As síndromes depressivas são atualmente reconhecidas como um problema
prioritário de saúde pública. Segundo o levantamento da OMS, a depressão maior
unipolar é considerada a primeira causa de incapacidade entre todos os problemas. Este mal traz consigo, alterações afetivas, ideativas e cognitivas, como por exemplo: melancolia, choro fácil e frequente, apatia, anedonia, insônia, ideação negativa e ruminação com mágoas antigas. Já em suas alterações cognitivas, traz déficit de atenção e concentração, déficit secundário de memória, estupor hipertônico ou hipotônico, bem como, mutismo. Essas alterações de caráter comportamental tem no entanto, origem neuronal, pois, grande parte dos sintomas é causado por alterações em alguns tipos de neurotransmissores, modificando o comportamento, a cognição e os afetos. Para combater então a depressão, surgem os antidepressivos, medicamentos cuja ação percorre no Sistema Nervoso Central, trazendo a níveis basais o estado do humor, quando se encontra deprimido. O foco principal é no cérebro, modificando e corrigindo a transmissão neuro-química em áreas do Sistema Nervoso que regulam o estado do humor (o nível da vitalidade, energia, interesse, emoções e a variação entre alegria e tristeza), quando o humor está afectado negativamente num grau significativo, como na depressão. Os medicamentos antidepressivos não actuam quando o estado do humor é normal, distinguindo-se dos psico-estimulantes. O autor do artigo aborda alguns dos principais neurotransmissores afetados em quadros depressivos, como a noradrenalina, que é usada no sistema que nos faz ficar em vigília, e ter uma boa memória. Ele explana ainda, características de desequilíbrio entre ela e outras substâncias, o que pode causar doenças variáveis. Outro neurotransmissor abordado é a dopamina que torna-se responsável pelo sentimento de euforia, assim como a endorfina. É capaz de acalmar a dor e aumentar o prazer se estiver em grande quantidade no lóbulo frontal, e por último a serotonina que incluem o estímulo dos batimentos cardíacos, o início do sono e a luta contra a depressão (as drogas que tratam de depressão preocupam-se em elevar os níveis de serotonina no cérebro). Além disso, a serotonina também regula a luz durante o nosso sono, visto que é a precursora do hormônio melatonina regulador do nosso relógio natural. Portanto, a depressão tem sua característica endógena como fator principal dos sintomas das sensações de apatia, entretanto, é necessária em grande parte dos casos depressivos de fatores exógenos, que são conhecidos como precipitantes os quais podem ser perdas graves ou traumas e culpas, cabe ressaltar ainda, que alguns casos de depressão na verdade podem se confundirem com luto complicado, ou seja, é necessária uma análise criteriosa antes de fechar o quadro como depressão.