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Agradecimento
Agradeço a allah, pelo dom da vida e acima de tudo, e aos meus pais, irmão por me ajudar a
ultrapassar todos obstáculos encontrados ao longo do percurso e por ter-me proporcionado
condições para frequentar o curso de Técnico Médio de Nutrição e Saúde, a compreensão, ajuda
e apoios dados ao longo de toda a minha vida académica. À Direcção, gostaria de agradecer a
todos os seus colaboradores que sempre estiveram disponíveis a ajudar-me e aos meus docentes
pela correcção e ensinamento, que nos permitiram apresentar um melhor desempenho no
percurso estudantil.
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Dedicatória
Dedico este projecto em particular aos meus encarregados, e em especial a Deus, que me deu
força e paciência para aprender e aos amigos como também colegas da escola por terem
concedido todo apoio moral, material e financeiro para a realização deste projecto que é de
capital importância porque foram várias actividades que foram realizadas durante o estágio
profissional, foram também vários dias de dispêndio de energia mental e físico e que através de
varias componentes e entidades que esteve ao nosso dispor como auxílio de primeira instância.
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Declaração do autor
Declaro, por minha honra, que o presente projecto foi elaborado por me. Tendo recorrido a
revisão literária, observação direita e livros de registro como fonte de aquisição de dados e
informação para elaboração do mesmo. Estou ciente declaro, finalmente que a inclusão de
qualquer conteúdo neste projecto é exclusivamente da origem das fontes acima citadas e que
qualquer informação ou declaração falsa terá consequências legais.
Autor
_____________________________________
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Declaração do Supervisor
Eu, Inácio Xavier, supervisor do trabalho final de conclusão do curso de Nutrição e Saúde com
o tema Avaliação do Estado Nutricional de Crianças Menores de 5 anos, declaro que o
estudante Mansur Imbewe Saide, está em condições de apresentar o presente trabalho.
O Supervisor
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Lista de siglas ou abreviaturas
OMS-Organização Mundial da Saúde
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Índice
Agradecimento................................................................................................................................ii
Dedicatória......................................................................................................................................iv
Declaração do autor.........................................................................................................................v
Declaração do Supervisor...............................................................................................................vi
1. Introdução....................................................................................................................................1
1.1. Contextualização.......................................................................................................................1
1.3. Problemática.............................................................................................................................2
1.4. Justificativa...............................................................................................................................3
1.5. Objetivos...................................................................................................................................4
1.6. Variáveis...................................................................................................................................4
2. Metodologia.................................................................................................................................5
2.8. Amostra.....................................................................................................................................7
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2.9. Cronograma de Actividades.....................................................................................................7
2.10. Orçamento...............................................................................................................................8
3. Revisão de Literatura...................................................................................................................9
4. Referencias Bibliográficas.........................................................................................................14
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1. Introdução
O estado nutricional de um indivíduo é caracterizado pelo equilíbrio entre a ingestão e a
necessidade de nutrientes. Avaliar o estado nutricional no primeiro ano de vida é fundamental
para o monitoramento do crescimento e desenvolvimento da criança, sendo fator importante para
a assistência nutricional. É um processo sistemático sendo constituído de coleta, verificação e
interpretação de dados, que possibilita estabelecer ações de intervenção referentes à nutrição.
A avaliação do estado nutricional em conjunto com outros indicadores, são condutas de extrema
importância para conhecer as condições de saúde das crianças, além de mapear indiretamente o
nível de desenvolvimento social e econômico do país.
Sabe-se que fatores nutricionais influenciam de forma direta o metabolismo, sendo assim, o
desequilíbrio nutricional na fase de crescimento e desenvolvimento, causa efeitos indesejáveis,
levando ao excesso de peso, retardo no crescimento, diminuindo a resistência às infecções,
causando alterações metabólicas e enzimáticas, prejudicando a saúde da criança e aumentando o
índice de mortalidade.
1.1. Contextualização
Perlito (2014) ao avaliar o estado de nutrição e os hábitos alimentares no 1º ano de vida, em
crianças dos 0 aos 24 meses da província de Nampula no norte de Moçambique, refere que as
crianças desta região apresentam uma elevada taxa de desnutrição (43 por cento), sendo que a
desnutrição crónica atinge quase metade destas. Este fenómeno deve-se em parte ao desajuste
dos hábitos alimentares da criança com as recomendações da Organização Mundial da Saúde
(OMS). A autora refere que para ultrapassar essa situação são necessárias medidas políticas
governamentais de prevenção e promoção de uma alimentação saudável e adequada.
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1.2. Delimitação do Tema
Avaliação do estado nutricional em crianças menores de 5 anos de idade, o estudo será feito na
cidade de Quelimane concretamente no bairro de Icidua, por apresentar um número ameaçador
de crianças que apresentam um estado nutricional não muito saudável, portanto foi possível
considerar esse feito.
1.3. Problemática
Moçambique localiza-se na região da SADC, região da África Austral onde um conjunto de
factores como a seca, as cheias, os conflitos político-militares, a venda do excedente por parte
dos camponeses, a morte por HIV-Sida e a queda dos mercados condiciona a disponibilidade de
alimentos e agravam a pobreza deixando milhares de pessoas com fome e por conseguinte uma
elevada prevalência de desnutrição. É uma região afectada, na sua maioria, por uma enorme
insegurança alimentar. Segundo a Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) a
insegurança alimentar ocorre quando há uma limitação ou incerteza na disponibilidade, acesso de
alimentos nutricionalmente adequados, culturalmente relevantes e seguros (Perlito 2014:1).
A desnutrição é uma das principais causas da mortalidade em todo mundo. Segundo o inquérito
demográfico de saúde (IDS) 2011, em Moçambique, 49% da população sofre de desnutrição
crónica e que afecta 44% das crianças. Uma em cada duas crianças menores de 5anos encontrase
desnutrida.
Em Moçambique, quase metade das crianças menores de 5 anos sofrem de desnutrição crónica, o
que significa que a criança é demasiado baixa para a sua idade. A taxa de desnutrição infantil em
Moçambique é considerada pela UNICEF a nona taxa mais elevada de África, devido ao facto
das crianças não estarem a receber a dieta mínima adequada. Moçambique apresentou nos
últimos 15 anos níveis extremamente elevados de desnutrição crónica (43 por cento). Este
problema afecta quase uma em cada duas crianças menores de 5 anos e contribui para mortes
infantis e para uma má saúde da criança (UNICEF 2018).
As razões da desnutrição crónica em Moçambique são muitas e complexas. Por um lado, ligamse
a baixa produção de alimentos nas famílias, através da agricultura, considerada a principal fonte
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de sustento nas famílias rurais, adicionada as más condições de saneamento e higiene que
culminam em doenças diarreicas, tanto no meio rural, assim como no meio urbano. Ainda de
acordo com a UNICEF, uma outra causa da desnutrição crónica é a inexistência de práticas
alimentares adequadas de lactentes e crianças. Esta situação é aliada à fraca cobertura das
actividades integradas de comunicação para a mudança do comportamento. As mensagens de
educação nutricional atingiram apenas 18 por cento das crianças nas escolas.
É neste contexto que o presente trabalho tem como questão de partida: Que lógicas orientam as
práticas de avaliação do estado nutricional e cuidados de saúde destinadas à crianças menores
de 5 anos?
1.4. Justificativa
O meu interesse pelo tema tem também razões que vão para além das académicas. Surgiu pelo
facto de ter experiência do mesmo dentro da minha família, com casos de internamentos
hospitalares, de crianças menores de 5 anos, causados pela interrupção precoce do aleitamento
materno e introdução de alimentos e remédios contra-indicados para as crianças. Diante dessas
experiências passei a empreender mais em observar os sinais de desnutrição na minha família,
assim como entre vizinhos no bairro onde resido, e percebi que várias crianças menores 5 anos
apresentavam sinais de desnutrição. Com o intuito de informar-me melhor acerca das causas,
consequências e soluções para o problema da desnutrição crónica passei a ler mais sobre o
assunto e a acompanhar atentamente informações ligadas ao assunto na televisão e na internet.
Passei também a conversar com mulheres mães sobre suas experiências em relação as práticas
alimentares e de cuidados de menores de 5 anos de idade.
Ao longo do tempo, os estudos antropológicos (Velho 1977, Batista 1999, Juma 2017) ligados a
questão da alimentação vem se dedicando na descrição de fontes de abastecimento alimentar,
predominantemente oriundas da economia de subsistência ou extractiva, com baixa dependência
do mercado. Preocupavam-se também pelas práticas e crenças associadas à produção alimentar, a
composição da dieta e formas de preparo dos alimentos. Buscavam compreender os hábitos de
consumo e dos tabus relacionados aos alimentos, explicar os tabus e crenças alimentares
enquanto regras arraigadas, que se impunham particularmente às mulheres em situações após o
parto ou em situações de doença.
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1.5. Objetivos
1.6. Variáveis
Peso;
Altura;
IMC;
Alimentos ricos em proteínas;
Alimentos ricos em hidratos de carbono;
Alimentos ricos em Vitaminas e sais minerais;
Alimentos ricos em grande teor de óleo açúcar e gordura.
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2. Metodologia
Este estudo é de caracter etnográfico e exploratório. Baseia-se na metodologia qualitativa.
Quanto as técnicas adoptadas, recorreu-se a observação directa e participante, conversas abertas
e informais.
Oliveira (2006) refere que na realização do trabalho antropológico é pertinente que o pesquisador
olhe, ouça e escreva o que acontece no campo de pesquisa. Neste trabalho a recolha e registo de
informação foram feitas na base das técnicas de observação directa e participante, conversas
sobre as experiências das famílias em relação a alimentação e medicação das crianças menores
de 3 a 5 anos.
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traçamos o perfil nutricional das crianças daquele local. Além disso, realizamos palestras sobre
assuntos ligados à nutrição infantil, vacinação e enfermidades frequentes na infância.
2.8. Amostra
“A amostra é uma parcela convenientemente seleccionada do universo (população); é um
subconjunto do universo, Lakatos e Marconi (2003, p.78)”.
Quanto ao tipo de amostra para o presente estudo, optou-se pela amostragem não probabilística
do tipo amostragem intencional ou de selecção racional. Este tipo de amostragem consiste em
seleccionar um subgrupo da população que, com base nas informações disponíveis, possa ser
considerado representativo de toda a população como anota Freitas e Prodanov (2013).
Início do projecto
Colecta de Dados
Avaliação do Projecto
Conclusão do Projecto
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Entrega do Projecto
2.10. Orçamento
Itens Quantidade Valor Unitário Valor Total
Canetas 6 15 mts 90 mts
Papéis de A4 20 2 mts 40 mts
Digitação 28 25 mts 700 mts
Impressão 5 3 mts 140 mts
Cópias de B.I 1 5 mts 5 mts
Alimentação 3.000 3.000 mts 3.000 mts
Alojamento 3.000 3.000mts 3.000 mts
Transporte 12 80 mts 960 mts
Camiseta 1 500 mts 500 mts
Lanche 1 200 mts 200 mts
Contribuição 12 10 mts 120 mts
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3. Revisão de Literatura
Nos países em desenvolvimento, a maioria dos problemas de saúde e nutrição durante a infância
está relacionada com consumo alimentar inadequado e infecções de repetição, sendo que essas
duas condições estão intimamente relacionadas com o padrão de vida da população, que inclui o
acesso a alimentação, moradia e assitência à saúde. Dessa forma, então, a avaliação do
crescimento infantil é também uma medida indireta da qualidade de vida da população.
Nesse sentido, diversos estudos têm sido conduzidos para verificar o estado nutricional de
crianças. Em termos mundiais, a OMS reuniu 79 inquéritos nacionais realizados entre 1980 e
1992 nos países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, cobrindo 87% da
população total de crianças menores de 5 anos desses países, no sentido de avaliar a prevalência
de desnutrição energéticoprotéica, a partir dos dados de peso e altura das crianças.
Verificou-se que os déficits de altura são mais comuns nos países em desenvolvimento como um
todo, atingindo 43% dos pré-ecolares, e que a prevalência de déficits de peso ainda é alta,
especialmente na África e na Ásia.
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3.2. Avaliação Nutricional de Crianças
O crescimento infantil resulta da interação de fatores genéticos e ambientais, assim, um ambiente
adequado, incluindo alimentação, higiene, cuidados de saúde, afetividade, entre outros,
proporciona condições necessárias para o desenvolvimento de seu potencial genético de
crescimento.
O padrão de crescimento infantil é o melhor indicador para avaliar o estado de saúde e nutrição
de crianças, sendo a antropometria o principal método de avaliação do crescimento infantil. É
considerado um fator prognóstico de morbimortalidade para este grupo. A antropometria é
utilizada universalmente na avaliação do estado nutricional de crianças. É um método simples,
inócuo, de fácil execução, com baixo custo e proporciona padronização dos dados obtidos.
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A avaliação nutricional tem como objetivo:
Dados Bioquímicos
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A avaliação do estado nutricional é realizada por meio da Anamnese Alimentar, uma ficha
utilizada para coletar informações importantes relativas ao indivíduo que está sendo avaliado. A
Anamnese Alimentar abrange três etapas:
História Social;
História Clínica;
História Dietética;
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3.9. História Dietética
A história dietética é utilizada para identificar o padrão de ingestão alimentar do indivíduo,
sendo composta por:
MAHAN 1998 citado por LOPES e colaboradores 2008 definem anda como estado de equilíbrio
do indivíduo entre a ingestão e o gasto ou necessidade de nutrientes. Condição de saúde de um
indivíduo, influenciada pelo consumo de nutrientes, identificada pela correlação de informações
obtidas de estudos físicos, bioquímicos, clínicos e dietéticos.
LUÍS HORTA (1998), refere que a nutrição se encontra entre os diversos factores que podem
condicionar o rendimento desportivo e constata que é bastante habitual que os treinadores e
desportistas só se preocupem com a alimentação em determinadas alturas da época ou próximo
de uma competição, sem se dar conta, de que para chegar a um efectivo rendimento desportivo é
essencial alimentar-se e nutrir-se correctamente em todos os momentos. Neste sentido uma boa
nutrição não pode garantir o êxito desportivo, mas se for inadequada pode limitar o rendimento e
impedir a progressão do atleta que se pretende optimizar através do treino.
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4. Referencias Bibliográficas
CHRISTAKIS, George. Avaliação nutricional em programas de saúde. Público Americano
Associação de Saúde, 1973.
GOULART, Eugénio Ema. A avaliação nutricional infantil no software EPI Info (versão 6.0),
considerando-se a abordagem coletiva e individual, o grau e o tipo da desnutrição. Pediatr (Rio
J) 1997; 73(4):225-30.
LUIS HORTA. Factores de predição de rendimento desportivo dos atletas juvenis de futebol.
Dissertação de Doutoramento. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 2003.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Organização Pan- americana de Saúde. Dez passos para uma
alimentação saudável. Guia alimentar para crianças menores de 2 anos. Brasília: Ministério da
Saúde, 2002.
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