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Unidade 4: Dispositivos de Segurança

Dispositivos de segurança: domando a máquina para não ferir o homem...

Como conseguir “domar” uma máquina?

Estudando:

Sistemas de alimentação

Dispositivos de proteção física

Elétricos e eletrônicos

Válvulas de segurança

Dispositivos diversos

Além desses, são mencionados na Convenção Coletiva, a alimentação por robótica e os


alimentadores automáticos (chamada de alimentação contínua).
Sistemas de Alimentação

Para que as prensas e similares possam realizar seu trabalho, é necessário colocar, na
zona de prensagem, entre o estampo superior e o inferior, a matéria-prima, placa ou chapa
- metálica ou de outro material qualquer - que resultará na peça que se quer conformar ou
cortar.

A esse processo de colocação e retirada é dado o nome de alimentação das máquinas.


Aqui, você estudará, em mais detalhes, os seguintes sistemas de alimentação:

Bandeja

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região

Características:
 Um dispositivo circular como uma roda metálica com várias cavidades.
 Nas cavidades são colocadas a matéria prima.
 O operador gira a roda e pisa no pedal da prensa para a conformação.

Comentários: Não oferece segurança total porque a matriz pode ser aberta pelo
operador.

Referência na Convenção:

Anexo II – item 7

7. Sistemas de alimentação/extração são meio utilizados para introduzir e retirar


a matéria prima a ser conformada ou cortada na matriz, podendo ser:

7.1. Manual;
7.2. Gaveta;
7.3. Bandeja rotativa ou tambor de revólver;
7.4. Por gravidade, qualquer que seja o meio de extração;
7.5. Mão mecânica;

Anexo II – item 22

22. Os dispositivos de segurança devem ser verificados quanto ao seu adequado


funcionamento pelo próprio operador, sob responsabilidade da chefia
imediata, no inicio do turno de trabalho, após a troca de ferramentas,
manutenção, ajustes e outras paradas imprevistas.
Gaveta

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região

Características:
 Dispositivo em forma de gaveta que leva a matéria-prima para a zona de prensagem.
 O operador coloca a matéria-prima num dispositivo fora da matriz e empurra o
dispositivo com a matéria-prima para a zona de prensagem para ser conformada.

Comentários: Pode ser usada em qualquer tipo de prensa. Impede que o operador
coloque as mãos na zona de prensagem.

Referência na Convenção:

Anexo II – item 7

7. Sistemas de alimentação/extração são meio utilizados para introduzir e retirar


a matéria prima a ser conformada ou cortada na matriz, podendo ser:

7.1. Manual;
7.2. Gaveta;
7.3. Bandeja rotativa ou tambor de revólver;
7.4. Por gravidade, qualquer que seja o meio de extração;
7.5. Mão mecânica;

Anexo II – item 22

22. Os dispositivos de segurança devem ser verificados quanto ao seu adequado


funcionamento pelo próprio operador, sob responsabilidade da chefia
imediata, no inicio do turno de trabalho, após a troca de ferramentas,
manutenção, ajustes e outras paradas imprevistas.

Gravidade

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região


Características:
 Um dispositivo inclinado que se posiciona acima da zona de prensagem.
 A matéria-prima é colocada no dispositivo pelo operador que, depois que a posiciona,
aciona a máquina.
 Por força da gravidade a peça escorrega pelo dispositivo até a zona de prensagem; ar
comprimido expulsa a peça conformada para uma caixa de produtos acabados, que
fica ao lado da prensa.

Comentários: Não oferece segurança total, pois o operador pode abrir a matriz e colocar
as mãos na zona de prensagem.

Referência na Convenção:

Anexo II – item 7

7. Sistemas de alimentação/extração são meio utilizados para introduzir e retirar


a matéria prima a ser conformada ou cortada na matriz, podendo ser:

7.1. Manual;
7.2. Gaveta;
7.3. Bandeja rotativa ou tambor de revólver;
7.4. Por gravidade, qualquer que seja o meio de extração;
7.5. Mão mecânica;

Anexo II – item 22

22. Os dispositivos de segurança devem ser verificados quanto ao seu adequado


funcionamento pelo próprio operador, sob responsabilidade da chefia
imediata, no inicio do turno de trabalho, após a troca de ferramentas,
manutenção, ajustes e outras paradas imprevistas.

Esteira

Características:
 Esteiras fora da matriz com velocidade constante.
 Sensor registra a presença de matéria-prima na entrada do estampo que se abre.
 Matéria-prima cai na zona de prensagem e a prensa é acionada e faz-se a
conformação.
 A peça conformada é soprada por jatos de ar comprimido para depósito.

Comentários: A matriz pode ser aberta pelo operador que pode colocar a mão sob a zona
de prensagem. Para segurança total é necessária a instalação de cortinas de luz que
interrompam a máquina em presença das mãos.

Referência na Convenção:

Anexo II – item 7

7. Sistemas de alimentação/extração são meio utilizados para introduzir e retirar


a matéria prima a ser conformada ou cortada na matriz, podendo ser:

7.1. Manual;
7.2. Gaveta;
7.3. Bandeja rotativa ou tambor de revólver;
7.4. Por gravidade, qualquer que seja o meio de extração;
7.5. Mão mecânica;
7.6. Por transportador ou robótica;
7.7. Contínua (alimentadores automáticos).

Anexo II – item 22

22. Os dispositivos de segurança devem ser verificados quanto ao seu adequado


funcionamento pelo próprio operador, sob responsabilidade da chefia
imediata, no inicio do turno de trabalho, após a troca de ferramentas,
manutenção, ajustes e outras paradas imprevistas.

Mão mecânica

Características:
 Pode ser robotizada, fazendo movimentos de colocação e retirada de matéria prima e
produto acabado.
 Pode ser complementada por cortina de luz pois se o operador colocar a mão em zona
de prensagem a prensa pára.

Comentários: Pinça magnética não é mão mecânica. Pinça magnética é um paliativo que
não oferece a proteção necessária ao operador e deve ser evitada.

Referência na Convenção:

Anexo II – item 7

7. Sistemas de alimentação/extração são meio utilizados para introduzir e retirar


a matéria prima a ser conformada ou cortada na matriz, podendo ser:

7.1. Manual;
7.2. Gaveta;
7.3. Bandeja rotativa ou tambor de revólver;
7.4. Por gravidade, qualquer que seja o meio de extração;
7.5. Mão mecânica;
7.6. Por transportador ou robótica;
7.7. Contínua (alimentadores automáticos).

Anexo II – item 22

22. Os dispositivos de segurança devem ser verificados quanto ao seu adequado


funcionamento pelo próprio operador, sob responsabilidade da chefia
imediata, no inicio do turno de trabalho, após a troca de ferramentas,
manutenção, ajustes e outras paradas imprevistas.
Proteção Física

Quando uma prensa ou similar está funcionando, há zonas de riscos às quais o prensista
ou outras pessoas que se encontram no ambiente de trabalho podem acessar.

Para evitar esse acesso, há barreiras físicas que podem ser usadas.

Neste curso, você estudará três formas de proteção física:

Enclausuramento da ferramenta

Características:
 O estampo é fechado e só permite a entrada do material mas não da mão do operador.
 A proteção para enclausuramento do estampo deve ser:
- forte e robusta e não pode ser facilmente removida
- fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato.

Comentários:
 Pode ser utilizado em qualquer tipo de prensa.
 Deve ser previsto quando se projeta o estampo da prensa.
 Para alguns tipos de peça sua utilização não é possível.
 Oferece segurança total.

ABNT/NBR:

NBR 13760 / NM 13854


Segurança de Máquinas
Folgas mínimas para evitar o esmagamento de partes do corpo humano

De uma maneira geral, pode-se dizer que uma máquina é segura se existe a
probabilidade de a máquina continuar em operação, ser ajustada, sofrer
manutenção e ser desmontada, sob as condições normais de utilização previstas,
sem causar danos à saúde humana.

Um método de evitar o risco de esmagamento de partes do corpo humano é fazer


uso das folgas mínimas especificadas nesta norma.

NBR 13761 / NM 13852


Segurança de Máquinas
Distância de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos
membros superiores
A norma estabelece valores para distâncias de segurança, de modo a impedir o
acesso a zonas de perigo pelos membros superiores de pessoas com idade
superior ou igual a três anos. Estas distâncias se aplicam por si só, quando são
suficientes para garantir a segurança adequada.

As distâncias de segurança protegem as pessoas que tentam atingir as zonas de


perigo sem ajuda adicional

Referência na Convenção:

Anexo II – item 8.1


8. Dispositivos de proteção aos riscos existentes na zona de prensagem ou de
trabalho.
8.1. Ferramenta fechada, significando o enclausuramento do par de ferramentas,
com frestas ou passagens que não permitam o ingresso de dedos e mãos nas
áreas de risco, conforme as NBR 13760 e 13761;
8.2. Enclausuramento da zona de prensagem, com frestas que permitam apenas
o ingresso do material, e não dos dedos e mãos, nas áreas de risco, conforme a
NBR 13761. Pode ser constituído de proteções fixas ou móveis, conforme a NBR
NM 272;
8.3. Cortina de luz com auto-teste (vide item 4.10 da NBR 13930:2001);
8.4. Comando bimanual com simultaneidade e auto-teste, conforme a NBR
14152:1998.
8.5. Fica vedada a utilização de dispositivos afasta-mão ou similares.

Anexo II – item 9b
9. As prensas mecânicas excêntricas e similares de engate por chaveta não
podem permitir o ingresso das mãos ou dos dedos dos operadores na zona de
prensagem, devendo adotar as seguintes proteções na zona de prensagem:
a) ser enclausuradas, com proteções fixas (item 8.2), ou
b) operar somente com ferramentas fechadas (item 8.1).

Anexo II – item 10b


10. As prensas hidráulicas, prensas mecânicas excêntricas com freio/embreagem
e seus similares devem adotar as seguintes proteções na zona de prensagem:
a) ser enclausuradas (item 8.2) ou
b) operar somente com ferramentas fechadas (item 8.1) ou
c) possuir comando bimanual com simultaneidade e auto-teste conjugado com
cortina de luz com auto-teste (itens 8.3 e 8.4).

Anexo II – item 13
13. As prensas que têm sua zona de prensagem enclausurada ou utilizam
somente ferramentas fechadas podem ser acionadas por pedal com atuação
elétrica, pneumática ou hidráulica, desde que instalados no interior de uma caixa
de proteção, atendendo o disposto na NBR 13758.
13.1. Para atividades de forjamento a morno e à quente, podem ser utilizados os
pedais dispostos no caput deste item, sem a exigência de enclausuramento da
zona de prensagem.

Anexo II – item 22
22. Os dispositivos de segurança devem ser verificados quanto ao seu adequado
funcionamento pelo próprio operador, sob responsabilidade da chefia imediata,
no inicio do turno de trabalho, após a troca de ferramentas, manutenção, ajustes
e outras paradas imprevistas.
Enclausuramento de parte da máquina

Resource for Industrial Automotion, Process Control


Instrumentation Professionals

Características:
É uma proteção mecânica de algumas partes da máquina que:
 deve ser forte e robusta e fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato, na forma
de grades, barras ou capas;
 quando o acesso a uma parte é constante, o enclausuramento deve ser feito por
proteção que não seja facilmente removível; quando o acesso a ela é raro, a parte
deve ser enclausurada por proteção fixa.

Comentários: Em qualquer equipamento, as partes móveis podem atingir o operador. A


instalação de proteções mecânicas protegem o operador.

ABNT/NBR:

NBR 13761 / NM 13852


Segurança de Máquinas
Distância de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos
membros superiores

A norma estabelece valores para distâncias de segurança, de modo a impedir o


acesso a zonas de perigo pelos membros superiores de pessoas com idade
superior ou igual a três anos. Estas distâncias se aplicam por si só, quando são
suficientes para garantir a segurança adequada.

As distâncias de segurança protegem as pessoas que tentam atingir as zonas de


perigo sem ajuda adicional

NBR 13928 / NM 272


Segurança de Máquinas
Requisitos gerais para projeto e construção de proteções fixas e móveis

Fixa requisitos gerais para projeto e construção de proteções, desenvolvidas


principalmente para proteção de pessoas de perigos mecânicos.

Proteção: parte da máquina especificamente utilizada para prover proteção por


meio de uma barreira física
Pode atuar:
- Fechada: somente é efetiva quando fechada;
- Em conjunto com um dispositivo de intertravamento com ou sem bloqueio da
proteção.

Proteção fixa
Proteção de enclausuramento
Proteção distante
Proteção móvel
Proteção acionada por energia
Proteção com auto fechamento
Proteção de comando
Proteção ajustável
Proteção com intertravamento
Proteção com intertravamento e dispositivo de bloqueio

Referência na Convenção:

Anexo II – item 8
8. Dispositivos de proteção aos riscos existentes na zona de prensagem ou de
trabalho.
8.1. Ferramenta fechada, significando o enclausuramento do par de ferramentas,
com frestas ou passagens que não permitam o ingresso de dedos e mãos nas
áreas de risco, conforme as NBR 13760 e 13761;
8.2. Enclausuramento da zona de prensagem, com frestas que permitam apenas
o ingresso do material, e não dos dedos e mãos, nas áreas de risco, conforme a
NBR 13761. Pode ser constituído de proteções fixas ou móveis, conforme a NBR
NM 272;
8.3. Cortina de luz com auto-teste (vide item 4.10 da NBR 13930:2001);
8.4. Comando bimanual com simultaneidade e auto-teste, conforme a NBR 14152
:1998.
8.5. Fica vedada a utilização de dispositivos afasta-mão ou similares

Enclausuramento da área de operação - Enclausuramento da zona de prensagem

Características:
A proteção para enclausuramento da zona de prensagem pode ser fixa ou móvel, e deve
ser:
 forte e robusta e não pode ser facilmente removida
 fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato
 projetada para passar apenas o material e não a mão e os dedos do operador
 ligada eletricamente por sensores ao comando da prensa, fazendo com que ela não
funcione se for retirada

Comentários: A proteção não pode interferir na possibilidade de inspeção da prensa.

ABNT/NBR:

NBR 13761 / NM 13852


Segurança de Máquinas
Distância de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos
membros superiores

A norma estabelece valores para distâncias de segurança, de modo a impedir o


acesso a zonas de perigo pelos membros superiores de pessoas com idade
superior ou igual a três anos. Estas distâncias se aplicam por si só, quando são
suficientes para garantir a segurança adequada.
As distâncias de segurança protegem as pessoas que tentam atingir as zonas de
perigo sem ajuda adicional

NBR 13928 / NM 272


Segurança de Máquinas
Requisitos gerais para projeto e construção de proteções fixas e móveis

Fixa requisitos gerais para projeto e construção de proteções, desenvolvidas


principalmente para proteção de pessoas de perigos mecânicos.

Proteção: parte da máquina especificamente utilizada para prover proteção por


meio de uma barreira física
Pode atuar:
- Fechada: somente é efetiva quando fechada;
- Em conjunto com um dispositivo de intertravamento com ou sem bloqueio da
proteção.

Proteção fixa
Proteção de enclausuramento
Proteção distante
Proteção móvel
Proteção acionada por energia
Proteção com auto fechamento
Proteção de comando
Proteção ajustável
Proteção com intertravamento
Proteção com intertravamento e dispositivo de bloqueio

Referência na Convenção:

Anexo II – item 8
8. Dispositivos de proteção aos riscos existentes na zona de prensagem ou de
trabalho.
8.1. Ferramenta fechada, significando o enclausuramento do par de ferramentas,
com frestas ou passagens que não permitam o ingresso de dedos e mãos nas
áreas de risco, conforme as NBR 13760 e 13761;
8.2. Enclausuramento da zona de prensagem, com frestas que permitam apenas o
ingresso do material, e não dos dedos e mãos, nas áreas de risco, conforme a NBR
13761. Pode ser constituído de proteções fixas ou móveis, conforme a NBR NM
272;
8.3. Cortina de luz com auto-teste (vide item 4.10 da NBR 13930:2001);
8.4. Comando bimanual com simultaneidade e auto-teste, conforme a NBR
14152 :1998.
8.5. Fica vedada a utilização de dispositivos afasta-mão ou similares

Anexo II – item 9
9. As prensas mecânicas excêntricas e similares de engate por chaveta não podem
permitir o ingresso das mãos ou dos dedos dos operadores na zona de prensagem,
devendo adotar as seguintes proteções na zona de prensagem:
a) ser enclausuradas, com proteções fixas (item 8.2), ou
b) operar somente com ferramentas fechadas (item 8.1).

Anexo II – item 10
10. As prensas hidráulicas, prensas mecânicas excêntricas com freio/embreagem e
seus similares devem adotar as seguintes proteções na zona de prensagem:
a) ser enclausuradas (item 8.2) ou
b) operar somente com ferramentas fechadas (item 8.1) ou
c) possuir comando bimanual com simultaneidade e auto-teste conjugado com
cortina de luz com auto-teste (itens 8.3 e 8.4).
Anexo II – item 13
13. As prensas que têm sua zona de prensagem enclausurada ou utilizam
somente ferramentas fechadas podem ser acionadas por pedal com atuação
elétrica, pneumática ou hidráulica, desde que instalados no interior de uma caixa
de proteção, atendendo o disposto na NBR 13758.
13.1. Para atividades de forjamento a morno e à quente, podem ser utilizados os
pedais dispostos no caput deste item, sem a exigência de enclausuramento da
zona de prensagem

Anexo II – item 22
22. Os dispositivos de segurança devem ser verificados quanto ao seu adequado
funcionamento pelo próprio operador, sob responsabilidade da chefia imediata, no
inicio do turno de trabalho, após a troca de ferramentas, manutenção, ajustes e
outras paradas imprevistas
Dispositivos Elétricos e Eletrônicos

Sob o comando certo... ordem obedecida.

Senhora máquina.... pare, agora!!!

Comando bimanual

U.S. Department of Labor - OSHA: Occupational Safety & Health Administration

Características:
 Apresenta-se de diferentes formas, segundo o tipo de prensa em que estiver
instalado: para excêntricas com engate por chaveta, o comando bimanual deve
obrigar o operador a manter-se afastado da zona de prensagem;
 Em prensas excêntricas com freio/embreagem, os comando ficam perto da zona de
prensagem, mas impedem que as mãos se aproximem dela.
 Dois botões de comando que devem ser pressionados simultaneamente (defasagem
de tempo inferior a 0,5 segundos), para que a prensa funcione. Se um dos botões
não estiver pressionado a máquina é impedida de continuar funcionando.
 Obriga o operador a estar com as duas mãos no dispositivo impedindo-o de chegar à
zona de prensagem.
 O design da prensa deve impedir a operação inadequada da prensa. Deve ser
corretamente construído e instalado.
 O comando bimanual comutado por temporizador não permite que os operadores
travem um dos comandos e passem a alimentar a prensa com a mão que ficou livre.
 Com o temporizador, os comandos devem ser atuados simultaneamente em
determinado tempo, exigindo que o operador esteja com as duas mão ocupadas até
o início do movimento.

Comentários: Não é um dispositivo completamente seguro; ele protege apenas o operador, não
protege outras pessoas que transitam perto da prensa.

ABNT/NBR:

NBR 14152
Segurança de Máquinas
Dispositivos de comando bimanuais - aspectos funcionais e princípios para
projeto

Um dispositivo de comando bimanual é um dispositivo de segurança que fornece


uma medida de proteção ao operador contra o alcance de zonas perigosas durante
situações de perigo, pela localização dos dispositivos de atuação de comando em
uma posição específica.
São descritas as características principais de um dispositivo de comando bimanual
para o alcance de segurança e expõe a combinação de características funcionais de
três tipos.
Dispositivo que exige ao menos a atuação simultânea pela utilização das duas
mãos, com o objetivo de iniciar e manter, enquanto existir uma condição de perigo,
qualquer operação da máquina, propiciando uma medida de proteção, apenas para
a pessoa que o atua.

Referência na Convenção:

Anexo II – item 8
8. Dispositivos de proteção aos riscos existentes na zona de prensagem
ou de trabalho.
8.1. Ferramenta fechada, significando o enclausuramento do par de
ferramentas, com frestas ou passagens que não permitam o ingresso de
dedos e mãos nas áreas de risco, conforme as NBR 13760 e 13761;
8.2. Enclausuramento da zona de prensagem, com frestas que permitam
apenas o ingresso do material, e não dos dedos e mãos, nas áreas de
risco, conforme a NBR 13761. Pode ser constituído de proteções fixas ou
móveis, conforme a NBR NM 272;
8.3. Cortina de luz com auto-teste (vide item 4.10 da NBR 13930:2001);
8.4. Comando bimanual com simultaneidade e auto-teste, conforme a
NBR 14152 :1998.
8.5. Fica vedada a utilização de dispositivos afasta-mão ou similares.

Anexo II – item 10
10. As prensas hidráulicas, prensas mecânicas excêntricas com
freio/embreagem e seus similares devem adotar as seguintes
proteções na zona de prensagem:
a) ser enclausuradas (item 8.2) ou
b) operar somente com ferramentas fechadas (item 8.1) ou
c) possuir comando bimanual com simultaneidade e auto-teste
conjugado com cortina de luz com auto-teste (itens 8.3 e 8.4).

Anexo II – item 22
22. Os dispositivos de segurança devem ser verificados quanto ao seu adequado
funcionamento pelo próprio operador, sob responsabilidade da chefia imediata, no
inicio do turno de trabalho, após a troca de ferramentas, manutenção, ajustes e
outras paradas imprevistas.

Comando elétrico-relés

Características:
 Unidades eletromecânicas com supervisão eletrônica com o mínimo de dois relés.
 Acionamento positivo nos seus contatos de segurança abertos em série, com
redundância.
 Conexão de dispositivos externos e inclusão de contatos em pontos corretos do circuito
elétrico de automação da máquina.

Comentários: Os dispositivos de segurança devem ser ligados a comandos elétricos de


segurança.

ABNT/NBR:

NBR 13930
Prensas Mecânicas – Requisitos de Segurança

Área de risco: regiões da prensa ou na periferia da prensa que possibilitem risco de


acidente do operador, conforme o seguinte:

- Área/região do ferramental (entre a placa da mesa e a placa do martelo)


- Região do curso do deslocamento do martelo
- Região de entrada ou saída de materiais, de processamento e retirada de peças
- Região no perímetro da prensa que contiver possibilidade de deslocamento de
dispositivos auxiliares no processo, alimentadores, mesas móveis, transferidores,
robôs, carros transportadores de ferramentas, alimentadores de blanks, partes
móveis e rotativas da máquina

BS EN 60204-1: 1998
Safety of machinery. Electrical equipment of machines. General requirements
Essa norma se refere à aplicação de sistemas e equipamentos elétricos a máquinas
fíxas, ou seja, que não podem ser transportadas durante seu funcionamento,
incluindo entre elas, um máquinas que trabalham em conjunto e de modo
coordenado. O equipamento a que se refere essa norma inclui o ponto de conexão
da fonte de energia da máquina. Essa parte e aplicável ao equipamento elétrico ou
partes do equipamento elétrico que operam com voltagens não superiores a 1000V
para corrente alternada e não superiores a 1500V para corrente contínua, bem
como com freqüências que não excedam a 200Hz. Voltagens e freqüências
superiores apresentam exigências especiais.

NBR 14153

Segurança de Máquinas
Partes de Sistemas de Comando relacionadas à segurança – Princípios Gerais
para Projeto

O desempenho, com relação à ocorrência de defeitos, de uma parte de um sistema


de comando, relacionada à segurança, é dividido, nesta norma, em 5 categorias (B,
1, 2, 3, 4), de acordo com a sua resistência a defeitos, e seu subseqüente
comportamento na condição de defeito.

Quanto mais a redução do risco depender das partes de sistema de comando


relacionadas à segurança, maior precisa ser a habilidade (função requerida é
suprida) dessas partes para resistir a defeitos.

Quanto maior a resistência a defeitos das partes relacionadas à segurança, menor


a probabilidade que esta parte falhe no cumprimento de suas funções de
segurança.

EN 693
Machine tools – safety – hydraulic presses

Estabelece as condições para garantir a segurança em prensas hidráulicas. Essa


norma indica como uma das formas de aumentar a segurança no caso dessas
prensas é adotar o controle bimanual.
NBR 13930

A respeito de comandos elétricos, o item 3.6 da NBR 13.930 diz: “Todos os circuitos
da prensa que tiverem influência direta no comando de engate devem ter controle
duplo canal”.

Cortina de luz

Características:
 Uma cortina de luz (sistema de proteção baseado em feixes e sensores ópticos que
interrompe ou impede a prensagem quando a mão ou outra parte do corpo adentra à
zona de prensagem).
 É projetada para, automaticamente, parar a máquina, quando o campo de
sensoreamento é interrompido.
 Pode ser do tipo cortina de luz, monitores de área a laser e fotocélulas de segurança, e
pode proteger pequenas ou grandes áreas.
 Todas as funções de uma cortina de luz do tipo 4 são testadas, admitindo-se apenas
duas falhas que não provoquem perda da função de segurança.

Instalação:
 A escolha da altura de proteção e o posicionamento da cortina de luz não devem permitir o
acesso de dedos e mãos na área de risco.
 O circuito de comando deverá estar conectado em duplo canal.
 Se houver anomalia em um dos canais (um contato de relê (colado, por exemplo), o segundo
canal deverá parar o movimento de risco. Os relés de segurança permitem isso.
 A distância de segurança está prevista na norma EM 999.
 Para cortinas de luz com resolução (capacidade de detecção até 40mm) a fórmula é:
S = K.T+ 8. (d-14)
S = distância entre a área da máquina a proteger e o dispositivo opto-eletrônico (valor a ser
calculado).
K = constante referente à velocidade de aproximação da mão. Para S maior ou igual a 500mm,
adota-se o K = 1600mm/s e, para S menor que 500mm, adota-se K = 2000mm/s.
T = tempo total que a máquina leva para parar de executar o movimento que coloca em perigo o
operador (tempo para parar de descer um martelo de prensa, por exemplo).
D = resolução da cortina de luz, que é a capacidade de detecção da cortina de luz. Por exemplo,
para uma detecção de dedos, a resolução de d = 14 é suficiente pois será detectado qualquer
objeto com diâmetro maior ou igual a 14 mm. Para a detecção de mãos a resolução é de 30mm.
Assim, não há cortinas de luz com resolução menor que 14 mm.

 A fórmula só é válida para valores com d menores ou iguais a 40mm.

Comentários:
 Para que o sensor óptico seja considerado seguro deve ser projetado e fabricado de
acordo com a norma apropriada (IEC 61 496, partes 1, 2 e 3 que têm validade no
Brasil). Não há registro de um acidente sequer por ter havido falha numa cortina de luz
que estivesse dentro das especificações .
 Para as prensas de engate mecânico, como as prensas de chaveta ou as prensas de
fricção ou ainda para os martelos de forjar, os equipamentos opto-eletrônicos de
segurança não devem ser aplicados pois não possuem redes pneumáticas e/ou
acionamentos elétricos que permitam a instalação desses recursos.

ABNT/NBR:
Principais características de uma cortina de segurança Tipo 4, conforme a norma
IEC 61496:

- Deve ter redundância e auto-teste. Isso significa que há dois processadores, dois
canais de avaliação do sinal óptico, acionando as duas saídas de segurança.

- Só podem existir dois defeitos de menor importância . O terceiro deve ser


detectado pelo auto-teste bloqueando as saídas de segurança (parada da
máquina).

- Não pode perder suas funções de segurança mesmo que as tensões internas e
externas variem entre zero e os valores nominais durante período de 10 a 20s.

- Deve continuar em operação normal, não falhando de forma a perder sua


condição de segurança mesmo quando submetida a um acréscimo de tensão 2kv
de pico (alimentação de sinal).

- Não pode falhar levando a uma perda de função de segurança quando submetida
a um campo eletromagnético de 30V/m.

- Deve suportar distúrbios de radio-freqüência de 10 V (RMS) para linhas de sinal 1


a 10m e de 30V para linhas com mais de 10m.

- Não deverá provocar uma falha que leve a uma condição de perigo mesmo
quando submetida a uma descarga eletrostática de 8KV por contato ou 15 KV via
ar.

- Deverá ser submetida a testes de vibração e choque de acordo com a norma IEC
60068. Devem suportar uma vibração de 10 a 55Hz, com uma amplitude de
0,35mm. Choque:10g,com duração de 16ms,devendo ser repetido por 1000 vezes
cada eixo (três eixos).

- Seu ângulo luminoso deve ter uma abertura de +/-2º. Essa característica
assegura que reflexões indesejáveis possam eliminar a ação de proteção da
cortina de luz. Uma cortina de luz instalada junto a uma superfície reflexiva poderá,
caso seu ângulo de abertura seja maior que o especificado, ter sua luz fazendo um
caminho alternativo em sua rota normal entre o transmissor e o receptor, não
detectando uma interrupção pela mão do operador, por exemplo.

- Deverá continuar operando normalmente quando submetido à interferência


luminosa como de luz incandescente, luz fluorescente, luz de alta intensidade que
simula a luz do dia (luminária de quartzo), luz estroboscópica, radiações de arcos
de solda, etc. Não poderá deixar de oferecer segurança quando sofrer interferência
de uma outra cortina de luz de mesmas características.
NBR 13930
Prensas Mecânicas – Requisitos de Segurança

Área de risco: regiões da prensa ou na periferia da prensa que possibilitem risco


de acidente do operador, conforme o seguinte:
- Área/região do ferramental (entre a placa da mesa e a placa do martelo)
- Região do curso do deslocamento do martelo
- Região de entrada ou saída de materiais, de processamento e retirada de peças
- Região no perímetro da prensa que contiver possibilidade de deslocamento de
dispositivos auxiliares no processo, alimentadores, mesas móveis, transferidores,
robôs, carros transportadores de ferramentas, alimentadores de blanks, partes
móveis e rotativas da máquina

NBR 14153 (equivale à norma européia EN 954-1)


Segurança de Máquinas
Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança – Princípios gerais
para projeto

O desempenho, com relação à ocorrência de defeitos, de uma parte de um sistema


de comando, relacionada à segurança, é dividido, nesta norma, em 5 categorias (B,
1, 2, 3, 4), de acordo com a sua resistência a defeitos, e seu subseqüente
comportamento na condição de defeito.

Quanto mais a redução do risco depender das partes de sistema de comando


relacionadas à segurança, maior precisa ser a habilidade (função requerida é
suprida) dessas partes para resistir a defeitos.
Quanto maior a resistência a defeitos das partes relacionadas à segurança, menor a
probabilidade que esta parte falhe no cumprimento de suas funções de segurança.

NBR 14009 (EN 1050)


Segurança de Máquinas
Princípios para apreciação de riscos

A apreciação dos riscos inclui:

Análise do risco:
a) determinação dos limites da máquina (inclui o uso planejado e a utilização e
operação corretas da máquina, bem como as conseqüências do mau uso ou
mau funcionamento previsível);
b) identificação do perigo (anexo A) (Métodos de Identificação: Anexo B)
c) estimativa do risco (para cada perigo - elemento de risco x Aspectos) - deve
considerar a confiabilidade de componentes e sistemas

Treinamento, experiência e habilidade podem afetar o risco; entretanto,


nenhum desses fatores deve ser usado como substituto para a eliminação do
perigo e redução do risco, pelo projeto ou proteções, onde estas medidas
puderem ser implementadas.
Avaliação do Risco - após a estimativa, é necessária para verificar se a
redução do risco é necessária ou não.
A ausência de acidentes, um pequeno número de acidentes ou acidentes de
pequena severidade não devem ser tomados como suposição automática de
baixo risco.

Referência na Convenção:

Anexo II – item 8
8. Dispositivos de proteção aos riscos existentes na zona de prensagem ou de
trabalho.
8.1. Ferramenta fechada, significando o enclausuramento do par de ferramentas,
com frestas ou passagens que não permitam o ingresso de dedos e mãos
nas áreas de risco, conforme as NBR 13760 e 13761;
8.2. Enclausuramento da zona de prensagem, com frestas que permitam apenas
o ingresso do material, e não dos dedos e mãos, nas áreas de risco,
conforme a NBR 13761. Pode ser constituído de proteções fixas ou móveis,
conforme a NBR NM 272;
8.3. Cortina de luz com auto-teste (vide item 4.10 da NBR 13930:2001);
8.4. Comando bimanual com simultaneidade e auto-teste, conforme a NBR
14152 :1998.
8.5. Fica vedada a utilização de dispositivos afasta-mão ou similares.

Anexo II – item 10
10. As prensas hidráulicas, prensas mecânicas excêntricas com freio/embreagem
e seus similares devem adotar as seguintes proteções na zona de prensagem:
a) ser enclausuradas (item 8.2) ou
b) operar somente com ferramentas fechadas (item 8.1) ou
c) possuir comando bimanual com simultaneidade e auto-teste conjugado com
cortina de luz com auto-teste (itens 8.3 e 8.4).

Anexo II – item 22
22. Os dispositivos de segurança devem ser verificados quanto ao seu adequado
funcionamento pelo próprio operador, sob responsabilidade da chefia
imediata, no inicio do turno de trabalho, após a troca de ferramentas,
manutenção, ajustes e outras paradas imprevistas.

CLP

Características:
 Devem possuir redundância na CPU.
 Diversidade de controle de auto-teste.
 Software de programação específico para a segurança.
 Programa de software completo com sistemas de blocos com funções de segurança como:
paradas de emergência, controle de grades e portas de segurança, laços de realimentação,
controle de cortina de luz, e etc.
 Confiabilidade adquirida por aprovação em renomadas entidades de avaliação mundial.

Comentários: Os dispositivos de segurança devem ser ligados a comandos elétricos de segurança.

ABNT/NBR:
BS EN 60204-1: 1998
Safety of machinery. Electrical equipment of machines. General requirements

Essa norma se refere à aplicação de sistemas e equipamentos elétricos a máquinas


fíxas, ou seja, que não podem ser transportadas durante seu funcionamento,
incluindo entre elas, um máquinas que trabalham em conjunto e de modo
coordenado. O equipamento a que se refere essa norma inclui o ponto de conexão
da fonte de energia da máquina. Essa parte e aplicável ao equipamento elétrico ou
partes do equipamento elétrico que operam com voltagens não superiores a 1000V
para corrente alternada e não superiores a 1500V para corrente contínua, bem
como com freqüências que não excedam a 200Hz. Voltagens e freqüências
superiores apresentam exigências especiais.
Válvulas de Segurança

Válvulas: na dança do abre e fecha, o homem fora de perigo...


Estude sobre válvulas de segurança. Depois, confira suas hipóteses.

Válvulas Pneumáticas e Hidráulicas

Características:
 Dispositivos eletromecânicos instalados na rede de ar comprimido ou rede de óleo.
 Válvulas hidráulicas fazem funcionar o sistema de freio fricção nas prensas hidráulicas.
 Válvula a ar faz funcionar sistema de freio e embreagem nas prensas de freio-fricção.

Comentários: Há o risco de se a válvula enroscar ou deslocar lentamente a câmara


continuar pressurizada; nesse caso, o sistema de embreagem é acionado e a prensa
acionada repica. Para maior segurança no caso de falha, os mecânicos usam instalar
válvulas em série ou válvulas paralelas.

Jamais recondicionar válvula de ar. Nunca "acreditar" que as válvulas de segurança


funcionam perfeitamente; não existem margens para suposições nestes casos.

Características:
 Para evitar problemas com a válvula pode-se colocá-las em série, mas mesmo assim
podem ocorrer problemas.

Comentários:
Causas de uma provável repetição do golpe da prensa:
 Mesmo que uma das válvulas permaneça aberta é possível operar a prensa.
 Quando uma das válvulas permanece aberta, não há nenhuma indicação de falhas.
 Não há monitoramento sobre os estados dos assentos de vedação.
 O retorno lento da válvula retarda a despressurização.

ABNT/NBR:

NB 824
Trata de válvulas de segurança ou alivio de pressão, focando em aquisição,
instalação e utilização.

Válvulas de segurança máxima (SMx)

Características:
 Essas válvulas são assim chamadas porque são válvulas duplas com sistema de fluxo
cruzado, sensorizadas e que garantem obediência ao comando.
 Possuem dois conjuntos internos com construção tipo poppet acionados por solenóides
independentes.
 Conexões de entrada , saída e escape são comuns para os dois conjuntos.
 Quando os solenóides são energizados simultaneamente os dois conjuntos são
acionados.

Comentários:
 Se houver falha em um dos conjuntos, se ele não abrir, fechar ou tiver um deslocamento
lento, a entrada é bloqueada.
 O sistema de fluxo cruzado não permite vazamento excessivo e a pressão no
freio/embreagem é praticamente zero (menor que 2% da pressão de entrada) e paralisa
o martelo.
 Se houver falha, um sistema interno de monitoramento elétrico impede qualquer
atuação.

Tipos de válvulas de segurança máxima:

1) SMx Crossmirror

Características:
 Funcionamento da válvula com falha;
 Fluxo cruzado, isenta de pressão residual;
 Monitoramento dinâmico totalmente pneumático;
 Bloqueio pneumático em caso de falha ( não utiliza pressostato, micro - switch ou outros
meios estáticos);
 Não existe nenhuma possibilidade de conexão errada;
 Exige reset após falha ( de acordo com a Norma européia 692);
 Reset incorporada ou remoto;
 Pressostatos opcionais para sinalização de falha.

Comentários: Se a prensa possui sistema de freio e embreagem separados instalar uma


válvula de segurança no sistema de freio e outra no sistema de embreagem interligando-as
eletricamente. O sincronismo entre a atuação de freio e embreagem evita que a embreagem
funcione com o freio engatado, o que produz um arraste do freio e danificação da prensa. O
sincronismo evita ainda a queda do martelo da prensa por gravidade caso a embreagem e o
freio não estejam engatados.

Se há sincronismo, entre a atuação do freio e embreagem e na parada da prensa há


sobreposição do freio e embreagem, o silenciador da válvula da embreagem é substituído
por um imediatamente maior tornando a ação da embreagem mais rápida eliminando a
sobreposição. Neste caso, não há redução da capacidade de exaustão da válvula do freio,
garantindo sempre o menor curso/tempo de parada.

Se há sincronismo, no acionamento da prensa quando há sobreposição entre freio e


embreagem, um redutor de vazão fixo é introduzido na flange da entrada P da válvula
eliminando a sobreposição.

Interligação Elétrica entre válvulas:


 As válvulas devem estar interligadas de modo que ou atuam as duas ou nenhuma;
 Pressostatos instalados nas saídas das válvulas camuflam a cada ciclo da prensa. O
monitoramento dos pressostatos por um CLP assegura o acionamento ou desligamento
simultâneo das prensas.

2) SMx Pressostato

Características:
 Exige a utilização de um controlador eletrônico CLP para monitorar os pressostatos.
 O CLP deve ser de duplo canal.
 A segurança depende da programação do CLP.

Comentários: É importante conectar corretamente os pressostatos.


3) SMx Tipo E-P

Características:
 Com fluxo cruzado, se um dos êmbolos permanece atuado, ocorre apenas um pequeno
vazamento.
 A pressão no freio/embreagem é menor que 2% da pressão de alimentação.
 O monitoramento é estático.
 Não atende a norma EN 692 (Europa).
 O microswitch, responsável pelo bloqueio da válvula, pode não ser corretamente
conectado. Pode ser feito um "jump" no micro-switch.

Comentários: Em caso de falha, para voltar a operar normalmente, é necessário o


acionamento de um reset que só pode ser feito com ferramentas adequadas, chave ou
código eletrônico. A possibilidade de falha simultânea nos dois conjuntos é remota e a
repetição de golpes é eliminada. A segurança do sistema depende do comando elétrico que
deve ser projetado de acordo com as normas de segurança.
Dispositivos diversos

Tudo vale a pena quando a máquina é uma prensa....

Pedal

Características:
 É uma alavanca projetada para ser operada pelos pés do operador, em prensas do tipo
com engate por chaveta.
 Dispositivo que permite que o operador controle o funcionamento da prensa, ativando-a
ou parando-a com um de seus pés.
 O pedal pode ter atuação elétrica, pneumática ou hidráulica.
 É proibida, pelo Parágrafo 1º da Clausula 6ª da Convenção, a utilização de pedais com
acionamento mecânico em prensas ou equipamentos similares.
 O pedal deve ser instalado numa caixa de proteção.

Comentários: Os pedais de acionamento devem ser usados em prensas que têm sua zona
de prensagem enclausurada ou utilizam somente ferramentas fechadas, pois o operador
pode inadvertidamente ativar a prensa enquanto suas mãos se encontram na zona de
prensagem.

ABNT/NBR:

NBR 13758
Segurança de Máquinas
Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo de
membros inferiores
Segurança de Máquinas
Prevenção de Partida Inesperada

Manter a máquina parada durante a presença de pessoas em suas zonas de perigo


é uma das condições mais importantes da utilização segura de máquinas e, em
razão disso, um dos maiores objetivos do projetista e do usuário de máquinas.
Partida inesperada: mudança do repouso ao movimento da máquina ou de uma de
suas partes, causada por: comando de partida oriundo de falha do sistema ou de
influência externa sobre ele; comando de partida gerado por ação não intencional;
restauração de fornecimento de energia, após interrupção; influências externas ou
externas (vento, combustão, gravidade)
Elementos mecânicos.

Referência na Convenção:

Anexo II – item 13 / item13.1


13. As prensas que têm sua zona de prensagem enclausurada ou utilizam
somente ferramentas fechadas podem ser acionadas por pedal com
atuação elétrica, pneumática ou hidráulica, desde que instalados no interior
de uma caixa de proteção, atendendo o disposto na NBR 13758.
13.1. Para atividades de forjamento a morno e à quente, podem ser utilizados os pedais
dispostos no caput deste item, sem a exigência de enclausuramento da zona de
prensagem.
Anexo II – item 22
22. Os dispositivos de segurança devem ser verificados quanto ao seu adequado funcionamento pelo
próprio operador, sob responsabilidade da chefia imediata, no inicio do turno de trabalho, após a
troca de ferramentas, manutenção, ajustes e outras paradas imprevistas.

Calço de segurança

Características:
 É um acessório que serve travar o martelo da prensa quando da troca ou manutenção
de estampos, ou manutenção da própria prensa.
 O operador deve calçar o martelo pois ele pode descer mesmo com a prensa desligada,
antes mesmo de colocar o estampo sobre a mesa da prensa.
 Pode ser feito de aço ou madeira (cabreúva).
 Nunca deve ser utilizado com a máquina em funcionamento.
 Deve ter ligação eletromecânica, ou seja, deve ser ligado na tomada elétrica da prensa.
Com esse dispositivo, a máquina não entra em funcionamento se o “macho” for retirado
da tomada (pois cessa a corrente elétrica).
 Deve ser pintado de cor amarela.

Comentários: Se a máquina entrar em funcionamento com o calço sob seu martelo ele será
fragmentado e os seus estilhaços podem ser arremessados em grande velocidade
causando sérios acidentes.

Referência na Convenção:
Anexo II – item 15

15. Todas as prensas devem possuir calço de segurança, para travar o martelo nas
operações de troca das ferramentas, nos seus ajustes e manutenções, a serem
adotados antes do início dos trabalhos.

15.1. O calço deve ser pintado de amarelo e dotado de interligação


eletromecânica, conectado ao comando central da máquina de forma a
impedir, quando removido de seu compartimento, o funcionamento da
prensa.

15.2. Nunca devem ser utilizados com a prensa em funcionamento, para


sustentar o peso do martelo.

15.3. Nas situações onde não seja possível o uso do calço de proteção ou
um de seus componentes, devem ser adotadas medidas alternativas,
que garantam o mesmo resultado, sob orientação e responsabilidade
do profissional definido no item 34.

Pinças e tenazes

Características:
 As pinças e tenazes são usadas, em geral para o forjamento a morno e a quente.
 O uso de pinças e tenazes em forjamento a frio só se justifica como alternativa provisória
antes da implantação de outros sistemas de segurança.

Comentários: É comum que os próprios operadores produzam suas próprias pinças e


tenazes, o que pode causar problemas pois não há como garantir que a matéria-prima tenha
a qualidade necessária.

Referência na Convenção:
Anexo II – item 11
11. Para as atividades de forjamento a morno e à quente, as empresas poderão
utilizar pinças e tenazes.

Anexo II – item 12 / item 12.1


12. Pinças e tenazes para outras aplicações podem ser utilizadas em caráter
provisório, para a alimentação das demais prensas (a frio), enquanto as
medidas de proteção definitivas não estiverem implementadas.

12.1. É condição de Risco Grave e Iminente o ingresso das mãos e dedos do


trabalhador na zona de prensagem sem as proteções definidas nos itens 9 e
10.

Bloqueio

Características:
 São peças que permitem o travamento dos dispositivos de isolamento de energia. Ou
seja, com esses dispositivos evita-se energizações acidentais.
 A manipulação incorreta de válvulas, o acionamento acidental de disjuntores de plugs
industriais, de painéis elétricos, de chaves elétricas, etc. podem colocar em risco a vida
dos trabalhadores.
 Para as diferentes fontes de energia, existem inúmeros dispositivos de bloqueio que
podem prevenir riscos no ambiente de trabalho e evitar a ocorrência de acidentes.

Tipos de dispositivos de bloqueio:


 Bloqueadores de válvulas: de esfera, de gaveta, borboleta, etc.
 Multibloqueadores: em aço, em alumínio, em plástico, etc.
 Etiquetas de segurança.
 Cadeados industriais e supercadeado.
 Bloqueador pneumático.

Comentários: É importante lembrar que o bloqueio é apenas uma das fases do controle de
energia. Todos os dispositivos de comando devem ser sinalizados e bloqueados, o que
inclui, naturalmente o bloqueio da energia elétrica. A decisão do quê e de como bloquear
depende de cuidadosa análise de fontes de energia.

ABNT/NBR:

NBR 14153
Segurança de Máquinas
Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança
Princípios gerais para Projeto

O desempenho, com relação à ocorrência de defeitos, de uma parte de um sistema


de comando, relacionada à segurança, é dividido, nesta norma, em 5 categorias (B,
1, 2, 3, 4), de acordo com a sua resistência a defeitos, e seu subseqüente
comportamento na condição de defeito.

Quanto mais a redução do risco depender das partes de sistema de comando


relacionadas à segurança, maior precisa ser a habilidade (função requerida é
suprida) dessas partes para resistir a defeitos.

Quanto maior a resistência a defeitos das partes relacionadas à segurança, menor


a probabilidade que esta parte falhe no cumprimento de suas funções de
segurança.

NBR 14009
Segurança de Máquinas
Princípios para apreciação de riscos

A apreciação dos riscos inclui:

Análise do risco:
a) determinação dos limites da máquina (inclui o uso planejado e a utilização e
operação corretas da máquina, bem como as conseqüências do mau uso ou mau
funcionamento previsível);
b) identificação do perigo (anexo A) (Métodos de Identificação: Anexo B)
c) estimativa do risco (para cada perigo - elemento de risco x Aspectos) - deve
considerar a confiabilidade de componentes e sistemas

Treinamento, experiência e habilidade podem afetar o risco; entretanto, nenhum


desses fatores deve ser usado como substituto para a eliminação do perigo e
redução do risco, pelo projeto ou proteções, onde estas medidas puderem ser
implementadas.
Avaliação do Risco - após a estimativa, é necessária para verificar se a redução do
risco é necessária ou não.
A ausência de acidentes, um pequeno número de acidentes ou acidentes de
pequena severidade não devem ser tomados como suposição automática de baixo
risco.

NBR 13760 / NM 13854


Segurança de Máquinas
Folgas mínimas para evitar o esmagamento de partes do corpo humano

De uma maneira geral, pode-se dizer que uma máquina é segura se existe a
probabilidade de a máquina continuar em operação, ser ajustada, sofrer
manutenção e ser desmontada, sob as condições normais de utilização
previstas, sem causar danos à saúde humana.
Um método de evitar o risco de esmagamento de partes do corpo humano é
fazer uso das folgas mínimas especificadas nesta norma.

Portaria 3142 - NR 10
Que trata da "Instalação e Serviços em Eletricidade se preocupa com as
energias, sem ser, por outro lado, tão detalhada e específica como a norma
norte-americana. O item 10.3.2.5.2. prevê que " ... os dispositivos de comando
devem estar sinalizados e bloqueados ...". Assim, pela legislação, é necessário
o bloqueio, ao menos da energia elétrica, nos casos indicados por este item da
NR 10. É importante lembrar que o bloqueio é apenas uma das fases do
controle de energias. Essa Portaria deixa clara a ênfase que se deve dar ao
bloqueio de fontes de energia elétrica.

Referência na Convenção:
Anexo II – item 22
22. Os dispositivos de segurança devem ser verificados quanto ao seu adequado
funcionamento pelo próprio operador, sob responsabilidade da chefia imediata,
no inicio do turno de trabalho, após a troca de ferramentas, manutenção,
ajustes e outras paradas imprevistas.

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