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Agricultura Natural

Livre de agrotóxicos e
antibióticos

Sustentabilidade

Agricultura familiar

Alimentação saudável

Bem-estar animal

Preservação do meio-ambiente

6º ano – turma 61
Educação Física – Prof. Rodrigo Terra
Aluna:Cibele Domingues Ramos Machado
20/março/2021
EDUCAÇÃO FÍSICA – Prof. Rodrigo Terra
6º ano – turma 61 – Trabalho sobre Meio Ambiente

INTRODUÇÃO

No dia 28 de julho é celebrado o Dia do Agricultor.

28/julho, Dia do Agricultor: data que homenageia esse grande profissional –


que não aparece para o consumidor, mas que tem vital importância para a
sobrevivência da humanidade –, pois ele tem como objetivo produzir alguns dos
bens essenciais para o sustento dos seres humanos, como frutas, hortaliças e
vegetais.
A agricultura é um dos setores econômicos que mais influencia o
desenvolvimento do Brasil, por ser um dos maiores produtores agrícolas do mundo,
devido à sua extensão territorial que ajuda positivamente a produção em massa e o
fornecimento, interno e externo, de vários tipos de alimentos.
Existem diversos tipos de agricultura, que variam de acordo com as condições
existem no bioma do ambiente natural escolhido para o cultivo. Um deles é
a Agricultura Natural. É um tipo de agricultura alternativa que não utiliza
agrotóxicos nem fertilizantes químicos para o seu cultivo, fazendo toda a diferença
para o homem, os animais, a natureza, o meio-ambiente, o planeta...

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Além de ter como principal objetivo produzir alimentos mais saudáveis, a


agricultura natural garante a preservação dos recursos naturais e o equilíbrio
ambiental, especialmente do solo, utilizando técnicas com foco total na valorização
da natureza e na sustentabilidade.
Seu plantio é realizado de forma diferenciada, recebendo um tratamento que
não se esgota. Não usando absolutamente nada daquilo a que se dá o nome de
adubo (seja de origem química ou animal), o método é realmente o que seu nome
diz: Agricultura Natural. As folhas e capins secos formam-se naturalmente, ao passo
que os adubos químicos e mesmo o estrume de cavalo ou galinha, assim como os
resíduos de peixe, carvão de madeira, etc, não caem do céu, nem brotam da terra:
são transportados pelo homem. Portanto, não é preciso dizer que são antinaturais.
Até hoje os agricultores fizeram pouco caso do solo, chegando a acreditar que os
adubos eram o alimento das plantações...
A Agricultura Natural usa compostos naturais. O papel desempenhando pelos
compostos naturais é de aquecer o solo e umidecê-lo, não o deixando endurecer.
Assim, o mais importante na Agricultura Natural é vivificar o solo, ou seja, conservá-
lo sempre puro, não utilizando matérias impuras como os adubos. Dessa forma, sem
obstáculos, o solo poderá manifestar suficientemente a sua capacidade original
Assim, no caso de cultivo em terra firme, por exemplo, misturam-se folhas e
capins secos, apodrecidos até que suas nervuras fiquem macias. A razão disso é
que, quando o solo está endurecido, o desenvolvimento das raízes fica dificultado,
porque as pontas encontram resistência. No caso de produtos cujas raízes não se
aprofundam muito no solo, o ideal seria misturar a estes compostos de folhas e
capins; para os produtos de raízes profundas, deve-se preparar um leito composto
de folhas de árvores a mais ou menos 35cm de profundidade, para aquecer a terra.
Variando a profundidade das raízes, o leito será formando na proporção adequada.
De acordo com este método, a cultura repetitiva é uma prática muito
recomendável, pois o solo tem uma capacidade inerente de se adaptar ao produto
que é plantado.

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VANTAGENS E DESVANTAGENS DA AGRICULTURA NATURAL

Assim como os outros tipos de agricultura, esse método possui diversas


vantagens e desvantagens. Vamos conhecer algumas delas:

VANTAGENS:
 Livre de agrotóxicos e antibióticos;
 Gera sustentabilidade, pois utiliza apenas adubos naturais e energias
renováveis.
 Valoriza e tem como foco principal a agricultura familiar;
 Produz alimentos saudáveis e com mais qualidade;
 Gera bem-estar animal;
 Preserva o meio ambiente e os recursos naturais;

DESVANTAGENS (em relação ao agronegócio):


 Produção mais demorada
 Menor produtividade

FUNDAMENTOS E TÉCNICAS

Trata-se da agricultura natural, técnica desenvolvida pela Fundação Mokiti


Okada e que adota cinco objetivos básicos na sua aplicação: 1- a produção de
alimentos que incrementem cada vez mais a saúde do homem, sem o uso de
agrotóxicos ou fertilizantes químicos; 2- ser economicamente vantajosa tanto para o
produtor quanto para o consumidor; 3- ser praticada por qualquer pessoa e, além
disso, ter caráter permanente; 4- o respeito e a conservação da natureza; 5- a
garantia da alimentação para toda a humanidade, independentemente de seu
crescimento demográfico.
As técnicas de cultivo da agricultura natural fundamentam-se no método
natural de formação do solo, porém, esse método conta com a interferência humana,
em obediência às leis da natureza. Em outros tempos, a agricultura nômade tirava
proveito da fertilidade natural da terra virgem para a produção agrícola e, quando
esta se esgotava, era abandonada, passando-se a ocupar novas áreas. A terra
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degradada, por sua vez, era deixada em abandono para que a natureza se
incumbisse de refazer o solo naturalmente.
Na agricultura natural, a par desse processo, o homem interfere diretamente,
contando, para tanto, com a força da natureza e com todos os conhecimentos
técnicos e científicos adquiridos ao longo da evolução humana, para rapidamente
restabelecer o solo produtivo. Assim, preconiza-se na agricultura natural a adoção
de um sistema de exploração agrícola que venha a acelerar o processo de reversão
do solo desgastado à terra virgem original. Essa recuperação do solo é processada
durante a fase de exploração agrícola, a fim de que o trabalho de reversão não seja
antieconômico.
A agricultura natural, dentro desse preceito, enfatiza, em suas
recomendações, o uso intensivo de compostos, cobertura morta, adubos verdes e
outros recursos naturais, microrganismos do solo, assim como o controle biológico
de pragas, controle biomecânico de ervas daninhas, dentre outras técnicas. Essas
recomendações proporcionam a ideia de que a agricultura natural é um sistema que
lança mão de técnicas obsoletas, arcaicas e pouco científicas. Mas, na verdade,
pode-se dizer que a agricultura natural é um sistema de exploração agrícola que
recorre aos conhecimentos mais avançados da ciência, em todas as áreas.
O sistema de agricultura natural caracteriza-se pela habilidade de selecionar
os conhecimentos científicos com base na filosofia de Mokiti Okada (filósofo
japonês) que preconiza a prática da Verdade, do Bem e do Belo na construção de
um mundo melhor para todos.
Na prática, é um sistema que recorre ao princípio de reciclagem dos recursos
naturais e enriquecimento do solo com matéria orgânica e microrganismos,
considerando que este é o único caminho que pode tornar a exploração agrícola
duradoura, racional e sustentável.

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CARACTERÍSTICAS DA AGRICULTURA NATURAL

 Livre de agrotóxicos e antibióticos


 Sustentabilidade
 Agricultura familiar
 Alimentação saudável
 Bem-estar animal
 Preservação do meio ambiente

LIVRE DE AGROTÓXICOS E ANTIBIÓTICOS

Pelo fato de não usar agrotóxicos químicos:


- não polui o nosso meio ambiente,
- respeita a natureza,
- reconhece a força vital existente na própria terra,
- auxilia na alimentação saudável dos seres humanos (com mais nutrientes e
força vital para alimentar eficazmente o corpo humano em matéria e energia),
- promove o bem-estar animal, na medida em que não usa antibióticos na
criação e também promove o máximo das condições naturais para que os
mesmos nasçam e cresçam livres e em harmonia com a natureza, pois o
estresse de ambientes não naturais, os levam a viver tensos e,
consequentemente, com um metabolismo alterado, diminuindo o potencial
nutritivo de suas carnes.

Você sabia que até a água dos rios e riachos perto das produções agrícolas que
utilizam químicos é contaminada? E todos os animais e até mesmo seres humanos
que por ventura consomem essa água podem ser debilitados? É muito triste pensar,
que mesmo indiretamente a produção com utilização de químicos pode nos afetar
negativamente. E, pior, isto nos leva a crer que tais produtos químicos infiltram-se no
solo e no próprio alimento, causando prejuízos e tornando-se a causa do
aparecimento de novas pragas no solo e de doenças nos seres humanos? Sem
mencionar o gasto que se tem com a compra destes produtos e o trabalho com a
sua disseminação e contaminação do solo e dos alimentos.

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SUSTENTABILIDADE

Atualmente, as questões ambientais envolvem a sustentabilidade. A


sustentabilidade é um termo abrangente, que envolve também o planejamento da
educação, economia e cultura para organização de uma sociedade forte, saudável e
justa. Sendo, por isto, um dos grandes desafios da humanidade.
Na maior parte dos casos a produção de alimentos naturais é realizada de
forma manual. Tanto os processos de preservação e manutenção das plantações
são feitos à moda antiga, dispensando o uso de grandes máquinas e contribuindo
assim para a economia de energia, para o aumento da empregabilidade e para o
uso dos recursos naturais de forma equilibrada e sustentável.

AGRICULTURA FAMILIAR

A agricultura familiar é toda


forma de cultivo de terra que é
administrada por uma família e
emprega como mão de obra os
membros da mesma. A produção de
alimentos acontece em pequenas
propriedades de terra e se destina a
subsistência do produtor rural e ao
mercado interno do país.

A agricultura familiar no Brasil é a principal produtora dos alimentos que vão


para mesa dos brasileiros. Diferente da monocultura, esse tipo de manejo do solo

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produz alimentos variados, com respeito ao solo e ao ecossistema, e é feito por


brasileiras e brasileiros que têm a terra como sua principal fonte de sustento.
A agricultura familiar se diferencia dos demais tipos de agricultura, pois nela a
gestão da propriedade é compartilhada pela família e os alimentos produzidos nela
constituírem a principal fonte de renda para essas pessoas. No Brasil, a atividade
envolve aproximadamente 4,4 milhões de famílias e é responsável por gerar renda
para 70% dos brasileiros no campo segundo informações do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 80% de toda a comida
do planeta venha desse tipo de produção.
Não há no mundo uma definição específica sobre agricultura familiar, o tema
é abordado e entendido de maneira diferente por cada país e alguns contam com
legislações específicas que regulam esse tipo de produção.
No Brasil, a agricultura familiar conta com uma legislação própria. É
considerado agricultor familiar aquele que promove atividades no meio rural em
terras de área inferior a quatro módulos fiscais, emprega mão de obra da própria
família e tem sua renda vinculada a produção resultante desse estabelecimento.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a agricultura
familiar é a principal responsável pela produção de alimentos para os brasileiros. Ela
é composta por pequenos produtores rurais, povos indígenas, comunidades
quilombolas, assentamentos de reforma agrária, silvicultores, aquicultores,
extrativistas e pescadores o setor se destaca pela produção de diversos gêneros
alimentares, como milho, mandioca, feijão, arroz entre outros.
De acordo com o censo agropecuário de 2017, realizado pelo IBGE, 77% dos
estabelecimentos agropecuários são classificados como sendo de agricultura
familiar. A concentração desse tipo de produção é maior nas regiões norte, nordeste
e em a pontos da região sul do país. Os estados de Pernambuco, Ceará e Acre
possuem a maior concentração de agricultura familiar por área no país, enquanto os
estados do Centro-Oeste e São Paulo, são as regiões que possuem menores níveis
de concentração.
O censo agropecuário de 2017 do IBGE aponta ainda que a agricultura
familiar no país é responsável por empregar 10,1 milhões de pessoas e corresponde
a 23% da área de todos os estabelecimentos agropecuários. Os homens

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representam 81% dos produtores, e as mulheres 19%. A faixa estaria de 45 e 54


anos é a que mais concentra agricultores e apenas pouco mais de 5% deles
completaram o ensino superior.
Esses pequenos agricultores são responsáveis por produzir cerca de 70% do
feijão nacional, 34% do arroz, 87% da mandioca, 60% da produção de leite e 59%
do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos.
A maioria da produção alimentícia para os brasileiros é feita por camponeses
e camponesas pelo Brasil. Como dito anteriormente, a agricultura familiar é
responsável pela maioria dos alimentos que vão à mesa dos brasileiros. Contudo,
esses pequenos produtores têm acesso a apenas 14% de todo financiamento
disponível para agricultura e se concentram em apenas 23% das terras
agriculturáveis no país
O programa das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em um
levantamento realizado em 2014 estimou que as propriedades inferiores 1 hectare
de terra, correspondiam a 72% de todas as propriedades do mundo e apenas 8%
dessas se destinavam a agricultura.
Em contrapartida 1% das terras com mais de 50 hectares correspondem a
65% das terras agriculturáveis no mundo. Isso significa que a distribuição de terra
pelo mundo é desigual, com poucas pessoas ou empresas concentrando grandes
extensões de terra.
No Brasil, 63 milhões de hectares de terra são destinados a agropecuária,
com o agronegócio ocupando cerca de 61,6 milhões de hectares, de acordo com a
Embrapa e o censo agrícola de 2017. A predominância do agronegócio favorece e
atrai grandes investimentos para o país, aumentando a busca e o valor da terra.
A busca por mais terras que possam ser exploradas coloca os pequenos
agricultores do país em choque com interesses de grandes conglomerados
nacionais e internacionais da indústria agrícola. A produção agrícola industrial no
Brasil conta com um forte lobby no governo, a Frente Parlamentar da Agropecuária,
que orienta suas políticas à promoção dos interesses de grandes grupos agrícolas.
A busca por lucro por parte de grandes empresas privadas acaba sendo
contraditória com as necessidades da população, dos povos tradicionais do Brasil e
da fauna e flora. Afinal, é errônea a ideia de que é o agronegócio que produz
alimentos para o brasileiro. Os insumos dessa produção, normalmente, não se

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destinam a alimentação de seres humanos, mas para produção de ração para


animais, combustíveis e outros produtos para indústria.
A maior diferença entre o agricultor familiar e o agronegócio é que o pequeno
produtor depende da terra para sua sobrevivência. A diversidade de plantios
existente no sistema familiar permite ao solo se manter saudável. O agronegócio,
por sua vez, depende de grandes áreas de terra e produz um tipo único de produto
em grande quantidade. Esse tipo de cultura acaba esgotando os nutrientes do solo,
uma vez que não dá tempo para que o mesmo se recupere. O principal foco desse
sistema é a exportação.
O avanço dos interesses do agronegócio força muitas vezes o agricultor
familiar a competir em clima desfavorável. A maior parte dos incentivos do governo
para a agricultura está concentrada no setor agrícola industrial e pouco crédito é
disponibilizado aos pequenos agricultores. A busca por terras a serem explorados
tem ameaçado a biodiversidade do país, com desmatamentos e assassinatos de
povos indígenas, ativistas e pequenos agricultores no campo.
Revolução: com a utilização do método de Agricultura Natural, cada um de
nós, em nossas casas, podemos cultivar os alimentos de que precisamos, até
mesmo em vasos ou outros materiais recicláveis, como canos cortados ao meio,
pedaços de telhas de amianto, potes de sorvetes, etc. Indo além da Agricultura
Familiar, todo ser humano pode ser um Agricultor Individual e cultivar seu próprio
alimento, com base na Agricultura Natural.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

- Alimentos com mais nutrientes (solos sem contaminação e enriquecidos com


adubos naturais produzem alimentos mais ricos em nutrientes. Com isto, a
quantidade ingerida desses alimentos não só enchem o estômago, como de fato
alimentam o organismo, levando os indivíduos a terem menos necessidade de maior
quantidade de alimento).
- Mais saúde (alimentos naturais evitam problemas causados pela ingestão de
substâncias químicas tóxicas, como agrotóxicos, fertilizantes, antibióticos e
hormônios que podem causar desde reações alérgicas e respiratórias até doenças
mais sérias).

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- Mais sabor e aroma (pela não utilização de produtos químicos em seu


cultivo).
Ao desenvolver uma plantação de agricultura natural, o objetivo é que os
alimentos absorvam os nutrientes da própria terra e, por esta razão, eles têm um
sabor natural, sendo muito mais saborosos!
Os produtos obtidos através da Agricultura Natural são mais saborosos e
apresentam melhor crescimento, sendo maiores que os produtos obtidos com
adubos e produtos químicos. Sua quantidade também é maior em relação à
agricultura orgânica.
Assim, além do dinheiro e da mão-de-obra que se poupa (ao compararmos
com o uso de agrotóxicos), fica-se livre do mau cheiro e da transmissão de
parasitas, as pragas diminuem e o sabor e a quantidade dos produtos aumentam.

BEM-ESTAR ANIMAL

A fauna brasileira é extremamente rica, e a agricultura natural é uma das


formas de ajudar na preservação da nossa fauna.
O conceito de bem-estar animal refere-se à boa qualidade de vida do animal
de produção e engloba aspectos como a saúde, a felicidade e a longevidade. Trata-
se de um estado de completa saúde física e mental, em que o animal está em
harmonia com o ambiente que o rodeia e vive. Na prática, abrange manejos que
visam preservar os comportamentos naturais do animal, sem agredi-lo, preservando
sua integridade.
Em resumo, são cinco os pontos que constam na Declaração Universal
do Bem-Estar Animal:
1. Liberdade Fisiológica – ausência de fome e sede (alimentação = quantidade +
qualidade);
2. Liberdade Ambiental – ausência de desconforto térmico ou físico (instalações
e ou edificações adaptadas);
3. Liberdade Sanitária – ausência de injúrias e doenças (física ou moral)
4. Liberdade Comportamental – possibilidade para expressar padrões de
comportamento naturais. O ambiente deve permitir e oferecer essas
condições;

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5. Liberdade Psicológica – ausência de medo e ansiedade. O animal não deve ser


exposto a situações que lhe provoquem angústia, ansiedade, medo ou dor.
Todas essas práticas são auditadas por certificadoras independentes, caso da
HFAC.
Neste sentido, tem-se o exemplo da empresa Korin Agricultura Natural que
além se preocupar com o que o frango ingere, também cria os animais em
condições naturais. “As galinhas não ficam presas em gaiolas, podem andar, ciscar,
abrir as asas para se refrescarem. São animais que têm uma vida feliz”, diz o site da
empresa. A empresa foi a primeira do Brasil a conquistar a certificação da HFAC –
Humane Farm Animal Care – Protocolo de certificação conferido às indústrias que
implantam e seguem normas rigorosas com relação ao bem-estar animal.

Outro exemplo da mesma empresa, que na produção e no abate de peixes


devem levar em consideração as cinco liberdades, adotadas pela FAWC (Farm
Animal Welfare Council) do Reino Unido, onde os animais devem estar:
1. livres de sede, fome e má nutrição;
2. livres do desconforto (oferecimento de condições que não causem danos aos
animais e oferecimento de ambientes que tenham as condições adequadas a
espécie);
3. livres da dor, injúria e doença (através da prevenção ou rápido diagnóstico e
tratamento);
4. livres para expressar seu comportamento normal (através do fornecimento do
espaço suficiente e instalações adequadas);
5. livres da aflição e medo (assegurando condições que evitem o sofrimento
mental) (Webster, 1998).

O programa de bem-estar animal em pescados inclui o fornecimento de


espaço, com plano de prevenção de doenças, fome, estresse e dor, designando um
funcionário responsável pelo controle das operações; possuir e manter instalações
físicas adequadas para o manejo responsável dos animais, minimizando os riscos
de acidentes; assegurar que todos os procedimentos sigam os princípios de Bem-
Estar Animal; assegurar que objetos cortantes ou que possam causar ferimentos
não sejam utilizados no manejo dos animais; implantar treinamentos periódicos dos

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trabalhadores e envolvidos no processo quanto às práticas corretas contemplando o


Bem-Estar dos animais.
O processo de captura e transporte dos peixes deve ocorrer com
planejamento prévio, conduzido para que seja garantido que não haja aflição ou
desconforto desnecessário aos peixes.

PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Você já parou para pensar que cada legume e fruta tem a sua época? Hoje
em dia muitas vezes nós acabamos esquecendo disso, já que nos mercados e feiras
sempre tem uma variedade enorme disponível. Mas na verdade, cada alimento tem
a sua sazonalidade, ou seja o seu melhor momento e clima para ser produzido. Mas
com a utilização em excesso de agrotóxicos, isso foi esquecido e passou a não ser
mais respeitado. Porém, respeitar o ciclo sazonal de plantio é muito importante para
o funcionamento ideal do nosso meio ambiente. Então que tal a gente tentar
consumir a fruta da época? E assim, apoiar o movimento da sazonalidade.
A Agricultura Natural também é capaz de ajudar a proteger a qualidade da
água, pois sem a utilização de agrotóxicos, não há contaminação dos lençóis
d’água, rios e lagos. Ou seja, os mananciais ficam protegidos.

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CONCLUSÃO

Na prática da agricultura, no manejo do solo e das plantas, devemos encarar


a terra como um mundo complexo e inteirado onde devem viver em equilíbrio um
numero incalculável de microscópicos seres animais e vegetais, que garantem a
perfeita fertilidade do solo e a sanidade das plantas. Devemos encarar a terra
considerando seus aspectos físico, químico e biológico, procurando promover,
proteger e conservar a harmonia entre estas três partes.
A agronomia "oficial" ainda tende a considerar o solo como sendo um mero
suporte que, sob o efeito de adubos químicos e agrotóxicos, e sob o risco de
degradação do solo, deve produzir enormes vegetais sob o falso argumento de que
é necessário que se use a parafernália sintética para que a produção aumente e se
possa alimentar mais gente.
A outra face da moeda, porém, nos mostra que apesar dos adubos sintéticos
darem resposta à curto prazo, em termos de uma maior produtividade e produtos de
maior tamanho, estes produtos são em geral menos saborosos, mais pobres em
vitaminas e sais e vem impregnados de resíduos venenosos.
O fato de se usarem insumos sintéticos não matou a fome do mundo e poluiu
consideravelmente o planeta, com um modelo agrícola extremamente dependente
do petróleo e pouco preocupado com a ecologia. O cultivo na Agricultura Natural tem
profundo respeito ao equilíbrio da natureza. Sendo assim, protege não só a vida
animal, como a vegetal, preservando e conservando áreas naturais.

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BIBLIOGRAFIA

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.


https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=277681

Centro de Produções Técnicas e Editora Ltda


https://www.cpt.com.br/cursos-agricultura-organica/artigos/agricultura-natural-o-que-
e-e-em-que-se-baseia

Fundação Mokiti Okada – M.O.A. Livro: Agricultura Natural, Arte e Sociedade.


Coletânea Alicerce do Paraíso, volume 5: Sekay Kyussei Kyo – Atami, 2002.

Korin Agricultura Natural.


https://www.korin.com.br/quem-somos/selo-de-bem-estar-animal/

Politize, Sociedade Civil Sem Fins Lucrativos.


https://www.politize.com.br/agricultura-
familiar/#:~:text=No%20Brasil%2C%20a%20agricultura%20familiar,a%20produ%C3
%A7%C3%A3o%20resultante%20desse%20estabelecimento.

Universidade de Campinas.
https://www.unicamp.br/fea/ortega/temas530/erika.htm

Wikipedia.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura_natural

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