecer aprendizagem também pela
reconstrução do conhecimento dos alunos, envolvendo articulações entre conteúdos e
conceitos. Se isto não acontece, há uma probabilidade maior de limitar a participação dos
alunos e consequentemente deixar de estimular o diálogo durante as aulas. Boa parte dos
professores actua no ensino de Biologia de modo distanciado do seu conteúdo e da realidade
do aluno. É certo que a ausência das aulas práticas, ou de outras metodologias que envolvam
o aluno no processo de ensino - aprendizagem, tem afectado de forma negativa o ensino de
Biologia. O professor, como educador, é quem deve motivar os seus alunos a estudar,
descrever e desenvolver as competências e habilidades.
5.2.Resposta dos alunos inqueridos no campo da pesquisa
Diante da análise feita a partir do primeiro questionário aplicado aos alunos, é evidente que
eles já possuíam uma visão em termos da matéria. Para que os alunos tenham um aprendizado
significativo é preciso que o tema seja mais prático do que teórico para que as aulas de
Biologia sejam interactivas. Diante das justificativas dos alunos, é notada a importância da
associação da vivência como uma forma de associar a realidade aos temas estudados.
Segundo Caldeira e Zaidan (2010), “enfatizam que a prática pedagógica é entendida como
uma prática social complexa, acontece em diferentes espaços/tempos da escola, no quotidiano
de professores e alunos nela envolvidos e, de modo especial, na sala de aula…” Isto pode
fazer com que estes alunos gostem do trabalho em sala de aula, independentemente do
conteúdo abordado. Segundo Benavente, (1990), “…as políticas educativas, formação de
professores, modelos pedagógicos, análises curriculares, dificuldades de aprendizagem,
desenvolvimento cognitivo são alguns dos factores que influenciam os resultados escolares”.
Os alunos acham que alguns professores não dominam o tema, outros não pautam pela aula
prática aliado a falta de material.
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No entanto, Lewontin (2001) “diz que o interesse dos alunos pela disciplina depende de
como o professor a apresenta, podendo despertar um interesse mais intenso sobre os assuntos
tratados em sala de aula”. O facto de os alunos estarem desmotivados nas aulas de Biologia é
reflexo, não só, do meio externo à escola, mas também resulta da organização política e
administrativa da escola e, principalmente, dos tipos de metodologias de ensino que o
professor aborda em suas aulas. Como citam Romano e Pontes (2016), “ sobretudo pela falta
de material didáctico auxiliem actividades capazes de não motivarem os alunos”.
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CAPÍTULO VI: CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Neste capítulo, são apresentadas as conclusões a respeito não só do objectivo geral, bem como
dos objectivos específicos, baseando-se no que foi identificado nos capítulos anteriores, daí, a
apresentação das sugestões relevantes.
6.1. Conclusão
No estudo feito no campo da pesquisa houve divergência de opiniões dos participantes, sendo
a falta de planificação conjunta dos conteúdos a chave de insucesso pedagógico na disciplina
de Biologia. Constatou-se, também, a falta de aulas práticas e da contextualização de matéria
para a compreensão do conteúdo por parte de alunos.
34
6.2. Sugestões
35
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Viana, R. C. et al. (2014). Noções morfológicas e taxonômicas para identificação botânica.
Brasília: Embrapa.
38
APÊNDICES
39
APÊNDICE A - Questões formuladas aos professores de Biologia da
Escola Secundária de Entre-lagos-9ª classe.
O pesquisador
___________________________
(Armando Eduardo)
Questionário - 01
40
R:___________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
______________________________________________________
3. Quais os problemas práticos enfrentados na aplicação do conteúdo sobre tubérculos e
raízes tuberculosas?
R:___________________________________________________________________
___________________________________________________________
4. Como você avalia do ponto de vista pedagógico do método expositivo durante as
aulas?
R:______________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________
5. A escola tem biblioteca?
a) Sim ______
b) Não ______
41
APÊNDICE A - Questões formuladas aos alunos da Escola Secundária
de Entre-lagos-9ª classe.
O pesquisador
___________________________
(Armando Eduardo)
42
________________________________________________________________________
____________________________________________________
3. A escola em que você estuda oferece material didáctico relacionado a tubérculos e
raízes tuberculosas?
R:______________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
____________________________________________________
4. Quais os problemas práticos enfrentados na compreensão do conteúdo sobre
tubérculos e raízes tuberculosas?
R:______________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
____________________________________________________
5. Como você avalia do ponto de vista da transmissão do conteúdo pelo professor?
R:______________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
____________________________________________________
43
Anexos
44
Figura 1: Estrutura da raiz
45