Você está na página 1de 3

QUITOCO

Nome Científico: Pluchea sagittalis  (Lam.) Cabrera

Família botânica: Asteraceae

Sinonímias: Conyza sagittalis Lam., Pluchea quitoc D.C., Pluchea suaveolens (Vell.) Kuntze,
Gnaphalium suaveolens Vell., entre outros.

Nomes populares: Quitoco, erva de lucero, erva luzeira, tabacarana, madre-cravo, yerba del
lucero, cuatrocantos, árnica, etc.

Origem ou Habitat: América do Sul, especialmente no Sul do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina
e Uruguai.
Cresce em solos baixos e úmidos, ao redor de rios.

Características botânicas: Herbácea medindo de 1-2 m de altura, caule ereto, apresentando


quatro aletas ou asas (quadrialados). Folhas lanceoladas, ligeiramente dentadas, alternas e
decorrentes ( Diz-se da folha cujo pedúnculo está pegado ao longo da haste em quase todo o seu
comprimento). Capítulos florais hemisféricos (como cilindros achatados) de 1 cm de diâmetro, cor
variando do lilás ao branco-rosado, suaves ao tato, se agrupam em inflorescências corimbosas e
aparecem durante o verão.

Partes usadas: Partes aéreas, inflorescências.

Uso popular: Segundo a Irmã Eva Michalak (1997), o quitoco é indicado para bronquite, tosse,
flatulência, reumatismo, afecções do fígado, inflamação do útero, resfriado e dores no corpo e como
digestivo.
Na Argentina e países vizinhos é recomendado a infusão das folhas e capítulos florais como
sedativo, colagogo, colerético, anti-espasmódico, anti-flatulência, febrífugo e contra a gonorreia. Os
ramos e as folhas em decocção é empregada para tratar a tosse e febre, e uso externo para lavar e
desinfetar erupções e feridas.

Composição química: Nas partes aéreas encontram-se:


Compostos fenólicos: ésteres do ácido caféico, ácidos clorogênico e isoclorogênico.
Óleo essencial: canfeno, l-alcanfor, humuleno, a e b-pineno, d-limoneno, 1,8-cineol, p-cimeno,
citronelol, acetato de bornilo, cariofileno, a-terpineol, acetato de geraniol, borneol, linalol, a-tuyeno.

Outros: taraxasterol, heterosídeos flavônicos (quercetina, quercitrina, pirocatequina, trimetoxi-


flavonas), centaureidina, crisofenol D, taninos, saponinas, leucoantocianidinas, esteróis, e outros.
Na planta inteira foram isolados: cumarinas, pirocatequina, pirocatecol, floroglucinol, pirogalol e
flavonóides (quercitrina, quercetina, pirocatequina).

Ações farmacológicas: Foram evidenciadas, em testes com animais, as seguintes atividades


farmacológicas: colagoga, colerética, antioxidante, anti-inflamatória e antiviral.

Interações medicamentosas: Não encontrado na literatura pesquisada.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não existe informação a respeito.

Contra-indicações: Não existe informação a respeito. Por precaução, gestantes e lactantes


devem evitar seu uso.
Posologia e modo de uso: Infusão: 2 colheres (chá) de parte aérea triturada para 1 xícara (150
ml) de água fervente. Tomar 1 xícara ao dia pela manhã.
Pode-se agregar ao chimarrão.

Observações: A denominação "yerba del lucero" não tem uma explicação bem definida e
aparentemente é devido ao seu uso secular tomado pela manhã, na hora da estrela da manhã (hora
del lucero).
A outra denominação "cuatrocantos", refere-se as quatro asas que apresenta o talo.

Referências:

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.


Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/DLPO/decorrentes
[consultado em 20-03-2015].
MICHALAK, E., Irmã. Apontamentos fitoterápicos da Irmã Eva Michalak. Florianópolis: Epagri, 1994.
http://www.tropicos.org/Name/2717659?tab=synonyms - Acesso em 20 Março 2015.

Você também pode gostar